De chefe a amor da minha vida - 12

Um conto erótico de Luca
Categoria: Homossexual
Contém 1491 palavras
Data: 09/09/2012 23:10:40

Continuando...

Paula me abraçou junto enquanto eu chorava descontroladamente. Ficamos os três abraçados na portaria.

Eu – Preciso falar com ele, explicar tudo!

Pedro – Calma amor, deixa ele digerir tudo.

Paula – É amigo, o Pedro tem razão, dá um tempo pra cabeça dele.

Pedro – Vamos subir, você precisa se acalmar.

Eu estava em pedaços, o Ricardo olhou de uma forma que me machucou demais. Já no meu apartamento, o Pedro e a Paula tentavam me acalmar. Acabei pegando no sono nos braços do Pedro, eles ficaram comigo o resto do dia. Já era noite quando o Ricardo chegou, eu ainda estava dormindo no colo do Pedro.

Pedro – Amor, acorda...ele chegou.

A Paula não dizia uma só palavra.

Eu – O que?...Ricardo!!! (Disse assustado)

Levantei depressa, ele estava parado na porta com os olhos vermelhos.

Pedro – Nós já vamos, vamos Paula!

Paula – Vamos sim, beijo amigo.

Pedro – Qualquer coisa me liga, beijo amor.

Eu – Tchau gente, obrigado por ficarem.

Ricardo ainda estava parado na porta, Paula e Pedro passaram e ele nem se moveu. Sozinhos, eu comecei a chorar.

Eu – Ricardo, me perdoa. Eu queria ter falado antes.

Ricardo – Por que você me escondeu isso? Pensei que fossemos amigos. (Ele também já estava chorando)

Eu – Aconteceu tudo tão rápido, quando eu vi você já estava morando aqui. Não sabia como reagiriam ao saber sobre mim.

Ricardo – Confesso que foi um choque ver aquela cena mais cedo. Você e aquele cara estão juntos?

Eu – Não, eu e o Pedro somos só amigos.

Ricardo – Amigos que se beijam na boca. (Falou com ironia na voz)

Eu – Temos um carinho muito grande um pelo outro, só isso.

Ricardo – Bom, você faz o que quiser da sua vida.

Eu – Por favor, Ricardo...não me trate deste jeito. Não mudou nada, ainda sou a mesma pessoa.

Ele ficou em silêncio e eu chorava sem parar. Levantei e fui em direção ao banheiro, quando vi meus olhos estavam inchados de tanto chorar.

Eu – Por que, não precisava ser deste jeito. Não sei se vou aguentar o seu desprezo.

Procurei me acalmar, saí e fui dormir. Passou um tempo e nada dele vir deitar, já era madrugada quando fui beber água e vi ele dormindo no sofá. Aquilo cortou meu coração. O domingo passou e eu fiquei o dia inteiro na cama, ele não falou comigo em nenhum momento. A semana começou e eu não tinha vontade de fazer nada, ele já não me esperava para jantar e nem dormia na cama comigo. Na sexta-feira a Paula me convidou para sair, distrair um pouco a cabeça. De inicio eu relutei, mas quando ela disse que o Pedro ia junto eu me animei a ir. Fui para casa me arrumar, pois estava muito largado para sair. Quando ia abrir a porta o Ricardo abriu primeiro, ele estava lindo e muito cheiroso.

Eu – Oi, vai sair?

Ele mal olhou na minha cara.

Ricardo – Vou.

E saiu. Procurei não me abalar muito, fui me arrumar. Logo o Pedro me liga.

Pedro – Tá pronto amor?

Eu – Tô, já desço.

Fomos a uma balada bem legal, boa música, pessoas bonitas, estava adorando o lugar. Estava dançando com a Paula quando vejo uma cena que me deixou atordoado. Era o Ricardo dançando com uma garota, eles dançavam sensualmente. Aquilo me deixou sem ar, precisava sair dali.

Paula – Que foi Luca?

Eu – Olha quem tá ali?

Ela fez uma cara de surpresa.

Paula – Vamos sentar um pouco.

Sentamos na mesa onde o Pedro esperava por nós.

Pedro – Cansaram? (Falou dando uma risada)

Paula – Não, o Ricardo está aqui.

Pedro – Onde?

Quando ele viu logo fechou a cara.

Pedro - Vamos embora.

Eu – Não...vamos ficar (Falei com firmeza na voz)

Ficamos, mas não dançamos mais. Eles a todo momento tentava me distrair, mas eu não consegui tirar os olhos do Ricardo. De repente começou um tumulto na pista, quando vejo o Ricardo tinha se metido em uma briga. Por impulso fui ajuda-lo, Pedro e Paula logo vieram atrás. Puxei ele pelo braço com toda minha força para tirá-lo do tumulto.

Eu – Ei Ricardo, o que tá acontecendo?

Ricardo – Olha quem tá aqui se não é o meu amigo.

O cheiro de álcool era muito forte.

Eu – Ricardo...você está bêbado?

Ricardo – Eu bebi só um pouquinho...rsrsrsrsrsr.

Eu – Só um pouco um cacete, você está caindo de bêbado.

Ricardo – Quem é você? Não te devo satisfação, lembra?

Ele jogou na minha cara todas as vezes que ele se preocupava e eu era grosso. Aquilo foi como um tapa na cara. Até que a garota que estava com ele puxou seu braço.

Garota – Vamos Ricardo, deixa esse aí. (Ela também estava visivelmente bêbada)

Quando olho para trás a Paula estava segurando Pedro, ele estava vermelho de tanta raiva.

Eu – Vamos embora, aqui já deu o que tinha que dar.

No carro, o Pedro estava furioso.

Pedro – Quem essa cara pensa que é pra te tratar deste jeito. Se a Paula não tivesse me segurado eu tinha partido a cara daquele mané.

Eu – Deixa pra lá Pedro, já passou...só quero ir pra casa.

Pedro – Você vai dormir na minha casa hoje.

Eu – Não Pedro, quero ir pra casa, por favor.

Pedro – Tá mais eu vou ficar com você.

Eu – Quero ficar sozinho, tenho muito que pensar.

Pedro – Tem certeza amor?

Eu – Tenho

Eu não estava chorando, mas a tristeza era imensa. Quando chegamos me despedi do Pedro e da Paula.

Eu – Tchau gente.

Pedro segura minha mão e diz:

Pedro – Amor, qualquer coisa me liga que eu venho correndo.

Eu – Eu ligo, beijo!

Fui direto me deitar, queira esquecer aquele noite. Demorei, mas consegui pegar no sono. Quando era 4h da manhã eu escuto o barulho da porta da sala abrindo e umas risadinhas, levanto meio sonolento para verificar. O Ricardo havia chegado e estava caindo de bêbado, o pior é que estava acompanhado daquele vagaba. Liguei a luz dando um susto nos dois.

Eu – Que palhaçada é essa?

Ricardo – Não tem nenhum palhaço aqui.

Eu – Não acredito que você trouxe esta vadia pra minha casa.

Garota – Epa...vadia não, tenho muita classe...rsrsrsrsrs.

Ricardo – Por um acaso é só você que tem direito de ficar se agarrando no sofá.

Ele estava passando dos limites.

Eu – Em primeiro lugar eu não fico me agarrando no sofá. Segundo, estou no minha casa e eu faço o que quiser aqui dentro.

Ricardo – Não se preocupe já achei um lugar pra morar, logo eu deixo você em paz.

Fiquei furioso.

Eu – Ricardo...tirar essa vadia da minha casa.

Ricardo – E seu eu não quiser? (Falou com muito deboche)

Eu – Ricardo, não me provoca....eu vou chamar a polícia.

Ele fez uma cara de assustado.

Ricardo – Você não teria coragem.

Eu – Quer apostar?

Peguei o telefone e ele veio para cima de mim para tirar o aparelho da minha mão. Nisso a garota saiu correndo, ele até tentou ir atrás, mas não consegui. Ricardo voltou para o apartamento com os olhos cheios de raiva.

Ricardo – Você viu o que fez! (Ele estava aos berros)

Ele me agarrou pelos braços com muita força.

Ricardo – Por que você fez isso? Só você tem o direito de ter alguém.

Estava com o rosto bem próximo do meu, ele me apertava com muita força.

Eu – Ricardo...você está me machucando...me soltaaaaa!!

Eu – Você acha que ia ser feliz com aquela vagabunda.

Ricardo – Já saquei a tua, você me quer.

Quando ele falou isso eu parei de me debater.

Ricardo – É isso né...é isso aqui que você.

Neste momento ele pega a minha mão e coloca em cima do seu pau. Senti nojo dele.

Eu – Me solta! Por favor....me solta Ricardo. (Já chorava como uma criança)

Ricardo – Você quer mais?

Então ele segura minha cintura com um braço, com outro o meu pescoço e me beija a força. Aquilo estava me machucando mais do que se ele tivesse me batido, estava machucando o meu coração. Consegui sair dos seus braços e com toda minha força eu dei um soco. Ele caiu no chão segurando o rosto.

Eu – Você nunca mais faça isso...Ricardo você morreu pra mim.

Como se tivesse saindo de um transe ele levantou.

Ricardo – Meu Deus o que eu fiz? Luca me perdoa, por favor, me perdoa.

Eu – Confesso que me apaixonei por você, sofri muito te amando em silêncio, mas depois de hoje eu te odeio.

Ricardo – Eu não sabia, por favor, me perdoa.

Ele chorava compulsivamente. Eu estava completamente destruído, meu coração estava aos pedaços. Fui para o quarto e tranquei a porta, ele veio atrás e ficou batendo na porta.

Ricardo – Luca, abre a porta....vamos conversarEstou exausto, mas consegui colocar mais um capítulo para vocês. Estou feliz que estejam gostando, muito obrigado a todos que comentam.

CARPE DIEM*, que bom que você gostou. Li seus contos e me apaixonei, você passou tanta emoção que eu chorava enquanto lia. Bjos

Ótimas semana a todos, bjos e abçs:)


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Excelente. Estou anciosa para o proximo capitulo

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