Boa noite galera, como vão?
Primeiro queria agradecer pelos comentários, confesso que não esperava tantos comentários assim. Como já havia falado, a idéia era postar todos os dias, mas se der pra postar pelo menos a cada dois dias acho que esta bom. Eu poderia ficar o fim de semana todo escrevendo mas acho que funciono melhor escrever apenas um capítulo após o outro, tanto que tenho até outra história com mais de dez capítulos escritos e que não aprovei.
Espero que gostem, as coisas agora seguirão outro rumo.
diiegoh', obrigado pela visita.
Angelmix, eu sei que é triste, mas a história dos personagens não será só de tristezas, mas também de alegrias, felicidades.
Dalia_florzinha, esse sofrimento será necessário, mais pra frente você irá entender, o sofrimento de um as vezes permite a felicidade de outros ou então proporciona uma felicidade maior no futuro.
stahn, obrigado pelo carinho, mas nem tudo será choro, em breve pretendo ler seu comentário dizendo que esta rindo.
Bearzinho321, vou tentar postar com a maior freqüência, mas meu tempo é pequeno mesmo. Grande abraço
MMBelém, porque você não entendeu nada? Como no meu conto anterior, nada que esta sendo contado é por acaso, solto, depois você irá entender. Sobre o Roberto, realmente não da pra negar que ele é um homem duro, mas será que é um vilão? Vilão acho que seria uma pessoa que faz algo de ruim por puro prazer ou pra atingir um objetivo, seja a qualquer preço. Preste atenção nos personagens. Quanto ao final, acho que ainda é cedo pra pensar nisso, mas agora a história muda completamente.
Otilia Sabrina, juro que não era minha intenção, rs, alias até era mas no sentindo bom. Algumas coisas irão mudar na história e você irá acompanhar essa nova etapa dos personagens, mas aos poucos vou falando dessas mudanças.
Ru/Ruanito, entendo completamente sua situação, se algo mexesse comigo também, eu iria evitar, mas tente acompanhar pelo menos mais alguns capítulos antes de mudar de idéia, a história terá uma grande mudança.
Amigah18, esse é x da questão, voltar a ser feliz. Como ele irá conseguir se ele julgava que sua felicidade só era possível ao lado do Thiago? Mas vamos ver no que irá dar tudo isso.
sonhadora19, fico feliz por ter gostado da minha nova história. Ela não começou triste, começou já no auge do Daniel e Thiago mostrando o amor que sentem, mas teve esse obstáculo no caminho e agora a história seguirá outro rumo. Grande abraço.
Bruno Del Vecchio, Bruninho, acho que todos já sabiam né, afinal a história começou com conflitos, e o título também já ajudava a pensar isso. Sinceramente não tenho a mínima idéia de quantos capítulos essa história irá ter, o ultimo capítulo já tenho pronto na cabeça e ainda acontecerá algo forte que atingira os personagens, mas entres esses pontos, vou criar outros acontecimentos. Enquanto tiver algo pra ser contado, vou postando.
Geo Mateus, eu também concordo, mas nem sempre será triste assim.
lipe31, obrigado pelo comentário, fico feliz por ter sentido isso e que aprove o desenrlar da história.
Oliveira Dan que comentário enorme hein, rsrs, mas não tem problema, adoro ler, vamos lá: O título foi o primeiro que me veio a cabeça, acho que até ficaria melhor se fosse Alem da Morte, mas prefiro o Vida. Sim deixei várias pontas soltas desde o primeiro capítulo, mas como não sabemos o desenrolar da história, fica difícil mesmo achar alguma coisa. Sobre o Roberto, acho que ficou claro que ele ama o filho, mesmo tendo um comportamento nada aprovado, um vilão tem um motivo, agora com o filho morto, que motivo o Roberto teria? Sobre o atropelamento, não foi um acidente? Afinal os dois saíram discutindo pela rua, e o carro não evadiu do local, pense nisso. Acho que todos sabia que os dois iriam ir embora juntos e sobre a emoção, a idéia era focar mais no sofrimento do Daniel e dos pais do Thiago, embora sua tese cai por terra pois fingir qualquer um consegue, basta chorar e dizer que esta arrasado pela morte dele, concorda? De qualquer maneira, adorei suas teorias, hehe e torço pra você não descobrir nada, kkkkkkkkkkkkkk.
Tércio , ola meu quero, morrer desidratado foi ótimo, rs Sobre um substituto do Thiago, acho que vai aparecer sim, ou então ele já até pode estar na história, essa sua pergunta será respondida em breve.
Alê12, ola meu querido, eu não tenho seu contatos, por isso não avisei. Estava acompanhando sua história mas achei que você tinha abandonado ela. Ah, mais uma coisa, você ainda não foi perdoado por ter deixado o Andrey sozinho, mas seja bem vindo, rsrs.
LucasBH, ola meu querido, a choradeira terá fim, mas que bom que te emocionou.
Tay Cris, obrigado pelo carinho, acho que o Roberto acusou o Daniel pra tirar a culpa que já esta instalada na cabeça dele, mas será que ele vai conseguir se livrar disso? Bom, não sei mesmo quantos capítulos terá, mas vou postando enquanto tiver história.
Luca:) Eu sabia que você iria ficar assim, mas preparado algumas surpresas pra história, esse clima pesado não é o foco do conto, mas foi necessário acontecer. Grande beijo.
HPD, obrigado pelo carinho, realmente é muito difícil, até pra mim, escrever essas partes.
Perley, concordo contigo, ninguém esta livre disso, mas o Daniel sempre sentiu-se sozinho, e ao encontrar Thiago, viu o que era ser feliz, dessa maneira ele jogou toda responsabilidade em ser feliz, a outra pessoa. Por isso essa dificuldade em aceitar a realidade, a certeza de que nunca mais conseguirá ser feliz.
Lucas M.obrigado peã visita garoto.
È isso pessoal, qualquer hora meus comentários ficarão maior que o próprio conto, rsrs.
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Daniel – Nós vamos nos encontrar novamente meu amor.
Daniel – Você me deu seu coração e em troca lhe dou o meu.
Daniel retirou a corrente que usava onde continha duas metades de um coração, a sua e a de Thiago, que havia colocado junto em seu pescoço.
Daniel colocou aquela corrente no pescoço de Thiago e em seguida lhe deu um selinho.
Daniel – Adeus meu amor.
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Capítulo 10
Daniel ainda ficou um tempo olhando para o corpo de Thiago até ser interrompido pela amiga.
Malu – Vamos meu amor, eles precisam cuidar dele. Daniel nada respondeu, apenas seguiu fechou os olhos e em seguida partiu daquele lugar.
Daniel foi caminhando, sendo seguido por Pablo e Malu e ao chegar a rua ficou parado.
Daniel – E agora, pra onde eu vou?
Malu – Agora você vai pra minha casa, comer algo, descansar e depois vamos para o velório.
Malu – Você tem certeza que quer ir?
Daniel – Não sei, não sei de mais nada.
Já na casa da amiga, Daniel ficou sozinho no quarto, já nem tinha forças para chorar, o que ele mais fazia era se perguntar como acabar com aquela dor. Para ele não existia nada que pudesse aliviar a dor que sentia em seu peito.
Abriu sua mochila e pegou uma camisa do seu amor, levando ao rosto. Sentiu naquele pedaço de pano o cheiro de Thiago, misturado ao perfume que usava. Deitou-se na cama e fechou os olhos até cair no sono.
Malu – Te acordei?
Daniel – Acho que cai no sono.
Malu –Esta na hora, você quer ir?
Daniel – Não sei.
Malu – Daniel, você não precisa ir se não quiser. Tem pessoas que não gostam, preferem ter a pessoa querida apenas na memória.
Daniel – Eu vou sim.
Daniel jogou uma água no rosto e junto com os amigos, foram até o local onde Thiago estava sendo velado. Novamente Daniel sentiu suas pernas ficarem bambas ao perceber que estava se aproximando da capela.
Malu – Esta tudo bem? Daniel apenas confirmou que sim com a cabeça.
Malu, Pablo e Daniel iam entrar mas nem chegaram a passar pela porta, foram barrados no mesmo instante.
Julio – Oi Daniel, eu sinto muito, estamos muito tristes.
Malu – Você quer sair da frente seu verme.
Pablo – Calma Malu, não precisa falar assim.
Julio – Não se preocupe, estamos todos nervosos.
Julio – Eu nem sei como dizer isso a vocês mas meu tio mandou impedir a entrada de vocês.
Julio – Eu juro que tentei argumentar, sei quero Thiago te amava, mas ele esta irredutível.
Pablo – Quem essa cara pensa que é? Manda ele mesmo vir dar esse recado, nós vamos entrar sim, nem que seja a força.
Daniel – Deixa Pablo, eu não faço mais questão.
Malu – Ele não pode fazer isso Daniel.
Daniel – Eu já me despedi dele, não quero vê-lo dentro de um caixão.
Pablo – Você tem certeza meu amigo?
Daniel – Absoluta.
Daniel saiu da frente da capela e sentou-se num banco mais afastado, sendo seguido por Julio.
Julio – Cara, eu sinto muito mesmo.
Julio – O Thiago te amava demais, sempre que conversávamos ele falava de você.
Julio – Eu achava um pouco de exagero da parte dele, mas depois que conheci você, vi que ele tinah razão.
Julio – Essas ultimas duas semanas, mesmo com todos esses problemas, passei a te admirar.
Daniel olhou emocionado para o rosto de Julio, que chorava ao falar do primo.
Julio – Esta sendo difícil pra todos nós, mas onde o Thiago estiver eu sei que ele vai dar força para superarmos tudo isso.
Daniel – Por favor, de um abraço na mãe dele, posso imaginar o que ela esta sentindo.
Julio – Eu darei sim.
Julio deu abraço em Daniel e voltou para dentro da capela, sendo guiado pelos olhos de Malu.
Malu – O que esse idiota queria?
Daniel – Nada demais.
Daniel fechou os olhos e só se levantou quando viu uma movimentação maior. Seu peito voltou a apertar mais ainda, pois sabia muito bem o que estava por vir. Seus olhos se encheram de lágrimas ao ver o caixão sendo levado até a sepultura, sendo seguido por todos os amigos e familiares.
Abraçado ao casal de amigos foi seguindo mais distante e no pequeno trajeto da capela até o jazigo ficou lembrando dos momentos felizes que tiveram.
O sepultamento foi rápido e de longe observou todo procedimento, mas se recusou a ir embora. As pessoas presentes foram cumprimentar Suzana e Roberto que estavam muito abalados e aos poucos aquela pequena multidão foi se dispersando.
Pablo – Vamos embora?
Daniel – Podem ir vocês na frente, depois eu vou.
Malu – Daniel, não tem mais nada pra fazermos aqui.
Pablo fez sinal para Malu e deixaram o amigo sozinho, conforme ele havia pedido.
Daniel caminhou até o tumulo da família de Roberto, onde já tinha uma placa e um foto de Thiago. Ficou admirando seu sorriso naquela foto e em seguida colocou uma rosa branca sobre o mármore.
Aquele momento era só dele, todas as pessoas já tinham ido embora e pode novamente se despedir do seu amor.
Quando chegou a rua, viu que Pablo e Malu ainda o esperavam, queria ir embora sozinho, mas os amigos insistiram em levá-lo de carro.
Daniel foi para a casa de Malu, tomou um banho mas recusou-se a comer, foi para o quarto e no meio de suas coisas, pegou uma foto de Thiago e deitou na cama, olhando para o sorriso do seu amado, enquanto as lágrimas caiam em silêncio. Sua cabeça doía de maneira absurda, mas nada se comparado com a dor que sentia em seu coração. Com muito custo caiu no sono, ainda segurando a foto de Thiago.
Os dias foram se passando, Daniel ainda estava hospedado na casa da amiga mas sentia que era a hora de voltar para.
Malu – Fique aqui meu amor.
Daniel – Esta na hora né.
Malu – Mas meus pais te adoram, ninguém esta te mandando embora.
Daniel – Eu sei, nunca vou conseguir pagar pelo que vocês me fizeram mas eu tenho que voltar pra minha casa.
Daniel – Quer dizer, pra casa da minha mãe.
Daniel – Podia tudo ser diferente, a uma hora dessa eu estaria na minha casa junto dele, quer dizer, na nossa casa.
Malu – Tenha força, eu sei o que esta sentindo, eu também perdi um amigo. Mas nem todo sofrimento é para sempre.
Daniel – Malu, minha vida acabou.
Daniel – Eu não tenho mais nenhum motivo pra continuar aqui nessa vida.
Daniel – Minha vida foi enterrada junto com ele.
Malu se assustava com a maneira que Daniel falava, apesar de ser uma fase difícil, Daniel mostrava uma tristeza no olhar que era difícil acreditar que um dia ele votaria a sorrir.
Daniel pegou suas malas e voltou para a casa da mãe de maneira definitiva. Ao chegar ninguém tocou no assunto, sua irmã Lucia apenas o abraçou.
Lucia – Seja bem vindo, estou com você meu irmão.
Sua mãe não fez nenhum comentário, mas o recebeu carinhosamente.
Ângela – Filho, tome um banho e venha jantar, já esta quase pronto.
Daniel – Obrigado mãe, mas estou sem fome, vou dormir.
Daniel foi para seu antigo quarto e desfez suas malas, não queria ver ninguém a sua frente, nem comer, nem saber de qualquer outro assunto.
Nos meses que se seguiram, Daniel pouco mudou, ficava o tempo todo dentro do quarto, não vou mais estudar e nem a trabalhar. Poucos assuntos lhe despertavam interesse, ele sabia que no começo teria o apoio das pessoas a piedade, dó, mas pouco a pouco as pessoas seguiria sozinho, até porque sua dor era só sua. Devido a isso, se isolou, não se lamentava com ninguém, mas por muitas noites quando estava sozinho no seu quarto, suas crises de choro eram inevitáveis.
Malu e Pablo sempre estavam presentes e conseguiam animar um pouco o amigo mas eram alegrias passageiras, a falta que Thiago fazia em sua vida era algo grandioso demais, impossível de mensurar.
Todos estão sujeitos a perder alguém que ama, um amigo, familiar mas com Daniel era diferente, quem sabe se sua família aceitasse sua sexualidade, o apoiasse de verdade, talvez ele sentiria-se mais seguro para enfrentar toda essa barra. Thiago não era apenas seu namorado, era também seu parceiro, amigo, o cara que sempre estava ali pra lhe dar um ombro, um ouvido, era alguém que o entendia, que brigava com ele também se fosse preciso e ao mesmo um cara capaz de fazê-lo sorrir por uma bobagem qualquer.
Toda vez que a saudade apertava demais, Daniel ia até o cemitério e ali ficava horas, em frente a foto de Thiago, pensando no nada, em silêncio, totalmente imóvel.
Foi em uma dessas visitas que teve uma surpresa.
- Daniel!!!
Imediatamente ele olhou para traz, vendo uma linda moça de óculos escuros, com um sorriso pra ele.
Daniel – Eu te conheço?
- Você não me conhece, mas eu te conheço muito.
- Meu nome é Larissa. Prazer.
A moça estendeu a mão a ele, esperando seu cumprimento.
Daniel – Prazer. Desculpa, mas quem é você?
Larissa – Eu era amiga do Thiago, fomos vizinhos na infância.
A moça colocou algumas flores sobre o túmulo e por alguns segundos ficou em silêncio, olhando para a foto de Thiago.
Larissa – Eu moro fora do país, fiquei muito triste quando soube do que aconteceu e só agora que estou tendo a chance de homenageá-lo.
Larissa – Fiquei te observando por alguns minutos, antes de lhe abordar.
Daniel – Entendo. Bom, eu já estava indo. A vontade de Daniel era realmente ficar sozinho mas isso não seria possível.
Larissa – Posso te acompanhar? Daniel não teve outra alternativa, se não aceitar.
Daniel – Como você me conhece se nunca fomos nos apresentados?
Larissa – Não fomos porque eu moro a milhares de quilômetros do Brasil, mas sempre conversa com o Thiago pela internet.
Larissa – O Thiago não tinha outro assunto, que não fosse você.
Ouvir aquilo deixou Daniel visivelmente emocionado. Os dois foram caminhando pela rua até a garota o convida-lo pra tomar um café numa confeitaria mais a frente.
Daniel – Ele falava de mim é?
Larissa – Sim, demais. Quando me mudei achei que perderíamos contato, mas graças a internet pude conversar sempre com ele.
Daniel – Você era vizinha dele?
Larissa – Sim, ele foi meu primeiro namorado.
Daniel fez uma cara de surpresa e ao mesmo tempo de ciúme mas logo a garota consertou.
Larissa – Meu primeiro namorado, tínhamos uns 09, 10 anos de idade, coisa de criança.
Larissa – Quando ele me disse pela internet que era gay, fiquei surpresa sim, mas dei a maior força, uma pena a barra com o pai dele né.
Daniel – Eu odeio aquele homem.
Larissa – Não guarde raiva, faça igual o Thiago, descarregue suas emoções no papel, escreva o que você sente.
Daniel – Ele fazia isso? Acho que por isso eu o via sempre entusiasmado, mesmo estando de frente de alguns problemas.
Larissa – Eu preciso ir embora. Daniel, foi um prazer te conhecer, apesar das circunstâncias.
Larissa – Vou embora do país essa semana, mas caso precise de algo, não pense duas vezes em me ligar. Daniel pegou o cartão daquela moça e foi pra casa.
Nas primeiras semanas após a morte de Thiago, a família de Daniel foi concedente de sua dor, mas depois de meses sua mãe já se incomodava com sua postura, que parecia viver num mundo a parte, sem emprego, sem preocupação com a aparência, sem objetivos. Não demorou a começou as cobranças.
Ângela – Onde você estava Daniel.
Daniel – Por ai mãe, dando uma volta.
Ângela – E é só isso que pretende fazer de sua vida?
Daniel – Mãe me deixa em paz.
Lucia – Vocês não vão começar discutir de novo né?
Ângela – Eu só quero que seu irmão de um jeito na vida dele. Essa vida de come e dorme já esta passando do limite.
Ângela – Se você não quer mais estudar então que pelo menos arranje um emprego.
Daniel – Então é isso? É dinheiro?
Daniel – Se eu lhe der dinheiro você larga do meu pé?
Daniel – Que inferno essa casa, esqueçam que existo.
Ângela começou a discutir cada vez mais com o filho e pegou no ponto mais fraco de Daniel.
Daniel – Chega de ficar com essa cara, quem morreu não foi você, foi ele.
Daniel se entristeceu profundamente e a melhor coisa que poderia fazer era encerrar aquela discussão.
Daniel – Se não tem nada de bom pra me dizer então não me diga nada. Daniel foi para seu quarto e ficou a noite mexendo em suas coisas, em alguns objetos que eram de Thiago, com a esperança de diminuir um pouco a saudade que gritava em seu peito.
Sua rotina continuou sendo a mesma, quando não ficava o dia todo trancado no quarto, saia pra andar sem rumo pela cidade ou ia até o cemitério visitar o túmulo de Thiago e por vezes ou outra tinha alguma discussão com a mãe. Mas apesar de tudo isso, algo tinha mudado, sua tristeza estava cada vez maior, isso devido a proximidade da data que seria aniversário de Thiago.
Daniel estava constantemente sonhando com seu amor, e sempre acordava chorando. Afastou-se completamente dos amigos, não atendia mais as ligações de Malu e quando ela ia até sua casa, mal falava com a amiga.
Sua dor aumentou de tal maneira que o fazia ficar sufocado e num ato de descontrole total saiu a noite sem rumo pela cidade.
Ele já não tinha nem forças para chorar, ficou andando por uma avenida, vendo as luzes e os carros passarem. Quando estava caminhando por cima de uma ponte, parou no ponto mais alto e ficou observando a cidade, sentindo aquele vento frio batendo em seu rosto.
Daniel aproximou-se do parapeito e começou a observar os carros passando lá em baixo na pista.
Suas mãos tremiam muito e suas pernas pareciam estar bambas. Suas tentativas de acalmar a profunda tristeza que sentia já tinham se esgotado. Prestes a tomar um ato extremo, Daniel aproximou-se ainda mais do parapeito e a ultima coisa que fez foi fechar os olhos.
Continua...
