O namorado de minha amiga (parte 16)

Um conto erótico de RenanSonhador
Categoria: Homossexual
Contém 5081 palavras
Data: 29/05/2012 18:57:22

Desculpa a demora pessoal, mas apartir de hoje irei postar um dia sim e outro não hehe Boa leitura!!

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Pensamentos

Passei a tarde da sexta com ele em seu quarto, um romaria de primos, amigos e parentes de toda sorte se sucedeu leva após leva em visita a Marcello que já estava muito melhor.

Por volta das seis horas as visitas se encerraram de vez e pudemos passar o resto da noite a sós, seus pais foram se recolher, pois já têm certa idade e para eles, esses últimos dias foram exaustivos.

Restamos Marcello e eu a sós em seu quarto; falamos de muitas coisas e finalmente disse a ele que havia visitado a Lu, ele perguntou como ela estava e eu disse que não muito bem, mas iría melhorar e que havia perguntado por ele e enviado um abraço. Sinto que Marcello também não quer vê-la de fato, não sei até onde se feriram nesse rompimento onde nem palavras foram ditas, mas como é coisa que dói ambos decidi não dizer de um ao outro.

Quanto a informar Luiza que Marcello e eu estamos juntos começa a pensar como Marcello, talvez não convenha, por ocorrer que ela se magoe. Mas se souber de outra forma senão por nós? Isso pode magoá-la mais, mas acho que ela se magoará de forma qual seja.

De qualquer modo escolhi não mais tocar nesse assunto com Marcello, o tempo de todas as coisas proverá o instante exato se este se fizer necessário. Por volta das 21h telefonei para casa e disse que dormiria na casa de Marcello meu pai disse que tudo bem e enviou um abraço a ele.

Tranquilidade

Passamos a noite juntos e senti que ele estava muito cansado, dormiu a noite inteira, mas na manhã do sábado foi difícil demovê-lo de idéia de ir ao clube, substituímos esse banho de piscina por um passeio até minha casa, minha mãe fez uma lazanha e o convidou.

Almoço tranqüilo, tarde tranqüila.

Por volta das 20h30 eu o levei para casa. “Dorme aqui comigo hoje” Marcello pediu, Tive vontade de dizer sim no mesmo instante, mas respondi que precisava ligar antes para casa daí ele pegou o telefone e ligou para minha mãe; disse que seus pais estaria fora naquela noite e se ela se importava em me “emprestar” mais um pouco para ele não dormir sozinho.

Minha mãe sorriu e disse que emprestava sim e quis falar comigo, ela disse que eu manter o telefone ligado e que se precisasse de algo era só ligar. Desliguei o telefone e disse a ele que ele dobrava meus pais melhor que qualquer outra coisa.

Ele sorriu e disse que eles estavam do lado dele.

Mais uma noite juntos.

Eu sorri e perguntei porque e ele respondeu me agarrando e ma fazendo cócegas dizendo que eles sabiam que ele era um rapaz responsável e que eu ia cuidar bem dele. Passamos uma noite maravilhosa.

Pedimos comida do China em Box e fui até a locadora apanhar um filme. Assistimos Big Fish e choramos juntos abraçados no final, Tim Burton é realmente maravilhoso, a fotografia, a direção de arte, tudo é lindo e delicado e mais uma vez eu me apaixonei pelo meu Marcello que chora comigo diante de coisas delicadas com é esse filme.

“Eu vi você olhando demais pro Ivan McGregor, estou com ciúme” disse ele brincando e me enlaçando num abraço de conchinha. “Fala que eu sou mais bonito que ele” Marcello disse me fazendo cócegas, e eu disse que sim e que ele era o mais lindo de todos. Bom daí nos beijamos e dormimos, Está bem, fizemos amor durante a madrugada sim, ele já está recuperado. (rssss).

No dia seguinte...

Hoje pela manhã ele acordou antes de mim e me trouxe café na cama, disse a ele que eu é quem deveria fazer isso, mas ele falou que já estava restabelecido e que podia voltar às funções normais. “Acho que essa madrugada provou que estou com forte novamente não?”

Ele perguntou me dando um beijo no ouvido daquele seu jeito safado. Respondi que sim, mas que ele tomasse cuidado porque isso também mata segundo meu pai. “Então já escolhi como e com quem eu quero morrer” Ele devolveu e rimos em seguida. Marcello anda tão saidinho que nem conto.

Vim para casa nesta manhã, conversei com meus pais e parecem que farão uma viagem neste final de semana para verem minha irmã, disse que gostaria de ir, mas como começo nesse estágio hoje não poderei. Marcello está bem, e vou procurara regrar um pouco aquele moço notívago rssss.

Após ficar quase um mês sem postar...

Peço que me perdoem pela ausência tão larga, tenho tido tarefas tantas que me pesam só em lembrar. Mas sei que não há desculpas para tal, pois não nego que sem os amigos que aqui fiz minha vida não teria a luz na qual me aqueço tampouco teria conhecido meu norte ou mesmo viveria a felicidade azul que em minha vida atende quando chamo o nome de Marcello.

Perdoem-me, estimados. Do mundo de cá digo que a vida é um presente; suas dores, os problemas, as ansiedades são apenas desvios, tento crer. Agradeço os e-mails com incentivos, os depoimentos com palavras de ânimo e aqueles que dividem comigo suas experiências, um pouco de suas vidas.

Deus sabe o quão importantes para mim são vocês. Houve tantos acontecimentos desde a última vez em que entre vocês estive que procuro me ater agora aos de maior relevância. Alguns dias antes do dia dos namorados, comprei uma camisa que em outra ocasião Marcello e eu vimos em uma loja durante um passeio no shopping.

Ele havia adorado aquela camisa branca e nem sei porque não a comprou.

Como eu queria dar uma coisa que ele gostasse muito voltei lá para comprá-la, era a última e teve de ser a do mostruário mesmo e o vendedor fez um pouco de caso, talvez pensando que eu não poderia pagar por ela, coisas assim ocorrem em algumas lojas por aqui, mas não me intimidei, pedi a peça e parcelei em três vezes, hihihihi

(Marcello gosta sempre do mais caro, mas segundo ele, são as coisas boas da vida. Cristo ouça meus ais, que a vaga que espero saia logo, hihihihi).

Eu fiquei muito feliz em poder dar uma coisa que ele estava querendo tanto e que ele talvez nem lembrasse que eu sabia. No dia dos namorados cancelamos todos os compromissos que poderíamos ter e resolvemos que a noite seria só nossa.

Marcello se atrasou 20min, coisa raríssima e, em casa, meu pai notou que eu estava indo para lá e para cá, todo arrumado e perguntou se “ela” havia me dado um bolo (*). Ela quem pai? Perguntei. Sua namorada ele respondeu rindo. Deixe de coisa pai, não há namorada alguma respondi e ele foi para o quarto fazendo a velha recomendação “use camisinha hein?”

O fato de ele supor que tenho uma namorada, ou casos esporádicos, me aborrece vez por outra, mas não sei ainda com lidar com isso. Acho que tenho preguiçosamente sustentado de forma muda essa impressão, pois em silêncio termino por dar margem a ela que bem sei é sua vontade afinal, pais querem ver seus filhos ao lado de mulheres. Faço conta de como é duro perceber seu filho diferente, mas não posso deixar de crer que só uma vida tenho e que tenho que vivê-la como meu coração diz do contrário me violentaria. O que é mais nobre para o espírito?

Enfrentar o mundo e servir-se do duro julgamento alheio no caminho da vida plena ou proceder de forma padrão e sustentar uma vida dupla onde prazeres negados são vividos nas dobras dos sonhos onde a sombra encontra a realidade? Decidi que, dentro do que eu entender por certo, sem agredir de forma que seja, quero ser eu mesmo, mas não tem sido fácil.

Vivendo.

Decepcionar a quem se ama, mostrando-se incomum faz sangrar o peito, mas é honesto. No tempo de todas as coisas haverá o tempo em que perceberão que não sou o que idealizaram, mas não sei ainda como fazer e isso às vezes acordo a noite, mas nunca duvido das minhas escolhas.

Bem, vi o carro do pai de Marcello se aproximando e desci como um raio, nem esperei o elevador, cruzei a rua e entrei correndo dentro do carro com a urgência dos aflitos e já dentro dele o beije sem nem dizer olá. “Assim vou me atrasar todos os dias agora” Disse Marcello rindo fazendo troça, querendo me provocar. O que ocorreu? Eu perguntei e como explicação ele disse que seu pai havia se atrasado. Seguimos dali para jantarmos. Foi impressionante, na cidade só havia casais de namorados. Esmagadoramente, casais heterossexuais é o que quero dizer. Marcello nem liga pra isso, mas notei certos olhares das mesas á volta, sobretudo femininos, sutis, ladinos.

Os homens nem ligam muito segundo o que tenho percebido, senti certo desconforto por ser observado, mas aprendi a ficar imune a isso. Fomos a um restaurante que fica mais afastado e onde o serviço é a luz de velas. O garçom nos atendeu sem maiores problemas e o jantar foi maravilhoso, havia uma mesa com moças, todas solteiras ao que notei e dali veio uma garrafa de vinho que o garçom entregou a Marcello com um cartão. Marcello agradeceu e mandou devolver à mesa, as moças riram quando a garrafa voltou à mesa delas e Marcello olhou sério para uma elas, olhou para mim e me deu um beijo no meio do restaurante.

Relembrando a 1ª vez

Tenho receio da reação das pessoas quando ele faz isso, penso que alguém pode terminar por pedir que nos retiremos, mas nada disso houve e curiosamente as moças bateram palmas, (não entendi nada!). Fiquei sem entender nada pelo jantar inteiro, mas não quis perguntar. Acho que nem os clientes do Patu Anú entenderam menos que eu, mas daí os olhares cessaram.

(Há coisas que desgosto nas mulheres e outras que jamais compreenderei, minha natureza de homem me limita, mas estou seguro que a sutileza com que algumas regram suas maneiras sempre irei admirar). Eu esqueci dos tais olhares, pois a atenção de Marcello me faz tudo esquecer, todavia, a todo tempo ele parecia querer me dizer algo, e isso me deixou em suspense a certa altura. A luz da noite, o lago, tudo estava tão bom. Depois do Jantar Marcello me disse que queria estar comigo a noite toda, mas sem grilos, nem pressa e pediu pra eu ligar para casa, e ele fez o mesmo.

Fomos para onde estivemos juntos pela primeira vez, eu ainda estava engessado naquela ocasião. Bom, dessa vez vi o caminho e percebi que o trajeto é lindo. O amor realmente estava no ar e havia fila de carros na porta. Hihihihi. Já na suíte a pressa de Marcello, a urgência do desejo, a necessidade do toque fez com que nossas bocas se procurassem e entre um mar de gemidos e murmúrios primeiro nos amamos sobre o tapete.

Seguimos para a ducha novamente, depois na sauna e finalmente na banheira onde relaxamos, ainda não havíamos estado na cama. Havia dois dias que as condições para estamos assim, tão próximos, não favoreciam e Marcello me dizia a todo o tempo que assim não dava, que desse modo ele ia subir paredes de costas hehehe.

Essência Claudio.

Conheço o olhar dele quando ele nós quer juntos, sinto que o desejo modifica o timbre da sua voz tornando-a meio firme e mais grave e seus olhos não escondem o querer, sua pupila dilata e ele fica corado. Marcello se revelou além de carinhoso e romântico, um lascivo convicto.

Sei que muitos indagam sobre minhas práticas sexuais e bem sei que podem imaginar coisas, mas asseguro que nada perto do que temos feito hihihihihi. Sendo cru sem mesuras que seja, digo que jamais fui tão completo na cama como agora. Entre nós não há limites ou papéis em forma ou maneira quando nos amamos.

Temos provado coisas diferentes e aconselho que o amor é pra ser vivido dos mais livres jeitos sem que ocupemos nossas mentes com definições tantas. Quando se está ao lado de quem se gosta, estar cheio do outro e estar dentro do outro é desejo que merece ser saciado das mais de mil formas que há. Dar e receber do modo mais pleno é desfrutar das delícias da carne sem os medos ou receios que os catecismos nos enchem.

Ao lado de Marcello tenho aprendido a descobrir o homem que há nele ele tem me revelado o homem que há em mim. O encontro com a essência forte, rija, doce e delicada que habita nos corações dos descendentes de adão ocorre entre nós de forma perfeita. Hoje o masculino que há em mim e o sexo é a celebração dos desejos para os quais ainda não há nome.

Entre afagos e sussurros, sim, tudo que a moral diz que não, pode ser dito. Dos tratamentos mais delicados aos apelidos mais imorais, nomeamos um ao outro numa mescla de palavras que, desculpem, só ouso repetir aos ouvidos de Marcello que não esconde seu prazer neste jogo e a mim devolve na mesma medida.

Mergulhados no suor dos nossos corpos, nada é feio dizer e o ele se torna parte do mim nessa comunhão. Porém estejam certos, somos como todos aqui, amamos o sexo no mais amplo sentido que isso possa ter.

Presente

O sexo depende do momento que às vezes se manifesta tranqüilo e leve, em outras é selvagem e intenso e há aqueles momentos em que somos aquilo que teimamos esconder, mas que quando estamos nus, esse desejo se adona do nosso ser. Isso ou aquilo, assim e assado, são somente palavras e palavras tão somente nada descrevem do que nossos corpos dizem um ao outro quando estou dentro dele ou dentro de mim ele está.

Em certo momento, já na cama, exaustos pela felicidade desde reencontro, recebi uma caixa de presente. Nela havia uma garrafa de vinho, era um malbeque 2005; para o pouco que já entendo é de boa safra, e essa uva é considerada a uva nacional da Argentina. Seguido a isso o chocolate, que entre nós sempre teve um significado especial.

Acho quem nem preciso dizer às brincadeiras que fizemos passando chocolate um no corpo do outro sim? Sentados um ao lado o outro os devoramos todos. Essa refeição não poderia ser mais calórica hahahaha. Mas no fundo da caixa havia um envelope. Pensei ser tudo, qualquer coisa, menos o que seu conteúdo era. "Abra, é para você” disse Marcello, mal contendo o sorriso. Quando abri, levei segundo e meio para entender o que aquelas letras impressas diziam.

Passagens para duas pessoas, ida e volta, Escala em São Paulo, origem Brasília, Destino Buenos Aires era o que pude entender de uma delas. Meu coração se inundou da mesma felicidade inocente que sucedia a abertura dos embrulhos dos natais da minha infância. Não entendi muito, mas sabia o que aquilo significava.

Reencontro

Fui ao encontro dos braços de Marcello e mais me senti com os pés fora do chão, me entregando a ele num misto de gratidão e sentimento de felicidade que não consigo transmitir em palavras, pois a mão não consegue fazer entender o que está dentro do meu coração.

“Mas eu não tenho passaporte!” Exclamei! “Não, Claudinho, não precisa. Basta mostrar cédula de identidade” Respondeu Marcello com um sorriso. Bom eu não sabia de nada. Nunca fui ao estrangeiro.

“Será nossa primeira viagem para muito longe juntos e quero que seja muito especial” ao terminar isso ele, ainda nu, pos uma aliança de prata no dedo anular da minha mão direita e me perguntou “Você aceita deixar eu cuidar de você pelo resto da vida?”

“Quero cuidar de você também, pelo tempo que puder e ficar bem velhinho ao seu lado até cheirar medicamento” eu disse e ele riu me abraçando e dizendo: “essa foi a resposta mais estranha que eu poderia imaginar”.

Mas tudo entre nós é diferente, sorri e mostrei que a aliança estava larga, ele riu e disse que ia levar para apertar, mas queria que eu a usasse por enquanto. Em resumo estamos compromissados. Nossos planos de viver juntos são sólidos, e não passa do final do ano, deste ano.

Viajar?

Fiquei eufórico com a viagem, sempre tive vontade de conhecer Buenos Aires, mas não recordo haver comentado isso com Marcello, mas segundo ele, eu teci o comentário certa vez, faz muito tempo e ele registrou isso.

Ficamos hora e meia fazendo planos e imaginado coisas, Marcello já conhece e me contou coisas como o fato de ser uma cidade onde, realmente, há movimento a noite toda. Dia 20 de julho aterraremos na capital dos “hermanos”, de lá iremos para Bariloche, Marcello quer que eu a conheça.

Tudo isso parece um sonho lindo e não quero que acabe. Tenho contado os dias e entre uma atividade e outra, leio um guia que Guto me emprestou. Meu peito não comporta mais tanta ansiedade. Ao ver minha felicidade Marcello disse que ele era quem estava mais feliz por me ver tão empolgado, será que ele está mais feliz que eu? Hihihi Acho que não.

“Bom, só que eu não comprei pra você nada que seja tão caro e estou até com vergonha, Marcello” Eu disse a ele entregando-lhe o embrulho que eu mesmo fiz e (modéstia parte ficou lindo). Ele respondeu que o maior presente que ele podia ter ele já tinha e que era eu, daí eu achei lindo, como tudo que ele faz eu acho lindo, e entreguei a caixa a ele que abriu com uma cara de intrigado, não fazia idéia do que podia ser.

“Não acredito! Você lembrou dessa camisa?” Ele me transmitiu uma alegria que foi difícil de achar verdadeira, mas se tratando dele sei que era, pois já percebi que ele não tem o hábito de mentir ou fingir o que não sente, é até mais verdadeiro que a prudência aconselha ser.

O estágio.

Vocês precisavam ver, ele ficou todo bobo com a camisa e vestiu na hora, hihihi desfilou só de camisa para mim e não a tirou mais. Foi uma noite deliciosa. Pernoitamos por lá mesmo e na manhã seguinte, comemoramos mais um pouquinho antes de ir embora hihihi. As coisas com relação a trabalho vão indo, encontrei colocação em um estágio “tampão”; substituirei por um mês um membro do quadro efetivo de uma empresa, mas há a possibilidade de ser efetivado, é tudo que quero.

A outra vaga demorará a sair, a previsão é para final de julho. Mas tenho participado de processos de seleção e tenho até me saído bem, estou na última etapa de uma para traineer, neste o vencimento é tão bom que vai adiantar muito alguns planos meus. O problema é que esse estágio atual era para ser somente um período, mas outra pessoa saiu de férias e agora tenho que estar o dia todo. Por isso tenho estado distante. Marcello não gostou nada nada, mas compreendeu e agora me apóia. Lá não é um lugar ruim, mas está longe de ser um paraíso.

Há um rapaz que é chefe de um setor importante, ele deve ter uns 33 anos, é casado e tem dois filhos; lindas crianças. Mas ele tem se mostrado inconveniente; faz brincadeiras de duplo sentido, perguntas indiscretas, tem meus telefones sem eu saber como conseguiu e nesta segunda, enquanto eu fazia algumas cópias de relatórios senti que ele deliberadamente se se encostou a mim por trás; ele estava visivelmente excitado.

Esquivas.

Eu me esquivei e ele se conteve, mas quase todos os dias, dele recebo convites, para lanches, chopes e outras coisas. A forma como ele se reporta a mim, às vezes é mais próxima que convém.

Receio que ele diante das minhas negativas retalhe me prejudicando, mas não posso deixar mais que ele confunda nossa relação profissional e resolvi ser claro em minhas respostas. Mas isso não o demoveu de seu comportamento, infelizmente. Tenho procurado não ficar perto dele, ou ao menos não por muito tempo. Sinto que ele pode me causas problemas. Alguns dias atrás Marcello o viu pegar no meu braço e me falar de forma mais íntima. Em razão disso tive que me explicar por quase 40 minutos a ele e demovê-lo da idéia de socar a cara do rapaz em questão. Tenho até me saído bem na missão de não estar só, mas às vezes sinto medo. Marcello já esteve no meu estágio algumas vezes sem avisar e não sei qual seria sua reação se ele chegasse e me visse mais próximo de alguém daquela forma. Mas tenho tentado me manter longe do outro.

Como problemas viajam em pares, aquele rapaz que fiz referência outro dia, voltou a me procurar e dessa vez disse que seu casamento estava em crise e queria conversar um pouco comigo e coisa e tal. Fui enganado uma vez, duas seria burrice da minha parte; não quero aproximação com ele, mas já o vi na porta da padaria que fica perto da minha casa umas duas vezes. Acho isso desonesto da parte dele, pois já fui incisivo quanto ao fato de querer distância dele.

Policial.

Mas falando de episódios divertidos, outro dia, Marcello e eu saímos do cinema e procurávamos um lugar para estarmos juntos e namorar um pouquinho, no carro mesmo, só uns beijinhos como ele diz.

Como estávamos em um Shopping próximo ao parque da cidade, saímos depois da última sessão e para lá nos dirigimos. Local tranqüilo, iluminado e próximo a um parque de diversões no qual ocorria uma festa.

Havia uma viatura da polícia próxima e nos sentimos melhor, o estacionamento estava até cheio com outros casais em outros carros. Qual não foi nossa surpresa quando no meio de um beijo aparece na janela um policial. Pediu os documentos de Marcello e do carro.

“O que estão fazendo por aqui?” Perguntou o policial daquela forma refinada que lhes é peculiar hihihi. Sem pensar duas vezes Marcello respondeu sorrindo: “Namorando como todos esses 50 casais aí fora” . O policial olhou para nós dois e pareceu não acreditar, mas acreditando, ele ficou meio desconcertado e se desculpou e aconselhou irmos para casa e que era melhor namorar em casa por conta do perigo e tal. hihihihihi.

Na verdade ele não queria falar, mas não conseguia ir embora ficou assustado, acabou falando mais e terminou com um “cuiden-se”. hihihi. “Que marca de policial é essa?” Perguntou Marcello rindo. “Não sei, mas pareceu desconcertado com a sua resposta” eu respondi e rimos por uns bons minutos.

Resolvemos ir para casa de Marcello onde passamos a noite. No outro dia cedo ficamos sabendo que um casal foi seqüestrado no parque, próximo de onde estávamos. Aquele policial foi um anjo da guarda, poderia ter sido nós. De qualquer sorte, ficamos meio cismados com o ocorrido. Como diz o Gutão: “Isso foi sinistro!” hihihihi Agora creio nos anjos!

Dia a dia.

Na faculdade as coisas têm seguido sua ordem embora esteja ficando bem cansado, Começo a costurar a monografia e tenho tido uma pilha de livros para ler e short papers para compor. Estou meio gasto, e numa aula outro dia cheguei a dar uma cochilada, coisa que nunca fiz. Acordei extremamente constrangido, pois tenho certeza que o professor notou. Queria ser um ratinho e sumir, foi o que senti na hora.

Em casa minha mãe tem cedido aos apelos de uma amiga do trabalho da igreja para aproximar sua filha de mim. Isso é aborrecido e constrangedor. Pois a garota é muito oferecida. Sinto-me muito mal com essa postura. Não sei como minha mãe ainda não implicou com Marcello que quando dorme aqui não mais é no quarto que ela da minha irmã, ma sim no meu; em um colchão no chão, bem crê minha mãe.

Guto tem se mostrado um amigo maravilhoso, mas ultimamente ele tem se superado, Um final se semana sem sairmos com ele não tem o mesmo colorido.

Sábado desses, ele nos levou a uma festa na casa de uns amigos dele e foi muito divertido. Dançamos até funck hihiihi, foi muito divertido. Ele tem uns amigos muito animados. A minha surpresa maior é que Marcello sabe toda a coreografia de um funck desses. È isso mesmo! Hihihihi, ele dançou pra eu ver e fiquei boquiaberto com sua habilidade. Vocês acreditam nisso?

Dança

A mulherada ficou ouriçada, como sempre, e tive que ficar impávido e fingir não sentir ciúme, mas cheguei à conclusão que olhar não arranca pedaço para ser bem popular e no final do espetáculo quem teve acesso ao camarim só fui eu.

Mas a surpresa da noite foi quando Guto juntou seus amigos, todos para lá de bragadá! (aprendi a dizer isso com o Guto). Eles sem maiores explicações ficaram todos só de cueca, isso mesmo, só de cueca e dançando “Eita pinga maldita!!!” Marcello gritou rindo, eu ri também mas levei um susto, é muita loucura. Fiquei sabendo depois que isso tinha haver com uma aposta e que a prenda a ser paga era esse mico.

Qual aposta era, não sei, mas que foi divertido, hhihih isso foi. Saímos da festa, Marcello e eu e rimos muito o resto da noite. Guto é isso, em resumo, ele é um acontecimento. Bom, a Lú talvez retornará a BH, mas dessa vez ela fez planos de ficar por tempo indefinido. Marcello e ela nada comentam um sobre o outro Ela pra ela não existe, ela pra ele é ninguém.

Desse desacerto acertado e mudo nada comentam e eu por minha parte procuro respeitar essa situação, mas não escondo que não quero perder a amizade dela e que lá no fundo queria que ela tudo entendesse, mas não sou inocente de pensar que ela poderia aceitar de imediato. Mas este tema... bem, dele não me ocupo mais.

E o que estou eu fazendo agora aqui? Fechando um trabalho de estatística aplicada e aproveitando uma rara folga daqui desse estágio que carinhosamente meus colegas chamam ”Minas de carvão”Meus amados amigos, não me esqueço jamais de vocês, sou grato por tudo e não se passa só um dia sem que de vocês, com carinho me recorde.

Honestidade

“Creio que não seja apropriado tampouco prudente essa conduta; acho que fazemos escolhas e devemos arcar com o preço delas. Você tem compromisso assim como também tenho e dele bem me agrado.

Creio que se isso novamente ocorrer vamos terminar por ferir pessoas que amamos e estou seguro que não desejamos isso. Não quero que imagine que seja asco, você é atraente e em outra ocasião, em outro momento até poderia considerar uma amizade mais próxima, mas encontrei uma pessoa que me torna completo e que de forma alguma desejo me apartar.

Assim penso que deve ocorrer contigo. Entendo que os desejos que existem em seu coração são muitos; não quero condenar seus modos, mas você é casado, tem filho e estou certo que essa ligação traria mais dor que prazer a dois

Por isso peço que não mais tente aproximação dessa natureza. Não posso dizer que podemos ser bons amigos, pois ainda estou sob o impacto desse ímpeto, quero ser honesto, simplesmente acho que o melhor a fazer seja estarmos separados. Por favor, ignore-me!”.

Era 12h10min e estávamos a sós naquela sala do nono andar. Por um instante senti ter feito algo de errado, penso que senti como se houvessem me roubado algo, mas já tenho idade para saber que o beijo roubado não me havia rompido a alma, antes, houvera me deixado um gosto de certeza na boca, a certeza que outros lábios não desejo senão os de Marcello, com quem falara havia 5min.

Análise

Eu o esperava e estava distraído observando o árido horizonte que, ao longe, tocava o céu quando fui virado com certa violência e de forma convulsiva fui beijado por um rapaz de quem os assédios havia tentado me desvencilhar, porém ser êxito.

“Então, o que devo fazer com essa coisa que venho sentindo dentro de mim?” Ele redargüiu. “As vezes, Mário, confundimos sentimentos, e damos nomes nobres a sensações que não passam disso apenas.

Amor, atração física e paixão são sentimentos distintos entre si. O amor é o mar da tranqüilidade, amar alguém é provar o sabor do sossego, a paixão e um tremer de corpos, uma anormalidade intensa que a química do corpo faz explodir em mil reações, mas passa como é da natureza das empolgações descomprometidas.

A atração física é um dos mais legítimos sentimentos da raça humana, é nossa herança ancestral, a forma como, poligamicamente, nossos instintos mais primitivos cuidam para que continuemos a povoar o planeta é, antes, a preservação da espécie.

Mensagem ao chefe

A monogamia é invenção religiosa em princípio, mas quando se encontra alguém que o faz esquecer do mundo é mais que isso, é a garantia de uma vida compartilhada com qualidade. Bem compreendo que mesmo amando alguém, podemos nos apaixonar por outra pessoa, sou um homem cujo coração se apaixona toda semana, tenho cuidado para que seja sempre por quem amo, quem está ao meu lado.

Sei também que mesmo amando x podemos nos sentir atraídos por y ou z e ainda estar apaixonado por n. Atração é natural, corpos nos são oferecidos sob toda sorte dos estímulos vários. Vê-los é fácil, admirá-los simplesmente um desafio, pois implica não desejar. O meu desejo tenho guardado para quem estou apaixonado e amo ao mesmo tempo. Não quero que enxergue em minhas palavras reprovação, tampouco condenação quanto aos seus sentimentos em relação a mim. Podemos mandar no que sentimos? Mas quero deixar muito claro que entre nós não é possível, por motivos muitos.

Não tenho a intensão de feri-lo, não sei exatamente o que sente em relação a mim, mas digo que não posso corresponder e não me imagino em uma relação dessa freqüência” Ao terminar isso, cruzei a porta sem olhar para trás, chamei o elevador e aqueles segundos pareceram uma eternidade.Quando enfim a porta se abriu o sorriso de Marcello que havia nele subido iluminou o hall e foi como se mil sóis invadissem meu dia. Entrei no elevador e o beijei sem me preocupar muito se a porta que se fechava atrás de mim revelava a quem quer que fosse que tenho um namorado ao qual dedico o melhor que há em mim.

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Comentários

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Coelhinho parabéns pelo primeiro lugar no ranking! Vc merece por nos dar a oportunidade de conhecer essa linda história. Bjão!

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kraca velho kda vez q leio esse conto me apaixono mais

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Mas pelo menos, parece que alguem sentiu minha falta.... :)

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Nao eh isto....eh que como sou um cachorrao abandonado, to preso na carrocinha chamada amor.....um bjo ainda meu veneno....

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Lindo como sempre, to adorando e aguardando o proximo

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Sem duvida um dos melhores contos da casa,!! É linda a forma poética em alguns trechos da historia, eu to fascinada com seu conto!!! Pf ñ demora muito pra postar

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nossa coelhilno esse relato esta cada dia mais emocionante, ele se tornou um dos meus favoritos, so fiquei triste por saber que vc não vai postar todo dia mas se é para ler sobre essa linda historia de amor a espera vale a pena

bjs

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