A Chuva

Um conto erótico de Kattrina
Categoria: Heterossexual
Contém 1151 palavras
Data: 15/11/2013 22:27:34

A chuva cai lentamente naquele fim de tarde de verão, o vento brando que agora sopra por entre os prédios acaricia seu cabelo dourado, fazendo com que alguns fios saiam da condição de alinhados e passem a serpentear, tocando seu rosto e dificultando sua visão. Sente um leve arrepio no braço direito e percebe que o calor que reinou durante todo aquele cálido dia, começa a perder força e perecer frente ao ar mais agradável que traz consigo o entardecer.

Reflete alguns momentos sobre a escolha da roupa feita ainda nas primeiras horas da manha, talvez a saia, que agora deixa a mostra boa parte de suas sinuosas pernas devesse ter sido subjugada por uma calça. Lembra que nenhuma previsão do tempo, fosse no rádio ou jornal apontava para um inicio de noite úmido e com temperatura em queda. Sabe que agora nada pode ser feito, mas sente uma sensação de conformidade e bem estar ao lembrar que dentro de não mais que meia hora ira estar em casa.

Hesita por um momento ao gesto para novamente por em ordem os longos cabelos, os quais descem suavemente por suas costas, chegando quase à altura da cintura. Sempre sente um orgulho inflado quando recebe um elogio de uma colega de trabalho, ou de algum admirador mais incisivo sobre seu cabelo, sabe muito bem que o brilho e o tom são chamativos tanto para homens como mulheres.

Sentindo que esta recomposta observa o vai e vem da avenida, ao longe avista o luminoso e sabe que um taxi se aproxima, prontamente estende o braço e faz o movimento indicando ao motorista que pare e a leve sem demora ao lar. Mas o veiculo não interrompe a marcha e passa próximo ao meio fio, a agua que já começa a se concentrar se projeta em spray e lhe atinge boa parte do corpo. Senti ira intensa de seu agressor e percebe que agora esta molhada por completo, a leve blusa, que esconde em parte os belos e ousados seios, esta totalmente encharcada e isso a irrita ainda mais.

Enquanto reflete sobre sua decadente situação outro taxi dobra a esquina e avança, outra vez o gesto é feito, mas dessa vez o veiculo diminui a velocidade e estaciona ao seu lado abrindo a porta do carona rapidamente.

De irritada passa a aliviada, pois agora estará a caminho de casa, sem delongas dita ao homem a seu lado o endereço e o carro se põe em deslocamento, deslizando sobre a agua que começa a cair mais bruscamente sobre o asfalto.

Ao seu lado esta um senhor moreno, de barba mal feita e com alguns fios já grisalhos, sua estatura é avantajada, percebe que o mesmo tem braços fortes, ao certo deve ser exercitar para mantê-los. Poucas palavras são desferidas por ele, alguns comentários sobre a chuva e as condições das suas ruas, nada que estabeleça um longo dialogo.

O avançar do carro é lento devido ao transito acentuado naquele horário, a noite já se lança por entre as arvores e edifícios, a distancia que deveria ser percorrida sem demora, talvez ultrapasse uma hora.

Ela não se sente confortável por ter todo o corpo úmido, e agora se sente incomodada pelos olhares do motorista que começam a planar sobre todas as suas curvas. Ele parece hipnotizado pela combinação de blusa com decote generoso, seios muito bem desenhados e molhados por gotas da chuva que cai de forma intermitente do lado de fora.

O moreno irrompe o silencio e diz que ira pegar uma viela a fim de escapar de duas ou três sinaleiras mais a frente, ela acha estranho e sente uma sensação estranha de medo lhe percorrer, mas não tem forças para uma negativa. Entram a direita depois de um estacionamento e seguem por alguns segundos por uma rua que parece terminar alguns metros à frente, de supetão o freio é acionado, o motor suspenso e a chave retirada da ignição. Tudo que se ouve é o som da chuva e alguns trovões que chegam para trazer ainda mais força a tormenta.

Por alguns momentos ela silencia e aguarda que algo aconteça, nem sequer ousa olhar pra o lado, teme pelo pior, mas tira forças não sabe de onde e questiona por que estão ali. Não obtém resposta, apenas percebe um olhar ainda mais intenso sobre sim, sente que o medo tomando conta de cada poro de seu corpo, e uma lágrima querendo brotar de seu olho direito. Até que um movimento acontece, o motorista retira algo debaixo do banco, um raio ao longe se levanta e causa um reflexo inconfundível no objeto, é uma faca... O choro brota sem poder ser estancado, o homem percebe e balbucia para que ela fique em silencio, não grite ou ele terá que usar a lamina. Ela sente a mão de seu agressor tocar seu joelho, ele chega tão próximo que pode sentir sua respiração, ele desliza os dedos e toca sua calcina por baixo da saia, ela não tem reação apenas chora e isso o motiva ainda mais, ainda segurando a faca ele puxa e arranca sua blusa, seus seios se mostram lindos, com os bicos apontando para o céu, ele precisa toca-los, morde-los, e prontamente começa a chupa-los com força, ela sente dor e ele revessa hora no direito hora no esquerdo, sorvendo aqueles dois montes singulares com todas das forças que possui. Seus dedos invadem a calcinha e tocam sua vagina... Ela sente a mesma úmida, um misto de pavor e excitação.

Ele ordena que ela abra as pernas e começa a penetra-la com dos dedos, cada vez mais fundo e volta a abocanhar seus mamilos, continua por longos momentos naquele ritual. Até que ele troca a faca de mão, e com um movimento rápido e preciso lhe agarra o pescoço, manda que ela não lute, apenas observa seu rosto e sua dificuldade em respirar e lentamente aproxima a faca de sua vagina, ela sente uma sensação que não se sabe definir, ele toca seu clitóris com a lamina, ela sente o instrumento gelado e grita, implora para que a deixa ir, ele aperta ainda mais seu pescoço e lentamente introduz a faca por entre suas pernas, a mesma rasga seu órgão e o sangue brota, ela grita, tenta se debater, mas a mão em seu pescoço e a força do agressor lhe tira qualquer chance de movimento, ela sente a faca saindo e entrando novamente, dessa vez o motorista lhe toca o útero. A escuridão começa a tomar conta de seus olhos, já nem sente mais dor, somente frio e sono, mal pode ver quando a faca é retirada envolta no liquido vermelho... A porta é aberta como a mesma mão que lhe dilacerou, seu corpo lindo e já sem vida é largado em meio à lama que se faz presente... O carro engata a marcha ré, e a chuva lentamente começa a se dissipar.


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