Voyeurismo Interativo

Um conto erótico de Atlante
Categoria: Heterossexual
Contém 975 palavras
Data: 30/09/2010 11:13:45
Última revisão: 03/11/2010 01:23:15

Narrarei um pungente caso de voyeurismo interativo. Apressado e ansioso eu chegava em casa. Meu quarto era a meta. Depois das 23 horas, quase que diariamente, era espetáculo garantido. De luz apagada, eu a observava, enfeitiçado. Há algum tempo, eu morava no 3° andar de um prédio de três andares.

Na rua lateral do mesmo quadrilátero, havia um antigo sobrado que dava fundos, quase centralizado, à janela do meu quarto. Um terreno descampado separava os dois imóveis por 35, 40 metros, aproximadamente. Daí, nada se antepunha à visão.

Nos fundos do sobrado, na parte superior, existia um quarto cuja janela era aberta por uma garota de 22 anos, no máximo, bonita, médios cabelos pretos e lisos, e um belo corpo. Após tomar banho, de shortinho, camisetinha e cabelinho molhado, ficava a se entreter com leitura, às vezes escutava música (suponho) enquanto mexia no guarda-roupa, essas coisas.

Não sei se sabia que eu a observava, pois não dava nem um sinal. A relativa distância entre nossas janelas deixava-me na dúvida, em virtude de não me permitir ver com detalhes seus olhos nem a direção para onde olhavam. Era uma situação angustiante. Até que fechava a janela, apagava a luz, e ia dormir.

Excitante demais era aquilo tudo. Na maioria das vezes, depois de assisti-la, avidamente masturbava-me imaginando mil situações sexuais entre nós. Fazia isso porque senão não havia jeito de driblar o desejo e ansiedade para poder dormir. De outro modo, ainda que conseguisse dormir, sonhos com sexo era certo, e polução noturna era mais certo ainda. Os homens sabem propriamente do que estou falando. Uma iniciativa urgia para chamar a atenção dela. Precisaria apertar os botões certos.

Decidido a arriscar, um dia cheguei por volta das 23h30. Lá estava ela, linda, com a luz acesa e a janela aberta, arrumando coisas na penteadeira. Resoluto, acendi a luz do meu quarto e comecei a tirar a roupa para tomar banho. Fiquei só de cueca com o pinto meio para fora e meio duro. De vez em quando olhava de rabo de olho para ver se ela me notara. Nada! Tudo bem. A tenacidade é uma virtude!

O banheiro ficava ao lado do meu quarto, de onde eu podia vê-la pela janelinha. Ela, indiferente, continuava me ignorando. Saí do banho somente enrolado com a toalha na cintura. Voltei ao meu quanto, fechei a porta, desenrolei a toalha e comecei vagarosamente a enxugar-me perto da janela, num ângulo que não dava jeito para ela não me notar, caso olhasse. Meu bastão já estava duro como aço.

Ainda não tinha acabado de me enxugar, e a garota lentamente fechou a janela e apagou a luz. Foi uma ducha de água fria! Aparentemente, apertara os botões errados. Porém, trinta segundos depois, mais ou menos, ela acendeu a luz e, timidamente, foi entreabrindo a janela deixando-me ver parte da sua nudez. Eu estava incrédulo! Meu coração estava quase saindo pela boca. Um almofadado chumaço pelos negros compunha seu farto triângulo pubiano.

Seus melõezinhos eram suaves e delicados. Fiz-lhe um gesto para que abrisse totalmente a janela, e ela o fez, devassando seu quarto para me deliciar completamente. Dei mais um aceno para que ela girasse o corpo, e ela girou, sensualmente, exibindo uma bundinha de sonhos. Sentia seu olhar queimando sobre meu cacete, o qual estava mais grosso do que o habitual, pétreo, vibrante, bonito e vistoso. E eu a acariciá-lo, lustroso, quase que pegando fogo, ele e eu!

A seguir, ela pegou uma cadeira colocando perto da janela, e foi buscar na penteadeira um frasco de óleo ou creme. Logo após, pôs o pé direto em cima da cadeira, virando-se quase totalmente de costas para mim, deixando sua saborosa bundinha em primeiro plano, e começou, lentamente, a passar no corpo o que estava no frasco. Olhava sistematicamente em minha direção, e me via acabando-me na punheta por ela. Era demais! Acelerando o ritmo, estava quase gozando.

Não sei se deu para ela ver em detalhes os ferventes jatos de porra lançados a uma distância incrível pelo meu crescido mastro. Também não sei se escutou os urros ferinos que dera. Acredito que não. Depois da inicial eclosão impetuosa, o cremoso sêmen fora vertendo da uretra em generosa quantidade, e placidamente escorrendo pela glande, corpo do pênis, escroto e gotejando no chão. Ofegante, suado e esmaecido, sorri para ela, com o cano fumegante pulsando entre as pernas.

Ela percebeu e entendeu, sorrindo-me de volta. Sabia que acabara de gozar por ela e para ela, fantasiando ejacular gostoso em todos os orifícios do seu corpo; sabia que pensara em chupá-la, com sofreguidão, da cabeça aos pés, frente e verso... Levou a cadeira para o fundo do quarto, acenou-me num até amanhã, gentilmente fechou a janela, apagou a luz e foi dormir. Dormir? Não antes de se masturbar, presumo! Malvada! Não podia me mostrar? Ah, se ela soubesse que eu amo de paixão em ver essa prática feminina...

Nas semanas seguintes, era um encanto só. Começava despindo-se num erótico strip-tease, depois fazia um glamoroso desfile nuazinha, e continuava me oferecendo cenas de uma ternura sensual de alto teor depurado em uma poética imensa. Uma gostosura! Eu decididamente morria de prazer. Foi uma época em que mais me masturbei. Não tinha comparação! Entretanto, logo terminaria o visgo daquela janela indiscreta.

Simplesmente sua janela não se abriu mais! Pegou-me de surpresa. Fiquei atônito! Sem um recado, sem uma mímica, sem uma despedida, sem... sei lá! Por outro lado, estava obcecado pela situação. Meu discernimento, naquelas circunstâncias, encontrava-se comprometido. Interagir, no que me parecia um lírico filme erótico, bastava-me.

Lamento demais não tê-la procurado para um contato mais pessoal. Se arrependimento matasse... Triste ficou minha janela e chorou sua ausência. Uns dois meses depois, vi homens reformando o sobrado vazio. Vazio de esperanças, vazio de expectativas, vazio dela... Uma flor arrancada!

- oOo –

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Comentários

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Caramba que legal. Realmente adorei o relato, passei por algo parecido há muito, muito tempo atrás. Nota 1000.

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Bela narrativa de um sonho que não tornou realidade. Realmente, quando o bonde passa e não subimos nele, nada resta senão o desconsolo. Gato, vem ler meu conto, tenho certeza de que vai adorar...o manual de instruções que deixei de herança rs

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