- Mãe, por que você deixou o Wanderson subir? Você sabe muito bem que a gente não ta mais junto.
- Porque eu quero que vocês façam as pazes. E pela demora dele lá dentro, já fizeram, né?!
- Não, a gente não fez as pazes.
- Vai querer me dizer que não transou com ele.
- Mãe! Isso é coisa que se pergunte?
- Ah para!
- Ta. A gente transou, mas isso não quer dizer que a gente voltou.
- Nossa! Eu tenho um filho piriguete.
- Para mãe. Eu não quero falar disso com você.
Eu subo as escadas, volto pro meu quarto e adivinha quem esta na minha cama.
- Wanderson eu te pedi pra ir embora.
- E eu decidi ficar.
- Sai da minha cama.
- Eu quero dormir com você.
- Ok! Você pode ficar ai e eu vou pra outro lugar.
Eu saí dali, fui pro quarto da minha mãe e dormi lá, já que ela foi dormir com o namorado. Quando eu acordei, ele já não estava mais no meu quarto.
Tomei banho, comi um pedaço muito grande de bolo enquanto assistia “Mais Você” (Sim, eu acordei cedo).
Quando deram onze horas decidi que não ia pra escola. Eu não queria encontrar o Wanderson, nem o Biel e muito menos a vadia da Sarah.
Eu passei a tarde no sofá, comendo e vendo TV.
As 3h30min meu celular tocou. Pensei que fosse o Biel, já que tava na hora do recreio, mas o numero tava sem identificação.
- Alô!
- Celo?
- Sou eu.
- Por que você não veio pra escola hoje?
- Quem ta falando?
- É o Igor.
- Ah ta! Eu to sem animo. To um pouco cansado.
- Posso passar aí na sua casa?
- Pra que? Pergunto surpreso.
- Nada de mais. Só quero te ver.
- Ta... Pode.
- Então daqui a pouco to chegando.
-Tchau! Digo sem entender muito.
O Igor e eu nunca fomos amigos. A gente ficou uma vez e agora do nada ele quer me ver.
Depois do telefonema inesperado, voltei a ver TV. Mais ou menos umas cinco horas a Deborah vai embora e eu fico sozinho.
Mais tarde tocam a campainha e vou atender.
- Oi! Diz o Igor.
- Oi, entra.
- Ta triste?
- Não, só to cansado.
Ao entrarmos na sala ele logo repara na quantidade enorme de flores.
- Sua mãe gosta mesmo de lírios.
- Na verdade ela nem gosta de flores. São meus. O Wanderson me deu.
- Então é verdade.
- O que, que é verdade?
- Que vocês voltaram.
- Não, nós não voltamos.
- Não é isso que tão dizendo por aí.
- E quem ta dizendo por aí?
- Boatos que correm no S.A.
- Eu posso afirmar que não voltamos.
- Então eu fico mais tranqüilo. Ele diz sorrindo.
- Tranqüilo por que?
- Pra fazer isso. Ele diz me pegando pela cintura e me beijando.
E que beijo. Acho que foi muito melhor que os do Wanderson (Olha eu tentando me enganar).
- Nossa! Digo após ele me soltar.
- Gostou?
- Foi bom. Mas por que?
- Você ainda não percebeu que eu to afim de você?
- Acho que já.
- Posso me sentar?
- Claro! Pode.
Ele se senta e eu me sento bem afastado dele.
- Chega mais perto. Ta com medo de mim?
- Nem to.
- Então senta aqui. Ele diz batendo no lugar ao seu lado.
- Fala logo o que você quer.
- Ta bom! Eu quero você.
- Como assim?
- Sexo. A gente já ficou aquela vez, mas você não quis... Ir além. Então eu tava pensando, por que não agora?
- Acho melhor não.
- Por que não? Isso aqui não ta bom pra você? Ele diz pegando a minha mão e colocando sobre o volume da bermuda dele (PQP, e que volume).
- Não é isso. É que eu acho melhor a gente continuar na amizade mesmo. Digo tirando minha mão de lá.
- Você não vai se arrepender.
- Não dá. Desculpa. Meu tempo de sexo por nada acabou.
- E quantos anos você tem? 40? É só sexo.
- Não dá.
- Só tenta. Se você quiser desistir, eu paro.
- Não tem como. Eu não consigo parar de pensar no Wanderson e mesmo a gente não estando junto eu me sinto traindo ele. Entende?
- Eu faço você esquece-lo. Ele diz passando a mão na minha barriga e indo em direção a minha bermuda.
- Para.
- Você quer mesmo que eu pare?
Eu queria ficar com ele, mas ao mesmo tempo ficava pensando no Wanderson. Acho que como não respondi, ele entendeu que podia prosseguir e prosseguiu.
Ele começou a me beijar mais intensamente e a abrir minha roupa. Ele beijava meu pescoço, mordia minha orelha e dizia coisas, digamos que, picantes.
- Vamos pro seu quarto?
- Minha mãe já deve ta chegando. Acho melhor a gente parar.
- Ta. Eu disse que pararia se você quisesse. Mas a gente pode tentar de novo amanhã. Na minha casa.
De repente escuto risadas.
- Acho melhor você ir embora. Minha mãe ta chegando aí com o namorado.
- Mas você vai ou não lá em casa amanhã?
- Marcelo!
- O que você ta fazendo aqui, Wanderson?
- O que, que ele ta fazendo aqui? E agarrado em você? Diz o Wanderson gritando.
- Calma Wanderson. Diz a minha mãe.
- Mãe, por que você trouxe ele aqui?
- Bom, acho que já vou indo. Te vejo amanhã. Diz o Igor beijando meu rosto e se levantando.
- Você não vai a lugar nenhum até eu entender o que está, ou estava, acontecendo aqui.
- O que estava acontecendo, não é da sua conta. Quando você vai entender que a gente não ta mais junto?
- Quando você disser, olhando nos meus olhos, que não me ama mais.
- Eu não te amo. Satisfeito?
- To indo. Isso é muito meloso pra mim. Só não esquece de me encontrar amanhã. Diz o Igor indo embora.
- Pode deixar. Não vou esquecer.
- Ah! Ele vai esquecer sim. Diz o Wanderson.
- Mãe, você pode ficar a vontade com seu amigo, ta. Eu vou deitar.
Eu subi as escadas e o Wanderson veio atrás de mim.
- Diz que não me ama agora. Agora que seu amigo foi embora.
- Eu não te amo. Sai do meu quarto. Digo me deitando na cama e pegando meu livro.
Ao pegar o livro aquele anel que ele me deu cai.
- E leva isso com você.
- Sabe tudo isso que você ta fazendo? Só ta servindo pra uma coisa. Eu te amar cada vez mais.
- Por favor, Wanderson, para.
- Eu não vou parar. Eu vou te reconquistar.
- Eu to com muita raiva de você... Eu queria te esquecer, sabe?! Mas por algum motivo eu continuo apaixonado por você, continuo te amando.
- E você sabe que é correspondido. Sabe que eu te amo mais que a mim mesmo..
- Eu não acredito que vou passar por cima do meu orgulho e...
- Então você me perdoa?
- Acho que eu não aguento mais um mês sem você.
- Isso é um sim?
- Acho que é.
Ele pula na cama em cima de mim e começa a me beijar.
- Eu te amo. Muito.
- Eu também te amo. Não sei por que, mas amo.
- Agora sai de cima de mim que eu vou tomar banho.
- Eu vou com você.
- Acho melhor não.
- Eu só vou ficar te olhando.
- A última vez que você ficou “só me olhando” a gente derrubou o chuveiro.
- Não vai acontecer de novo. Eu juro!
- Ta, você pode vir.
Eu peguei minha roupa e desci com Wanderson.
Entrei no banheiro, comecei a tirar a roupa e ele ficou ali me olhando. Liguei o chuveiro e comecei a me ensaboar de costas pra ele.
- Então... O que você tem feito esses dias?
- Bom, eu...
- Não dá! Não consigo me controlar vendo você assim.
Ele começou a tirar a roupa e só de cueca entrou embaixo do chuveiro e me agarrou.
- Você prometeu só olhar. Digo entre os beijos que ele me dava.
- E tem como?!
Entre todos esses beijos eu nem percebi que o sabonete caiu no chão.
Quando o Wanderson me pressionou na parede, eu pisei no sabonete e escorreguei.
- Celo, você ta bem? Pergunta o Wanderson assustado.
- Não! Acho que torci meu péGente, primeiro eu queria agradecer pelos comentários positivos. E segundo dizer que vocês são muito indecisos.
Quando o Wanderson terminou com Celo, vocês queriam que ele sofresse.
E quando ele estava sofrendo vocês queriam que o Celo o perdoasse logo.
Ia demorar mais um pouco, mas como vocês pediram... Ta aí o perdão.