Caramba... emoções a mil. Muitos pediram e mandaram emails para que eu postasse a segunda parte logo... então está ai sem muita demora!!!!
- Fernanda!!! – gritou Phelip desesperado.
- Meu Deus... onde ela está?! – perguntou Duarte desesperado.
- Eu... eu...
- Socorro! – gritou Fernanda em cima de uma árvore.
- Ali... graças a Deus! – falou Phelip aliviado.
- Calma! Nós vamos te tirar daí! – disse Duarte, tentando acalmar a amiga.
- Duarte! – disse Phelip cutucando.
Duarte olhou e havia alguns carros na cratera aberta no chão. As pessoas tentavam sair mas não conseguiam.
- E agora? – perguntou Duarte.
- Eu... não sei!! – disse Phelip.
- Eu sei... vamos pegar a corda que eu trouxe e tentar puxar primeiro aquelas pessoas... por enquanto a Fernanda está bem. – disse Duarte.
- Mas...
- Vai pegar a corda Phelip!!! – disse Duarte gritando.
Priscila continuava se abrigando na laje. Os alunos começaram a chorar com a situação e as pessoas que estavam com ela fizeram um tipo de ponte com tabuas de madeira para as crianças atravessarem. Uma por uma as crianças iam se movendo para o outro lado, onde havia um abrigo contra a chuva. Um transformador de energia começou a entrar em curto e todos começaram a gritar, uma garotinha foi atingida pela corrente e caiu no chão.
- Não! – rgitou Priscila correndo em direção a menina.
- Moça não!! – gritou um homem.
Priscila correu para checar a criança e a tirou de perto do transformador. As pessoas abriram espaço e uma professora apenas chorava.
- Qual é o nome dela? – perguntou Priscila verificando que a menina ainda estava respirando.
- Helena. – disse a professora.
- Calma amor... – falou Priscila fazendo uma massagem cardíaca. – Alguém arruma algo para colocar na cabeça dela agora!!!
Mauricio tentava acalmar Dora que desesperada pensava apenas nos filhos.
- Calma Dora! – disse Mauricio segurando.
- Eu preciso sair! Senhor Mauricio... deixa eu ir ver meus meninos. – ela disse desesperada.
- Se você sair agora vai ser pior! – Mauricio disse tentando acalmar ela.
- Calma amiga pelo amor de Deus... espera pelo menos isso tudo passar. – disse Isabel.
- Eu preciso, eles estavam em casa dormindo. Eu preciso ver meu filhos. – ela disse caindo no chão chorando.
- Calma... vai dar tudo certo. – disse Mauricio chorando também abraçado com Dora no chão do quarto.
- Doutor Mauricio, eu acho que as crianças estão com fome. – disse Isabel.
- Ok... fiquem aqui, que eu vou lá embaixo pegar algo para a gente comer e tomar. – disse Mauricio.
- Tudo bem. – disse Isabel.
- Eu preciso de você... – disse Mauricio levando Isabel para o corredor. – Eu preciso que você seja forte por todos nós aqui... pela Dora, por mim e principalmente pelas crianças.
- Eu sei Doutor... vocês estão preocupados... é compreensível... eu vou ser a sua ancora hoje! Pode ter certeza. – disse Isabel fazendo sinal de positivo com a cabeça.
Mauricio saiu do quarto e se assustou ao perceber que a água estava no décimo degrau da escada. Ele desceu e no inicio ficou com medo de entrar na água, mas mesmo assim foi nadando até a cozinha e abriu a geladeira, conseguiu pegar alguns produtos e retornou para a escada e colocou os produtos lá, ele fez esse percurso varias vezes naquele dia.
Na empresa de Rodolfo todos olhavam para a cidade com pavor, eles já haviam chamado o corpo de bombeiro de outra cidade, mas demoraria um pouco para eles chegarem, pois, a água não havia atingido apenas aquela cidade. Olhar aquilo para eles era pior do que alguém metendo uma faca em seu estomago.
- O Carlos, Pedro, Priscila, a Paula meu Deus... as crianças... – disse Luciana chorando.
- Calma, eu sei que eles estão bem. Eu sei! – disse Rodolfo sentando em uma cadeira.
- Senhor, as equipes de resgate já estão chegando, conseguimos contanto com a capital, eles estão trazendo reforços – disse um funcionário.
- Ok.
- Nós vamos né? – perguntou Luciana.
- Eu vou. Você vai ficar aqui esperando o exercito. – disse Rodolfo.
- Rodolfo.... eu quero estar ao seu lado. – ela disse.
- Ok... eu preciso de um familiar por perto. – ele disse abraçando ela e chorando.
- Vai dar tudo certo. – disse Luciana beijando a testa dele e pegando uma alto falante. – Atenção aos desabrigados... entrem na fábrica!! Temos algumas roupas para vocês.
Haviam pelo menos 2600 pessoas ali naquele momento. Era uma verdadeira catástrofe. E todos lutavam da maneira que podiam.
Na casa dos Soares, Caleb tentava tranquilizar Paula que como Dora estava preocupada com o seus filhos, netos e o marido.
- Caleb... o que vai ser de mim?! – ela disse chorando.
- Calma... temos que nos concentrar. Você precisa ser forte agora Paula. – ele disse segurando na mão dela.
- O Pedro está no hospital... o Phelipinho está na estrada e se a água... meu Deus... e a Priscila que estava na rua!!!! Não... isso não pode estar acontecendo. – ela disse chorando.
- Eu, nunca fui muito religioso, mas eu acho que qualquer coisa agora é bem vinda. – ele disse chorando. – Paula... me... me... ensina a orar?!
- Claro meu filho... feche os seus olhos ela disse. – Segure a minha mão. – ela pediu.
PAI NOSSO, QUE ESTAIS NO CÉU SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME/ VENHA A NÓS O VOSSO REINO SEJA FEITA A VOSSA VONTADE, ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU/>
- Vai Helena!!! Reage!!! – gritava Priscila enquanto fazia a massagem no peito da garotinha.
- Moça... ela... ela... está! – disse um homem.
- Não... – disse Priscila chorando. – Levanta esse teu rabo gordo daí e me ajuda!! – ela gritou.
- O que quer que eu faça? – perguntou o homem.
- Pressione mais compassado o peito dela... dessa forma. Você é mais forte do que eu. – ela disse.
- Dessa forma? – perguntou o homem.
- Sim... um, dois,, dois, três! Vai garota. – ela disse.
A garota acordou depois de dois minutos, mas ainda estava fraca devido ao choque. E eles precisavam leva lá com urgência para o hospital. O que eles não sabiam era a situação do local.
O PÃO-NOSSO DE CADA DIA NOS DAÍ HOJE/ PERDOAI-NOS AS NOSSAS OFENSAS/ ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS A QUEM NOS TEM OFENDIDO E NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO/ MAS LIVRAI-NOS DO MAL.
- Me perdoa. – disse Vinicius com a cabeça deitada no colo de Pedro.
- Pelo o que? – perguntou Pedro.
- Pelo beijo... – ele disse.
- Não se preocupa – falou Pedro.
- Mas depois de tudo o que aconteceu hoje... e a enorme possibilidade de que eu possa morrer... eu não me arrependo. – ele falou tentando rir sem sucesso.
- Você não seria a primeira pessoa a morrer no meu braço. – falou Pedro.
- Não? Então acho melhor eu tentar sair daqui. – ele disse rindo e tossindo.
- Eu perdi um irmão aqui nesse hospital também... ele sofreu um acidente de carro e chegou muito mal aqui. – falou Pedro segurando as lágrimas.
- Nossa... eu não sabia. Sinto muito. – disse Vinicius desviando olhar.
- Mas eu tive o prazer... – disse Pedro chorando. – De ouvir ele dizendo e olhando nos meus olhos que eu fui uma das coisas mais importantes da vida dele... e isso ninguém pode tirar de mim. Eu só queria ter essa oportunidade... de falar isso para o meu marido e filhos o que eu realmente sinto.
- Ei... para com isso... eu quero o Pedro forte aqui comigo... nós não podemos nos entregar. O resgate está vindo... você vai ver. Vai ficar tudo bem... nós vamos ficar bem.... eu te prometo isso. – disse Vinicius.
Na estrada, pouco a pouco Phelip e Duarte conseguiam tirar as pessoas da água. Havia um rio cortando a rua. As pessoas agradeciam aos dois e iam ajudando no que podiam. Duarte pensou... “Apesar de ser egoísta... quando precisa o homem sabe ser “Ser Humano”. Depois de algumas horas eles conseguiram e veio a segunda rajada de água que levou todos os carros presos na cratera.
- Eu agradeço agora se alguém me tirar daqui!!! – gritou Fernanda.
- Qual é o plano? – perguntou um homem de boné.
- Eu não tenho... – falou Phelip.
- Mas eu tenho... – falou Duarte pegando a corda e amarrando no seu corpo.
- Mas que porra é essa? – perguntou Phelip.
- Amarramos isso no carro... eu pulo... subo na arvore e vocês nos puxam com o carro. – disse Duarte.
- Não... é loucura. – disse Phelip.
- Está todo mundo machucado... eu não sei dirigir e vocês dois precisam ajudar o resto do grupo... eu vou... afinal sou uma vergonha mesmo. – disse ele chorando.
- Não! Eu não vou deixar! – disse Phelip chorando e encostando o se rosto próximo ao do Duarte sem se importar com as pessoas que estava perto.
- Eu te amo! – disse Duarte tentando se manter forte.
- Eu não posso te perder outra vez! Eu te amo... e não me importa com o que os outros vão pensar... eu só não quero viver sem você. – ele disse beijando Duarte.
As pessoas ficaram olhando com desconfiança, mas não podiam fazer nada. Estavam no mesmo barco furado.
- Agora eu tenho um motivo para voltar. – disse Duarte rindo.
- Você tem certeza disso? – perguntou Phelip.
- Ela precisa de nós... nosso triangulo não ficaria completo sem ela... é preciso. – ele disse.
- Vou para o carro... – disse Phelip dando mais um beijo demorado em Duarte.
- Eu... eu.. fico de olho aqui e te aviso quando eles estiverem amarrado na corda. – disse o homem de boné.
Duarte olhou para Fernanda que ficou sem entender o motivo de ele estar próximo ao rio. Ele mirou a arvore e se jogou.
- Nãoooooooooooo!!!!! – gritou Fernanda.
AMÉM
- Podemos orar de novo? – perguntou Caleb.
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