ENTRE HOMENS CAPITULO 13 – AMOR FRATERNO EM XEQUE

Um conto erótico de Antunes Fagner
Categoria: Homossexual
Contém 3272 palavras
Data: 31/07/2013 22:38:33

ENTRE HOMENS

CAPITULO 13 – AMOR FRATERNO EM XEQUE

Obrigado pelo carinho de todos... lembre-se a história não é somente minha, mas também é sua á medida que você ler e participar com os seus comentários...

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A minha ira aumentava mais ainda. O rosto de Humberto está muito machucado. Os peões pediam que aquilo parasse antes que algo de pior pudesse acontecer. Fui tomado de algo muito ruim, inexplicável mesmo. Aonde foi parar o frade pacífico? Estava ficando cansado, entretanto o ódio por aquele peão me consumia e substituía qualquer tentativa de clemência pelo inimigo.

Apenas escuto uma voz bradar de longe e que aos poucos se fazia mais sensível aos meus ouvidos.

“Para com isso Taumaturgo, não machuque o teu irmãoooo!” Disse com choro e uma voz forte, o seu Fernando.

Fiquei sem ação nesse momento. Sabe quando fica em suspenso, falta-te ar, parece até com uma espécie de transe; onde se perde o sentido de tudo e de todos. Fiquei muito confuso nesse momento. Não estava acreditando naquela frase: “Não machuque o teu irmão!” Alguma coisa estava fora da realidade. Como aquele sujeito podia ser meu irmão? De onde o meu pai tirou tanta convicção e o pior mais uma vez o defende! Parei, respirei, olhei profundamente nos olhos de Humberto, que já se encontrava um pouco desacordado. Se realmente ele é meu irmão, estou agredindo a mim, meus valores e princípios, quem sou eu nesse intervalo de tempo e espaço, que está no exercício de cometer um fratricídio.

Meu pai em choro se aproxima de mim e suplica:

“Não machuca o teu irmão, Taumaturgo. Não fira o meu filho!”

Todos em volta ficaram atônitos sem saber o que fazer ou que falar. A sensação que se tinha era que tinha parado o tempo e ninguém mais esboçava nenhuma ação. Todos os observadores estavam perplexos com tal revelação familiar e bombástica. Quem era a vitima em toda essa situação? Quem era o culpado de toda a confusão? Apenas a consciência era responsável de elaboração de uma ação moral diante de uma situação que fazia mal aos envolvidos e que ao mesmo tempo estava “prenha” de esperanças. O tal sujeito se tornara alguém mais próximo do que pudera imaginar ou cogitar.

Fiquei sem chão, meu pai apenas me retirou de cima de Humberto. Fiquei olhando o carinho dispensado por meu pai ao jovem desacordado. Suas lágrimas escorriam de seus olhos avermelhados.

“Não, não, não...” E o choro revelava a fragilidade de um pai que velava silenciosamente o sofrimento e a alegria de uma nova descoberta. Chorava e soluçava. “Meu filho!”

“Que história é essa pai do Humberto ser teu filho?”

“É uma longa história Taumaturgo... preciso ajuda-lo agora. Alguém me ajuda, por favor, precisamos levá-lo para o hospital.”

Miguel e eu acompanhamos meu pai e o Humberto até o hospital. Fizeram curativos em mim. Nada de grave graças a Deus. Quando ao Humberto estava acamado recebendo soro, enquanto meu pai o acompanhava.

“Pai eu não tive culpa!”

“Sei disso meu filho, conheço o teu caráter e a tua personalidade. Sei que você agiu sobre forte pressão de raiva.”

“Filho podemos conversar lá fora... lá te contarei tudo.”

“Seu Fernando eu fico aqui de olho no Humberto”, disse Miguel se fazendo de acompanhante para o neocunhado.

Retiramo-nos e ficamos num espaço aonde se encontrávamos apenas eu e meu pai. Então seu Fernando começou a contar toda a história que envolvia o HumbertoComeça a narração da história do nascimento e da descoberta da paternidade de Humberto

Quando você ainda era uma criança acho que por volta dos seus 4 anos. Era um momento muito envolvido nas atividades da fazenda, sua mãe estava passando por varias dificuldades de saúde. Após o seu parto ela não conseguia mais voltar à rotina de antes. Complicações sérias surgiram com o parto. Tive medo que você não sobrevivesse. Nos últimos três meses de gestação os cuidados aumentaram. As rotinas de permanência no hospital ficaram longas. Havia risco de morte pra ela e pra você caso os cuidados não fosse seguido a risco. Isso devido problemas pra segurar feto no útero de tua mãe. Antes de você a tua mãe ficou grávida duas vezes, mas como tinha o útero fraco, incapaz de segurar o feto, ocorreram dois abortos.

Ficamos tristes. Sem esperanças reais de termos um filho. Foi por milagre que finalmente ela conseguiu engravidar e te ter. Sua mãe foi uma guerreira, lutou até o fim para te gerar. Logo após ficamos sabendo que nunca mais ela poderia gerar filhos. Você se tornou a nossa pupila. Ao darmos o teu nome por mensagem divina num sonho, tive a revelação que você deveria se chamar Taumaturgo: aquele que opera milagres. E você operou o milagre da nossa felicidade de sermos uma família finalmente. Entretanto, sua mãe com o passar dos tempos deu sinais de problemas de infecção no colo do útero. Ela se submeteu a várias cirurgias sem nenhum resultado positivo. O que começou com um mioma se tornou um câncer. Você era ainda criança. Mais a sua mãe sofreu muito. Mesmo assim nunca deixou de te amar, cuidar de você.

A nossa vida sexual, porém, devido às complicações de saúde se tornou muito raras, chegando apenas momentos de carinhos e afetos. Senti-me necessitado de algo a mais. Sempre amei a sua mãe. Mesmo depois de sua morte nunca quis me casar. Olha que nunca me faltaram pretendentes, você sabe era novo ainda, diga-se de passagem, bem cuidado naquela época. Felizmente a perda de sua mãe doía demais aqui dentro do meu coração. Mas deixa-me voltar ao assunto.

Em uma das minhas viagens até Barretos cheguei a conhecer uma moça muito sedutora. Estava eu num bar bebendo um pouco para tentar afogar as mágoas. Sabe filho estava necessitando de vida sexual. Estava muito vulnerável naquela noite. Então tal mulher se aproximou de mim e começamos a conversar e tal. Bebemos muito. Ela disse que estava na cidade a passeio. Eu estava a trabalho. A situação foi esquentando e acabamos transando no hotel onde ela estava hospedada. Sei que a carne foi fraca. Mais sou homem, tinha minhas necessidades que você sabe que são inerentes ao sexo masculino. Chegamos ao ponto de bater uma punheta mesmo depois do sexo, por uma necessidade pessoal. Ficamos nos encontrando durante toda a minha estada em Barretos, isso durou uma semana.

Depois ela me confessou que havia se separado de um cara que a maltratava muito. Como estava carente, e ela solteira, começamos a nos envolver mais e mais, aproveitava os momentos que ia até Barretos pra me encontrar com tal mulher, o nome dela era Dora. Ela era jovem, bonita, envolvente e muito sensual. A nossa relação durou pouco não passou de alguns meses. Sempre nos preveníamos. Não era minha intenção ter outro filho. Você e sua mãe eram a minha família. Cheguei leva-la pra conhecer a tua tia Irene. Tornaram-se amigas, mesmo desaprovando a minha conduta. A sua tia foi enérgica sobre a minha vida dupla. Talvez ela me tenha me dado lucidez necessária pra dar um basta naquela situação. Separamo-nos ela voltou para perto da família dela no interior do Estado. Fiquei sem notícias até...

Esses dias que fiquei na casa de Irene, pôde perceber que ela estava muito intranquila. Sempre que falava comigo dava a entender que tinha algo a me contar. Até que numa noite ela me mostrou uma carta que Dora tinha deixado há muito anos. Na carta ela narrava que estava grávida de mim. Porém, não iria me obrigar a nada. Ela tinha consciência que eu tinha uma família. Aos poucos minha irmã se tornou sua confidente e em contrapartida, ela mantinha tudo em segredo. Nunca me dissera nada. Sempre guardou isso em silencio. Mas algo mudou quando ela soube de Dora que o filho que ela teve e criou resolveu se instalar aqui na fazenda. Foi quando soube que o filho em questão era o Humberto.

Sinceramente fiquei sem o que fazer e o que pensar. Mas existia alguma intuição dentro de mim. Lembra que depois daquele incidente em casa na qual quase resultou na minha hospitalização e que ao rever o Humberto, sentia-me impelido a dar amor em vez de desprezo. Algo já me dizia lá no fundo do meu coração que não podia ser incompreensivo com ele, tinha que acolhê-lo de alguma forma. Intuição paterna eu acho.

“Agora preciso de uma coisa sua filho?”

“De que pai?”

“Do seu perdão!”

Levantei-me e dei um abraço muito forte no meu pai. Choramos muito. Meu pai soluçava muito. Senti o meu pai muito perto de mim.

“Quero te pedir perdão por tudo o que eu fiz meu filho. Mas acho que nunca me perdoei por ter traído sua mãe.” Meu pai me apertava muito no abraço. E continuava a se desfazer em lágrimas. Há quanto tempo esse homem amargurou no seu coração tanta tristeza. Talvez o trabalho e a ambição de fazer a fazenda Paraíso prosperar tenham sido o seu consolo ao longo de todos esses anos. Não me continha e comecei a compartilhar toda aquela emoção.

Agora tinha ganhado um irmão. Agora estava entendo o porquê de tanto ódio por mim. Talvez sei lá na cabeça dele eu tenha roubado o amor paterno que tanto ele merecia. Mas porque ele não revelou tudo pra gente? Qual era o seu medo?

Somos interrompidos com a presença de Miguel.

“Amor e seu Fernando alguém quer falar com vocês!”

Dirigimo-nos ao encontro de Humberto. Adentramos o quarto onde ele estava se recuperando. Silenciosamente nos aproximamos dele. Meu pai disse tocando-lhe a testa:

“Você está melhor meu filho?”

“Filho!” disse Humberto espantado. “Como o senhor soube?”

“Filho eu descobri sobre você recentemente. Por intermédio de tua tia, a minha irmã, que sempre foi confidente de tua mãe. Ela me contou tudo.”

“O senhor me perdoa?”

“Perdoar de que? Eu que tenho que te pedir perdão.”

Os olhos de Humberto começaram a ficar marejados por causa da emoção que penetrava seu coração. Ele então fixou o olhar para Taumaturgo. Sentindo-se culpado naquele momento de tudo ter chegado aquele ponto da história.

Taumaturgo tomou fôlego, respirou profundamente, com um semblante sereno se voltou ao seu irmão que descobrira numa situação mesclada de ódio e preconceito.

“Só queria saber por que você não foi capaz de nos contar sobre você?”Narrativa de Humberto

Sempre tive vontade de conhecer o meu pai biológico. Fora criado pela minha mãe com muito amor. Depois que ela voltou a morar com seus parentes aqui no interior do estado, conheceu um homem muito bom que me criou como filho. Quando completei meus quinze anos e meu padrasto veio a óbito, descobri que não era filho de sangue. Minha mãe contou toda a história de como foi pra vocês se conhecerem e eu vir a nascer. Minha mãe nunca contou sobre mim ao senhor por causa de sua família. Ela não queria causar transtorno. Por isso ela fez questão de nunca revelar a minha origem até então, quando meu pai veio a falecer.

Ela me contou que o senhor tinha esposa e um filho. Que o senhor era um fazendeiro de grande influencia na região. Quando completei meus 18 anos, decidi conhecer o senhor. Minha mãe sempre foi contrária a essa minha iniciativa. Todavia depois que descobri que tinha um pai biológico me impus o direito de conhecer. Com o tempo de muita persistência finalmente minha mãe me deu o seu endereço. Ela sabia informações do senhor devido ela manter contato com a dona Irene, no caso sua irmã. Quando eu cheguei à maioridade fiz uma visita a ela, que ficara muito emocionada em saber que eu tinha me tornado um homenzinho.

Ela também falou de você Taumaturgo, que tinha se tornado um frade franciscano e que há muito tempo morava num convento, e que estava próximo de se torna padre. Quando eu soube de todas essas informações fiquei mais desejoso de conhecer meu pai.

No primeiro momento quis me aproximar sem me anunciar como o seu filho. Por isso me passei por peão esse tempo todo. Tornara-me uma espécie de observador. Sempre ficava próximo na medida do possível do senhor. Queria aprender sobre a vida de peão, como lidar com a fazenda. Sempre tive inclinação para isso. Minha mãe nunca me disse para ser outra coisa, talvez no fundo ela soubesse que era por causa de ser o teu filho. Filho de peixe, peixinho é, não reza assim o ditado popular, rs.

Tudo ia bem, até saber que o Taumaturgo estava voltando de férias e para minha tristeza talvez para sempre. Sentia-me ameaçado pela presença do outro filho. Tinha momentos que percebia seu apreço pelo filho que o senhor considerava único. Sempre o tinha como referência ética, moral, um santo. Isso foi me deixando com muito ciúme. Sentia-me roubado no meu espaço de filho. O amor que mesmo de longe eu dispensava ao senhor estava sendo ameaçado com a presença de Taumaturgo. Eu dizia pra mim mesmo o filho perfeito e santo está de volta. Agora que me sentira mais uma vez sem a possibilidade de identificar pro senhor e dizer com todas as letras que eu era seu filho.

Até que por ironia do destino quando estava na baia cuidado dos afazeres no celeiro percebi a chegada de Taumaturgo e com alguns minutos depois de Miguel. Fiquei na minha apenas de atalaia. Observando o que poderia acontecer. No primeiro momento achei até normal. Não notei nada de segundas intenções. Mas quando comecei a escutar sussurros fui verificar e tomei um grande susto ao ver os dois se beijando e trocando carícias. Resolvi me esconder para não ser notado. Então pensei que o santo que o meu pai tanto amava não era tão santo assim, e além de que era gay.

Quando vocês saíram resolvi tomar coragem e fui até ao seu encontro para ameaçá-lo, como era bom saber que tinha algo contra o Taumaturgo. Como você não cedeu a minha ameaça, vendo que tudo estava fugindo do controle. Resolvi então abrir o verbo para que todos soubessem que você não é o santo que todos imaginavam. Todavia como a precipitação foi minha grande inimiga, quase perdi meu pai após aquela briga entre a gente na sala da fazenda.

Sentia-me pequeno diante de tudo que aconteceu. Pois poderia tudo ter dado errado. Eu poderia ter matado o meu próprio pai, sem ao mesmo dizer em vida que era o seu filho. Ou até mesmo criar uma grande barreira entre a gente, pois estava machucando o seu filho cujo pensara ser o único que tinha seu sangue. Sentia-me encurralado. O que fazer para tentar amenizar o mal que lhes causara?

O senhor foi capaz de me perdoar e até mesmo me chamou para jantar depois de sua volta do hospital. Mas o comportamento de Taumaturgo não agira assim. Isso me deixou mais chateado. Além de pousar de santo, de perfeito pra todos, agora o bom moço se mostrava acima do bem e do mal. Isso me deixou enfurecido. Como não sabia reagir de uma forma adulta, até mesmo abrir o jogo com todos vocês. Como poderia de repente anunciar que sou o teu filho senhor Fernando. Isso levantaria suspeitas de alguém que se aproxima apenas com interesses financeiros. O que não era o meu caso. O problema maior foi me sentir ameaçado pela volta do filho mais velho, do cara que naquele momento detinha todo seu amor. Sem mesmo me dominar tudo foi explodindo ao ponto de agir como moleque e realizar todo o mal.

Agora me sinto muito envergonhado... triste e abatido. Será que um dia poderei ter de fato o perdão do meu pai e agora ter o teu perdão, Taumaturgo?

Taumaturgo já cheio de lagrimas que brotavam de seus olhos, comovido com a história que acabara de ouvir da boca de seu irmão. Apenas deu um beijo na sua testa. E segurando sua mão disse-lhe com muita ternura nos lábios e no coração:

“Hoje ganhei um irmão que nunca soubera de sua existência. Agora o tenho mesmo diante de tudo que passamos com muito apreço e muito amor. Hoje te acolho com compaixão. Espero que possamos a partir de hoje não mais cultivar o ódio ou rancor, mais sim o amor fraterno mútuo.”

Ninguém mais naquele quarto era forte o suficiente para segurar a emoção, o choro tomou conta de todos. Mas não era um choro de tristeza e sim de alegria por termos descoberto o mais novo membro da família. Meu pai estava muito feliz. Os três se abraçavam fortemente. O Humberto no centro, eu a direita e meu pai a esquerda dele. Quanta dor foi superada enfim com os laços que começam a emergir de toda aquela história cheia de sentimentos contrários a verdade e a vida.

Aos poucos fomos ficando mais calmos. Ate dei um selinho meu morzão Miguel, rsNa fazenda Paraíso

Aquela noite era muito chuvosa. Todos estavam foram da casa sede. Estavam todos no hospital. Ficando apenas Enzo. Durante a madrugada Enzo sentiu uma sede muito grande e resolveu ir até a cozinha para beber água, matar a sede.

Enzo ia andando tranquilamente pelo corredor central que dava acesso aos cômodos do casarão, inclusive a cozinha. Os passos leves e silenciosos iam dando forma e imaginação a todo e qualquer fantasma que pudesse povoar quem quer que seja. Começara a escutar coisas, será que coisas reais ou fruto de sua imaginação. Na calada da noite os nossos temores mais escondidos tomam cor, tons, sons e formas, não é verdade?

Quando estava próximo de chegar à cozinha, de repente uma janela se abre repentinamente devido aos ventos oscilantes. Quando a janela se escancarou um clarão oriundo de um raio se fez tão intenso que poderia achar que o próprio local fosse aonde o mesmo caíra. Nossa que susto. Mas Enzo fechou a janela e continuou seu percurso até a cozinha. Ora a sede era maior que o seu susto posterior. Dizem que o medo faz que os nossos fantasmas se agigantem. O assustado do Enzo abre a porta da geladeira, que funcionou como um facho de luz que iluminara fracamente a penumbra do ambiente. Os raios externos contribuíam para dar o tom de filme de terror.

Quando ele se abaixa para pegar a garrafa de água, outro susto, um gato salta de cima da geladeira em sua direção no exato momento que se levantara.

“Que susto! Gatinho levado, quer matar o papai de susto, rs!”

Enzo acaricia o gatinho que outrora o assustara. E entre uns afagos e outros, dava goladas de água para matar a sua sede. Quando finalmente se cansou de mimar o felino, o deixou no chão. Mas escuta ao longe um barulho provindo do corredor, como que porta abrindo. Será a sua imaginação pregando mais uma peça naquelas alturas? O jovem modelo reúne todas as forças interiores e vai até o ambiente que lhe despertara curiosidade. A noite de fato se tornara tão silenciosa que o próprio silêncio tinha voz ensurdecedora. Uma porta se abre. Enzo verifica o que está acontecendo em tal cômodo. Pega na maçaneta e vai abrindo devagarzinho para não afugentar alguém que lá pudesse estar. Mas nada de novo apenas o vento lhe pregando outra peça. O jovem modelo se encontrara sozinho naquele casarão.

Continuou dando passos até o seu quarto. Certificando no caminho que todas as portas e janelas da casa estivessem fechadas por causa da chuva que teimava em cair naquela noite solitária. Entretanto, quando abre sua porta dando as costas ao acaso escuta um sussurro no seu ouvido:

“Enzo você é meu! Você nunca vai escapar de mim!”

Continua...


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Comentários

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E do nada a história vira para outro lado. Curioso pra saber o que vai acontecer com Enzo!

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Maravilhoso. História emocionante! Aguardo ansiosamente a continuação.

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Tá, o Tamaturgo é uma pessoa de bom coração, mas eu tenho meus receios em relação ao Humberto e esse pedido de perdão (sou muito desconfiado mesmo haha); Que medo da forma que acabou esse capítulo, e me deixou super intrigado: o Enzo teve um relacionamento destrutivo, por isso resolveu fugir com a desculpa de ir "visitar" primo?

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