Eu estava morrendo de raiva, como sempre os meus pais tomaram decisões e não me consultaram pra nada, e outra eu iria ter que dividir o meu quarto com um possível brutamontes ou sei la que tipo ele fazia, eu não o conhecia, não fazia ideia de onde ele estava vindo, nem a razão, eu poderia ter conversado melhor com a minha mãe sobre o assunto mais eu estava muito nervoso, com muita dificuldade eu consegui arrastar a minha cama pra um canto do quarto e arrumei melhor as minhas roupas no armário para que coubesse ao menos algumas roupas do infeliz, eu estava distraído arrumando as coisas quando eu me lembro do Marcio, abri a janela do quarto que dava de frente pra um muro que ao outro lado eu acreditava ser o quarto dele e dei um grito
Danilo: Marciiooo!
Danilo: Marcio seu inútil aparece ai
Ele então se pendurou no muro com uma cara de sono e o cabelo todo desarrumado e com a voz rouca perguntou:
Marcio: o que houve? Pra que essa gritaria?
Danilo: era só pra avisar que eu não vou poder ir mais ai hoje, aconteceram umas coisas depois te explico...
Marcio: ok, mais você vai ficar me devendo!
Danilo: tabom coisa chata! Eu disse saindo da janela
Logo terminei de arrumar o que devia, escondi algumas coisas, guardei algumas coisas com uma grande raiva e fui tomar um banho, eu estava tirando o sabão quando ouço o meu celular tocar e saio correndo do box igual um tonto cheio de sabão escorregando aqui e ali até chegar no meu celular que de tanto vibrar já estava quase caindo da pia, quando fui tentar pegar ele escorregou da minha mão, bateu na lateral da pia e caiu dentro do vaso sanitário, eu nunca tive tanta raiva, no fundo da água eu ainda consegui ver antes de ele queimar que quem estava me ligando era o Felipe, eu estava com tanta raiva que na hora de descarga e o celular foi cano abaixo, resultado... Entupi o vaso, depois de ter ouvido milhares de broncas da minha mãe, fui me deitar esperando sem muita felicidade o outro dia
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Acordei com o barulho da chuva batendo na janela, ai como eu amava aquilo acordar ao som da chuva debaixo do meu cobertor quentinho e vendo a chuva acabar com a alegria dos outros que planejavam um dia sem ela, me levantei e coloquei uma playlist com algumas musicas da Adele, Evanescence, Linkin Park, Marron 5, The wanted, e algumas das minhas bandas e cantores favoritos, eu comecei a dançar e cantar me esquecendo totalmente que era o meu primeiro dia na nova escola e que o impostor iria chegar, tomei um banho e desci pra tomar café, graças a cristo estavam todos comendo o que era sinal que a minha mãe já tinha dado a palestra religiosa dela, e se ela não tinha me acordado era porque algo bem estranho estava acontecendo, me sentei e ninguém falou uma sequer palavra
Danilo: bom dia pra vocês também... Que família maravilhosa!
Márcia: bom dia filho, eh...sabe... Eu tenho noticia boa e outra ruim qual eu falo primeiro?
Danilo: vamos à boa...
Márcia: você não vai à escola hoje!
Danilo: eita que o dia ta uma maravilha hoje, eu falei com um sorriso gigante no rosto!
Márcia: agora a ruim, você ira buscar o seu primo no aeroporto!
Danilo: eu tenho mesmo que acompanhar vocês?
Márcia: então filho... Você ira sozinho... Eu e o seu pai estamos indo pra sua avó ela ficou doente...
Danilo: uma pinoia que eu vou buscar esse cara, ele é retardado ou se faz? Passa o endereço pra ele e ele vai conseguir da um jeito de vir...
Márcia: eu suponho que se ainda quer ter a internet a sua disposição você ira ter que fazer essa solidariedade em nos ajudar
Danilo: ta me diz o que eu tenho que fazer
Márcia: como você não o viu ainda e nem ele você, você ira levar uma plaquinha com o nome dele e ira esperar ele no portão do desembarque, depois você ira acompanhar ele no taxi e ira trazer ele pra casa!
Danilo: deprimente... Mas o que é que eu não faço pelo facebook?
Márcia: meu amado filhinho, esperamos encontrar o Eduardo vivo quando chegarmos!
Então foi ai que eu fui entender, ela me entregou um mini cartaz com o nome “Eduardo de Souza Vieira” aff eu estava entrando em depressão, fui até um ponto de taxis e peguei uma te o aeroporto, fui até uma lanchonete e esperei a hora do desembarque, até que uma voz irritante anunciou a chegada do voo dele, fui até o portão e levantei timidamente aquele pedaço de papel, eu estava morrendo de vergonha, não parava de sair gente daquela porta automática, eu me perguntava da onde saia tanta gente, eu já estava com sono e me sentei em um banco próximo ao portão e deixei o papel apoiado e acabei cochilando e acordando quando alguém tocou no meu ombro, me virei e me deparei com um guarda
Guarda: Rapaz, não há mais desembarque esse horário, o próximo será daqui a 3 horas!
Olhei em volta procurando o papel que havia sumido, entrei em desespero, provavelmente o tonto do cara deve ter aparecido e não viu ninguém esperando ele, e uma hora daquelas ele já devia estar bem longe de Guarulhos
Danilo: que tragédia! Minha mãe vai me deixar careca com uma pinça se eu não achar esse cara!
Guarda: se refere ao rapaz que esta aqui desde as 4:00?
Danilo: tenho cara de quem sei quem é esse tal rapaz? Sim de vez em quando eu dou uns ataques de ignorância...
Guarda: ele esta sentado na sala de espera do outro setor, siga reto vire a direita e desça as escadas você ira dar de cara com ele.
Danilo: obrigado
Guarda: disponha...
Segui as instruções do guarda e me deparei com uma rapaz de costas e falei em um tom baixo
Danilo: Eduardo?
Então ele virou, até hoje não sei o que deu em mim, não sei bem descrever o que foi que eu senti quando vi aquele cara, foi um choque eu fiquei sem palavras ele era branco, 1,80 mais ou menos, cabelos escuros lisos em um corte simples, olhos verdes, e um corpo que me tirou o ar, um peitoral forte e braços pernas e músculos em geral bem definidos, na hora me recompus ao ver que ele segurava o papel com o nome dele, então ele veio a minha direção com uma rapidez e me abraçou
Eduardo: nossa como você cresceu esta... diferente... Ele falou com uma voz máscula e suave
Danilo: hum.. atah... que.. bom... Vamos?
Eduardo: claro, vamos! Mais então o que aconteceu me disseram que você estaria no portão as 4:00... Eu só encontrei o papel e fiquei preocupado com você... Ocorreu alguma coisa?
Danilo: só agradeça a Deus por eu não ter te largado aqui em São Paulo mesmo para você entrar para a irmandade dos mendigos!
Ele sorriu e entrou no taxi junto comigo, paguei certa quantia e fomos a rodoviária pegar o ônibus para descermos a serra, eu queria chegar em casa logo e cair na minha cama, eu estava muito cansado, apesar de eu acabar sentindo um arrepio toda vez que eu olhava aquele rosto perfeito dele, então depois de uma hora chegamos em casa, mostrei todos os cômodos e chegamos ao quarto
Danilo: bom aqui é o meu... Nosso quarto... essa é a sua cama, você pode usar aquela mesinha ali pra alguns pertences de uso continuo e ali eu tentei arrumar um espaçosinho no meio da bagunça do meu armário
Eduardo: nossa eu não queria incomodar a esse ponto, fiz você diminuir o seu espaço néh? Você não deve estar gostando nem um pouco!
Danilo: vou te confessar que é um pouco chato isso tudo, mais não se preocupe me adapto muito rápido!
Tomei um banho e em seguida ele tomou o dele, em meio a conversa que eu estava tendo com ele, o meu cansaço foi embora, ele era muito carismático, educado e simpático, me contou um pouco dele, disse que tinha saído do Rio de Janeiro por causa dos pais, e que estava enfrentando uma dura fase na vida dele, o jeito dele falar estava me derretendo ele tinha um jeito másculo e sensível ao mesmo tempo, a voz dele era calma mais tinha um tom de certeza a cada palavra, jantamos e fomos assistir uns filmes, comemos pipoca em meio a brincadeiras do tipo “guerra com o milho que sobrava no fundo da panela” nós já estávamos descontraídos e a conversa fluía como se nós fossemos amigos a anos, realmente a minha intimidade com ele crescia a cada minuto de uma forma que eu nunca tinha visto ela crescer com ninguém
Fui até a cozinha e servi duas taças de vinho e levei até a sala, resultado riamos atoa, não estávamos exatamente bêbados mais estávamos no momento “sinceridade total”, então eu me levantei e fui lavar a louça por um extinto que surgiu da bebida, porque eu odiava fazer aquilo, eu estava de avental somente com uma blusa bem grande e uma coeca Box deixando a mostra as minhas coxas avantajadas, enquanto eu ensaboava as panelas e ria sozinho na cozinha quando sinto alguém me empuxar por trás.
Danilo: Eduardo? Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Eduardo: do que você esta rindo?
Danilo: sei la cara...
Eduardo: eu não aguento mais!
Danilo: o que? A minha pipoca salgada demais?
Eduardo: não, eu não aguento mais te ver sorrir e não poder te tocar desde que eu te vi no aeroporto eu to querendo ficar um pouco mais grudado contigo, poder te sentir do jeito que eu estou te sentindo agora.
Danilo: kkkkkkk, eu ria feito um retardado pelo efeito do vinho até que notei o quanto ele estava sério e então eu cai na real.
Danilo: isso é sério Edu?
Eduardo: sim é sério, eu to louco pra ficar com você desde aquela hora, e eu amei o “Edu”, ele me disse me virando de frente e pressionando o meu corpo contra aquele o dele que se era rígido
Eduardo: fica comigo? Ele disse já apertando o meu quadril e encostando aqueles lábios vermelhos e carnudos nos meus lábios invadindo a minha boca com aquela língua macia e me dando um beijo cheio de desejo e tesão, deixando o meu corpo fraco e submisso a ele, ele me levantou e sentou na pia, ficando entre as minhas pernas e percorrendo todo o meu corpo com as mãos, até que ele foi interrompendo o beijo com selinhos e me perguntando pausadamente enquanto descia o meu pescoço com chupões:
Eduardo: e então fica comigo?
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Bom galera ai esta mais um capitulo, lembrando que isso é apenas o começo! Ainda tem muita coisa por vir! E o outro conto eu estou terminando os últimos capítulos para postar todos de uma vez só, o Danilo ainda vai se surpreender com muitas coisas que estão por vim e que estão relacionadas ao Marcio ao Felipe e ao Eduardo e outras pessoas que iram entrar na história! Espero que continuem votando de comentando!
Beijos – Jonathan Alves