Cap. 4
Até me surpreendi com essa pergunta.
- Não. Porquê
- Porquê você não para de andar pra cima e pra baixo com aquele irmão do Gil. Você sabia que ele é viado. Eu não quero ele perto do Filipinho.
- Primeiro: Ser viado não é nenhum problema, Segundo: Eu que decido com quem o Filipinho pode estar ou não.
- Então você não acha ele um mau exemplo
- Ele é uma boa pessoa mãe, não é porquê ele é gay que eu vou me afastar dele, quanto preconceito ein.
Logo eu fui pra o banheiro, pensar no que eu tinha dito. O que eu tinha a perder, dizendo a verdade pra ela. Nada. Mas talvez ela me deixasse de lado. Ou me expulsasse de casa. Afinal a casa era dela, não minha. Devia pensar mais. Depois disso, fui pra praia. E fiquei lá. Quase a tarde toda, não tinha nada pra fazer mesmo. E fiquei deitado na areia, pensando em tudo o que tinha acontecido na noite passada. Pela primeira vez, eu tinha sido quem eu realmente sou. Sorri, e até cheguei a chorar em uma hora. De repente eu vi ele aparecendo.
- Oi- falou Fabrício
- Oi- falei
Desse oi, logo eu já estava na cama dele, fazendo o mesmo que tinha feito na noite passada. E depois de varias fodas, ele já me tratava como namorado, só faltava um pedido.
- Alô- falei atendendo meu telefone
- Oi Amorzinho- falou ele
- Amorzinho só quando eu for seu namorado Fabrício- falei cortando o barato dele.
- Poxa. Vem pra cá a noite que esse problema fica resolvido- falou ele
- Não dá. Tenho que cuidar do Filipinho, mamãe não tá em casa esqueceu.
- Traz ele hora, eu gosto dele.
- Tem certeza, ele vai dar trabalho ein.
- Que nada, eu adoro crianças. Pode trazer, eu estarei te esperando
- Tá bom, tchau.
Estava feliz da vida. Logo me arrumei um pouco, e fui pra lá. Assim que cheguei bati na porta.
- Oi- falou ele abrindo a porta.
- Tio Fabrício- falou Filipinho, gritando e pulando dos meus braços, pulando nele.
- Oi, nossa, já tava até com saudade, você sumiu ein.
- Estava estudando muito
- É mesmo, eu comprei um jogo novo pra o Playstation. Vai lá jogar. Só não pode pisar na cama de sapato ein.
- Tá- falou ele correndo
- Nossa, ele te adorou. Ein.
- Eu sei ser muito bom com crianças, tá com fome. Tô fazendo bife a milanesa, super hiper mega gostoso.
- Você se acha né- falei, rindo.
- Muito- falou ele me beijando.
Logo estávamos jantando
- Filipinho, para de brincar com a comida- falou ele, enquanto fazia aviãozinho com o garfo.
- Nossa, mas você é muito chato, não deixa nem o garoto se divertir- falou Fabrício, passando a mão no cabelo dele- né Felipe- ele só concordou com a cabeça, me fazendo rir e pensar “ se essa relação der certo, esses dois vão se dar bem”
Logo depois, eu resolvi deixar o Filipinho em casa.
- Eu vou lá, deixo ele e depois volto.
- Tá bom, tchau
- Tchau.
Então deixei ele na casa dele e voltei. E depois de uma bela noite de amor, pela manhã, tinha que voltar pra casa. E logo na porta, vi minha mãe escorada do mesmo jeito que no dia anterior.
- O Filipinho me contou onde vocês estiveram ontem a noite. Me diz uma coisa, você vai ficar me escondendo isso até quando.
Continua
A mãe do Chris não larga do pé dele ein. Votem e comentem. Valeu