- Como ela está, doutor? - Bianca perguntou para o médico, anciosa. - Seja bem expecífico.
- Está dormindo, resistiu à cirurgia. Teve complicações durante a cirurgia, uma parada cardíaca séria, mas resistiu. Como médico devo acreditar na ciência e não na fé de Cristãos, mas tenho certeza que houve um milagre naquela sala durante a cirurgia. Senti como se um anjo me guiasse durante a cirurgia. Júlia está induzida ao coma, quando ela acordar terei mais noção de seu estado, mas já comemore ela ter resistido à cirurgia.
- Muito obrigada, doutor.
- Apenas fiz o meu trabalho. Com licença, tenho mais pacientes para atender.
- Espere, quando poderei vê-la?
- Júlia está com a resistência imunológica baixa, vai ter que esperar um pouco.
- Ok, obrigada.
Bianca estava muito feliz, não deixou de lembrar sobre o que o médico falou, sobre ter um anjo a o guiar durante a cirurgia. Foi à mesma igreja que tinha ido rezar por Júlia.
- Jesus, sabia que não ia me decepcionar de novo. Ops, desculpa esse modo de falar. Você levou Débora para longe de mim e me trouxe a Júlia, que com certeza é bem melhor que aquela vac... Está bem não vou xingar na sua casa, Senhor. - Bateu na boca se repreendendo. - Caluda menina! *[é caluda mesmo, coisa que diziam sempre que eu aprontava, e não foram poucas vezes, rsrs]* Eu vim aqui para agradecer, obrigada por ter salvo a Júlia. Ela ainda não está 100%, mas creio eu que você já está trabalhando para que isso aconteça. Fiquei pensando no que fazer para agradecer, só palavras não bastam. Bem, tenho dinheiro e quero usá-lo para ajudar quem precisa, tipo mendigos e pobres. O quê o Senhor acha de cesta básica e comida pronta entregue na rua? Se bem que eu não sei como fazer isso...
- Existem ONG's que cuidam disso. Desculpe assustá-la e ouvir sua oração nada convencional. - Sorriu. - Sou o padre Aquino, responsável por está igreja.
- Padre o senhor pode me ajudar a contatar essas ONG's?
- Claro que sim. Deixe seu telefone comigo, assim que falar com representantes das ONG's te ligo.
- Muito obrigada padre Aquino. Aqui está. - Entregou o cartão da empresa, onde também continha seu celular pessoal. - Preciso ir, estou anciosa por notícias de alguém muito querida por mim.
- Vai com Deus, minha filha. Ah, e não se esqueça de rezar, falar com Deus pai, Deus filho e a mãe Maria. Não há modo certo para rezar, só é observado o valor da fé. *[ai como eu tô católica, kkk]*
- Verdade. Tenha uma boa madrugada e me liga mesmo, vou estar esperando. Tchau.
.
Bianca amanheceu no hospital sem notícias de Júlia. Hospital público é tudo muito corrido, não da para o médico ficar exclusivo de apenas um paciente.
-Como Júlia está, doutor?
- Ainda não acordou e isso preocupa, pois o coma pode ser permanente e ela demorar para acordar ou não acordar nunca mais.
- Ela vai acordar!
- Me desculpa, mas o caso é grave. Se conhecer algum familiar deve entrar em contato para que venham se tornar responsável para alguma eventualidade.
- Ela é órfã, caso precise de algo me ligue, está aqui meu cartão. Então, posso vê-la agora?
- Sim, mas seja breve e não a toque, para não haja contaminação por bactérias.
- Ok.
Bianca viu Júlia desacordada, parecia morta, imóvel naquela cama, com aparelhos ligados ao corpo dela. Quis chorar, porém se mantevr forte para transmitir em suas palavras um pouco de ânimo para Júlia continuar lutando para sobreviver.
- Oi, Júlia. Será que você pode me ouvir? Acho que sim, só ainda não pode falar. Sua voz é linda sabia?! Aliás você é linda inteira! Acho que você está pensando; caraca que gayzisse dessa menina. Kkkk, você tem razão, estou apaixonada por você. Será que foi aquelr rapaz que você me disse que fez isso com você? Eu estou com tanta raiva que se eu pego esse... Eu mato! Está bem eu não matava, mas entregava para um certo policial da família e ele ia desejar nunca ter nascido e ter te conhecido. Vamos esquecer esse otário um pouco, a prioridade aqui é você. Queria tanto poder te tocar, mas o médico disse que não posso. E, quando é que foi a útima vez que eu obedeci alguém? - Deu um selinho demorado na boca de Júlia - Pronto, um beijinho não matou ninguém. Meu anjo agora tenho que ir, tenho coisas para resolver no trabalho e ver como a chata da minha mãe está. À noite eu volto, fica tranquila você será bem tratada, eu não vou te abandonar. Nos vêmos mais tarde, ok?! Tchau.
Bianca sai após um selinho rápido com Júlia, afinal tinha medo do doutor pegá-la à desobecer sua ordens e não deixá-la mais ver Júlia.
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Chegando ao escritório de arquitetura decorativa e engenharia em contruções empresarial, onde Bianca é proprietária, engenheira civil e presidente administrativa, foi avisada por sua secretária que um homem a esperava em sua sala.
- Como você deixar alguém entrar na minha sala, sem eu estar?
- Me desculpe senhora, mas ele veio acompanhado de sua mãe e ela autorizou a entrada do homem.
- Minha mãe sabe que odeio quando invadem o meu espaço, grr. Esse cara está perdido comigo!
Bianca caminhou apressada para sua sala, quando entrou o susto foi imenso, sentiu uma leve tontura, sendo amparada pelo homem em sua frente.