-Eu vou ficar no seu lado em tudo que acontecer, eu quero ter forças e eu vou ter, você não vai me afastar de novo, vou ficar e pronto. –Eu estava decidindo, iria enfrentar tudo com ele, mesmo não estando mais junto, eu ainda o amava, e mesmo se fosse para ser seu amigo eu iria ser.
Tudo estava ótimo, até esse fatídico dia. Vamos dizer que foi o divisor de águas na minha vida. Nada acontecia por acaso e foi necessário passar por tudo aquilo para eu me torna o ser humano que sou hoje.
Depois que eu sair daquele hospital fui para minha casa, eu estava muito mal, às vezes eu pensava em desistir, mas eu ia ser forte e lutar com ele.
Já no meu quarto pensando em tudo quando alguém chega, e olho para trás era o Eduardo. Ele me olha com medo, eu sabia que ele se sentia ameaçado quando o assunto se tratava do Douglas.
-Amor, vem aqui. –Eu o chamo, e ele vem devagar e fica no meu lado. Ele estava agindo estranho, mas eu estava muito sensível.
-Em Edu. –Eu me sento na cama igual ele e seguro a sua mão. –Eu não vou deixar você, eu… -Eu não sabia se o amava, mas sentia algo muito forte por ele, não era uma coisa insana e intensa como era meu amor pelo Douglas, era algo mais leve, calmo e seguro.
-Você o que Luiz? –Ele viu que eu travei, nunca tinha falando que eu o amava como namorado, me sentir péssimo por isso. Mas realmente não sabia o que sentia, me odeie muito.
-Eu sei que você não me ama, eu vi aqui para te fala uma coisa. –Ele falou serio para mim, soltou minha mão e ficou em pé, eu fiquei com medo do que tinha por vir, meu dia estava sendo muito longo, eu entrei em desespero, fiquei com medo de ele terminar comigo agora.
-Eu quero deixar o caminho livre para você fazer o que quiser, não vou te obrigar a nada, a escolha vai ser sua. –Ele falava triste e não olhava para mim.
-Eu escolho você. –Me levanto e vou até ele. –Você é minha escolha, você não me deixou e foi embora, não me fez sofrer
e nunca me magoou. Eu que fiz isso com você, me desculpe. Eu vou ser sincero, o que estamos vivendo ta sendo ótimo, apesar de eu não saber o que eu sinto por você, mas eu sei que não ia conseguir ficar longe dos seus beijos. –Nisso eu dou um selinho nele, que o faz respirar profundamente. –Do seu cheiro. –Eu passo meus lábios e dou uma mordidinha na sua nuca. Ele estava arrepiado, sentia seu corpo tenso. –Do seu corpo no meu. –Nisso eu aperto meu corpo contra o dele.
–Entende agora que não posso ficar longe de você? –Eu falo perto do seu ouvido e ele faz um sim com a cabeça e me joga
na cama.
Começa a me beijar ferozmente, eu amava o sexo com o Edu, era bom, ele fazia de tudo para me dar prazer, ele amava tirar meus suspiros, me leva ao êxtase, e eu fazia tudo que ele gostava. Formava-nos uma bela dupla, nesse período que vivemos juntos eu fui feliz, foram momentos calmos e tranquilos, nada de terremoto que acontecia quando eu estava com o Douglas.
Depois que terminamos esse ato carnal, ficamos deitados um do lado do outro, as respirações ainda alteradas, nossos corpos relatava que tínhamos feito muitas coisas ali naquele quarto.
-O que vocês falaram hoje no quarto? –Eu perguntei sobre a conversa do Edu e do Douglas.
-Curioso quase nada. –Ele fala se virando para manter contato visual comigo.
-Me conta?
-Nós tivemos uma conversa que não tínhamos a tempo, não voltamos a sermos amigos, mas ele me falou que não estava
ali para tomar você de mim, e não ia fazer isso. Então resolvemos ficar em paz um com o outro.
-Então eu virei uma mercadoria? Que um pode chegar e roubar do outro? –Eu pergunto com um pouco de raiva.
-Luiz, eu sou inseguro, e… - Eu não queria brigar de novo com ele.
-Vamos parar por aqui, mas deixo bem claro, quem toma as decisões aqui agora sou eu. –Eu falo com autoridade.
-Nossa que medo, então virou o dominador da relação. –Ele fala brincando.
-Sim, e agora eu ordeno que você me beije.
-E se eu não fizer? –Ele fala me desafiando.
-Então e o castigarei. –Eu ainda falava serio. Mas me divertindo por dentro.
-Não irei correr esse risco general. –Ele fala e me beija.
Ficamos nisso até a hora da jantar, ele foi embora e fui conversar com meus tios que estavam jantando e resolvi sentar com eles e comer.
-Luizinho, como você está? –Minha tia pergunta com uma falsa alegria.
-Não muito bem, descobrir que um amigo meu está doente. –Eu não olhava para eles, mas sentia que eles me olhavam
curiosos, e meu tio logo percebeu que eu tinha descoberto.
-Luiz, desculpe não ter te contando antes é que… -Eu o cortei, nunca tinha feito isso com ele, mas tomei coragem.
-Tio eu sei da historia, mas agora o problema é outro. Temos que nos juntar para fazer de tudo por ele. –Eu falo dessa
vez olhando nos olhos dele, minha tia estava na beira dos choros e meu tio muito vermelho.
-Sim, estamos utilizando todos os recursos disponíveis. –Meu tio fala.
Eu peguei a mão da minha tia que nessa hora já chorava e falei para meu tio.
-Temos que dar atenção para ele, ficar no seu lado. Quero a permissão de vocês para fazer isso.
-Você a tem Luizinho. –Minha tia fala e meu tio confirma com a cabeça.
-Vamos vencer junto isso, tudo vai dar certo. –Eu falo e abraço minha tia, ela estava tão desesperada, e segurei a mão
no meu tio e fui para meu quarto.
E comecei a refletir como aquele dia foi pesado, longo e intenso. A chuva lá fora começa cair, dessa vez bem forte. Fui
até a janela e sentei em uma poltrona e fiquei vendo e ouvindo o barulho que a chuva fazia ao se chocar com os telhados das outras casas, como os raios clareava aquela noite escura por no máximo 1 segundo, e como os barulhos dos trovões eram assustadores, mas me acalmava. Nessa hora me lembrei da minha primeira vez com o Douglas, foi em uma tempestade como essa, então eu comecei a chorar de novo olhando para o nada e pensando em tudo.
Na manha seguinte acordei muito mais disposto, fiz minha higiene e fui para a faculdade com a Sofia e o Edu. A aula ocorreu normal e depois do almoço, eu e o Edu formos para o hospital, coisa que fazíamos diariamente.
Dessa vez não fui ver meus pequenos, fui direto ao quarto do Douglas, o Edu não ligou muito, mas sentir um incômodo, eu o entendia, mas ele me entendia melhor.
-Olha quem veio me ver? –O Douglas estava sentando no sofá do quarto perto da janela, ele estava com um pijama de paciente, e com a mesma aparência do dia anterior.
-Não se acostuma não. –Eu falo com um sorriso entre os lábios.
-Como seu namorado deixou você vir aqui?
-Ele manda em mim agora? –Eu perguntei com raiva.
-Sei lá quem manda em quem, mas ele meio que deixou claro que você era dele ontem. –Sabia que o Edu tinha o ameaçado e achei graça naquela atitude dele.
-Eu não sou de ninguém, e por que você está ai? Não devia está na sua cama? –Eu falo confuso.
-Eu tenho meus minutinhos para tomar banho de sol por dia.
-Ata, mas se não pode sair do quarto?
-Até sair os exames imunológicos, e ver se minha imunidade está alta, ai sim posso sair daqui por algumas horas, mas
se não, posso ficar muito tempo aqui.
-Tipo quanto?
-De uma semana a mais de 1 ano.
-Você pode ficar um ano sem sair desse quarto? –Eu pergunto abismado.
-Sim, e daqui uns dias para entrar aqui você tem que usar uma mascara.
-Odeio mascara. –Eu falo com cara feia.
-Já falei que você não tem obrigação de ficar aqui. –Ele fala olhando para a janela.
-E eu falei que vou ficar.
-Teimoso como sempre né? –Ele fala rindo.
-E você grosso como sempre. –Eu também ria.
-Trouxe isso para você, sei que a comida daqui é horrível, mas fiquei com medo de você não poder comer. –Eu falo
entregado um pacote com sanduíche para ele.
-Que delicia, posso comer de tudo sim. –Ele fala e tira o sanduíche e já dar uma mordida que quase pega a metade.
-Tinha me esquecido como você é guloso. Cuidado se não vai engasgar e morrer. –Eu falo sentando em uma cadeira. Ele
não fala nada, estava concentrado no seu alimento.
Passamos uma tarde agradável, conversamos bastante, contei de tudo que aconteceu nesse tempo e ele me contou o que aprontou em Londres.
Até que o medico chegou ao quarto, ele era lindo, olhos azuis, cabelo castanho, rosto másculo e um sorriso maravilhoso, não devia ter mas de uns 35 anos. Eu olho no seu jaleco e estava escrito Dr. Adriano.
-Você deve ser o Luiz? –Ele chegou e apertou minha mão.
-Sou sim, como sabe?
-O seu primo fala muito de você. –Eu fico com vergonha e olho para o Douglas que faz um tanto faz com os ombros.
-Mas e ai Douglas, como você está hoje? –O medico pergunta para o Douglas e começa a fazer alguns exames nele.
-Ah! Eu to na mesma, os mesmo sintomas, só que agora to mais feliz.
-E essa felicidade é pela presença do seu primo?
Ele não responde só começa a rir, e eu de novo fico corado.
-Amanha iremos começar a quimioterapia Douglas. –Vi que o Douglas ficou apreensivo e eu o olhei com confiança e ele sorriu.
-E Luiz, prazer em te conhecer. – Ele disse isso e saiu do quarto. Deus como aquele homem era lindo, mas o Edu e o
Douglas eram mais.
-Vou falar para o Edu. –O Douglas me olhava desconfiado.
-Fala o que garoto?
-Que o namorado dele fica dando em cima do meu medico.
-Meu namorado confia em mim. –Eu falei o desafiado também. E ele começou a rir.
Mas tarde chegou os pais dele e a Sofia, eu deixei o quarto e fui atrás do Edu, ele estava conversando com a Enfermeira Fernanda, os dois estava intimo demais para o meu gosto e eu sentir um pouco de ciúmes daquela cena. Eles estavam rindo de alguma coisa, e uma hora ela colocou a mão no braço dele. Meu corpo reagiu aquela cena e eu falei.
-Atrapalho?
Os dois me olham, o Edu serio, e a Fernanda com um sorriso no rosto.
-Amor, eu já ia atrás de você, vamos embora? –Ele chegou perto e me abraçou, ele sempre fazia esses gestos carinhosos, mas nunca passava de abraços e beijo e no rosto perto das pessoas.
-Sim, vamos. –Eu ainda estava nervoso. Mas vi que era ciúmes bobo.
-E ai como está o Douglas? –Ele pergunta já dentro no carro.
-Bem. –Respondi curto e ríspido.
-O que aconteceu? –Ele pergunta preocupado.
-Nada.
Ele parou o carro e olhou para mim.
-Me fala.
-Nada Eduardo, liga esse carro e vamos embora. –Eu fiquei com raiva de sentir ciúmes dele.
-Não vou ligar até você me fala. –Ele cruza as mãos no peito e fica me olhando.
-É besteira minha, vamos logo com isso. -Eu falo e ele não mexe um músculo. E senti obrigado a fala o motivo.
-Você com a Fernanda, esse foi o problema. –Eu disse aquilo para ele liga logo esse carro e irmos embora. Ele me olhou
se perguntando se aquilo era serio e soltou uma gargalhada.
-Ta certo, se você não vai me levar em casa vou de a pé. –Eu me viro e abro a porta do carro, mas ele me segura e fala.
-Deixa de ser bobo, eu e a Fernanda somos só amigos, NUNCA vai acontecer nada entre nós. –Ele disse serio.
-Eu sei, eu que sou um idiota por ter ciúmes, me desculpa?
-Eu acho lindo.
-O que?
-Você com ciúmes de mim, isso prova uma coisa. –Ele fala misteriosamente.
-O que? –Ele não respondeu, só me deu um beijo, ligou o carro e formos embora.
Eu não tinha direito de ficar com ciúmes dele, quem ficou a tarde inteira com o ex-namorado foi eu, não ele. Mas o que me deixou desconfiado foi à atitude da Fernanda, aquela cara que ela fez quando me viu. Eu sentia que teria que tomar cuidado com isso.
Como estava em casa sozinho, chamei o Edu para ficar lá, e ficamos assistindo TV até meus tios chegarem.
No outro dia fizemos a mesma rotina, quando cheguei ao hospital vi a feição do Douglas e me preocupei, sua palidez estava mais forte, seus olhos estavam tristes e doentes, sua expressão era de solidão.
-Você está bem? –Eu pergunto depois que entrei no quarto, mas antes dele responder vai para o banheiro e vi que ele estava vomitado, ele fechou a porta me impedido de entrasse e o ajudasse.
Depois que ele saiu foi para sua cama e percebi que ele estava mal.
-É normal isso, o Dr. Adriano me avisou, fica preocupado não. –Ele falava com uma cara de enjoo. Sentir muita pena dele.
Fiquei em silencio e ele dormiu. Esperei um pouco mais, e o medico chegou.
-Ele está dormindo há quanto tempo?
-Acho que uma hora.
-Bom. –Ele anotava alguma coisa em uma folha e eu perguntei.
-É normal isso?
-O enjoo, a fraqueza e o sono? Sim, são normais, alguns pacientes depois de um tempo deixa de apresentar esses
sintomas, mas é normal isso.
-Você tem esperança na cura para ele? –Eu quis fazer esse pergunta sempre, mas não via uma hora certa e também fiquei
com medo da resposta.
-Tenho, mas a luta vai ser grande, ele tem que ter muita força para conseguir.
-Eu queria tanto que ele não passasse por isso. –Eu falo triste.
-Temos que passar por varias coisas para nos tornar vitorioso, o que é uma vitoria sem sofrimento? –Ele falava com
calma e olhava nós meus olhos.
-Sim, obrigado. –Eu falei envergonhado.
-Me deixa cuidar dos outros pacientes. E lembre-se Luiz, tudo na vida tem um motivo.
E assim ele me deixou sozinho, fiquei olhando para o Douglas e vi que mesmo doente ele ficava lindo, me levantei e
devagar me atrevi a passar a mão na pele do rosto dele, que agora estava da cor pálida, mas ainda continuava quente.
Lembrei-me das vezes que fazia isso com ele nos meus braços, e depois o beijava. Senti vontade de fazer aquilo, mas não podia, não mesmo. Quando eu ia tirar e mão ele abre os olhos e fala.
-Por favor, continua. –Mas eu sair de perto e ele sentou.
-Desculpe, não queria te acordar. –Falo muito envergonhado.
-É um prazer ser acordado assim. –Ele fala e dar um sorriso perfeito dele. Eu me corei mais ainda.
-Se eu ficar careta você ainda vai me amar? –Ele fala depois de um silencio longo e constrangedor, mas essa pergunta era
mais constrangedora ainda.
-E quem disse que eu amo o senhor? –Eu falo tentando aliviar a tensão. Ele somente me olha e deixa um sorriso nos
lábios.
-E mesmo careta você ainda ficará lindo. –Parecia que ele tinha recebido a resposta que queria e ficou feliz.
No outro dia eu voltei no hospital, só que dessa vez sozinho, o Edu tinha que fazer um trabalho de faculdade e não deu para me levar.
Chegando ao quarto eu não encontro ninguém, mas quando eu vou saindo alguém me chama.
-Luizinho? É você?
-Sim. –Então ele sai do banheiro, quando eu o vi eu fiquei supresso, ele estava careta, mas como eu tinha falava antes,
mesmo careta ele ficava lindo. Sua expressão era de insegurança, mas logo fiz um comentário.
-Acho que entrei no quarto errado, por que aqui eu só vejo um gatinho lindo. E esse não é o meu primo Douglas. –Eu falo com um sorrindo malicioso, e ele devolve outro sorriso.
-Que bom que você gostou, to pensando em matem esse visual. –Ele fala passando a mão pela cabeça sem cabelo.
Passamos o dia agradável, eu conheci um novo Douglas, muito mais maduro, determinável e confiante, às vezes ele sentia enjoo e ia para o banheiro, e isso e o deixava abatido.
-Queria tanto que fosse diferente. –Ele fala depois fica um silencio entre nós, sabia do que ele se referia.
-Eu errei tanto nessa vida, agora to pagando tudo que fiz. –Ele fala com tristeza, essa mudança de humor sempre foi o
ponto difícil do Douglas.
-Você não ta pagando por nada, para de se culpa por isso. –Eu falo segurando a mão dele.
-Era para você ser meu ainda. –Ele fala triste. –Mas agora eu to recebendo o preço de ter feito você sofrer tanto.
Eu fiquei com raiva desse comentário dele.
-Levanta Douglas. –Eu falei com autoridade.
-Para que?
-Levanta agora. E me acompanha.
Ele fez o que eu perdi e nós saímos no quarto e formos para o corredor.
-O que ta acontecendo? A onde se ta me levando?
Quando ele viu o que eu queria ele ficou quieto.
-Quero te mostra uma coisa. –Eu falei para ele e o levei ate a janela do quarto da Ana Clara, ela era uma paciente que tinha câncer também, mas estava em um estado muito avançado, os médicos tinha dando semanas ou dias de vida para ela.
-Você acha que sua doença é castigo? Agora me fala o que essa menina fez de errado para merecer isso? A mãe dela morreu quando ela tinha 2 anos e o pai dela vive trabalhando para pagar esse hospital. Ela está lutando contra a doença dês dos 6 anos e agora ela tem 8. Agora me diz por que uma criatura adorável dessa merece sofrer?
Ele ficou quieto, sabia que ele tinha se tocado. A Ana clara era lindinha, mas como o câncer dela estava muito avançado ela não podia mais ficar na sala das crianças, mas todo dia eu vinha aqui visitar ela.
-Vamos entrar. –Eu o chamo, mas ele não se mexe.
-Não, você tem que ir sozinho. –Ele fala dando um passo para trás.
-Douglas ela não morde, vem a conhecer, ela é um anjinho. Se vai ama-la na primeira hora.
Ele veio com relutância e entramos no quarto. Quando ela nós viu deu um enorme sorriso, ela estava ligada a algumas maquinas. Ela tinha câncer no cérebro, às vezes esquecia quem era e a onde estava. Mas quando estava lúcida era muito
inteligente.
-Aninha, como você está meu amor? –Eu cheguei mais perto dela e dei um beijo na sua testa.
-Oi tio Luizinho, eu to bem e você? –Ela apesar de ter pouca idade era bem madura. Às vezes esquecia que ela tinha apenas 8 anos.
-To bem amor.
-E quem é esse seu amigo, tio? –Ela fala apontando o dedinho para o Douglas.
-Ele é meu primo Aninha, ele ta aqui para te conhecer, o nome dele é Douglas.
-Oi tio Douglas, eu me chamo Ana Clara Nunes de Oliveira. –Ela se apresentou com orgulho do nome dela, eu a achava uma graça.
-Oi Ana Clara Nunes de Oliveira. Prazer em te conhecer.
-Ai me chama só de Aninha, eu gostei de você. Está com câncer também? –Ela perguntou naturalmente, sentir uma resistência do Douglas, mas ele logo respondeu.
-Tenho sim. –Ele falou triste.
-Tio Luizinho, pode sair um pouco para eu poder fala com ele? –Ela perguntou educadamente e eu fiquei curioso, mas sair do quarto.
Depois de uns 10 minutos o Douglas saiu de lá com uma expressão renovada. A Aninha tinha me ganhado depois de uma semana que eu a conheci, ela era surpreendente. Falava coisas que nem um adulto saberia explicar. Ela realmente era um anjo, e me ajudou muito.
-Vamos? –Eu perguntei para o Douglas e fomos para o quarto dele.
-Obrigado Luiz, eu estava precisando disso. –Ele falou segurando minha mão.
-Eu sabia que a nossa Aninha ia dar um jeito em você, ela é maravilhosa mesmo.
-Sabe, ela me deu mais forças para seguir em frente, agora eu sei que consigoOs dias se passaram e eu o visitava, não diariamente, mas sempre que podia. Eu e o Edu estávamos cada vez mais próximos, por incrível que pareça com a volta no Douglas só fez meu namoro com o Edu se tornar mais forte.
O tratamento do Douglas estava indo bem, mas um dia estávamos no quarto conversando até que o Dr. Adriano entrar junto com os pais do Douglas e a Sofia, eu fiquei tenso na hora.
-Garotos, tenho uma noticia para dar a vocês. –Na hora eu fiquei preocupado, mas o Douglas me olhou confiante.
-Pode falar Doutor. –O Douglas falou firme.
-O tratamento está indo bem, o câncer regrediu um pouco, mas não o suficiente. Já se passou um tempo, e os resultados não é satisfatório. Mas podemos tentar uma transfusão de medula com alguém da família.
Nessa hora ouve um silencio total, eu não entendia por que ninguém reagiu com isso. Mas então eu falei.
-Ótimo, temos que fazer os exames, eu também posso fazer?
-Pode sim, mas a chance maior seria os pais e a irmã dele.
Então o Adriano começa a colher sangue nosso, primeiro foi da Sofia, depois da tia Clara, e de mim, quando chegou à vez do tio Antonio ele falou.
-Não precisa tirar meu sangue. –Ele estava serio e eu achei graça na cara de medo dele.
-Tio? Você tem medo de tirar sangue. –Falei inocente, mas ninguém riu do meu comentário, mas o Douglas fala alto.
-Ele não tem medo Luiz, ele não precisa tirar o sangue por que ele não é meu pai biológico.
Continua…
d fernandes: Obrigado amigo, mas a vida continua neh.
garoto_carinhoso: :( tbm to, vc que nao comentou meu conto conto anterior, rum, mas desculpe mesmo assim, e vc faz falta sim amore.
luy95: kkkk Douglas e Luiz? \o/ será que vao ficar juntos?, obrigado
frannnh, *J's, * rb_pr *Lucas M. Will16 : Obrigado.
Lucas M.: kkkkkk obrigado, vamos ver o que rola neh.
Wanderson 16: Sim, agradeça muito a Deus por cada dia da sua vida. obrigado
Renato Fragata: Obrigado amigo, e seja bem vindo.
martse: Olha na vida tudo acontece por um motivo, calma que tudo se resolve, obrigado pela força. bjs
Digo123: é muito desgastante mesmo, mas como vc falou nós somos a parte fraca, ele sempre me deu força (tinha que ser ao contrario) mas eu to feliz por ele está agora num lugar melhor que aki e parou de sofrer. obrigado.
sonhadora19: Quando tudo melhora acontece algo, agora é ver o que acontece neh, obrigado
Gleice : nossa sinto pela sua mãe, deve que foi muito triste, mas a vida continua neh, eles falam para nós seguir em frente e vamos fazer isso :D bjs obrigado.
marrentinho: Tbm adoro seu conto, e seja bem vindo aki, obrigado pelas forças e tem que seguir em frente neh.
mille***: Verdade, pensamos em coisas muitos futis e nao vemos como as pessoas tem mais a nós oferecer do que tudo. obrigado.
Hotn'Cold : Nossa, que tragedia, sinto muito pela sua amiga, obrigado. vamos seguir com nossas vidas agora neh.
Sam...: obrigado e vou pensar sim kkk
(Al): NOSSA, eu sinto muito, eu lamenta pelo seu amigo tbm, e vc tem que ficar e dar muito apoio a essa sua amiga, obrigado bjs.
Will16 : Meus Deus, kkkkk que medo. obrigado por tudo cara. e vc decente? kkkk ata
Bruno Del Vecchio: Eu tbm nao sei se tenho coragem de postar se nao for aki, mas vamos ver neh. obrigado.
wanderrrr : Nossa amigo, sinto muito pela sua mãe ;( obrigado pela forçasbjs
Ru/Ruanito; Perdoado kkkk obrigado
por do sol: é sim, mas é a vida, obrigado
: NÃO ACREDITO? :O como vc ta? deve ta muito ruim :( eu sinto muito. Mas forças, calma que a vida tem um proposito. obrigado
ATHA: Sim tudo tem uma razao, agora é ver o que acontece, bjs obrigado
Guhhh!: o meu amigo do contra chegou kkkk até que fim, tava com saudade kkk tadim do douglas, kkk obrigado ;)