Continuando...
Pedro – Quem é Ricardo?
Putz...
Eu – Por quê? (Perguntei nervoso)
Pedro – É que quando estávamos transando você me chamou de Ricardo. È seu namorado?
Fiquei em silêncio, as lágrimas vieram e não pude contê-las.
Pedro – O que foi? Você está chorando? (Falou puxando o meu rosto)
Eu – Me desculpa!
Pedro - Desculpar do quê? Você não fez nada de errado. Só perguntei por curiosidade.
Eu – Estraguei tudo né!
Pedro – Ei deixa disso, você foi maravilhoso ontem. Faz tempo que eu não sentia tanto prazer com uma pessoa. (Falava enquanto secava minhas lágrimas)
Eu – Você é que foi maravilhoso.
Ele me abraçou e por alguns instantes me senti em paz. Pedro era muito carinhoso e atencioso comigo, eu tinha medo dele me dispensar depois de transarmos, pelo contrário, ficamos abraçados por algum tempo.
Pedro – Você quer conversar sobre esse Ricardo?
Eu – Por que você quer saber?
Pedro – Desde que nos conhecemos peguei um carinho muito grande por você, não quero te ver triste deste jeito.
Eu – Ai Pedro, por que você não apareceu antes?
Pedro – Não sei, mas agora estou aqui. (Me deu um sorriso lindo que me transmitiu muita confiança)
Contei toda a história, ele me ouvia com muita atenção.
Pedro – Que barra!
Eu – Pensei que saindo com outras pessoas eu poderia esquecê-lo, mas não consigo.
Pedro – É muito difícil amar e não ser correspondido.
Eu – Passar estas últimas horas com você me fez esquecer todo este sofrimento.
Pedro – Que bom que te ajudei de alguma forma.
Conversamos mais pouco e depois ele foi fazer alguma coisa para comermos. Enquanto ele estava na cozinha eu fui mandar uma mensagem para Paula. Quando olho meu celular tinha 22 ligações perdidas do Ricardo.
Eu – Nossa, esqueci de avisar que ia sair. (Olhava o celular surpreso)
O Pedro entra no quarto com uma bandeja com café da manhã.
Pedro – Olha o que eu trouxe pra nós! (Com um sorriso lindo no rosto). Que cara é essa?
Eu – Nada...nada...o que você trouxe?
Pedro - Trouxe alguma coisa pra comer e nos recuperarmos da noite anterior...rsrsrsrsrs.
Eu – Que delícia!
Estava nascendo um grande carinho entre nós, nada amoroso, era amizade. Depois que terminamos comecei a me vestir.
Pedro – Já vai?
Eu – Sim, já está na hora.
Pedro – Me dá seu telefone? Vamos marcar de sair de novo, sei que seu coração já está ocupado, mas acho que tem um lugar para um novo amigo.
Eu – Com certeza, você já tem um lugar garantido.
Ele me abraçou e me levou até a porta.
Pedro – Não some tá!
Eu – Claro!
Nos beijamos e eu saí. Quando cheguei em casa o Ricardo estava dormindo no sofá, tentei acordá-lo.
Eu – Ricardo...acorda, você vai ficar todo dolorido dormindo aí.
Ricardo – Luca! Onde você estava? (Ele levantou rápido e falou com uma voz bem autoritária)
Eu - Eu saí com a Paula ontem depois do trabalho.
Ricardo – Custava avisar, fiquei a noite toda te ligando. Por que você não atendeu a porra deste celular?
Fiquei surpreso com a sua reação.
Eu – Desculpa, mas....mas nada...eu não tenho te dá satisfação, você não é nada meu.
Ricardo ficou furioso depois do que eu disse.
Ricardo – Pensei que fossemos amigos?
Eu – E somos, mas você não é meu pai pra ficar me dando sermão só porque eu cheguei tarde.
Fui para o quarto batendo a porta, em seguida escuto a porta da sala bater também.
Eu – Que tipo, até parece que vou dar satisfação do que eu faço pra ele.
Entrei no banheiro para tomar um banho que tentar esquecer a cena. Quando eu estava me vestindo ele bate na porta do quarto.
Ricardo – Posso entrar?
Eu – Se vai me dar um sermão é melhor não. (Eu estava muito puto da vida)
Ricardo – Não, só quero conversar. Posso?
Eu – Entra!
Ele entrou com uma cara de arrependido.
Eu – Fala logo!
Ricardo – Desculpa por ter te tratado daquele jeito. É que fiquei muito preocupado, ficou a noite toda fora. Você nunca fez isso antes.
Eu – Olha Ricardo, eu não fiz por querer. Não tinha planejado sair, a Paula me convenceu na hora. Depois eu dormi na casa do Pe...da Paula...é da Paula. (Quase que eu me entrego)
Ricardo – Vocês estão juntos? (Ele perguntou meio sem graça)
Eu – Não...somos só amigos! (Falei mais sem graça ainda)
Ricardo – Ah tá...você já comeu?
Eu – Já obrigado. Agora dá licença que minhas provas finais vão começar esta semana e tenho que estudar. (Fui bem ríspido com ele)
Ainda estava chateado com ele. O sábado passou bem, eu de um lado e ele do outro, quase não nos falamos. Estava tão concentrado nos estudos que nem percebi que tinha anoitecido, estava morrendo de fome. Não estava muito a fim de cozinhar, então resolvi pedir uma pizza. Fui até a sala para perguntar ao Ricardo qual saber ele iria querer.
Eu – Ricardo, estava pensando em pedir uma pizza.
Quando olho para ele vejo que estava com os olhos vermelhos, havia chorado a tarde toda.
Eu – Ricardo o que aconteceu? (Falei sentando ao seu lado)
Ricardo – Nada!
Eu – Como nada, você estava chorando?
Ricardo – Não!
Eu – E o porquê destes olhos vermelho?
Ricardo – Falei que não foi nada! (Ele já estava irritado)
Eu – Para de ser criança, o que houve?
Ele começou a chorar.
Ricardo – Poxa, eu fiquei preocupado ontem. Pensei que tivesse acontecido alguma coisa com você.
Eu – Ai Ricardo, não é pra tanto. (Que drama!)
Ricardo – Não desmereça os sentimentos das pessoas. (As lágrimas começaram a escorrer)
Eu – Desculpa, é que nunca tive ninguém que se preocupasse comigo.
Ricardo – Tá, mas não precisava me tratar daquele jeito quando eu tentei me desculpar por ter gritado com você.
Eu estranhei, o Ricardo estava muito sensível. Todos aqueles acontecimentos realmente mudaram seu comportamento.
Ricardo – Luca, você é a única pessoa que eu tenho agora, você é meu amigo, me preocupo com você. Nunca me perdoaria se te acontecesse alguma coisa.
Escutei calado, ele realmente me considerava.
Eu – Calma Ricardo...desculpa mesmo eu não queria te magoar.
Ele ficou em silêncio, não aguentei e o abracei. Ficamos ali algum tempo até que não consegui segurar e disse:
Eu – Ricardo...eu te amo!Querido amigos, mais um capítulo pra vocês. Me perdoem se o conto está um pouco curto, mas é que estou em semana de provas e fica pouco tempo para escrever. Mais uma vez obrigado pelos coments. Bjos e abçs:)