Escrava dos Seus Desejos - Parte III

Um conto erótico de Adelle
Categoria: Heterossexual
Contém 2217 palavras
Data: 10/07/2012 04:18:40

As mãos imensas e quentes de Eric deslizaram pelo corpo dela indo até a intimidade alagada, afagando seu clitóris quase carinhosamente. Karina gemeu.

- Isso, Escrava. – ele sussurrou ao pé de seu ouvido enquanto a segurava firmemente pela cintura, Karina sentiu quando a cabeça pulsante de seu membro foi posicionada em sua entrada, circulando-a só pra provocar. – Geme pro seu Mestre. E grita bem gostoso.

E então a preencheu de uma só vez, em uma única e potente estocada. Karina escancarou sua boca em um grito que era uma mistura de prazer/dor, sensações tão próximas de si e tão absurdamente intensas que a deixaram entorpecida por um momento.

Mas Eric não deu tempo algum pra que ela pudesse se habituar com sua tão brusca invasão. Ele havia prometido sexo duro e forte e era exatamente o que fazia naquele momento. Os quadris másculos iam e vinham chocando-se com quase violência em suas nádegas, provocando um libidinoso barulho de estalo que encheu a sala, abafando o som que ainda tocava, misturado aos berros e gemidos de Karina junto aos ofegos e gemidos de Eric.

- Grita mais, Escrava. – ele rosnou rebolando dentro dela, fazendo-a se contorcer de prazer. – Adoro quando você berra de tesão.

E arremeteu com ainda mais força arrancando um grito mais alto de Karina. Logo a morena sentiu uma ardência na nádega direita sendo seguida pelo som de um tapa. Rebolou e pompoou ainda mais ao redor do membro pulsante, se deliciando por saber que estava dando tanto prazer aquele homem.

Não lhe importava mais o fato de estar vendada a mercê daquele completo estranho. Esse fato acabava por ajudar, por fazê-la estar mais livre, mais segura do que queria e fazia. Não sabia por que, mas assim o era.

E a morena que jamais se imaginara gozando tantas vezes seguidas, gemeu prolongadamente e se apertou a volta do membro de seu Mestre, sentindo seus sucos escorrer por suas pernas quando mais um estrondoso orgasmo a envolveu em uma densa névoa de sensações libertinas.

- Assim, Escrava. Assim. – ela ainda ouviu Eric gemer, lutando pra não gozar ainda. Por mais que sentisse seu pênis inchado e pulsante dentro de sua vagina, Karina sabia por que ele lutava pra se conter: ele queria era gozar em outro lugar. – Relaxe agora. – a voz rouca ordenou próxima ao seu ouvido quando ela sentiu o pênis abandonar sua intimidade. Não pode conter um gemido de frustração, mas esse foi logo substituído por um de prazer quando um dedo de Eric invadiu sua fenda onde antes seu pênis estivera. – É gostoso, não é, Escrava?

- Si-sim, Mestre. – ela gemeu se empurrando ao encontro daquela mão milagrosa, sentindo o seu dedo escorregar por suas paredes lisas por seu gozo.

- Mas tenha certeza de que isso será ainda mais prazeroso. – ele sussurrou e mordeu seu lóbulo com força antes de escorregar sua mão até seu ânus, escorregando seu dedo besuntado por seus fluídos no buraco ainda não explorado.

Karina imaginou que, se um dia passasse por uma situação daquela onde algum homem a quisesse daquela forma, protestaria. Mas não protestou. Nem sequer cogitou a possibilidade de protestar. Apenas mordeu o lábio inferior e empurrou novamente ao encontro da mão que se movia, indo e vindo dentro dela.

- Hum. – ela soltou um gemido de dor bem baixinho quando Eric deixou seu ânus pra buscar mais de seu gozo em sua vagina, voltando e enterrando dois de seus dedos nela novamente. – Huuum. – ela gemeu mais forte, num misto de dor e prazer, mordendo o lábio inferior.

- Isso, geme pro seu Mestre. – Eric disse naquela sua voz rouca, não parando de acariciá-la e estirá-la, preparando o caminho que logo mais seu pênis faria.

Karina não sabia precisar quanto tempo ficaram ali, Eric acariciando suas dobras encharcadas enquanto alargava seu ânus com sua mão habilidosa, mas perdeu-se em sensações desde o momento em que três de seus grossos dedos conseguiram penetrar o buraco tão apertado.

Mordia o lábio inferior, gemia e gritava, ansiando sempre por mais, as palavras roucas e sussurradas de Eric ao pé de seu ouvido a levando cada vez pra mais perto do ápice.

- Está pronta. – ela ouviu quando ele sussurrou e retirou seus dedos de dentro dela. Karina prendeu a respiração e se retraiu ao sentir a imensa cabeça de seu membro se encostar em sua entrada antes acariciada por ele. – Não, não tenha medo. – ele a acalmou afagando suas nádegas. – Não se retraia dessa forma senão sentirá muita dor. Espere, vou facilitar as coisas pra nós.

E sem qualquer aviso, escorregou por sua vagina, enfiando-se mais uma vez até a bainha dentro dela. Karina abriu a boca, todo o ar fugindo de seus pulmões, suas mãos mais uma vez agarrando as bordas da mesa com firmeza ao senti-lo apertar sua cintura e socar dentro dela impiedosamente, em um rápido e delicioso vai e vem.

Mas antes que ela pudesse se empolgar verdadeiramente, ele logo saiu. Karina gemeu pela frustração mais uma vez.

- Que Escrava reclamona eu fui arranjar. – sua voz soprou contra sua nuca, arrepiando-a. – Acalme-se, carinho. Logo terá o que tanto quer. Agora apenas relaxe... relaxe e sinta.

Karina sentiu-se aquecida quando ele a chamou de carinho. Sim, carinho. E ela verdadeiramente sentiu o carinho nas palavras do homem. Era absurdo, ela sabia, mas desde o momento em que ouvira aquela voz pela primeira vez, era como se de alguma forma ela pertencesse a ele. Era como se de alguma forma bizarra ela o conhecesse.

Era como se aquele homem sempre estivesse com ela. E que sempre a desejara, acarinhara e amara. Era um laço tão forte, tão intenso que era impossível de ser explicado. Mas esse laço a fizera se entregar daquela forma, sem reserva alguma.

- Relaxe, relaxe. – era a voz de seu mestre a acalentando enquanto empurrava em seu ânus, lentamente, milímetro por milímetro, indo e vindo, entrando cada vez mais dentro dela.

Dor, dor, dor... prazer, prazer, prazer... o cérebro de Karina já não mais sabia diferenciar as coisas. Pra ela era uma coisa só naquele momento. Tanto que a morena entrou em um frenesi de sensações quando sentiu os testículos de Eric finalmente se chocarem contra seu clitóris, mandando correntes de prazer/dor por todo seu corpo trêmulo e suado.

- Isso, carinho. Assim. – a voz de Eric sussurrava em seu ouvido enquanto ele parava dentro dela, esperando-a se habituar com seu tamanho.

E que tamanho! Karina sentia como se estivesse totalmente cheia, estirada ao extremo... e isso era tão bom. Tão absurdamente bom.

- Mestre. – ela choramingou quando percebeu que ele não voltara a se mover. – Mestre, por favor...

- O que você quer, carinho? – a voz doce de Eric soprava em seu ouvido. Carinho, não mais escrava. E mesmo quando a chamara de escrava, essas palavras saiam de uma forma única dos lábios masculinos... como se por toda a vida dela Karina ansiasse por ouvi-las. E apenas da boca dele.

- Quero que me foda, Mestre. – ela arfou ao senti-lo mordiscar a pele sensível de sua nuca. – Que me foda bem forte.

- Seu pedido é uma ordem, Escrava. – ele grunhiu saindo de dentro dela e voltando com força. Karina gritou ante o prazer que ameaçou parti-la ao meio e apertou as mãos com mais força na beirada da mesa.

Apertou seus dentes contra o lábio inferior e ofegou ao sentir Eric ganhar ritmo, entrando e saindo dela que rebolava o mais que podia, tentando acompanhar seu ritmo frenético.

Mas não pode conter os gritos por muito mais tempo quando uma das mãos mágicas de seu Mestre deslizou por seu flanco, indo em direção ao seu clitóris latejante. Gritou de prazer e empurrou com mais força ao sentir seus dedos apertarem, puxarem e acariciarem, vez ou outra beliscando seu clitóris.

Era mágico, era intenso, era completo. Karina jamais se sentira tão completa em toda sua vida... e jamais voltaria a se sentir.

E foi por isso que as lágrimas desceram por sua face ao mesmo tempo em que mais um arrebatador orgasmo a fez estremecer dos pés até a cabeça, ela se largando sobre a mesa e sentindo que Eric, depois de mais duas ou três estocadas rápidas e secas dentro dela, também desabava sobre suas costas, a respiração arfante, o corpo todo trêmulo.

Karina sentiu quando os lábios macios vieram beijar seu rosto, afastando os cabelos de sua pele molhada pelas lágrimas e pelo suor das atividades tão deliciosamente intensas que ela havia feito na última hora. E só então percebeu, enquanto ele lambia suas lágrimas, que seu corpo todo se sacudia por seus soluços.

- Carinho. – a voz de Eric era de extrema preocupação ao deixar seu membro deslizar pra fora dela, seus lábios ainda acariciando seu rosto e capturando suas lágrimas. – Eu te machuquei?

- Nã-não. – ela fungou sentindo-se uma completa idiota.

- Oh. – ele exclamou, de repente parecendo compreender a razão de seu choro. E Karina sentiu que os lábios que a beijavam se esticavam em um... sorriso. – Como você é boba, carinho. – a voz alegre confirmou suas suspeitas. Do que ele ria? O que ali tinha graça? – Venha cá.

E então ele se levantou puxando-a consigo. Karina prendeu a respiração quando as mãos se moveram pra trás da sua cabeça, desatando o nó de sua venda. Apertou os olhos com força, recusando-se a abri-los e olhar o homem que agora estava a sua frente mesmo que a venda tivesse escorregado por seu corpo, provavelmente caindo no chão.

- Abra os olhos, Karina. – ele sussurrou fazendo um leve carinho em seu rosto.

Karina prendeu a respiração e aos poucos foi abrindo os olhos castanhos. A luminosidade do local era leve e não feriu seus olhos privados de luz por tanto tempo, mas a morena nem mesmo reparou em nada que a cercava.

O que lhe importava e que tirara seu fôlego era o homem a sua frente. Alto, ombros largos, cabelos castanhos, as feições duras e másculas, os olhos brilhantes, intensos e verdes como esmeraldas, a boca perfeita de lábios cheios e masculinos... ali estava a frente dela o homem que a possuíra como nenhum outro, que a levara ao ápice como nenhum outro, que a fizera sentir tão mulher como nenhum outro fizera.

Que tocara seu coração como nenhum outro.

Novo soluço se desprendeu de seu peito com esse pensamento. E de repente Karina se sentiu uma tola. Ele a quisera pra sexo, nada mais. A dispensaria depois dessa loucura que fizeram juntos.

- Se estiver pensando que te deixarei ir depois de tudo que me fez sentir, é uma grande tola. – ele disse com sua voz grave e masculina, um pequeno riso torto desenhado em seus lábios. Karina engoliu em seco.

- Co-como? – ela perguntou acreditando que estava enganada. Certamente que ele não dissera isso.

- A liberdade faz parte da relação entre Dom e Sub. – ele prosseguiu arqueando sedutoramente uma das sobrancelhas. – Por mais controle que o Dom tenha sob o Sub, esse sempre tem a opção de dizer não.

- Eric... – ela começou, mas ele a calou colocando um de seus dedos sobre seus lábios, aproximando-se e a abraçando com força.

- Mas eu não quero te dar liberdade nenhuma. – ele sussurrou com voz rouca, mais uma vez mexendo em suas mechas castanhas, hipnotizando-a com seu olhar fixo. – Não quero te perguntar se você quer ficar pelo simples fato de que não conseguiria te deixar ir.

- Oh, Eric. – e ela se sentiu ainda mais tola por estar mais uma vez chorando, agarrando-se ao corpo forte e escondendo seu rosto no peito duro e acolhedor.

- Não precisar temer, pequena. – ele prosseguir afagando seus cabelos e embalando-a enquanto Karina deixava-se chorar. – Não vou te dispensar. Não foi por acaso que te dei todo esse prazer, e muito menos por puro e simples desejo carnal. Queria apenas lhe mostrar a verdade.

- Que verdade? – ela perguntou fungando, fazendo-o afastá-la pra que seus olhos mais uma vez se pudessem conectar.

- Que você pertence a mim. – sua voz era grave e seus olhos intensos. – E que eu pertenço a você. Sei disso desde a primeira vez que te vi entrando naquele escritório e então passei a te observar, a te sondar. A cada dia que se passava eu tinha mais certeza de que você era a mulher que sempre busquei. E essa certeza apenas se intensificou quando percebi o quão excitada você ficou com essa situação que armei.

“Agora me responda, Karina. Acaso pensas que deixarei que outro homem te toque depois de tê-la tão inteiramente em meus braços?

- Oh, Eric! – ela deixou que um imenso sorriso se alargasse em seus lábios quando se lançou ao pescoço dele, apertando-o junto a si. – Eu te quero tanto, tanto... que chega a doer.

- E já me tem, pequena. – ele respondeu apertando-a com força contra seu corpo másculo e viril. – E sempre terá.

Sempre. Karina riu diante dessa palavra.

Por que sempre era um tempo longo. Sim, um longo tempo no qual ambos sempre estariam lado a lado, desfrutando de cada descoberta, de cada detalhe, de cada suspiro, de cada carícia, de cada gesto. Tinham tanto a descobrir um sobre o outro... e Karina tinha tanto a descobrir sobre si mesma.

Mas teriam tempo pra isso. Karina sorriu ao pensar nos momentos que ainda passariam juntos... e ela já tinha ideia do que fariam nesses deliciosos momentos.

Obs: Conto totalmente fictício. Todos os créditos pertencem a autora, que responde pelo pseudônimo Adelle.


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Comentários

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Eu queria tanto poder ter algum contato com você. Sua escrita me fascinou e eu estou realmente impressionada com a forma que eu me excitei só em ler, coisa rara. Seria impossível eu conhecer você? Não é para nada desse tipo, é só que quando eu viro fã de alguém, eu gostaria muito de manter contato. Desculpe se sou atrevida de alguma forma. Voltarei aqui caso tenha uma resposta. Abraços.

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Seu conto me faz viajar , me faz perceber o desejo mais que carnal que pode existir entre um homem e uma mulher...fiquei maravilhada com a forma como espõe os detalhes. Bjs e continue escrevendo vc É d+ !!!

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