Após aquele episódio (retratado no conto anterior) a vida em casa mudou completamente. Sempre rolou entre nós mim e João uma relação de respeito, mas nada muito próximo. Éramos estranhos um para o outro. Depois que todo aquele turbilhão aconteceu, rompemos todas as barreiras que poderiam existir. E se o natural nessas situações é que a coisa ficasse estranha entre nós dois, ou que começássemos a namorar, não alcançamos nenhum desses dois extremos.
Primeiro, ganhei um novo amigo. João e eu passamos a exibir um comportamento de irmãos, brincávamos muito um com o outro, conversávamos bastante e não tinha mais essa de intimidade, pudor. Ele poderia estar mijando no banheiro e eu simplesmente entrava, tirava roupa e tomava banho.
E em segundo –e mais importante–: Ganhei também uma putinha. Juro. João era muito submisso e sentia muito prazer em saber que estava satisfazendo seu macho. Se ele estivesse mijando no banheiro eu entrava, dava um tapa bem forte na sua bunda, tirava a roupa, jogava a cueca na sua cara e ainda ganhava uma mamada enquanto me ensaboava. Em suma: Ele estava sempre pronto. Às vezes, sentia um tesão da porra, por qualquer motivo. Então, bastava bater no quarto dele, ou ir até a sala brincar em seu pescoço que eu tinha nas mãos. E tome-lhe beijos, e cuecas, e piadas, e punhetas, e mamadas, e “quem é o seu macho, caralho?”, e tapas na cara, e tapas na bunda, e rola no cu, e frango assado, e gemidos, e urros, e sussurros, e palavrões no ouvido, e puxa cabelo, e cunete, e porra nas costas, e nos cabelos, e na barriga, e na boca, e “quer porra? Quer porra, viadinho? Engole então, caralho”, e lamber os lábios, e beijo de língua, e banho juntinhos, e sabonete no rabo, e mais penetração, e mais uma gozada, e mais um beijo, e cara de satisfação e a gente dormindo de conchinha no sofá (se eu acordasse e ficasse excitado, era só lamber a orelha dele. Ele já acordava em riste!).
A relação dele com o apartamento também teve uma mudança impressionante: Antes, tínhamos uma divisão de tarefas bem rígida. E João só fazia o combinado. Depois que começamos a transar, ele cozinhava todos os dias (ouvindo sempre um sambinha e rodopiando pela cozinha), lavava toda minha roupa e o banheiro. Quando sujávamos de porra algum canto da casa, lá ia ele, todo sorriso, remover a mancha branca que prova o nosso caso. Nas noites de dia de semana (segunda a quarta-feira), era comum que ele viesse ao meu quarto depois que eu me recolhesse, me batesse uma punhetinha enquanto me acariciava os cabelos (de cima), olhando nos meus olhos, e me punha pra dormir. O melhor de tudo isso: Ele não exigia nada além das cuecas, que passei a usar durante 3 dias e fazia questão que respingasse um pouco de mijo nelas, para deixar minha putinha satisfeita. Nem relacionamento. O que significava que tudo bem meter em outras garotas, levava até algumas pra casa. Ele nunca deu um ataque de ciúmes. Se aquilo o incomodava, ele escondia muito, muito bem (porque eu sempre me preocupei em não perder minha fêmea masculina).
Além disso, ele queria sempre que eu fizesse o teste de HIV. Tinha meio que uma fissura com essa coisa de DST, e ocorria sempre que transássemos sem camisinha (o que não adiantaria muito, ele sempre engolia minha porra como quem bebe leite).
Comecei a me apegar ao meu machinho: Trazia ele de volta da faculdade comigo, perguntava como foi seu dia, se precisava de alguma coisa. Apesar de sua submissão, era eu quem sempre procurava satisfazê-lo: João possuía uma gama enorme –e muito excitante- de fetiches e fantasias, nas quais ele era sempre o passivo, sempre a cadelinha que gostava de ser maltratada e enxotada.
Ocorreu que um dia, chegando da faculdade, louco pra mijar, entrei no apartamento sem perceber o tapete virado ao contrário (era o sinal que havíamos combinado para “estou transando, não entre”). Então eu vi.
Ao entrar na sala, antes de dizer “João, cheguei!” (ele havia faltado na faculdade pra preparar um seminário com uma amiga) ouvi gemidos altos de mulher e só podia vir da cozinha. Esqueci até da vontade de mijar e fui ver o que acontecia (embora já tivesse certeza).
Em cima da mesa, uma morena de seios bem redondos, pernas bem feitas, bunda bem empinadinha –enfim, uma gostosinha, estava deitada, nua, recebendo as fortes estocadas do pau do meu amigo e companheiro de cama, que gritava “Vadia! Você gosta disso, gosta?”, enquanto ela apenas mordia os lábios e fazia que sim com a cabeça. Ele metia forte na boceta dela, com pelinhos bem aparadinhos, as pernas terminando em cima dos ombros nus de João. Do lugar onde estava, podia vê-lo com uma cara de fúria, metendo com vigor na moreninha vadiazinha, comendo sem dó nem piedade mesmo. Marcas vermelhas e manchas brancas no rosto dela indicavam que pelo menos um boquete –e sabe-se lá mais o quê já foi feito, com direito a surra de pau duro e gozada na cara toda. Em suma, algo bem excitante.
Não consegui sair dali, estava me sentindo atraído como um ímã para aquela cena maravilhosa. Resolvi ficar na entrada da cozinha, de voyeur, vendo tudo aquilo acontecer, embasbacado.
De repente, ele põe dois dedos na boca dela e ela os chupa como se fosse o pau mais doce do mundo, até ergue a cabeça, pela vontade. Quase fui pego, mas ela não abriu os olhos. Então, João para de meter a pica na boceta dela (o que deve ter sido difícil, seu pau reclama) e dá uma linguada deliciosa no cu dela. Depois, enfia os dois dedos no rabinho gostoso dela e diz , com uma voz arrastada, deliciosa:
-Agora vou meter no teu cu bem gostoso, tá?
-Mete! Mete! –Ela diz. Ou melhor, grita.
-Quer minha pica no seu rabo, né gostosa? –Ele retruca
-Quero!
-Quer mesmo, vadia?
-Quero! Quero!
-Então pede... Pede que nem uma cachorra no cio, pede
-Me dá sua pica, gostoso!
Então, ele dá um tapa de leve na cara dela:
-Pede direito, pede que nem uma cachorrinha, vai? –O tom grosso da voz me assustou e me deixou ainda mais excitado.
Então ela explode:
-ENFIA ESSE PAU TODO ATÉ O TALO NO MEU CU, MEU LOIRINHO GOSTOSO. ME FAZ VER ESTRELAS! ME FAZ...
Então acontece. De uma vez só, João enfia todo o pau no cuzinho marronzinho da morena. As estocadas dele são tão fortes que dá pra ouvir as bolas batendo na entrada do cuzinho dela. Essa aí nunca mais vai ser a mesma.
Mas, se ele é forte, ela é três vezes mais. Ao invés de reclamar da dor, ela simplesmente geme mais alto. Mas tão mais alto que ela grita “UH! AH! ISSO! VAI! FODE! ME ESTRAÇALHA TODA! ME ENGOLE! UUUH!”. Chega a ser um pouco incômodo e assustador, mas ainda é muito excitante ver meu machinho sendo macho alfa, dominador. Com uma pica também maravilhosa: Bem inchadinha, com algumas veias, uns 16-17cm... Dou uma acariciada de leve na minha pomba.
A morena está batendo uma siririca enquanto João faz a festa no cuzinho arregaçado dela. De repente ele grita “Vou gozar...” e, por um instante, imagino o desconforto com a vizinhança que isso pode causar. Aí ele para.
Seu pau está babando e pulsando, parece que vai explodir. Mas então, rápido e rasteiro ele trepa em cima dela e eu entendo o que ele quer:
-Não quero que você vá pra casa sem que meu pau tenha percorrido todo esse seu corpinho jambo. –Diz isso com o sorriso mais safado do mundo. Ela também sorri. Imagino o que mais eles já não devem ter feito. Então ele começa uma espanhola bem devagarzinho nos peitinhos da morena, que apenas massageia os bicos com as duas mãos (uma mão de João está fazendo a festa em sua bocetinha bem lubrificada) e aí, rapidamente, ele goza. Esporra muito no pescoço e nos peitos da morena, que tomba a cabeça pra trás, relaxada, enquanto ele engole todo o líquido lubrificante que está em seus dedos.
Minha deixa, vou correndo pro meu quarto e fecho a porta, se ele souber que estive lá, com certeza ficaria bem chateado comigo, e eu não sei até onde isso afetaria nossa relação. (Relação?).
Eles ainda tomam banho juntos, e ela vai embora. Ele solta um suspiro de alívio e se joga no sofá. De repente, grita:
-Gostou do que viu, Roberto?
Então ele sabia que estava lá. Desde quando? Será que estava bravo? Não parecia... Saí do quarto e fiquei olhando pra ele, em pé.
-E aí, responde! – Ele diz. Estou muito envergonhado, apenas faço que sim com a cabeça, e deixo ela abaixada. Mas me lembro do que vi. Meu pau acende na hora (involuntariamente), e ele sorri. Sorri.
-Dá pra ver que sim... –Ele ainda está largadão no sofá de bermuda com as pernas abertas, os braços estendidos na regata branca, o cabelo grudando na face, descalço. Um tesão.
Percebo que seu pau também está bem durão, apenas consigo dizer, vacilante:
-Precisamos conversar sobre isso?
Então ele bufa e faz um biquinho –muito sensual, pensativo. De repente, diz, com um sorriso:
-Existem várias maneiras de se resolver essa situação. –Então ele fecha as pernas, se ajeita mais pro lado e dá uma batidinha no sofá –Senta aqui, senta.
Foi o melhor beijo da minha vida. E talvez nem tenha sido tão diferente. Mas o calor, a situação, tudo me punha em fogo. Gemi alucinadamente naquele beijo, passava a mão pelo cabelo e pescoço, depois peitos e barriga. Tirei sua regata. Então entendi: Estava invertendo os papéis.
Já havia pensado várias vezes em ser passivo, mas a ideia me desagradava. Achei que não seria legal pra nenhum de nós dois, e resolvi parar de pensar nisso. Agora estava acontecendo naturalmente, e tinha que acontecer aquilo, ou eu nem sei. Quando estou dando beijos no caminho da felicidade (ele está encostado no braço do sofá, quase deitado), digo:
-Posso confiar?
-Eu vou fazer isso com o máximo de carinho que eu puder reunir.
Seu pau salta pra fora, encaro ele. Encaro João, encaro seu corpo definidinho, sem muitos músculos e resolvo: Começo uma punheta de leve no mastro do meu parceiro, sorrio um pouco, conformado. Levantamos, ele me abraça, sussurra “Voilá!” em meu ouvido, e minha calça cai. Rio um pouco. Deitamos no chão e começamos um 69 delicioso, gozamos quase em sincronia. Depois disso, foi a vez do carro abre-alas: O gel KY veio acompanhado de mais dois dedos no meu bumbum quase virgem (ver “Minha experiência com um homem”), e a massagem foi feita mesmo com muito carinho, de modo que eu gemia bem baixinho, com muito gosto.
Então, chegou a hora: O pênis dele veio majestosamente e começou o processo de penetração. Já na cabeça doeu um pouco, e ele resolveu parar para que eu me acostumasse. Depois, ele começou a colocar de pouquinho. Acho que saiu um pouco de sangue. Quando menos esperava, os movimentos de vai-e-vem começam, bem devagar, com calma, bem gostoso. Com ele dando gemidas bem baixo e eu apenas fechando os olhos, de 4, com um loiro de joelhos atrás de mim. E aquilo me pareceu delicioso. Depois de uns 10 minutos, ele gozou. Gozou tudo lá dentro mesmo e lá ficou. A porra caindo do meu cu, a boca dele beijando as minhas costas “Gostoso”, ele dizia. Deitamos, no chão mesmo, e naquela noite, não fomos capazes de fazer mais nada a não ser ficar ali, juntos.
Percebi que minha pressa em transar com ele não era vontade, não era luxúria: Era ciúmes. As coisas mudariam dali para diante. Para melhor.