Doce Lie III

Um conto erótico de Lilez Dias
Categoria: Homossexual
Contém 1582 palavras
Data: 24/11/2012 16:30:23
Última revisão: 11/02/2019 18:04:48

Contei tudo pra minha namorada.

Uma decisão precisava ser tomada e como eu já esperava, hesitou em me ouvir. Não havia mesmo nada que eu dissesse que mudasse o ocorrido. Entre lágrimas e palavras cheias de raiva ela desligou o telefone, retornei, mas não fui atendida.

Mandei uma sms pra Lie:

“Contei pra ela que ficamos. Ela desligou na minha cara e perguntou se eu ia ficar dando pra todo mundo. Não sei o que fazer.”

Ela respondeu:

“Tenta ficar calma. Uma pena eu não estar aí.”

Minha amiga me ligou em seguida dizendo que a Lie tinha ligado pra ela:

- Hã? Como? Ela tem seu numero?

- Agora tem. Disse que estava vindo pra cá...

- PRA CÁ? O que ela vem...?

- Disse que você estava precisando dela e não ia te deixar só, eu disse que não havia necessidade, mas... Ela é teimosa!

Fiquei nervosa, não esperava uma atitude da Lie, não como aquela. Depois de falar com minha amiga, fui tomar um banho, talvez a água levasse pelo ralo meus pensamentos sem ponto final.

Saio do banho e vejo no celular três ligações perdidas da minha amiga, de novo. Retornei.

- Oi...

- Ela disse que não vem mais, ainda bem! O que você menos precisa agora é DELA.

Não respondi o que realmente queria, apenas:

- Que bom!

Desliguei e fiquei deitada na cama, ainda de toalha, submersa em um sentimento sem nomeMinja amiga me acordou no dia seguinte, precisava viajar até a cidade vizinha e me convidou pra fazer companhia. Fui.

Ainda no caminho, meu celular tocou, era a Lie, deixei chamar...

Durante todo o caminho fui conversando com a amiga sobre a minha cabeça confusa. Só ela me entendia.

Chegamos na cidade cedo, quase 8:30.

Liguei pra Lie, era a cidade dela. Queria colocar fim naquela fantasia que inventamos. A contra gosto da minha amiga fui até a casa da Lie. Combinamos que ela me pegaria lá mesmo, quando concluísse o que tinha a fazer.

Era um prédio em uma avenida muito movimentada, a Lie já me esperava na calçada. Despedi da minha amiga e fixei meus olhos nos olhos dela.

Nenhuma das duas disse nada, absolutamente. Entramos, era um ambiente pequeno, apenas dois quartos, banheiro, sala e cozinha. Ela disse:

- Quer beber algo?

- Não. Vamos acabar logo com isso, Lie?

Antes mesmo que ela pudesse responder David, amigo que dividia o apartamento com ela, entrou. Com cara de surpreso, me direcionou um bom-dia, deu um tapinha na Lie e entrou lá pro quarto que devia ser o dele.

Ela sentou-se do meu lado, segurou uma das minhas mãos e ligou a TV. Com uma expressão de raiva lancei meu olhar pra ela que respondeu:

- Que foi?

- Desliga isso, precisamos mesmo conversar. Lie, não brinca...

- Ok.

Desligou a TV, me puxou pela mão e me levou até o quarto. Uma cama, um espelho na parede e uma cômoda tomavam o espaço. Alguns livros, folhas e meias estavam espalhados pelo chão e contribuíam para a bagunça ser notada.

Eu:

- Podia brincar de arrumar o seu quarto de vez em quando, nossa!

- Ahhh, pra que? Sempre desarrumo tudo depois.

Disse sorrindo e me chamando pra sentar ao seu lado na cama. Sentei.

Ela:

- Então? Quem começa?

Permaneci calada. Estávamos nos ‘curtindo’ e isso eu não queria relatar. Olhei pro outro lado e comecei:

- Isso tudo termina aqui, ela vai terminar comigo e isso não posso suportar...

Fui interrompida:

- E EU? Posso suportar ficar sem você?

Fuzilei um olhar em direção a ela que traduzia um ‘não me importo’.

Ela continuou:

- Fácil né? Fica comigo, me faz experimentar você e vem aqui me dispensar?

Falou com um ar de irritação.

Eu:

- Como assim te fiz ficar comigo? Forcei você?

- Me apaixonei desde a primeira vez que te vi menina. Quanto te conheci estava decidida a não ficar com ninguém, nem beijar ninguém nem mesmo fazer sexo... Aí, vem você e MUDA tudo. Sabe o que são dois meses sem nada disso pra uma pessoa como eu?

Continuou:

- É. Estava cansada da minha vida vazia, seca, fria. Por isso fui passar uns dias na casa do Eduardo e quando chego lá o que acontece? - Perguntou pra ela mesma. – Te conheço! Linda e cheia de mistérios, não fala muita coisa sobre você e gosta de se manter ‘segura’, não é?

- Você não me conhece, para com esse blábláblá. Tudo muito desnecessário, o que temos pra resolver é simples.

Fiquei perplexa com a forma que se referiu a mim. Queria bater nela naquele momento pra dissipar minha raiva.

- Então, acabamos aqui, não é? Desse jeito?

Disse ela.

Eu:

- É.

Disse bem fria.

Ela:

- Mas eu não.

Jogou-me na cama, algumas coisas caíram no chão. Senti as pernas tremerem, um frio na barriga intenso... Não reagi, apenas olhei aqueles olhos negros que me comiam. Ela sem sair de cima de mim fazia força com o corpo pra me manter parada.

Senti seus lábios molhados encostar-se ao meu ouvido, senti a sua respiração se intensificar quando disse:

- Quero você...TODINHA!

Arqueei meu corpo no mesmo instante, senti um calor tomar conta da minha região íntima. Sabendo que não seria atendida, disse quase sussurrando:

- Lie... Não faz isso, facilita as coisas...

Ela nem se quer respondeu. Pareceu nem ter escutado. Tirou minha camiseta e a minha calça, fiquei apenas de calcinha e sutiã. Voltou a se deitar sobre mim, mas dessa vez me envolveu em um beijo ardente. Beijava-me como se pudesse arrancar um pedaço de mim, cada vez que nossas línguas se tocavam eu sentia arrepios. Quando soltou a minha boca eu a puxei de volta, queria mais, MAIS. Invadi a sua boca de uma vez, ela me recebeu sugando lentamente minha língua, eu parecia querer devorá-la e ela parecia querer prolongar cada segundo. Já sem fôlego a empurrei.

Ela se levantou, fechou a janela e a cortina por cima. Deixou o ambiente mais propício para um ato sexual, mais gostoso.

Voltou. Começou cheirando meus cabelos, descendo pelo pescoço os lábios molhados. Parou nos meus seios ainda cobertos e mordiscava, enlouquecendo-me. Eu pedia pra que ela tirasse logo o que impedia a boca dela de toca--los.

Ela dava de ombros... Ia fazendo tudo a sua maneira.

Desceu a primeira alça, beijou de leve meu ombro, depois a outra... Notou que o fecho era frontal, me olhou e sorriu proferindo um:

- Hummmmmmmmm...

Abriu lentamente, deixando seus polegares tocarem os biquinhos enquanto afastava o sutiã. Gemi levantando um pouco os joelhos, queria sentir de uma vez o calor da boca dela tocar a minha pele. Passou os lábios sobre eles, devagar... Eu respirava cada vez mais ofegante, ela mesma não resistindo mais, jogou-se sobre eles. Sugava-os com força, alternando entre um e outro, nossos gemidos se misturavam, eu segurava seus cabelos com uma mão e com a outra segurava ao meus.

- Eu adoro isso!

Disse com dificuldade.

Ela:

- O que você adora? Fala pra mim!

- Sua boca neles!

Ao terminar de falar ela segurou cada um com uma mão, como se pudesse sugar os dois ao mesmo tempo, unindo-os. Eu pedia pra ela não parar, suplicava pra que continuasse ali, com a língua me provocando. Ela o fez por mais alguns segundos.

Eu mesma tirei por completo o sutiã. Ela me puxou, sentando-me na cama, nos beijamos deliciosamente, minha excitação beirava a loucura. Senti as mãos dela descendo pela minha barriga, acompanhando o contorno da calcinha com os dedos. Queria de imediato sentir seus dedos dentro de mim, mas ela não. Apenas tocava-me por cima da calcinha, ainda me beijando... Acariciando devagar.

Pediu depois do beijo:

- Fica de quatro pra mim, fica?

Obedeci. Joguei o rosto no travesseiro que tinha o seu cheiro, abri mais as pernas de acordo com o pedido dela e deixei ser tocada.

Ela tirou minha calcinha, quase rasgando... Senti sua língua me invadindo, enquanto apertava minhas nádegas. Gemi alto, apertando o travesseiro. Ela pediu:

- Rebola essa bunda gostosa da minha boca!

Enquanto rebolava, sentia sua língua em um vai-e-vem maravilhoso que me fazia gemer cada vez mais alto. Tirou a língua e colocou dois dedos, que brincavam na minha região de uma forma que me enlouquecia. Eu sentia meu coração pulsar muito rápido, quase em conjunto com os dedos dela lá em baixo...

Ela sentindo meus gemidos se intensificarem, minha respiração mais rápida e meu corpo se preparando pra um orgasmo, parou. Reclamei, mas ela não se importou. Virou-me de frente, voltou a sugar meus seios, desceu pela barriga e colocou de uma vez, minha boceta na boca. Levantei o quadril, tentando me manter mais dentro dela, como se isso fosse possível, me contorcendo pedi pra ela não parar.

Ela parou.

Virou-me de lado, deitou atrás de mim e disse ao meu ouvido:

- Quero gozar com você. Rebola sua bunda em mim...

Senti que ela havia tirado o short. Só eu estava nua até então. Comecei a rebolar encostando minhas nádegas na boceta dela. Ela ficou dizendo palavras obscenas ao meu ouvido, que só me enlouqueciam mais, depois abriu minhas pernas e invadiu-me com seus dedos, ficamos gemendo juntas...

Nossos corpos suados, colados... Respirações fundidas... Ela me comendo da forma que eu queria e eu rebolando pra ela como havia me pedido. Não demorou muito, gozamos juntas, um misto de loucura com paixão. Ficamos na mesma posição, ela ainda dentro de mim. Não sei bem que eu pensei, só me sentia perdida naquele momento gostoso.

Tirou os dedos de mim, colocou na boca, chupando-os.

Eu:

- Você é muito lésbica!

Ela:

- Eu sei.

Sorrimos juntas.


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Comentários

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Hahaha,continuarei sim e obrigada pelo "tão bem"! ^_^

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