DESPEDIDA DE SOLTEIRO CAPÍTULO 4 – SINTO TUA FALTA

DESPEDIDA DE SOLTEIRO CAPÍTULO 4 – SINTO TUA FALTA

Amados em breve eu arrumerei um tempo pra comentar cada gesto de carinho de vocês. Esse final de semana está bem atarefado para mim. Quase não consegui escrever, mas estou postando pra não deixálos na mão. Posto o quinto capítulo na segunda feira. Este capítulo é um pouco diferente, é uma espécie de transição, será narrado pelos dois enamorados. uma preparação para os conflitos que irão surgir até nossos heróis serem felizes realmente. Portanto, hoje não terá erotismo. Paciência. Voltarei com muitas aventuras picantes dos nossos amados Cristiano e Fernando.

Beijos a todas e todos!!!

Parte I - Narrada por Fernando

Al Despertar (Mercedes Sosa)

Al despertar

A un nuevo sol

Vuelvo a nacer

Vuelvo al amor

Puedo cantar

Este dolor

Vienes a mi

Angel guardian

Traes mi voz

Mi libertad

Puedo decir

Al despertar

Que el mundo es luz

Y oscuridad

La hermosa voz

De la hermandad

Atraveso

Mi ventanal

Una oracion

Puede curar

Con esta fe

Voy a cantar

La razon es tu mirar

La razon es la igualdad

Es la niñez lejos del pan

Mi identidad recuperar

Al despertar agradezco a la vida

Dejarme andar como luz peregrina

Al despertar nueva emocion

Vuelvo a nacer vuelvo al amor

Saímos de Manaus, do Aeroporto Eduardo Gomes às 15:35 direto para São Paulo, onde passamos a noite. Eu e Sabrina encontramos um casal de amigos em comum e fomos a um restaurante no Jardim Paulista, bebemos, colocamos a fofoca em dia, eles eram ótimos, estavam morando em São Paulo por causa de um mestrado que ambos estavam fazendo.

Segunda a tarde tarde viajamos para Buenos Aires e ficamos hospedados em um luxuoso hotel na Praça da República. Chegamos a noite e fomos jantar (vocês devem observar como sou bom de boca e de cama, rs). A cidade era realmente encantadora, com um clima frio, um ar romântico e bucólico ao mesmo tempo. Fiquei pensando em meu príncipe “como seria se fosse ele e não Sabrina que estivesse ali comigo?” e imaginei mil coisas “caraca, meu pau ficou duro na hora, ainda bem que eu estava sentado e esperando o jantar no restaurante “peguei a mão de Sabrina por baixo da mesa e a coloquei no meio das minhas pernas, fazendo uma cara de sapeca, de menino pidão, ela me olhou com espanto e deu um apertão “aiiiiii”, gritei. “Tá ficando louco é, seu tarado!? Me fuzilando com os olhos. “E daí, você é minha esposa, vai dar uma de recatadinha agora?”, revidei. O clima ficou tenso e a comida chegou. Mal sabia ela que eu estava de cacete duro por pensar no Cris e não nela. Bem feito, quem manda ser fresca. Depois tiramos fotos pelo Obelisco e passeamos a pé pela avenida. Sabrina sempre reclamando do frio e que estava cansada. Não tinha reparado como ela era chata, mas tudo bem, pelo meu filho que viria tudo valia a pena.

Voltamos para o hotel e fizemos um papai-mamãe bem convencional. Para um tarado igual a mim e com um clima gostoso, gozei logo. Tinha certeza que ela estava em seu período fértil e eu estava alegre por estar fazendo meu filho, queria ser pai antes de completar 28 anos. Sim, eu tinha pressa. Devo dizer que em meu peito descompassado batia uma saudade dele. Somente dois encontros e já o sinto parte de mim. Mesmo em um outro país e em lua de mel eu pensava nele e o via em todos os lugares por onde passava.

Os dias em Buenos Aires eram intensos pois queríamos aproveitar o máximo pra desenvolver nossas atividades culturais: passeamos na Avenida Corrientes, uma das principais em termos de comércio com grandes livrarias, lojas de discos, restaurantes e algumas das mais famosas pizzarias . Além de cafés e bares. Fomos aos Bosques de Palermo e fizemos um piquenique, um grande espaço verde que reúne vários parques. Visitamos o Bairro Chinês ao norte da cidade, em Belgrano. O Café Tortonin é um encanto e o mais badalado e antigo da cidade. O lugar que eu mais gostei foi o Caminito que reflete um pouco como se vivia no começo da imigração. Há muitos centros de cultura e museus pela região também. Como sou fanático por futebol não poderia deixar de conhecer o Estádio do Boca. Sim, os argentinos gostam tanto de futebol quanto os brasileiros e além do estádio, visitamos o Museu do Futebol. A Sabrina odiou pois não suporta futebol e eu delirei com tudo aquilo, tirei até foto com uma estátua/réplica do Maradona, kkk. Ainda fomos ao Cemitério da Recoleta, as Feiras de Mataderos e San Telmo.

Três fatos marcaram minha estadia com Sabrina em Buenos Aires.

Fato 1 – Na ida para Caminito eu estava realmente em silêncio quando ela perguntou “o que você está pensando amor? “No nosso filho, quero trazê-lo aqui quando ele tiver uns 7 anos de idade, e desculpe Sá, mas eu pretendo fazer isso só eu e ele, ele ainda nem foi gerado e eu já o amo tanto”, falei com um leve sorriso. “De novo com essa conversa, amor? Nós estamos em lua de mel e você pensando num filho que ainda nem nasceu! Parece que eu não sou nada mesmo pra você!” falou irritada. Tiramos muitas fotos e fomos a um restaurante muito charmoso. Lá respirávamos o passado e um casal de dançarinos muito charmosos fizeram uma apresentação alegre e envolvente de tango, quando a moça me chamou para tirar foto com ela, o que eu atendi prontamente (claro, rolava uma gorjeta para a foto e apresentação, fizemos várias poses, a moça era linda, vestida toda caracterizada, quando Sabrina deu um show de ciúmes e gritou “ei, tira a mão do meu marido sua cadela!”, meu Deus nunca me senti tão envergonhado em toda a minha vida. A moça baixou a cabeça e falou “señora lo siento, no era mi intención ofender (sinto muito senhora não foi minha intenção ofender)”. Pedi mil desculpas a senhorita, paguei a conta e saí puxando Sabrina “Nunca mais me faça uma vergonha dessas, ninguém ofende um trabalhador em seu ofício. Entendeu? Confesso que me deu vontade de encher a cara dela de bolacha, mas jamais bateria em uma mulher.

Fato 2 – numa das manhãs eu olhava Sabrina dormir tranquilamente em nossa suíte, me deu um tesão danado e pensei “boa hora pra fazer meu filho”. Fui chegando perto dela, começando a beijar seus pés, subindo com minha língua pelas pernas lindas, alvas, sem manchas e sem pelos. Fiquei de conchinha e comecei a beijar sua nuca, seus cabelos cheirosos e sedosos me enfeitiçavam, comecei a alisar seus seios por baixo do lençol (sim, ela estava nua, assim como eu estava), o cacete já duro. Ela falou “ai amor, agora, to com tanto soninho”. Respondi “essa é a melhor hora”, respondi procurando sua bucetinha e a beijando loucamente. “quero fazer amor agora”. Fui descendo minha língua sobre suas costas lisas e até chegar em seu bumbum. Abri seu reguinho e passei a língua quando ela gritou “o que é isso Nando?, o que você está fazendo?”. “Só estou explorando o corpo da minha mulher”, falei em um tom severo. Mas eu não gosto de sexo anal. Eu sou tua esposa, não um viado ou uma puta que você pode fazer o que quiser, entendeu” falou indignada e chorando. “Pois você já se esqueceu que eu já fiz sexo anal com você, que já transamos de tudo o que é jeito? Tá querendo dar uma de puritana por que?” gritei bem alto. “eu sou tua mulher e você não vai me usar como um objeto”, ela replicou. “Pois então cumpra com seu dever de esposa e não se preocupe, por hora eu vou bater uma bela duma punheta no banheiro” saí indignado. E foi o que eu fiz, relembrando meu primeiro encontro com Cristiano.

“Eu nunca estive com um homem antes e peço que você tenha paciência comigo, pois sempre tive uma vida sexual ativa e heterossexual, você me entende?” Falei. “Entendo”. Falou disse apertando minhas mãos. Cris me me puxou para perto dele e eu saboreie seu corpo. Ele virou o rosto quando eu quis beijá-lo, mas depois não resistiu. Foi o melhor beijo da minha vida. Ele sugava minha boca e me fazia descobrir o beijo masculino quente, selvagem e molhado. Fechei meus olhos e fui tocando no meu pau, lembrando do seu stripper, tirando cada peça de roupa e me fazendo delirar ao som da música “Todo Azul do Mar”, de Flávio Venturine, sua dança era suave e seu corpo foi sendo descoberto. Lembro que fiz “uau” quando o vi completamente nu. Um deus da cor do pecado, bronzeado com marca de sunga e o corpo liso. “Ah Cris, como eu te desejo” Falei baixinho em seu ouvido “você é lindo”. Ele tirou minha gravata e me deixou só de cueca. O peguei pelo colo e o beijei, enquanto ele arranhava minhas costas. Eu e ele não tínhamos tirado as cuecas, mas estávamos visivelmente excitados. Ele chupou meu pau com a maestria de quem sabe o que faz e eu eu também quis experimentar. O sabor do seu cacete era uma novidade incrível pra mim: seu cheiro, a textura de sua pele e seu sabor agridoce. Oh como eu queria que você estivesse aqui pra gente repetir o 69 que fizemos. Nossa, foi a experiência mais gostosa que eu tive. Chupava e era chupado, mordiscava e era mordido levemente, beijava e era beijado. Fui subindo e chegando até seu cuzinho e saboreei, ouvindo seus gemido. “Não aguento mais, preciso te comer agora” falei e ele eu respondeu “Vem”. O puxei e dei mais um beijo daqueles. Coloquei uma camisinha no meu pau, passei um gel que ele mesmo me deu e meti sem dó nele. Ele gemia e dizia que eu era o macho dele. O comi de frango assado, e ele rebolava pedindo mais. Se entregava pra mim como ninguém jamais fez . Meti com mais força e quando entrou tudo ele delirou e disse que estava adorando. Passou suas pernas em minhas costas e me prendeu, rebolando e pedindo para meter mais, e eu meti muito, parece que alguma coisa possuiu meu corpo e eu gozei “aaaaaaaah! Vou gozaaaar” Ele gozou sem se tocar. Nesse momento, pensando em minha foda com o Cris eu gozei em minhas mãos.

Fato 3 – Numa outra tentativa de sexo, fizemos tudo como ela queria, trepamos muito e eu gozei, sexo papai e mamãe. Depois de uns instantes mexendo em nossa mala eu descubro umas pílulas anticoncepcionais. “Que significa isso Sabrina?” perguntei já irritado. “Ai amor, desculpe, deixa só passar essa fase de lua de mel e eu paro tomar, por favor vai”. Falou fazendo cara de criança mimada. “Cara eu acabei de me casar e de fazer 27 anos de idade, eu tenho pressa, por hoje passa, estamos voltando pra Manaus e eu quero que você engravide logo entendeu? Eu não quero ficar esperando” falei em um tom baixo e sério. Ela fez que sim com a cabeça e foi tomar banho.

Depois de duas semanas estávamos voltando para a cidade. Mil coisas passava em minha cabeça e pra Sabrina tudo estava perfeito, já para mim aquela viagem não tinha sido nada do que eu esperava, um país lindo, mas muitas decepções com a mulher que eu escolhi. Me pego olhando e sobrevoando o Amazonas, muita água e verde, aos poucos fomos chegando em Manaus que é uma metrópole no meio da selva, banhada pelo Rio Negro e rodeada pelo verde. “ah Cristiano, em algum lugar desta cidade você está e eu vou te encontrar cara, quem sabe você não seja o meu esposo, a pessoa predestinada pra mim, pra me fazer feliz”...

Continua...

Parte II - Narrada por Cristiano

Aguenta Coração (José Augusto)

Coração, diz prá mim

Porque é que eu fico sempre

Desse jeito

Coração não faz assim

Você se apaixona

E a dor é no meu peito...

Prá quê, que você foi

Se entregar

Se na verdade eu só queria

Uma aventura

Porque você não pára

De sonhar

É um desejo e nada mais...

E agora o que é que eu faço

Prá esquecer tanta doçura

Isso ainda vai virar loucura

Não é justo

Entrar na minha vida

Não é certo

Não deixar saída

Não é não...

Agora agüenta coração

Já que inventou essa paixão

Eu te falei que eu tinha mêdo

Amar não é nenhum brinquedo

Agora agüenta coração

Você não tem mais salvação

Você apronta

Esquece que você sou eu...

Meu corpo estremesse cada vez que penso nele, naquele homem que me deixou encantado. Eu um garoto de programa fui me apaixonar. Depois do casamento eu achava que minha vida iria voltar a rotina normal: faculdade, academia, boate, programas, shopping e cinema. Mas nada disso aconteceu. Mesmo com a saída de Fernando para sua lua de mel eu não consegui esquecê-lo. Meu pau só ficava duro mesmo quando o imaginava comigo, ele nem imaginava que salvava meus programas sem querer. Os dias foram passando e eu não me acostumava com aquela dor. Soube através de um jornal (coluna social) que ele tinha ido para Buenos Aires. Eu realmente desejava tudo de bom pra ele, mas infelizmente não conseguia tirá-lo de minha cabeça. Tentava ocupar meu tempo pra tentar esquecê-lo e não conseguia. Comprei até um CD de Flávio Venturine só pra ouvir aquela música que eu considerava nossa. “Ah Fernando você me enfeitiçou e o pior é que você é tão perfeito que eu me acho indigno de ti”, pensava com meus botões. Nada na cidade me alegrava, nada era novidade, queria mesmo era saber notícias dele, só queria que ele voltasse.

Chamei meu amigo João (Jhony) pra conversar. Marcamos em um cinema num shopping recém-inaugurado da cidade “o Manauara” e depois fomos pra praça de alimentação e começamos a falar da vida tomando chope .

“Jhony, quero te falar uma coisa e queria que você fosse o primeiro a saber”. Iniciei a conversa.

“Claro boy, manda ver mano, o que houve? Tá tudo bem? Você tá diferente esses dias, tô notando até na conversa pelo celular”. Falou Me olhando curioso.

“Pow brow, tô querendo deixar essa vida de garoto de programa. Isso não é pra mim entende? Acho que já deu o que tinha que dar”.

“Como assim Andrew? Que porra é essa véio? E tua faculdade, tuas contas? Tua vida mano?”

“Eu sei que vai ser difícil mano, mas quero partir pra outra, tenho meus motivos entende?”

“Não véio, não entendo não, o que tá pegando? Tu é de família pobre cara, e tu ainda tá fazendo faculdade, tu não vai conseguir ganhar o que tu ganha como GP. Tu se liga no lance né? Trabalho tá difícil”.

“Eu agradeço tudo o que você fez por mim, de coração mano, mas eu não posso mais continuar, eu me envolvi num lance aí que mudou minha cabeça. É até difícil falar, mas tem mais de uma semana que eu to pensando em deixar essa vida”.

“Andrew Cara, tu se liga que de todos nós tu é o mais cuca fresca véio. Tu tem a cabeça no lugar mano: não usa droga, é discreto, estuda, manda grana pros teus coroas, já pagou tua moto, tem uma graninha guardada que eu sei e teu ap é bem jeitosinho. Eu sempre soube que você não ia ser GP a vida toda cara, até por que temos prazo de validade e você tem futuro mano, mas brother, sinceramente acho que ainda não tá na hora de tu largar tudo.”

“Eu achei que eu iria segurar mais tempo mano, mas não to conseguindo não, em breve eu to parando, tá ligado?. Ninguém manda no coração”.

“Peraí mano, tu tá apaixonado é isso? Cara eu não acredito, mano, isso não é pra gente, GP não se apaixona véio”.

“É isso sim mano, eu to completamente apaixonado por um homem que eu pensei que não existia. Eu achava que esse sentimento não existia. Tá ligado? Tô completamente louco por esse cara e só vou ter alguma chance com ele se eu for alguém normal entende? Mas isso não é só por ele é por mim também”.

“Mano isso é loucura, para com isso, quem é esse cara?”

“Brother é um cara maravilhoso, um figurão, eu fiz um programa e nunca tinha gozado tanto. Ele mexe comigo, com todo o meu ser. Não é só sexo cara, é uma coisa a mais. Ele é gentil, bem humorado, inteligente, me trata como um príncipe. Além do mais é lindo. Tipo assim, ele é do top daquele ator Carlos Casagrande, só que bem mais jovem e ele é casado também.”

'Véio tu tá louco meu, esquece isso brow. Tu acha que esse cara vai querer assumir alguma coisa séria contigo mano? Olha pra gente, a única coisa que temos é sexo e beleza. Esse cara nunca vai assumir uma vida contigo. Tira isso da cabeça senão tu vai sofrer pra caralho, só isso que eu te digo. Pensa bem no que tu tá fazendo. Gosto de ti pra caramba, não quero ver sofrendo”.

“Tá decidido mano, em breve eu to parando”.

E esse foi o tom da conversa. Jhony tentando tirar essa ideia da minha cabeça e eu tentando convencê-lo que eu estava certo. Depois de muitos chopes e nenhum consenso ele se despediu de mim. Me senti solitário, mas a lembrança de Fernando me dava forças e eu falei baixinho pra mim mesmo olhando o copo “é dona Sabrina, prepare suas armas, pois no amor e na guerra vale tudo, seu marido vai ser meu por que eu o amo, Fernando ainda vai ser meu marido...”

Continua ….