O Diário - 5 - Golpes do destino

Um conto erótico de Dr. D
Categoria: Homossexual
Contém 4413 palavras
Data: 20/05/2012 23:03:55
Última revisão: 28/09/2012 00:36:33

O Diário

Capítulo cinco - Golpes do destino

Atualmente:

"Nossa, ainda ma espanto de como me sinto bem ao lado das pessoas desta casa, Dona Laura, cozinha como minha mãe, e Seu Tino(como todos o chamam), ele conta piadas muito engraçadas, são pessoas que considero como parentes mesmo. agora pouco estava com o Tino no pomar, fomos buscar uvas, as uvas daqui são deliciosas, e olha lá que eu não sou muito fã de uvas, em alguns momentos até me esqueço por que vim parar aqui, melhor assim, quer uma dica? : esfrie a cabeça antes de tomar alguma decisão. Eu sei que é fácil na teoria, mas sempre funciona...

Já faz um dia que cheguei aqui, e acho que engordei uns 2kg de tanto comer, rs, caramba, para um esfomeado como eu, é o melhor lugar onde se ficar.( ou o pior)

Mas agora vamos ao que interessa, o motivo pelo qual estou aqui: Ainda não consigo escrever sem me doer por dentro, sinto uma amostra, um fantasma, refletindo a grande dor que passei nos meus 16. logo vocês vão saber um poco mais de minha história, enfim, digamos que eu tentei encarar meu passado, trauma por trauma, e um deles, o pior deles na verdade, é a razão de eu ter viajado para cá, e eu pretendo ficar aqui alguns dias, talvez, quem me lê não entenda nada agora, mas acredito que tudo fará sentido. A sofia está me chamando, disse que quer conversar comigo.

...

Acabei de falar com a Sofia, damos uma volta pelo jardim(Adoro jardins), estávamos conversando sobre destino, ah, o destino, ele nos prepara cada surpresa, eu não acreditava nessas coisas, mas um velha cigana( isso mesmo), acabou por me incentivar a crer, por um momento parece que tudo, está normal, mas o DESTINO vira nosso mundo pelo avesso, no meu caso, ele me apunhalou, me golpeou profundamente, daí a grande dor, mas, cada golpe do destino, ou do acaso, me revelaram um Felipe, que eu ainda não conhecia, a lagarta, finalmente pôde entrar em seu casulo, e entar em metamorfose."

_______________

Passado:

Léo decidiu que viajaria com o mais novo, o levaria a uma pousada em uma cidade turística da região, lá, eles poderiam desfrutar de um dia perfeito juntos.

Leonardo pegou o carro do seu pai e partiu para casa de Felipe, que já havia sido avisado e já o esperava.

Partiram e após uma hora, já haviam chegado no seu destino. O mais velho já tinha preparado tudo, então quando chegaram lá, Felipe ficou na recepção e ligou para seu pai lhe informando que estava tudo bem(omitiu o detalhe da pousada, é claro), e Leonardo subiu para o quarto apressadamente, depois ele veio buscar o mais novo, e o guiou para onde estivera a pouco.

Chegando lá, Felipe não se conteve com o que viu, o quarto estava com as cortinas fechadas e várias velas estavam acesas por todo o lugar. Léo olhou para ele com uma cara de cachorro pidão, meio envergonhado. Lágrimas caiam do rosto do mais novo, tudo estava muito espontâneo, mas incrivelmente perfeito. Eles se abraçaram, e Léo colocou uma música, pra tocar, do The Cranberries, que era a banda preferida do mais novo. Ambos dançavam, em passinhos curtos para um lado e paro outro, tão calmo quanto o ninar de um bebê. Léo abraçava Felipe com sua cabeça recostada no ombro do outro, o mais novo podia sentir a respiração calma e quente em seu pescoço, como aquilo era bom! Eles se beijaram, no princípio um beijo calmo e protetor, como o balançar da dança, para lá e para cá... Os beijos se intensificaram, cada vez mais fortes, mais ferozes, ambos já ofegavam, no intervalo dos beijos, palavras carinhosas eram ditas, juras de amor eram feitas. Por fim a lista de músicas acabou, e como que por instinto, eles se direcionaram para cama, e o mais velho deitou sobre Felipe, o beijando, agora com beijos cheios de desejo e excitação.

A respiração acelerou-se e Felipe pode sentir o pau do outro vibrar por cima do seu, e que cassete! O pau do mais velho era enorme, e muito bonito. Olho no olho, corpo sobre corpo, o desejo aumentava a galopes, e sem que percebessem suas camisas já voavam pelos ares, e logo depois suas calças. Felipe usava uma boxer vermelha, e Léo estava apenas com uma cueca azul marinho, ele ficou admirando a bunda avantajada do mais novo, que era deliciosa! Nesse momento seu pau quase rasgou sua cueca, Felipe notou e comentou a situação ironicamente.

Os sorrisos estavam carregados de malícia, Léo roçava seu pau, ainda dentro da cueca, no do mais novo, também coberto, nesta altura, os beijos estavam intensos, mas muito apaixonados. Léo tomou a iniciativa e desce para o pescoço do mais novo dando mordidinhas, em seguida, desceu para seus mamilos e os beijou com volúpia, lambendo-os e dando mordidas alucinantes, continuou a descer beijando a barriga branquinha de Felipe, até que chegou ao cós da cueca dele, sentiu o calor que o pau do mais novo emanava, deu beijinhos e lambidas nele, ainda por cima da cueca, neste momento Felipe arfava de prazer, Léo tinha uma boca deliciosa. O mais velho subiu e beijou o outro com violência, mordendo os lábios carnudos de Felipe e enfiando sua língua a procura da dele. Leonardo voltou novamente para a cueca de Felipe, e desta vez a retirou fazendo o membro do mais novo saltar já babando muito naquela cabeçinha rosada, era tanta baba que descia por todo aquele cassete branquinho e de pentelhos loiros.

Leonardo começou beijando a cabeçinha babada e de uma só vez abocanhou aquele pedaço de carne delicioso, enfiando-o até sua garganta, Felipe urrou de prazer, como Léo já havia pensado em tudo, o quarto deles era o mais afastado da pousada, que naquela época, estava praticamente vazia, não havia problemas com outros hóspedes, eles podiam ficar à vontade. Leonardo iniciou uma sequencia incrível de investidas com a boca, Felipe delirava de tanto tesão, sentiu que iria gozar e avisou o mais velho, e segundos depois gozou na boca e em parte do rosto do mais velho, foram vários jatos fartos de gala grossa e branquinha, Leonardo se levantou e beijou o mais novo um beijo sem pudor, como nunca havia beijados, a porra do mais novo se misturava com sua língua e lábios, Léo deitou-se por cima do outro e iniciou uma sequência de investidas, roçando seus cacetes, e continuou a beijá-lo , bem abraçados, ambos rebolavam num excitante contato de corpos, tamanha foi a excitação que o pau de Léo pulsou e ele gozou muito, melando o abdômen do casal. Felipe lambou a barriga tanquinho do mais velho que estava melada de gozo e engoliu todo o sêmen que reteu em sua boca, para adolescentes recém-iniciados, eles estavam indo muito bem, e COMO adolescentes recém-iniciados eles ainda tinham muito fogo, os beijos continuaram, cada vez mais “calientes”, o cheiro se sexo emanava por todo o quarto, eles já estavam suados, muito suados, Felipe podia ver a fúria nos olhos do outro, e realmente Léo o devorava com os olhos. Felipe jogou seu parceiro na cama e começou a beijá-lo energicamente, o pau de Léo já estava duro feito pedra outra vez, Felipe desceu rapidamente para aquele delicioso pedaço de carne de 20 cm de pura gostosura, engoliu-o lentamente, Léo se contorcia de prazer, o mais novo, ainda era experiente, mas fazia um boquete como ninguém, chupava a cabeça e descia por toda a extensão daquele mastro, massageando-o com sua língua, Léo urrava de tanto gemer, cara, como Felipe chupava, era muito bom, Felipe desejava enlouquecidamente ser penetrado por aquele mastro, mas se contia, já sentia-se satisfeito o suficiente dando prazer à Léo, este ultimo, fazia caras e bocas de tanto prazer, enquanto pressionava a cabeça do mais novo contra seu pênis, ele literalmente, fodia a boca do mais novo, dava pra sentir cada músculo seu se contrair, tamanho era a prazer passado. Léo puxou Felipe e o beijou, sentindo o sabor de seu cassete, em seguida posicionou Felipe de quatro e empinou sua bunda, abrindo suas nádegas e iniciando um incrível cunete, sua língua quente penetrava aquele anelsinho rosado e lisinho do mais novo, fazendo-o gritar de tão excitado, Léo empurrou o primeiro dedo buraquinho adentro, Felipe lacrimejou de dor, mas não deixou o mais velho perceber, com o passar do tempo, a dor foi cedendo e sentindo o mais novo já mais folgado Léo introduziu outro dedo e minutos depois o terceiro. Por fim meteu a língua no anelzinho rosado o mais fundo que pôde o que fez Felipe estremecer de prazer, depois Léo pincelou a cabeça babada na portinha do buraquinho do mais novo, e forçou seu pau tentando penetrá-lo, não conseguindo untou seu pau com saliva e também a desejada entrada, e forçou a entrada outra vez, porém a força foi tamanha que o pau deslizou, enterrando boa parte dele no mais novo, Felipe não segurou as lágrimas e chorou tamanha a dor que sentiu, nesse momento, a feição de Léo que era de puro tesão, se transformou numa misto de preocupação e carinho.

-Me desculpa amor, me empolguei, quer que eu tire?- Disse Léo

-Não, só não se mexe tá doendo muito!- Respondeu Felipe, mais calmo.

-Perdão minha vida, me perdoa!- Disse Léo dando pequenos beijinhos na nuca do outro, carinho esse que se repetiu por alguns minutos até que Felipe empurrou sua bunda enterrando o mastro de seu macho em seu reto, até sentir os pentelhos dele tocarem sua bunda, feito isso, começou a rebolar deliciosamente, levando o mais velho à loucura, Léo, gemendo feito um louco, começou uma série de estocadas no mais novo, seu coração estava a mil e seu pau, maior do que nunca, girou Felipe, ainda dentro dele, e o penetrou na posição de frango assado olhando em seus olhos, Felipe não suportou tamanho tesão e iniciou uma punheta violenta até gozar, Léo foi a loucura sentindo as piscadas comprimindo seu cassete, e aumentou o ritmo do vai- e- vem, metia com toda a força, sentia o atrito esquentar seu pau, Felipe gemia num misto de êxtase e satisfação, ele sorria amorosamente para o outro, Léu não conseguia parar de socar, metia como se dependesse daquilo para continuar vivo, murmurava palavras de amor e de elogios ao parceiro, em determinados momentos tirava todo seu mastro e enterrava aquela tora no outro novamente, logo, os gemidos se tornaram gritos, e ele quase não conseguia respirar, ele metia feito um touro, até que seu pau cresceu e começou a pulsar dentro do mais novo, abraçou-o com todas as forças que tinha, o beijando violentamente, e meteu fundo seu mastro, até o ponto de doer um pouco, e gozou, gozou, mas gozou muito mesmo, como nunca antes na vida, vários jatos de porra inundaram Felipe. O mais velho caiu por cima do outro ainda o abraçando fortemente, ele repetia que amava Felipe, e que ele era tudo em sua vida, Felipe também o elogiava, destacando sua perfeição e carinho, ambos caíram no sono da maneira que estavam.

Felipe acordou sentindo estocadas em seu ânus, Léo já bombava, com o pau duríssimo outra vez, desta vez o sexo foi menos violento, mais apaixonado e em todo momento Léo acariciava Felipe, com muito cuidado para com ele. Gozaram juntos e foram banhar-se para almoçar, Felipe sentiu um grande ardor e Léo olhando disse:

-É paixão, eu te arrebentei, hein- Disse um pouco desolado, mas de uma maneira irônica.

-É verdade, mas eu adorei. Obrigado, foi um ótimo presente!

-Acho que quem ganhou presente fui eu, e olha que o aniversariante é você...

Riram junto, Léo praticamente deu banho no mais novo, o tratando como um bebê. Excitaram-se e gozaram juntos no banheiro outra vez. Almoçaram e passaram o restante da tarde passeando em meio a muitos beijos, e carícias. Voltaram para o quarto e fizeram um 69, tendo o seu quinto orgasmo naquele dia! Adolescentes... Sacumé né!

Limparam a bagunça, pagaram as despesas e voltaram para casa, já havia anoitecido quando chegaram. Beijaram-se dentro do carro e Felipe saiu em direção ao portão se sua casa, De repente, Léo o grita e sai do carro em sua direção o beija ,abraçando ele tão forte ao ponto de levantá-lo do chão. Felipe retribuiu o beijo e se conteve, pois ainda estavam no meio da rua, de sua rua, que era movimentada, por sorte não viu ninguém passando por ali. Despediram-se e Felipe entrou.

Naquela noite ele dormiu rapidamente, mas teve um pesadelo, com a cigana que ele encontrou semanas atrás. Ela lhe repetia as mesmas palavras “Alegria demais não é um bom sinal”, acordou assustado, ainda era 3:37h então voltou a dormir. Durante o dia seguinte Felipe ficou muito inquieto lembrando-se do sonho, à tarde viajou com o gerente da loja, Lucas para entregar algumas mercadorias, ele era o melhor funcionário da empresa, João confiava nele de olhos fechados.

Felipe chegou em casa já a noite, ligou para Lívia contando do dia anterior e agradecendo pelo presente que ela deixara em sua casa uma pequena caixinha de porcelana com uma trufa deliciosa dentro), Léo já havia dado alguns detalhes para ela, conversaram durante alguns minutos, depois Felipe ligou para o namorado e conversaram até tarde da noite.

A semana passou rapidamente, depois a outra, nesse intervalo de tempo, transaram algumas vezes, eles estavam viciados. Mais alguns dias passaram-se, e a segunda prova de Felipe chegou, ele foi para a capital com o pai, fez os testes e voltou alguns dias depois, Léo já subiam as paredes de saudades, assim que se viram, já foram logo transando, seus corpos se encaixavam como se fossem moldados um para o outro, o amor reinava soberano. Cada vez que acontecia, eles se saiam melhores um com outro, aprenderam novas posições, nada no nível de kama sutra, apenas as mais comuns mesmo.

O restante do mês de novembro passou rapidamente, e a primeira semana de dezembro e última semana de aulas chegou, o baile de formatura era o assunto da vez, Felipe estava muito ansioso, já era terça e o baile seria na noite de quinta pra sexta. As provas de foram feitas e o dia da festa chegou, a formatura em só aconteceria duas semanas depois, pois alguns não haviam feito as provas de recuperação ainda.

Felipe teve que viajar com Lucas de novo e só chegou meia hora depois do início da festa, arrumou-se apressadamente e foi para festa, onde Leonardo já o esperava. Felipe chegou lá e demorou a encontrar o namorado. Quando o avistou espantou-se, pois ele estava com uma feição um tanto diferente, porém ignorou pensando que fosse coisa de sua cabeça, dançaram juntos, disfarçando é claro, durante toda a festa, Leonardo embriagou-se e abraçava o mais novo de vez em quando. A música parou e um dos alunos, uma garota, subiu no palco para anunciar os melhores da festa, foi falando cada quesito até que chegou ao de melhor beijo, o silêncio reinou sobre o lugar, e a voz da garota disse alegremente:

-O melhor beijo da noite, foi é claro de nosso garanhão (risos), Leonardo Ferreira e Manuela!

Felipe olhou para Léo em choque, aquilo caiu sobre sua cabeça como uma bomba, simplesmente virou-se e correu salão afora, não conseguia exprimir nada, nem chorar, nem gritar, nada mesmo. Leonardo tentou segui-lo mais a algazarra formada, dificultou a perseguição.

Felipe apenas corria, corria e corria, ouvia seus pés baterem secos, contra o chão duro, ouvia o seu coração bater aceleradamente, um tropeço, e ele caiu de cara na calçada, mas por incrível que pareça não doeu, talvez por o nó que tinha na garganta lhe machucava mais do que qualquer outra coisa.

Ele se levantou, mas é impedido de continuar a correr por Léo que o alcançou, ofegante.

Lipe, eu posso explicar- disse já chorando.

Felipe só gesticulou que não com a cabeça

Por favor... - Léo implorou e em seguida segurou o braço do outro, sem medir a força.

-Solta meu braço agora e nunca mais toque ou fale comigo. – Disse Felipe friamente, a dor era tamanha que chorar não resolveria.

Léo lhe abraçou e o beijou á força, O mais novo o empurrou e juntando todo o ódio que sentia deu um soco na cara do outro, que caiu no chão, Felipe se virou e voltou a correr abandonando o mais velho ali.

Naquela noite, não dormiu, mas uma lágrima se quer caiu de seu rosto, ele jurou que nunca mais choraria. Levantou com uma cara péssima e foi para a escola, viu Leonardo de longe falando com Yan, ele estava com o olho roxo, Léo se espantou a ver o olhar de fúria que o mais novo o mandou, em todos os anos que se conheciam, nunca vira Felipe daquele jeito. Felipe pegou suas notas, seu histórico e ouviu que Leonardo pegara uma recuperação em português e química. Ele voltou para casa e no caminho visitou Lívia, lhe contou todo o ocorrido, e pediu que ela não interferisse nas decisões dele e que encerrasse o caso, a garota se assustou com a frieza do amigo.

Ele se despediu e voltou a caminhar ruma à sua casa, porém o pai de Leonardo o gritou de dentro do carro. Ele encostou e entrou a pedidos do outro.

-O que você fez com meu filho?- perguntou

-Nada- Respondeu secamente

- Olha aqui, se você pensa que eu não tou sabendo de vocês dois, está enganado, o Léo chegou chorando em casa ontem e eu e a mãe dele, ficamos sabendo de tudo, e eu quero que você se afaste do meu filho, pois ele é macho, e um menino direito.

-Se foi por isso que me chamou aqui, não se preocupe, eu já o fiz.- Disse Felipe saindo do carro sem se despedir e ignorando os chamados do homem.

Continuou seguindo para casa, como se nada tivesse acontecido, estava triste, é claro mais estranhamente calmo, entrou em casa e teve uma surpresa, seu pai e mãe o esperavam na sala, ele sabia que a coisa era muito séria.

O semblante de seus pais era de tensão, raiva e preocupação.

-Meu filho senta aqui- Disse a mãe de Felipe

-Tá

-Porque você não nos contou que você é via... Gay me filho, justo quando estávamos tão orgulhosos de você - disse João num tom de raiva e lamento.

-Com... pe...pai...ma...e...eu...não...sei... Medo eu ac... Acho – gaguejou Felipe, nervoso, e correu para seu quarto, trancou a porta atrás de si, até ouvir os passos pesados de seu pai no corredor.

-Venha para sala agora moleque, que não terminamos nossa conversa ainda- Gritou João, saindo de lá. Em seguida Felipe ouviu uma grande gritaria na sala e sua mãe o chamando assustada, o garoto correu para sala e seu pai estava se contorcendo no chão.

-Ele está tendo um infarto, liga pra ambulância, rápido! - disse a mãe do garoto.

A ambulância chegou rapidamente, e o pai do garoto foi levado para o hospital, Felipe não suportou a barra e finalmente caiu no choro, chorava feito uma criança, mas chorava muito mesmo. Sua mão só sabia de parte da história então pensava que o garoto chorava pelo pai. Ambos, mãe e Felipe, foram para o hospital, chegando lá o médico falou:

-O senhor João teve um AVC, neste momento, o estado dele é estável, porém só podem vê0lo amanhã- disse isso chamando a mãe de Felipe num canto e lhe segredando alguma coisa que o garoto não conseguiu entender.

Já havia escurecido e ele decidiu voltar para casa, pois sua mãe passaria a noite ali, como acompanhante de seu pai. Felipe foi andando mesmo, mas no meio do caminho uma chuva forte, dessas torrenciais, começou a cair, trovões estouravam e relâmpagos clareavam o céu nublado.

Chegando à rua de sua casa uma surpresa, Yan e sua trupe, eles vinham em sua direção, mas Felipe não hesitou e continuou a andar, ao passar por Yan, um soco, Felipe caiu de cara na lama, só ouvia risadas até que a voz de Yan se sobrepôs.

-Tá na hora galera

O destino estava dando seu golpe de mizericórdia

Dois garotos pegaram Felipe pelo braço e o arrastaram até um beco entre um terreno baldio e um ponto comercial recém-construído, que ainda estava vazio, em seguida Felipe sentiu a mão grossa de Yan apertar sua cabeça contra a parede, o cheiro de tinta entrou nas narinas do mais novo enquanto sua cara era aranhada contra a parede. Felipe não gritava, mas lágrimas caiam espontaneamente, sem que ele chorasse, sentiu sua calça ser abaixada, e um som de velcro se rompendo, em seguida um garoto agarrou suas nádegas afastando-as e uma escarrada de cuspe ser lançada no rego do garoto, logo depois sentiu a cabeça quente e grande do pau de Yan pincelar a portinha do seu ânus, queria reagir, mas o marginal empurrou sua jeba, que entrou rasgando Felipe violentamente, o menino gritou com todas suas forças, quase desmaiou e por um momento cambaleou tamanha a dor que sentiu, Yan dava estocadas violentas contra o pequeno, enquanto outros rapazes riam assistindo a cena.

-Nossa que cusinho gostoso, tem razão de Léo ter dado um fora na gostosa da Manu ontem, hein! – disse Yan

Felipe berrava de dor, sua cabeça girava. Os relâmpagos continuavam a clarear a noite, e a chuva e o vento açoitavam os rapazes.

O cheiro de tinta, a dor, as risadas, o trovão, a lama, a chuva, o vento, tudo vinha na mente de Felipe. Yan bombou violentamente durante vários minutos até gozar dentro do menino.

Retirou seu cassete de dentro dele e lhe deu uma pesada

O garoto caiu no barro, se arrastava, sentiu sua camisa sendo rasgada

- Aonde você vai, NÓS nem TERMINAMOS ainda! – Um rapaz falou em meio a risadas.

Em seguida o mais novo foi empurrado no chão lamacento e os rapazes o violentaram um de cada vez, a dor era descomunal, o nojo maior ainda, os relâmpagos clareavam a ação, o menino já não gritava mais, Felipe já não compreendia nada, ora desmaiava, ora acordava estonteado, de repente tudo apagou de vez. Acordou ouviu Yan dizer:

-Se tu contar pra alguém, nós faz isso com todos que você gosta, até com seu namoradinho.

Uma dor na barriga. Tudo apagou novamente.

Felipe acordou, mas não conseguia levantar, continuava estirado, nu, em meio à lama, o cheiro de sêmen, sangue e lama no ar. Ainda chovia, Com o tempo Felipe sentiu seu corpo, ele tremia de dor e frio, levantou e mancando, voltou para a casa, nu em pelo. Por sorte ninguém o percebeu, tomou um banho demorado, sua perna escorria sangue e algo esbranquiçado, ele não queria nem saber, todo seu corpo doía, principalmente seu rosto, sua barriga e seu ânus que ardia muito.

Jogou-se na cama e adormeceu tremendo. Acordou sentindo mais dor do que quando foi dormir, o telefone tocava. Ele levantou-se e atendeu, era sua mãe, ela lhe pedia pare que ele fosse ao hospital , foi o que fez, tomou alguns analgésicos, outro banho demorado e foi de taxi ao encontro dos pais, chegando lá o levaram para onde seu pai estava.

Seu pai o abraçou e os dois desabaram no choro, ficaram assim por alguns minutos até João falar:

-Meu filho, o derrame me sequelou, eu não perdi o movimento em grande parte de meu corpo e minha face.

-Não acredito. Isso tudo é culpa minha!- disse Felipe inconformado

-Calma meu filho, eu não me importo como que você escolheu para si, você me dá muito orgulho.

-Não pai, olha o que eu fiz com o senhor...

-Felipe, olha pra mim, a culpa é minha, eu me esqueço do remédio da pressão toda hora, ai ontem também esqueci, daí tive um dia muito corrido, e estava com uns problemas lá na loja, quando Marcos (pai de Léo) me contou que seu filho chegou chorando em casa com a cara machucada, eu fiquei muito nervoso, mas meu filho, a culpa não foi sua.

-Ah pai, mas se eu tivesse escolhido...

-Chega de “e se”s Você mesmo disse, lembra? Pois agora tenho uma notícia, recebi um telefonema da universidade ontem, você foi aprovado no vestibular! E eu quero que você corra atrás de seu sonho, seu apartamento já está comprado.

-Sério? Mas eu preciso ficar aqui com o senhor pai, você precisa de minha ajuda!

-Eu quero que você vá! Pense bem.

Dito isso algumas enfermeiras chegaram e Felipe se despediu do pai, sua mãe lhe esperava na recepção.

-Felipe, você está preparado para cuidar da loja de seu Pai? Porque ele está proibido de trabalhar!

Felipe ficou abismado com a situação, estava muito confuso, voltou para casa e pensou durante todo dia, à noite quando foi dormir tomou uma decisão: Ele iria sim, cursar medicina, e se fosse o caso, cuidava dos negócios da capital, via E-mail, era só ele abrir uma conta e outra para Lucas.

Nesse momento o menino frágil, franzino e ingênuo, decidiu que enfrentaria a vida com toda sua força, e que ela não o derrubaria. Ao acordar fez suas malas, iria embora o quanto antes, se despediu de Lívia, seus pais e de outros conhecidos, inclusive da irmã de Léo, quando chegou em casa encontrou sobre a janela de seu quarto um pequeno embrulho branco, e dentro um caderninho, ou melhor, era um diário, estava em branco, de dentro dele caiu um papel escrito

“QUE SEJA ETERNO...”

A primeira coisa que escreveria naquilo que então seria seu confidente foi:

“Eu juro por meu ser, e por minha existência, que nunca mais me apaixonarei outra vez”

E finalmente o garoto partiu em busca de seus sonhos, deixando um passado sombrio para trás, agora ele entendia as palavras da velha cigana, agora ele entendia qual seu propósito, ele tinha consciência de que era apenas uma lagarta, e que naquele momento tudo o que passou torno-se o seu casulo, a metamorfose finamente havia iniciado...

Continua...

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Bom é isso, esta parte saiu um pouco grande, mas é uma das partes mais cruciais da história, novamente peço desculpas pela demora e pela falta de coerência, estou tentando tornar o texto mais claro.

Agradeço aos comentários no post anterior, e sinto-me lisonjeado pelos comentários, obrigado mesmo, do fundo de meu coração, assim que poder, postarei a próxima parte, que também promete... Um grande abraço do Dr. D.


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Comentários

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estou adorando a historia mas por favor tenta não demorar tanto postar a continuação

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NOssaa adoreiii. mtt boooom Merece um 10 ^^

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Muito bom, digo, PERFEITO, parabéns.. Continua logo q eu estou ancioso....

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