Minha vida é uma vida normal de universitário, acordo cedo, vou pro meu estagio em um restaurante aqui de Goiânia, almoço por lá mesmo, depois do almoço vou para faculdade onde fico até 22 da noite eu curso Gastronomia me formo no final desse ano graças a Deus, sou de uma cidade de interior nasci e me criei em um município chamado Goiatuba também em Goiás, aos meus 17 anos de idade eu vim para Goiânia estudar isso foi a três anos hoje estou com 21, se era esse o curso que meus pais queriam pra minha vida? Não mesmo, tanto é que quando eu prestei vestibular para meu pai eu automaticamente assumi minha homossexualidade, eu nem precisei falar nada pra ele, assim que fui aprovado no vestibular em 3º lugar, Obrigado. Eu levei uma surra que fiquei ruim quase uma semana eu nunca tinha apanhado do meu pai na minha vida, mais quando ele me bateu, ele não me bateu como se bate em um filho, mais sim do jeito que se bate em um homem, fiquei irritado, frustrado com um ódio mortal dele, mais era a cabeça dele um pecuarista do interior de Goiás eu não poderia esperar que ele me abraçasse e me desse um DVD da Cher pra comemorar minha homossexualidade.
Para minha sorte ele me bateu duas semanas antes de eu me mudar, quando fui embora já tinha cicatrizado tudo e meu olho roxo tinha sumido, no dia da minha mudança ele me perguntou se eu tinha mudado de ideia em relação a ser viado, eu disse a ele que não que estava mais convicto de que realmente era isso mesmo que eu era, e que não adiantava muita coisa ele me bater, ele estaria apenas se machucando fazendo isso, minha mãe é o AMOR em pessoa, ela ama todo mundo, todo mundo mesmo é a pessoa mais bondosa que conheço é o equilíbrio da minha casa, somos três irmãos, sendo eu o mais novo e o único que não enveredou na área da saúde minha irmã mais velha é formada em Odontologia, e minha irmã do meio é Cardiologista, eu sou o único homem dos filhos e vou me formar em Gastronomia, a decepção da vida do meu pai, ele queria um filho medico, mais enfim nem tudo é como sonhamos ou esperamos.
Em Goiânia eu moro em um condomínio de 40 casas, são casas para universitários mesmo, geralmente o pessoal mora aqui em republicas nas casas eu moro sozinho, minha mãe preferiu assim por medo de eu ser assaltado ou morto por alguém que viesse a morar comigo, pois é, no interior é assim que funciona, ao menos na minha rua, eu sou o único que a casa é minha, o restante é tudo aluguel quando me mudei meu pai me deu um carro pra eu me virar, minha mãe que me entregou mais disse que meu pai que pagou por ele, tudo bem que é um Palio mais já era uma mão na roda, já que aqui em Goiânia o transporte publico além de caro vive em greve, então foi ótimo para mim ele ter me dado uma condução de presente.
Meu pai não fala comigo até hoje mais todo mês me manda uma ajuda de custo, e no meu aniversario me manda parabéns e sempre dinheiro de presente, a justificativa dele é que sempre fazia isso pras minhas irmãs não é porque eu sou a maior decepção da vida dele que ele não iria fazer pra mim também... Era tudo ótimo na republica minha casa é a da esquina eu tenho amizade com todos, sempre comem aqui em casa, eu adoro ver pessoas comendo, gosto mais de ver do que de comer pra ser sincero, deixa eu me apresentar, me chamo Dhione, mais meus amigos me chamam de Deo, desde muito novo meu apelido é esse, tenho 1,80 de altura, peso 70 kilos, corpo com poucos pelos, malho três vezes por semana, sou um cara vaidoso, sou moreno, cabelo curto, sem barba, olhos castanhos, sou um homem bonito, sem modéstia alguma sou bem bonito mesmo (risos).
A vida ia muito bem na republica, isso mesmo ia muito bem ate que em Janeiro de 2012 o pessoal que morava na casa ao lado todos formaram e encerraram o contrato de locação do imóvel com o proprietário, foram embora eu fiquei órfão dos meus melhores amigos no campus, apesar de cursarem direito todos eram muito gente boa, no meu curso o pessoal não curte muito se relacionar amigavelmente todos são muito competitivos e eu tenho preguiça disso, prefiro dormir a ficar muito tempo com eles, já tinha quase dois meses que eu não tinha vizinhos, quando se mudaram pra casa ao lado dois caras que cursam agronomia na mesma universidade que eu, eu não os via no começo mais isso foram apenas nas duas primeiras semanas, começaram as festas e eu nunca vi tanta puta na minha vida, acho que nem no clube privê tem aquela quantidade de piranha.
Eu ficava impressionado com eles, deveriam ter uma virilidade enorme, apenas dois homens comendo um batalhão de mulher quase todos os dias, era um inferno, nos finais de semana eu gostava de testar novas receitas e coisas novas minha especialidade é em dessert’s ou sobremesas, sou fascinado por elas, estava eu em um domingo de manha na minha casa quieto, era mais ou menos nove da manha eu estava preparando uma massa para fazer uma rosca, gosto de ouvir musicas baixinho pra testar minhas receitas , ate que toca minha campainha as casas aqui não tem muros na frente apenas nas laterais, chuviscava fino, eu fui a porta era um dos caras da casa ao lado...
Ele era o pior dos dois, conversava alto, não era nem de longe o tipo de homem que eu curtia, não mesmo... ele estava só de bermuda e descalço, ele não é gordo, mais tem bastante corpo deve pesar uns 100 kilos, e aqueles caras que chamaríamos de grande, um rosto muito bonito, sem exageros, mais alto que eu cabelo preto, sombrancelhas grossas e igualmente negras, muito branco e rosto quadrado com barba por fazer, eu mau terminei de analisa-lo e ele foi falando...
– Veio, me empresta um pacote de arroz ai mano, a gente ta varado de fome ali naquela casa, a noite foi intensa.
Como dizemos aqui em Goiás minha vontade foi de mandar ele ir procurar arroz na baixa da égua, que eu não iria dar nada, mais como meu senso de bom vizinho falou mais alto eu concordei e dei a ele um pacote de arroz, quando me virei na cozinha ele estava lá parado em pé na minha frente, na hora me veio a imagem do meu carpete da sala sujo pelos pés daquele infeliz, em tom de ironia eu perguntei se ele queria mais alguma coisa, ele olhou no balcão e perguntou...
– Esta preparando alguma coisa de comer ai?
– Sim estou testando uma receita nova para apresentar na faculdade é uma rosca feita com uma massa à base de soja.
– Legal, quando tiver pronta me chama pra comer, adoro comer rosca.
Disse um tá bem eu chamo meio entredentes para ele ir embora logo, quando ele saiu eu voltei aos meus afazeres, estava ouvindo Kylie Minogue feliz da vida todo serelepe cantando, quando me veio de novo na cabeça ele dizendo que adorava comer rosca, dei ate uma tremida no joelho, será que ele tinha falado aquilo pensando no real significado da palavra, ou foi uma coisa involuntária e totalmente sem querer, enfim perdi toda minha concentração demorei um pouco para recupera-la, eu não sou o tipo de cara que você bate o olho e pensa “Humm Bicha” Sou discreto, quieto, meio calado sou melhor ouvindo na verdade, mais admito gosto demais de homem, chego arrepiado do quanto eu acho bom, por isso mesmo eu fiquei instigado com a afirmação do cara da casa ao lado, terminei de preparar minha rosca, fiz uns drink’s de fruta do Conde, depois fui organizar minha casa e tirar as marcas do pé dele do meu piso branco, fiquei faxinando minha casa até meio dia, eu detesto bagunça sou muito organizado com minhas coisas, tinha acabado de tomar banho, a casa tinha um cheiro doce por conta da rosca estava fazendo almoço quando minha campainha tocou de novo, eu fui atender era ele...
Pessoal, gostaria de ouvir a opinião de vocês devo continuar com o conto?