Gente, fico tão feliz em estar postando para vocês um novo conto. Espero corresponder às expectativas. Este conto vai mexer com vocês. MIL BEIJOS e obrigado por sempre estarem comigo. Desejo o post de hoje ao Iky, meu amigo querido.
Ele ainda tentou se soltar do Juninho, mais a sua perna estava muito machucada, e ele estava com dores no corpo devido à queda. Sem nenhuma piedade, Juninho perfurava a barriga dele, até matá-lo. Como ainda era dia, ele colocou aquela faca rapidamente de volta a mochila, trocou a camisa, pegou a sua bicicleta e saiu... Deixando o corpo daquele rapaz de apenas 17 anos, para trás. Aquele seria o primeiro de muito outros terrores que o Juninho iria aprontar.
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Ele chegou rapidamente em casa, e passou pela mãe correndo, e foi direto para o quarto. Deu um jeito de esconder aquela faca, até achar um lugar apropriado para dar um fim de vez naquela prova do seu crime. Com cara de satisfação e sem nenhum remorso ele caiu no chuveiro e se lavou das marcas de sujeiras e algumas de sangue que estavam impregnadas pelo seu corpo.
- Júnior! O almoço já está na mesa. – gritou a mãe dele da porta.
- Ai que saco! É um grito atrás do outro. – ele falava em pensamentos, enquanto se lembrava da cena em que perfurava a barriga do colega de classe, que até então era um caso dele. Saiu do banheiro, pegou a camisa suja se sangue, colocou dentro de cinco sacolas e pôs lixeira do banheiro. Vestiu-se e seguiu para cozinha, indo almoçar com a mãe.
- Filho... Que eu me lembre você saiu com o uniforme da escola e voltou sem ele.
- É que... Eu resolvi jogar bola com a galera; daí acabei suando e tomei um banho no vestiário do colégio.
- E onde está o seu uniforme? Vou botar pra lavar.
- Mãe eu acabei jogando fora. – ele dizia cada palavra meticulosamente.
- Como assim Júnior?
- Ah mãe! Chega de perguntas! Foi uma briga que eu tive, e o garoto rasgou minha camisa... Na volta pra casa, eu joguei na lata de lixo.
- O seu pai vai ficar sabendo desta história. Isso tá muito mal contado. Agora senta e come.
Ele ficou imaginando que teria de encarar o pai com aquele assunto novamente, se aborreceu com a mãe, comeu rapidamente e saiu de casa. Ele costumava andar de cabeça baixa e com as mãos no bolso da bermuda, mas naquele dia, passando pela calçada, ele finalmente viu, o que seria os mais novos morados da rua. Uma linda mulher carregava uma bolsa, e ao seu lado, uma menina e um jovem que parecia ter a mesma idade dele. Mais o que chamou mesmo a sua atenção, foi quando o Marcelo, um lindo e atraente homem desceu do carro para ajudar a mulher.
Ele fixou o olhar naquele homem. Como alguém poderia ser tão lindo? Tão perfeito? Tão sexy? Não sabia explicar, mais logo, ele passou a imaginar aquele homem possuindo ele, o comendo de todas as maneiras e brutais possíveis. Por um momento ele deu um sorriso de canto; era como se o seu ego estivesse sendo alimentado por aqueles pensamentos diabólicos. Será ele o amigo do meu pai?
Ele voltou bem mais tarde pra casa, depois de ter andado muito pela praia.
- Onde você esteve hein Juninho?
- Eu tava dando uma volta pai.
- E resolveu ficar na rua até uma hora dessas?
- Não foi o senhor mesmo quem disse para eu fazer amizades novas? Para eu sair um pouco de casa? Eu não consigo entender qual é a de vocês dois... Se eu fico trancado no meu quarto, eu sou maluco; se eu resolvo sair um pouco, eu sou maluco também. Ah! Quer saber? Eu estou de saco cheio!
- Volte aqui agora! – gritou o pai dele, o fazendo recuar de imediato.
- Sua mãe me contou que você brigou hoje na escola, e que jogou o uniforme no lixo. Será que pode me contar isso direito?
- Ok! Eu fui xingado por um idiota, acabei enfiando uma caneta na pele dele, logo ele começou a sangrar. Partiu pra cima de mim, daí eu furei ele novamente, ele rasgou a minha camisa, e para não ter que ouvir blá blá de vocês dois, eu acabei jogando ela no lixo. QUER SABER MAIS ALGUMA COISA?
No ato, ele recebeu uma bofetada tão forte do pai, por ter sido tão audacioso. Mas por dentro, ele não sentia nada, apenas vontade de descontar aquele tapa em alguém.
- Já posso ir para o quarto, ou pretende me dar outro tapa?
- Me respeite Júnior! Eu sou o teu pai.
- Ok, agora eu vou para o meu quarto. – ele saiu deixando o pai parado na sala. A situação estava ficando insuportável.
Quando caiu a noite, ele resolveu sair da clausura e foi até a geladeira comer alguma coisa. Viu os pais diante da TV, e o crime cometido por ele acabava de ser anunciado.
- Meu Deus! Que horror! Venha ver isto meu filho. – gritou a mãe dele.
Ele viu pela televisão um bando de policiais cercando o corpo do Thiago e alguns jornalistas. Como não podia deixar pistas, correu até a cozinha, cortou uma cebola, e passou um pouco do líquido nos olhos. Sentiu um enorme ardor, mais tinha que mostra sofrimento com tudo aquilo. Voltou para sala, e a sua mãe já estava emocionada.
- Não pode ser mãe! O Thiago era o meu melhor amigo. Eu gostava muito dele. Quem fez uma maldade dessas?
- O nosso país não tem mais jeito. Fica calmo meu filho. Ele agora está com Deus.
- Como posso ficar calmo mãe? O que vai ser de mim? Da escola? Da turma sem o Thiago?
- Calma Júnior... Na vida, tudo pode acontecer. É por isso que eu me preocupo em deixar você ir de bicicleta e sozinho para o colégio. – disse o pai dele.
- Eu vou até lá mãe! Eu quero vê-lo.
- Não adianta meu anjo... Quem fez isso com este pobre jovem merece o inferno!
Ele viu que o seu teatro funcionou direitinho e logo foi para o quarto. Jogou-se na cama, e a única imagem que passava em sua cabeça, era a daquele homem saindo do carro. Ele ia descobrir tudo sobre ele. Onde trabalha... O que mais gosta de fazer... De certa forma, aquilo mexia com ele por dentro. Não era amor, óbvio que não, mais simplesmente um desejo incontrolável de transar com ele.
No dia seguinte, ele foi para o colégio, onde todos choravam. Uns abraçados com outros, uns em silêncio, e uma faixa grande escrita: “Thiago nós te amamos”!
- Que gente idiota! Quanta melancolia por um simples rato! Ainda bem que eu me livrei daquele imbecil de uma vez.
Um colega dele aproximou-se. Era o que mais conversava com o Juninho na escola. O seu nome era Leandro.
- Poxa... Muito triste o que aconteceu com o Thiago né?
- Muito... Mas tudo na vida tem um motivo; talvez ele deva ter feito algo que levou este alguém a fazer o que fez.
- Credo Júnior! Você falou com uma frieza no olhar.
- É apenas o meu modo de ver as coisas. Será que eles vão liberar a gente?
- Acho que sim. Em respeito a memória dele, acho que hoje não deve ter aula.
- Eu espero que sim. Não estava com saco pra aturar professor hoje. – disse ele ríspido.
- Você é tão estranho cara...
- Por isso cuidado comigo Leandro. – ele se afastou.
Naquele dia não houve aula, e ele voltou pra casa. Teria de passar no psicólogo, e mal podia esperar, para ver a cara do doutorzinho. Ao chegar em casa, uma surpresa...
- Oi filho! Este daqui é o meu amigo Marcelo que irá morar próximo da gente.
O homem sorridente estendeu a mão para ele.
- Oi. Como vai garoto? Vai ter um menino da sua idade para poder brincar.
- Hã? Um menino da minha idade para poder brincar?
Aquilo foi um banho de água fria. – O que ele pensa que eu sou? – Um bebê?
- Oi. Eu tenho 16 anos, e não costumo mais brincar. – ele satirizou a última palavra.
- Viu Paulo? Eu te falei. Essa garotada de hoje, já pensa que é adulto. – os dois riram, e o Júnior ficou com ódio por dentro.
- Eu sei me virar muito bem sozinho... E sei muito bem o que eu quero da vida.
- Nossa! Então você é um jovem bem decidido. – ele sentiu ironia nas palavras do homem. – Meu filho tem 15 anos, e tenho uma menina de 12. Quando quiser aparecer em minha nova casa, para poder conversar com eles, fique a vontade.
A vontade mesmo do Juninho, era de mandá-lo tomar no cú, mais o tal Marcelo tinha algo que o hipnotizava.
- Bom, deixa eu ir. Muito obrigado pela garrafa de água Paulo, amanhã mesmo estará tudo funcionando.
- Quê isso Marcelo... Amigos são pra essas coisas. E o que você e sua esposa precisarem, podem contar com a gente, afinal... Agora somos vizinhos.
- Até mais meu amigo. Até mais Júnior! – ele partiu.
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- Então quer dizer que ele tem esposa? E dois filhos? – Eu vou te mostrar que não sou nenhuma criancinha Marcelo. Se você soubesse o quanto eu adoro homens mais velhos... Ainda vou te levar pra cama, nem que eu tenha de me aproximar dos seus filhos e da sua querida esposa...
Ele já dizia aquilo, em seu quarto, na sua cama.
CONTINUA...