Já atendi ao telefone com raiva, eu não queria mais ser envolvido nas merdas dele, na ligação ele me disse que tinha saído de casa na sexta-feira de madrugada e já tinha se envolvido em outra confusão, mais dessa vez eu tirei o meu corpo da reta disse a ele que já tinha saído de viagem pra Uberlândia e que voltaria só após o ano novo e que era pra ele não ligar pois eu não poderia atender por causa do deslocamento...
– Me ajuda só mais essa vez por favor.
– Como meu querido, você não tem conta em banco e seu traficante eu tenho certeza que também não tem, ache outros meios ligue pra sua mãe.
– Não posso incomodar minha mãe com isso ela já sofre demais.
– E a mim pode? Eu não sofro suficiente? Olha para de me telefonar procura outra pessoa pra extorquir, eu não sou rico, não tenho dinheiro dando em arvore, por favor, me esquece.
Desliguei o telefone, almocei busquei os meninos e fomos pra Uberlândia ferver no fim de ano, como sou do interior eu adoro cidade grande, sempre vou a passeio né então acho tudo ótimo, nos hospedamos em um bom hotel e muito bem localizado, chegamos no dia 21 de Dezembro na cidade e já fomos aproveitar tudo ao máximo, shopping, cinema, zoo, saunas, tudo que tinha pra oferecer, e principalmente os boys, era muita opção, à noite fomos a Heaven Disco assistir um show de humor de drags, acho que o nome dela era Thalia Bombinha eu achei um amor ela é gordinha e toda engraçada, é legal quando a pessoa tira sarro de si mesma o melhor da vida é não se levar muito a serio, eu prefiro pensar assim... A noite rendeu apenas pra mim, conheci um homem lindo chamado Victor um belo negro de 27 anos de idade, muito malhado, ele disse que era personal trainner então entendi o motivo de ter tanta definição no corpo, belas pernas, bunda, barriga, peito e o melhor de tudo um pênis lindo nada enorme como nos pornôs mais de bom tamanho.
Fomos para o hotel e ele nos seguiu no carro dele, entreguei a caminhonete para os meninos darem uma volta, enquanto eu iria dar outra coisa para o Victor, e não me arrependi o cara me deu uma aula na cama, me pegou no colo isso era inédito pra mim enquanto estávamos ali envolvidos no sexo eu fiquei a pensar comigo mesmo: Junior, você é bonito, simpático, não precisa arranjar problema pra cabeça, o Victor era um cara lindíssimo tipo Deus Grego com pegada poderia muito bem ser um namorado meu e me tirar da vida mundana, em alguns momentos ele acelerava muito o ritmo, meu corpo todo doía eu não estava acostumado a caras com aquele pique todo, por fim eu já implorava em pensamentos pra ele gozar ainda demorou um pouco ele bateu uma pra mim e eu gozei quando eu gozava todo mole já, ele finalmente gozou dentro da camisinha enchendo ela de porra, e caiu por cima de mim me dando um beijo na boca, foi intenso e gostoso, ele estava com a cabeça no meu peito e falou...
– Acho que alguém aqui nunca tinha praticado tanto exercício em uma única noite, seu coração esta muito acelerado.
– Realmente eu vou a academia cinco vezes por semana mais admito que não estava nenhum pouco preparado pra isso.
Ficamos conversando na cama, quando ele pediu meu numero foi que lembrei que meu celular estava desligado, quando liguei tinham 31 ligações perdidas do orelhão que o Romeo tinha me ligado e 8 ligações do Cosmo foi ótimo meu celular estar desligado assim esse povo me errava, trocamos números e voltamos a conversar ele me disse tudo sobre ele que era de Uberlândia mesmo, quando os meninos chegaram ele ainda estava no hotel, como estava em uma cama de casal ele dormiu comigo, quando os meninos o viram dormindo na cama só de cueca e constataram aquela quantidade de músculos ficaram loucos, o Thalles era o mais empolgado de todos com o cara, fomos todos dormir, e eu morrendo de medo de roncar, porque tinha bebido e quando eu bebo sou pior que trator velho ronco que é uma beleza, mais acho que passei em silencio a noite pois ele não comentou nada e ainda estava ao meu lado quando acordei.
Levantamos nos lavamos, tomamos banho eu sempre levo no mínimo duas escovas de dentes reserva pras minhas viagens o que foi ótimo porque dei uma pra ele, ele tomou banho vestiu roupa e nos chamou pra tomarmos café, fomos todos na caminhonete na lanchonete que ele indicou, eu estava seco em um cappuccino sou viciado pra dizer a verdade, acostumei com café por causa da usina, sempre tomamos muito café por lá, ficamos juntos o café da manhã, ao final ele pagou toda a conta e disse que iria pra casa dele, mais que queria almoçar comigo, eu achei legal ele querer passar mais tempo comigo, sinal que ainda tinha uma salvação pra mim, topei voltamos pro hotel ele pegou o carro dele e foi embora.
Logico que quando fiquei a sós com meus amigos eu fui me gabar do meu Deus Africano pra eles, o Thalles adorou, ficou louco querendo um igual mais adorou o boy e ele realmente era muito simpático além de muito bonito o Thiago sempre fica com o pé atrás com tudo, ele analisa demais as coisas, por mais que estivesse ótimo eu ainda pensei no Romeo, não sei porque mais pensei fomos almoçar nos 4 juntos em um restaurante chamado Carro de Boi, depois dar umas voltas, os meninos foram as compras no shopping e nós dois ficamos na praça de alimentação conversando eu narrei pra ele o que tinha me acontecido na minha cidade, eu tenho esse problema eu não sei esconder as coisas, geralmente eu falo tudo que as pessoas querem saber, contei do motorista enrustido, do viciado da ligação dos dois com a família.
Ele ficou admirado e me disse que daria um ótimo conto, sim foi isso que me incentivou a escrever, mas me contou que não é tão estranho e surreal quanto parece que em Uberlândia muitos garotos de programa também estão se envolvendo com drogas pesadas e confundindo a profissão com outras coisas, fiquei confuso no começo mais depois entendi ele tinha achado que o Romeo era garoto de programa, de fato, nós também achamos quando pegamos ele na rua, pois nas proximidades do aeroporto municipal é onde os michês da minha cidade ficam com seus programas caríssimos e nem sempre valem a pena, porem quebrei feio a cara achando que ele era um garoto de programa, o Victor parecia mais mente aberta do que eu tinha imaginado e previsto que fosse, depois que os meninos voltaram fomos ao estacionamento eles guardaram as compras e decidimos ir ao cinema assistir qualquer coisa que tivesse passando, só pra passar o tempo mesmo, ou como o Victor diz, amassar barro.
Chegamos no hotel as sete da noite, me despedi do Victor que iria embora descansar pois no outro dia tinha aluno marcado pras seis horas da manhã e não poderia se atrasar pois era um milionário enjoado da cidade, fiquei meio extasiado com ele, era muito diferente de todos os homens que eu já tinha ficado, era maduro, decidido e objetivo o que era melhor ainda, pois minha indecisão era completada pela objetividade dele, e os meninos decidimos ficar no hotel mesmo, fomos ao mercado compramos uma garrafa de vodca três galõezinhos de suco de uva e voltamos pro quarto, ficamos bebendo os três sozinhos e rindo feito bobos da vida e de tudo mais enquanto o tempo passava e o sono não nos presenteava com sua presença, mais como minha felicidade não pode ser completa o universo não deixa as 23:00 meu telefone toca era meu pai...
Continua...
