A História de Nós Três - 3x15 - "DESTRUIÇÃO- PARTE 04"

Um conto erótico de My Way
Categoria: Homossexual
Contém 2080 palavras
Data: 10/05/2012 01:27:13

Queria pedir desculpa para uma pessoa muito importante para mim a G. desculpa sua linda!!!

Gente então muitas aventuras hein? Vamos continuar?!

Naquela manhã o sol apareceu, mas estava coberto pelas nuvens a maioria do tempo em um clima que mostrava sinal de chuva. As pessoas ilhadas em telhados e lajes começaram a se desesperar. “Quando a ajuda viria?”. As águas estavam calmas, sem qualquer sinal de correnteza... seria aquele um bom sinal?

- Vinicius?! – disse Pedro tentando enxergar.

- Pedro... você está vendo a luz?! – ele perguntou.

- Vinicius... você está com muita febre... deve estar delirando. – falou Pedro.

- Não Pedro... olha ali... uma luz! – disse Vinicius virando o rosto dele para a esquerda.

- Mas... é... é... luz. – disse Pedro sorrindo.

- Pedro se levantou e tirou todas as caixas do caminho e percebeu que aquela era a ventilação do prédio. O que significava que a saída não estava tão longe.

- Quer dizer que você pode entrar... subir e pedir ajuda. – disse Vinicius.

- Não! Não dá! – disse Pedro se afastando.

- Pedro é a nossa única saída. – ele disse. – Estamos a horas sem comer e sem tomar água. Eu não quero morrer aqui... dessa forma.

- Eu... eu tenho medo. – disse Pedro.

- Medo... Pedro... você se jogou na correnteza para me ajudar... você é a pessoa mais corajosa que eu conheço. – disse Vinicius tossindo.

- Droga!!! – disse Pedro batendo na parede. – Eu preciso de algo para abrir... uma chave de fenda.

- Pega... essa cruz... dá para o gasto. – disse Vinicius.

- Que ironia. – falou Pedro pegando a cruz de ferro.

- Quem disse que os gays não podem ter religião? – perguntou ele.

Com dificuldade e levando alguns minutos Pedro conseguiu tirar os quatro parafusos do painel.

- E nessas horas que eu queria ser gordo. – disse Pedro rindo. – Conversa comigo, por favor... eu não posso fazer isso sozinho.

- Me ajuda a ficar de pé. – disse Vinicius.

- Vem.. – disse Pedro conseguindo deixar ele encostado na parede.

- Vamos lá Pedro Soares... você é macho. – disse ele para si antes de entrar na ventilação.

O lugar era apertado e estava um pouco sujo. Pedro não era fã de lugares apertado. Vinicius estava com muita febre e mal se aguentava em pé, mas mesmo assim não saiu de perto do amigo e conversou sobre diversas coisas. Pedro chegou na parte em que a tubulação subia e havia outro painel o separando do telhado.

- Droga!!!! Porra!!! – disse Pedro gritando.

- O que foi? – gritou Vinicius usando toda a energia que sobrou de seu corpo antes de desmaiar.

- Está preso... mais eu tive uma ideia. – disse Pedro ficando de cabeça para baixo chutando o painel com toda força. –

Essa posição é mais gostosa no sexo... quebra... painel dos infernos!!! – disse ele chutando forte e lançando o painel longe. – Consegui!!! – comemorou Pedro. – Vinicius?!! – gritou Pedro. – Eu consegui... você está ai? – ele disse retornando.

Pedro encontrou Vinicius desmaiado e deixou o amigo em uma posição mais confortável. Voltando a entrar no tubo de ventilação. Ao chega na parte de fora Pedro percebeu que não estava no telhado e sim na fachada do hospital, tendo uma visão perturbadora da cidade. Ele voltou a si e lembrou de Vinicius. Sem encontrar uma saída ele fez o que muitos fariam. Deu um chute na janela, assustando algumas pessoas que estava naquele andar.

- Pedro!!! – gritou Carlos.

- Carlos... o...o... Vinicius... – disse Pedro se ajoelhando no chão.

- O que tem o Vinicius... ele está preso? Na escadaria que foi bloqueada... precisamos quebrar a parede para tirar ele de lá... o Vinicius está muito machucado e inconsciente. – falou Pedro se levantando ainda com as pernas e mãos tremendo.

Carlos reuniu um grupo de homens no hospital e pegaram um mapa. Eles certificaram-se o local exato da antiga escadaria e conseguiram objetos pesados para quebrar a parede. Com muito sacrifício e levando quase uma hora eles conseguiram quebrar boa parte da estrutura. Carlos entrou com um enfermeiro e retiraram Vinicius daquele lugar.

- Levem ele para um quarto vazio, troquem a roupa dele e comecem os exames. – ordenou Carlos para um enfermeiro.

- Qual é a situação? – perguntou Pedro.

- O reservatório estourou e atingiu parte da cidade. – ele disse entregando para Pedro uma garrafa de água.

- O meu bairro... foi atingido? – perguntou Pedro.

- Não sei... estamos sem contanto... os telefones não funcionam, os rádios estão mudos, a internet não pega... um homem passou de barco mais cedo e disse que a ajuda estava vindo, eles estavam marcando os locais onde haviam sobreviventes. Você está horrível... vem vamos conseguir umas roupas. – disse Carlos levando ele da sala.

2 HORAS ANTES....

- Gente... precisamos dar um jeito de ir para o hospital... – disse Priscila.

- Não tem como moça. – disse um homem.

- O sol vai já sair... precisamos ter fé. – disse a professora.

- Tia?! – perguntou a garotinha.

- Oi querida? Você acordou? – perguntou Priscila.

- A senhora não saiu daqui do meu lado. – disse ela.

- sim, eu não te deixaria... – disse a Priscila.

- Isso... isso só mostra que ainda existe gente boa no mundo... – ela disse tossindo.

- Sim...

Priscila Soares sabia que durante as últimas semanas ela foi tudo, menos uma pessoa completamente boa. Ela temia ter perdido todos aqueles a quem ofendeu, principalmente os seus pais. Aquela noite ela refletiu bastante... e foi preciso acontecer algo desse tipo. Helena começou a tossir mais forte e colocar sangue pela boca. Priscila a colocou sentada e pediu ajuda das outras pessoas, um homem tirou a camisa e ofereceu para ela.

- Calma!! – falava Priscila tentando se manter calma também.

- Moça... ela está respirando? – perguntou a professora chorando.

- Não deixe as outras crianças vir aqui!!! – gritou Priscila.

A menina tentava dizer algumas coisas e Priscila a pedia para ficar calada. A tosse passou e a Helena se acalmou. Priscila reuniu com todos os outros e informou o inevitável.

- Ela não vai aguentar... eu preciso que as crianças voltem para a laje da escola... elas não podem ver isso. – disse Priscila segurando o choro.

Todos obedeceram e Priscila voltou a se sentar com Helena, colocou a cabeça da criança no seu colo e tentou manter ela o mais confortável possível. O sol começou a sair, pela primeira vez em muitos dias o povo daquele lugar não via o sol.

- Eu adoro... – disse Helena com uma voz suave.

- O que? – perguntou Priscila.

- O sol... acho que ele veio se despedir...

- Não fala isso minha filha... a ajuda está a caminho.

- A senhora é médica? – perguntou Helena.

- Sim... eu sou.

- Eu queria ser médica sabia? Quando a minha mãe adoeceu eu falei para mim mesma que eu seria médica....

- Você seria uma ótima médica... se com essa idade já é tão madura, imagina quando estiver mais velha... falando isso... Parabéns. – disse Priscila beijando o rosto dela.

- Obrigada. – disse a jovem fechando os olhos e começou a chorar silenciosamente.

- O que foi querida? – perguntou Priscila.

- Eu menti... – ela disse.

- Porque?

- Está doendo tia... – ela disse chorando.

- Eu sei minha filha... eu sei... mas não tem nada que eu posso fazer. – disse Priscila chorando.

- Tudo bem tia... eu sei que a senhora fez o possível.... – disse ela tossindo novamente.

- Calma... calma... Parabéns pra você, nessa data querida... muitas felicidades, muitos anos de vida..– disse Priscila.

- Eu não poderia ter escolhido pessoa melhor para eu passar meus últimos minutos... – ela disse chorando.

- Tia? Eu vou morrer? – ele perguntou.

- Sim Helena... você vai... – disse Priscila segurando o choro, mas sem poder conter uma lágrima em seu rosto.

- A senhora promete que vai achar o meu pai e vai dizer que eu amei muito ele? – perguntou ela fechando os olhos.

- Claro... eu falo sim... você é uma pessoa maravilhosa... tenho certeza que os anjos de Deus estarão ao seu lado... e tenha certeza disso... você não está sozinha!! – disse Priscila se desesperando.

- Eu sei... obrigada! – disse a garota fechando os seus olhos pela última vez.

- Helena!!!! – gritou Priscila balançando o corpo da garota. – Helena... acorda!!!! Não me deixa aqui!!! Eu preciso de você!!! Ohhh Deus!!! Porque!!! – gritou Priscila ficando de joelhos e o braço em cima da menina. – Me ajuda!!! Por que você levou o meu filho!!!!! Porque!!!!!

Phelip e Fernanda deixaram as pessoas na casa da senhora e decidiram procurar um hospital para Duarte que estava delirando de tanta dor. Phelip tentou todas os atalhos existente.

- Phelip.... tá balançando muito. – disse Fernanda no banco traseiro.

- To tentando!!! – disse ele olhando pelo retrovisor.

- Eu odeio vocês!! – disse Duarte.

- Pode odiar...

Eles conseguiram chegar em uma cidade que parecia ter sido afetada pela chuva, mas que escapou da fúria do rio. Eles conversaram com alguns moradores que mostraram o caminho do hospital mais próximo. O local estava com poucos pacientes o que facilitou o atendimento de Duarte. Fernanda e Phelip esperaram por alguns minutos pela notícia .

- Olá? Bom dia? Vocês que estão com o paciente Duarte? – perguntou.

- Sim... como ele está doutor? – perguntou Phelip.

- Bem, demos antibióticos e ele está novamente recolocando o gesso... vocês são da cidade? – perguntou.

- Sim... somos... aqui vocês tem alguma notícia? – perguntou Fernanda.

-Bem os telejornais estão loucos... fizeram cobertura ao vivo resgatando alguns sobreviventes...

- Meu Deus! – disse Phelip pensando em sua família.

- Vocês estão na estrada desde quando começou a enchente? – perguntou.

- Sim... o asfalto cedeu e eu caí, e quando o Duarte tentou me salvar ele quebrou o braço... quer dizer quebrou novamente.... – disse Fernanda.

- Ele tirou o gesso do braço recentemente. – disse Phelip.

- Eu entendo... graças a Deus que vocês chegaram a tempo. Vocês tem lugar para ficar? – perguntou o médico.

- Vamos para um hotel, mas só vamos sair daqui quando vermos o Duarte. – falou Phelip.

- Tudo bem... se vocês precisarem de algo me chamem. – falou o médico saindo da sala de espera.

- Eu estou me sentindo vazio. – disse Phelip chorando.

- Ei... não desaba... eu preciso de você!! – disse ela abraçando ele.

- Desculpa... mas eu estava no limite... – ele falou enxugando as lágrimas.

Ás 10 horas daquele dia vários barcos do exercito chegaram na cidade. Os sobreviventes foram levados para a área das empresas que estavam servindo como quartel general. Rodolfo se emocionou e caiu no chão de joelhos agradecendo a Deus, ao ver sua esposa em um dos barcos com Caleb.

- Obrigado Meu Deus!! – disse ele abraçando a esposa quando a mesma chegou em terra firme.

- Aiii.. pensei que ia te perder... – disse ela beijando o esposo.

- Caleb. – disse Luciana o abraçando.

- Olhem!!! – gritou Paula. – Meus netos!! – ela gritou andando até uma parte alagada onde a água pegou em seu joelho.

- Calma Senhora! – gritou um oficial a puxando da água.

- Mauricio! – gritou Rodolfo ajudando Isabel a descer com as crianças. – O Pedro? Onde está o meu filho?!

- Não sei! Conversei com o sargento e vou para o hospital. – falou.

- Luciana leve-as para dentro e dê algo para os meus netos. – ordenou Rodolfo.

- Claro, venham... Isabel... Dora... por favor, por aqui. – disse Luciana indicando o caminho.

- Sargento? Podemos ir ao hospital? – perguntou Mauricio.

- Claro. – disse ele. – Homens precisamos ir até o hospital local. – ele disse embarcando.

- Sim Senhor! – gritaram todos ao mesmo tempo.

Mauricio embarcou e seguiu para o hospital. Pedro tomou um banho e ficou ao lado de Vinicius durante mais ou menos uma hora. Ele estava com pena do rapaz que sofrerá tanto ao seu lado durante algumas horas. Quando ele escuta uma voz conhecida vinda do corredor. Ele no primeiro momento não acreditou mais a voz de seu marido ecoava pelos corredores. Levantando-se ele não segurou as lágrimas, pois, as últimas horas vinham em sua cabeça a todo momento.

A dor, saudade e preocupação destroçaram o coração dele.

- Amor? – gritou Mauricio.

- Eu estou aqui! – disse Pedro saindo e correndo ao encontro de seu marido, sem se importar com as pessoas tascou um beijo cinematográfico em Mauricio.

Os soldados tentaram não olhar, mas era impossível. Um mundo novo para eles que apesar de serem da cidade grande não entendiam aquilo. O sargento que em menos de duas horas havia se tornando melhor amigo do Mauricio pediu para todos revistarem o hospital para saber a situação do local.

- Eu te amo!! – disse Mauricio beijando.

- E as crianças? – perguntou Pedro.

- Na empresa do teu pai... estão bem... e o Paulinho está seguro com os meus pais. De acordo com o exercito a cidade onde a minha irmã mora não foi atingida. – ele disse.

- E estão todos bem?! – perguntou Pedro.

- Tua irmã.... ainda continua desaparecida. – disse Mauricio.

- Não! – disse Pedro abraçando o esposo.

Sim... reencontros estavam sendo feitos naquele dia. Para alguns uma alegria impar para outros a confirmação daquilo que eles não queriam ouvir.

- Adeus meu amor. – disse Vinicius chorando.

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Comentários

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Nossa tô triste pela morta da Helena,mais tudo tem um proposito nessa vida ne?Ta perfeito pedro..

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Obrigada por aguentar essa menina chata aqui mas que te adora muito.

Quero deixar um abraço carinhoso e dizer que você também é muito importante para mim. E não tenho nada que desculpar, esquece isso. Tenho somente que agradecer por tudo. Beijos em seu coração!

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Pedro é uma pessoa muito especial para mim.

Amo-te meu amigo. Tenho um carinho enorme por você e já tem um lugarzinho reservado em meu coração :).

Através deste também quero agradecer por ser super atencioso, por me fazer rir até na hora de me dar broncas rsrs.

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O que irei dizer não será um simples comentário e sim um depoimento de afeto a esse menino que posso dizer meu amigo.

Além desse conto maravilhoso que muitas vezes me falta palavras para descrever...

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Tadinha da Helena, pelo menos sua morte serviu pra fazer a priscilla repensar suas atitudes, porque sinceramante ela estava ficando insuportavel.

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Tá ficando até difícil comentar cara. Os adjetivos tão se esgotando.Nota 10 como sempre

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Meu jesuis cristinho que história é essa ? Maravilhosa

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Ta perfeita a historia mas uma obs....ler a tua historia com musikas tristes nao faz bem...chorei do começo ao fim...

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Emocionante so isso que posso dizer não demora ai em bjus

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Nossaa, to aliviada por uma parte e tensa por outra...

Não tenho nem palavras pra falar do seu conto

só posso dar 10 como sempre

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caraca estou sem palavras teu conto esta de mais nota:100000000000000000000000000000000000000000000000000000000000

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Nossa to chorando aqui ainda

simplesmente sem palavras parabéns bjuss

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