Uma vida de esperança - Parte 1

Um conto erótico de DeBemComAVida
Categoria: Homossexual
Contém 870 palavras
Data: 17/04/2012 09:56:35
Última revisão: 29/01/2014 13:13:29
Assuntos: Homossexual, Gay, Amor, Romance

Este conto é completamente fictício, mas tive esta ideia e achei que podiam gostar de ler. Eu sou português e espero que compreendam bem o que escrevo. Espero que gostem!!

Sentia o coração acelerado, ouvia os passos bem de perto, ultima curva e a meta já estava muito perto. Sinto que Afonso continua a correr à minha frente e que agora acelera ainda mais, logo o acompanho, já falta pouco e não posso ficar para trás. Ouço o público eufórico a gritar palavras de incentivo, cada vez mais alto.

Afonso: Faltam uns 50m!

Ouço Afonso dizer ofegante. Procurei forças que nem sabia que tinha e acelero ainda mais, sinto-me no limite. Apercebo-me que Afonso deixa que passe por ele. Percebo então que ele quer que seja eu o primeiro a passar a meta. Ele quer que seja eu o campeão nacional da corrida dos 400 metros de velocidade.

Passo a meta, corro mais uns metros até parar lentamente e fico à espera de ouvir nos altifalantes quem era o vencedor, estávamos todos muito próximos. Com certeza deviam estar a recorrer às fotos tiradas no momento de chegada para não haver duvida. Apesar da euforia do público sinto um silêncio infernal.

Juiz: 1º lugar: Pedro Albuquerque!!!

Sinto instantaneamente vários braços a abraçarem-me. O meu treinador, os restantes membros da minha equipa, ouço a minha irmã Sílvia a gritar bem alto.

Sílvia: PARABÉNS!! PARABÉNS!! Eu sabia que conseguia, você foi incrível. Tou tão orgulhosa!

Eu não a conseguia ver, mas pelo tom de voz de certeza que já estava com os olhos a lacrimejar, conheço tão bem a minha irmã rsrsrs

Eu: O Afonso onde está?

Afonso (sorrindo): Estou aqui, não se preocupe que eu não fujo.

Abracei-o instantaneamente. Ele fez de mim campeão... ele era o meu orgulho... ele era a minha vida…

Enquanto os elementos da minha equipa começam a cumprimentar os outros concorrentes e a dar os parabéns eu sussurro perto do ouvido de Afonso.

Eu: Se não estivéssemos num local publico e com tanta gente à volta dava um beijo daqueles dos filmes de cinema agora mesmo rsrs Eu te amo meu campeão!

Afonso: Eu também te amo! Mas vamos deixar os festejos para mais logo rsrsrs

Abraçou-me ainda com mais força, sinto o meu peito no dele, sinto o seu cheiro a suor, a sua respiração ainda não totalmente controlada. Parece que acabamos de fazer amor. Afasto-me dele porque senão quem fica descontrolado sou eu, e em publico não era muito bom de se ver rsrsr

Dou um beijo nos lábios e chamo por minha irmã. De certeza que já andava atrás de um atleta gostoso rsrsrs Como devem imaginar nós corredores treinamos muito e, mesmo que não quiséssemos, todos ficamos com um corpo definido. Uns mais, outros menos, depende de como cada um trata o corpo depois de muito exercício. Eu sou daqueles que gosta de tratar bem o corpo e gosto de ser elogiado rsrsrs tanto por mulheres como por homens rsrs

EU: Sílvia, cade voce? O campeão sou eu rsrsr

Sílvia: Mas eu vi que estava muito bem acompanhado e não quis incomodar, não é irmãozinho?

Sílvia, assim como a minha família mais próxima, sabia do meu namoro com Afonso. Felizmente todos me aceitaram, uns mais depressa que outros. Mas como devem saber muitos desportistas escondem o que são com medo de sofrerem ainda mais. Eu e Afonso não escondíamos mas eramos muito discretos. Não pensem que temos vergonha do que somos mas esta sociedade ainda tem muito que evoluir.

Eu: Mas agora quero um abraço da minha irmã preferida.

Sílvia: Pois, sou a única.

Diz ela em tom de brincadeira. Rimos os dois e nos abraçamos.

Afonso: Pedro, eu sei que estão os dois muito bem mas já nos estão a chamar, temos de ir receber as medalhas.

Eu: Vamos então. Até já irmãzinha.

Sílvia: Irmãzinha não, aqui o caçula é você. Rsrsrs Vai lá então, depois quero ver essa medalha dourada.

Agarro o braço de Afonso e ele me guia para o pódio, subimos os degraus e ficamos no do 1º lugar. Ouço os aplausos, sinto todas as vibrações.

Eu: Afonso, diga-me o que vê…

Afonso: Estão milhares pessoas de pé a aplaudir. Muitas gritam o seu nome.

A primeira lágrima começa a escorrer pelo meu rosto.

Afonso: Nas bancadas em frente consigo ver os seus pais. Pelo que vejo de sua mãe ela já deve ter chorado muito rsrs mas o seu pai também está com os olhos bem brilhantes rsrs

De certeza que a minha mãe já devia ter chorado litros, ele é uma mãe galinha muito chorona rsrs O meu pai era muito mais contido, mas sempre ficava emocionado com qualquer vitoria que eu ou minha irmã tivéssemos na vida. Por isso de certeza que hoje já lhe tinham escapado algumas lagrimas rsrs

Afonso: Por cima de nós o céu está lindo, completamente estrelado….

Eu: Dava tudo por poder ver com os meus olhos.

Apesar de toda alegria por ter ficado em 1º, as minhas lágrimas, que agora corriam sem parar, eram de pura tristeza… Aperto com força a mão de Afonso e fecho os olhos. Afinal com eles abertos ou fechados via exatamente a mesma coisa. Preto.

CONTINUA...


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Comentários

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PArabéns,escreves muito bem,continue logo a postar.

Abraços.

Boa noite.

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