Lá estava ela, sentada na cama daquele quarto de motel, esperando pelo que estava por vir. Sentia-se uma verdadeira vítima próxima de ser sacrificada no altar dos desejos vis de um homem oportunista, que praticamente a sequestrara e com ela adentrara ao motel com a firme intenção de saciar seus desejos à custa da fraqueza de sua vítima.
Enquanto esperava pelo que viria, sentada comportadamente na beira daquela cama enorme e cercada de espelhos por todos os lados, ela pensava como chegara até aquela situação embaraçosa e constrangedora. Sua consciência pesou-lhe mais uma vez: a culpa fora dela mesma; como deixou-se fraquejar ante o desejo carnal pelo amigo do marido? Como foi possível que aquele homem que a tomara de assalto quando saía de casa, fez com que entrasse em seu carro afirmando que tinha fotos comprometedoras e que iria entregá-las ao seu marido? As fotos! As malditas fotos de um momento de fraqueza carnal que mesmo não sendo justificável ou passível de compreensão, (ou ainda de perdão), não podiam chegar aos olhos do seu querido esposo – homem sério e de conduta moralmente inatacável – sob o risco de engendrar uma desgraça muito maior - o próprio amigo!
Enquanto ouvia o barulho do chuveiro e da água caindo no piso do box do banheiro ao lado, ela pensava se havia alguma saída, mas não demorou em compreender que tratava-se de algo inevitável – muito assemelhado ao sacrifício de um inocente ante um algoz implacável e sequioso de desejo sexual reprimido.
Afinal, ele fora empregado de seu marido por muito tempo – e ela sempre percebera seus olhares gulosos em direção ao seu corpo, a forma com que ele se dirigia a ela, demonstrando um interesse maior do que parecia ser – e, mesmo depois da demissão jamais deixou de visitar a sua empregada (eram amigos), passando a frequentar a casa dela sempre na ausência do marido. E então, ela fornecera a ele toda a munição para a vingança que, segundo ela, ele nutrira por muito tempo.
E aquele era o momento; tomou-a à força, conduziu-a àquele motel longe de sua casa; fez com que ela olhasse para a atendente enquanto entregava os documentos pessoais (mais uma sevícia pessoal que vingança), e entrara no quarto afirmando que ela iria ter aquilo que o marido jamais fora capaz de lhe dar.
Estava tão atordoada com os pensamentos que rondavam sua mente que tomou um susto na hora em que ele saiu do banheiro – nu como viera ao mundo – exibindo o seu objeto de macho com uma pungência que ela jamais vira antes em qualquer outro homem. Era bem verdade que conhecera poucos em sua vida – alguns namorados na adolescência, o marido e seu melhor amigo(!) - mas de qualquer modo aquele era um membro digno dos filmes pornográficos que assistira alguns meses atrás na companhia de algumas amigas em uma sessão privada apenas para mulheres feita na residência de uma delas, e que ela temia fosse o instrumento de uma vingança doce para ele e inesquecível para ela.
Ele ficou parado onde estava por alguns momentos portando um sorriso malicioso nos lábios e um olhar de quem já não mais se continha pelo que estava por vir. Pênis em riste, ele caminhou até ela, aproximando-se o suficiente para que o enorme membro rígido e empinado ficasse apenas a alguns centímetros de seu rosto. “chupa o gostosão, sua vadia!”, disse ele em tom ameaçador, não deixando qualquer espaço para que ela pudesse se esquivar da ordem e do membro que latejava à sua frente.
Suavemente, ela começou a lamber o prepúcio (maior que o diâmetro de seus lábios), imaginando como seria tê-lo inteiro na sua boca. A descoberta não demorou muito, já que ele tomou-a pelos longos cabelos loiros – como quem segura a crina de uma égua no cio – e forçou seu rosto na direção daquele pênis vilão.
O primeiro momento foi um pouco assustador, já que ela imaginava que seria incapaz de abocanhar aquela coisa enorme e pulsante, mas não demorou para que se acomodasse àquela situação, passando a chupar o enorme órgão mesmo sentindo que não conseguiria acolhê-lo por inteiro em sua pequena boca de princesa. Sentia cada centímetro daquela monstruosidade que, pouco a pouco, tornara-se receptiva, causando uma vergonhosa sensação de prazer incontido; afinal jamais fizera isso com seu marido ou mesmo naquela única vez em que saíra com o amigo dele. Era algo deliciosamente pervertido e, ao mesmo tempo,algo que ela sempre desejara fazer em um homem (e que homem!).
Aquele ato foi tornando-se tão inexplicavelmente prazeroso que, mesmo sem que ela percebesse, aquele membro enorme estava totalmente dentro de sua boca, indo até o início de sua glote e voltando em movimentos cada vez mais acentuados que apenas serviam para atiçar ainda mais sua vontade de continuar chupando. Era uma sensação indescritível; aquela “coisa” entrando e saindo de sua boca, operando uma substituição da vagina, porém com a mesma sensação de prazer ampliado pela possibilidade de ter em sua boca o membro rígido do macho.
Repentinamente, ele tirou o pênis de sua boca e novamente olhou para ela com um olhar de quem ainda tinha muitas surpresas guardadas para aquela tarde de quinta-feira. Tomou-a pelos braços e num gesto controlado e sem excessos fez com que ela se levantasse da cama. Passou as mãos pelos ombros desnudos que apenas sustentavam as finas alças de seu vestido curto e de tecido leve, e num gesto quase imperceptível fez com que as alças se rompessem deixando-a apenas de lingerie “fio dental” (que, aliás, ela comprara dias antes sem imaginar quando iria usá-lo, … mais uma ironia!).
Ele iniciou um passeio de suas mãos pelo corpo dela detendo-se apenas quando aproximara-se dos mamilos que já estavam completamente entumescidos assemelhando-se a frutas maduras prontas para serem devorados pelo macho ensandecido ante a visão daqueles pequenos paraísos saborosos. E não se fazendo de rogado, tomou cada um deles na boca sorvendo e chupando com delicadeza e maestria que ela jamais tivera a oportunidade de sentir. E enquanto ele saboreava os seus frutos apetitosos, ela ia e vinha do paraíso, pensando como alguém tão rústico (quase selvagem) podia causar tanto prazer em uma mulher (outra ironia!).
E enquanto ele chupava aqueles peitos firmes e deliciosamente excitados, suas mãos continuavam seu passeio em direção ao monte de Vênus protegido apenas pelo fino tecido da lingerie já incapaz de esconder a umidescência e a dilatação do clítoris, fazendo com que o macho presente arrancasse aquela pequena peça íntima sem delongas deixando à mostra uma vagina plena de desejo e clamando por uma penetração.
Imediatamente, ele a jogou sobre a cama e pondo-se sobre ela deixou que seu instrumento fizesse aquilo para que fora concebido, iniciando-se uma penetração contundente, porém meticulosa buscando causar prazer em cada centímetro de aprofundamento naquela vagina deliciosamente pura e antes intocada por algo tão grande e grosso. Ela sentiu uma pontinha de desconforto inicial que foi prontamente substituído por uma ânsia incontrolável em sentir toda a extensão daquele objeto de desejo que mesmo pertencendo a alguém desonesto e imoral, tornara-se naquele momento a única razão suficiente para que ela se entregasse a ele, mesmo sabendo que se tratava de uma situação constrangedora em que ela era a vítima de um deslize imperdoável (outra ironia?).
Por mais de meia hora os movimentos resolutos do macho em pleno trabalho serviram ao seu propósito: ela mais uma vez sentia-se nas nuvens, percebendo uma sensação que não tinha igual em seu passado recente ou mesmo remoto, e absorvendo cada movimento que se iniciava em sua vagina, porém terminava em explodir por toda a extensão de seu corpo suado e arfante de satisfação.
Ele movimentou seu instrumento com a maestria de quem conhecia bem os resultados que podia auferir a uma mulher, especialmente a uma totalmente inexperiente, mas que mesmo cheia de recato e temor sabia aproveitar a oportunidade quase que única de ser possuída por alguém tão potente.
A bem da verdade, ela gozara mais de uma vez e seu gemidos denunciavam a redenção ao poder daquele macho capaz de proporcionar tantos orgasmos que a deixavam quase desfalecida e que nunca alguém fora capaz de conceder-lhe. “Ai, … não consigo mais segurar, minha putinha, … vou te encher de melado!”, disse ele em tom de quem já quase estava fora de controle da situação.
Quase que de imediato ela foi tomada por uma pavor incontrolável, sentindo que aquela era uma ameaça verdadeira. “Não faz isso, não! Eu não tomo pílula faz algum tempo, … por favor, isso não!” Ela olhou em seus olhos e percebeu um ar de superioridade masculina de quem tinha o controle da situação e que podia tornar aquele momento um momento de sofrimento a ser lembrado para sempre.
“Fica quieta, sua safada! Eu não vou gozar dentro dessa bucetinha gostosa, mas você vai ter que engolir todo o meu leitinho! E não pode escapar uma gota sequer, ...” Dizendo isso ele retirou o pênis de dentro dela, levantou-se rapidamente puxando-a consigo e aproximando membro duro de sua boca começou a masturbar-se lentamente, deixando que o prepúcio ficasse em posição de despejar o conteúdo do membro diretamente na boca da sua vítima.
Não tardou para que ela sentisse aquele líquido espesso e quente deitar sobre sua língua e escorrer em direção à sua garganta. Ela ficou completamente intrigada com o fato de que aquele gesto causara-lhe enorme prazer (mais uma ironia?), e que sorver aquele sêmen fora algo novo e maravilhoso que ela havia aprendido, principalmente porque o volume fora tal que ela pensou que iria, em algum momento, engasgar com tanto sêmen vindo de um só homem.
Assim que terminou ele ajoelhou-se na frente dela olhando para o membro desfalecido que ainda respingava um orgasmo sem controle. Levantou-se e tomando-a pelas mãos disse: “vamos sua gostosa, vamos tomar uma ducha bem gostosa, … quero ver você me ensaboar todinho, ...”
Debaixo do chuveiro ela percebeu o quão carinhoso aquele brutamontes podia ser; ele tomou uma esponja macia e percorreu cada milímetro da pele suave dela, detendo-se nos pontos que considerava essenciais para atiçar seu desejo ainda mais uma vez. E antes que ela pudesse esboçar qualquer reação, sentiu quando ele fez com que suas mãos pousassem sobre o falo já meio enrijecido pela sensação que ela causara nele com aquele banho inusitado.
Mais uma vez ele estava em riste, pronto para mais uma penetração sem igual. Todavia, ele queria algo diferente. “Vira esse rabo enorme e delicioso que é nele que eu vou fazer a festa!”. Nesse momento, ela segurou o membro já completamente enrijecido com as duas mãos – já que era impossível cobrir-lhe a circunferência com apenas uma delas – e passou a masturbá-lo suavemente. Ele a fitou com um olhar de desafio, mas os movimentos cadenciados em seu órgão tornaram-se suficientes para que ele cedesse a mais uma tentação.
Ela pensou por um instante que havia se livrado da invasão anal por aquele monstro impiedoso, já que a massagem executada com maestria de quem não parecia naquele momento ser uma iniciante ou vítima, dava-lhe a vantagem que esperava manter – mas que certamente não se faria de rogada, afinal aquele homem era um macho espetacular, bem dotado e, mesmo com sua rudez e palavras sórdidas, sabia muito bem dar prazer a uma mulher. Isso realmente era uma ironia inconfessável!
Todavia, como a distração é a arma do inimigo, enquanto ela estava absorta em seus pensamentos, ele tomou a vanguarda; segurou-a pela cintura e com um leve rodopio fez com que seu traseiro ficasse exposto para ele, impedindo que ela continuasse com a massagem que até então lhe protegera do próximo ataque. Não houve tempo para piedade ou submissão, pois ela pode sentir a glande aproximar-se resoluta de seu ânus virgem e intocado.
O primeiro golpe foi rápido o suficiente apenas para a introdução da enorme glande inchada. Ela sentiu um desconforto passageiro (mas certamente dolorido), e pensou que o pior ainda estava por vir. E quando a investida iniciou-se, nem mesmo a água do chuveiro que escorria morna pelos seus corpos suavizou a dor quase lancinante que tomou conta do seu ser. Ela sentiu-se invadida por um ferro em brasa que queimava-lhe o traseiro profunda e profusamente. Quis gritar, chorar, suplicar que ele parasse, mas a mão forte e grossa do opressor calou qualquer tentativa de perdão.
Pensou que ia morrer de tanta dor, e quando achou que seu fim estava próximo, percebeu que o escroto repleto de pelos de seu algoz roçava-lhe as nádegas – tudo estava consumado! - sinalizando que a invasão anal havia completado seu percurso.
Seguiu-se então, uma sensação estranha – misto de dor e de prazer – que se amalgamavam, sendo que o prazer ia em um crescendo dinâmico, e, em pouco tempo, não havia mais a dor. E o prazer – ai, que prazer! - era algo divino. Os movimentos vigorosos tornavam seu ânus cada vez mais receptivo e dilatado, propiciando sensações e espasmos que ela sequer imaginava que podiam existir.
E o mais incrível aconteceu quando ela percebeu que o orgasmo se avizinhava. E também era algo inédito e maravilhoso; gozou precocemente, mas intensamente. Sentiu o líquido quente escorrer de seu interior e molhar por completo o pênis vigoroso que não cedia na sua investida inovadora para ela.
“Segura aqui suas nádegas sua safada! Deixa mais espaço para o gostosão aproveitar!”, aquelas palavras soaram de uma forma estranhamente excitantes e provocadoras, fazendo com que ela além de segurar e abrir suas nádegas passasse também a efetuar movimentos receptivos que imediatamente cadenciaram-se aos do seu parceiro. E mais orgasmos vieram – intensos, gulosos e impregnados de uma vontade incontrolável de que aquilo jamais terminasse.
A alegria ainda durou certo tempo, e o macho dominante não dava sinais de que iria concretizar sua investida, ao que ela ansiava que realmente acontecesse. Porém, a certa altura ele disse arfante: “Ai, ai, minha putinha safada! Vou gozar, não dá mais para segurar! Lá vem o melado quente e gostoso todo dentro do seu cu delicioso!”.
A onda do jato de sêmen foi tão intensa que ela teve a nítida sensação de que ele despejara um volume ainda maior do que antes, e que aquele líquido penetrou-lhe não apenas no ânus, mas também em todo o seu ser. E quando ele terminou retirando o instrumento meio amolecido a pequena dor da saída não foi suficiente para suprimir o prazer que ela havia sentido.
Terminaram o banho e foram para o quarto. Ela queria apenas deitar e dormir, mas ao desmoronar por sobre a cama de bruços sentiu o corpo quente do seu algoz cobrir-lhe com medida suavidade. Ela pensou que mesmo sabendo o modo como chegara até ali, na verdade a chantagem servira como um prêmio que ela não podia agradecer, mas que no seu interior respondia de forma benevolente aos préstimos do macho que agora jazia inerte sobre ela.
Decorreram apenas alguns poucos minutos até que ela percebesse que ele não estava mais sobre ela, voltou seu rosto na direção oposta à cama e viu que ele estava vestindo suas roupas dando sinais de que o cárcere privado havia sido encerrado. “Vamos logo sua safadinha tesuda, … se eu continuar vendo você aí pelada e gostosa vou querer te comer de novo, … a não ser que você ainda não esteja satisfeita!, … se bem que com um pinto desses duvido que você não esteja bem alimentada!”.
Ela levantou-se e pegou seu vestido que jazia próximo da cama; vestiu-se com ele a passou a procurar a calcinha que achava estar perdida em algum canto daquele quarto. Mas, qual não foi sua surpresa ao constatar que a peça em questão estava nas mãos dele que a girava entre os dedos com um sorriso malicioso nos lábios.
“Perdeu sua vadia, essa aqui vai para a minha coleção, até mesmo porque nunca tive uma dessas. Sempre que olhar para ela vou lembrar desse cuzinho gostoso que eu comi à vontade! Vai logo! Vamos embora que já é tarde e o caminho é longo.”
Entraram no carro dela e dirigiram-se até a portaria onde ela foi obrigada a pagar a conta – até mesmo porque ele não tinha dinheiro e estava desempregado por culpa do marido dela – o que fez pensando que dos males, sempre o menor (e quanto menor! Irônico mais uma vez).
Ao saírem do motel ele ordenou-lhe que o levasse em casa já que havia saído “desprevenido”. Ela queria argumentar, gritar que ele a fizera de sua vítima, porém a memória calou suas palavras. E quando chegaram próximo à casa dele, ele disse que ela o deixasse em uma esquina e fosse embora o mais rápido possível, já que estavam em uma periferia “barra pesada”, segundo ele próprio.
“Espera um pouco! E as fotos? Você vai me entregar as fotos ou não? Diga, eu preciso saber!”. Ele olhou bem para ela e foi incapaz de segurar a gargalhada que rolou solta de sua boca. Era uma gargalhada gostosa de quem saboreava uma vitória que apenas ele era capaz de entender.
“Que fotos madame! Não tem nada de foto não, apenas a sua empregada de língua solta e umas conversas fiadas que troquei com o amigo do seu marido! O resto foi tudo 171! E vai dizer que não gostou, … até mais ver madame, e vê se cuida desse rabo gostoso, pois ele mereceu a minha jeba tesuda!”.
Dizendo isso, ele saltou do carro e caminhou para longe. Não olhou para traz mas o jeito de andar demonstrava que ele ainda divertia-se com a peça que havia pregado na ex-patroa, e sabendo que ela jamais seria capaz de comentar o acontecido com quem quer que seja, inclusive e principalmente com seu marido.
Enquanto dirigia de volta para casa pensando em como ia justificar sua ausência por um tempo tão longo, viu-se rindo de toda aquela situação. Foi de fato uma vingança irônica. De um lado um homem que quis se vingar do patrão comendo a patroa e de outro uma mulher que por uma traição imperdoável sentiu prazeres que nunca antes sentira. Mesmo com a dor da penetração anal, ela considerou válida a lei da compensação. Traiu o marido e foi traída pelo destino. É mesmo uma doce ironia, … e também uma doce vingança.
Afinal, quem sabe, aquela ironia pudesse se repetir algum dia.