-Acho que sei porque você ficou triste... tá com medo que eu fale... Julinho alisa a alavanca e trás o pé descalço pra cima do banco.
Marcos confirma com um aceno mudo.
Ao que Julinho completa – Claro que eu não vou contar, se eu fizesse isso, todo mundo ia ficar sabendo que sou maricas.
Nada mais falaram a respeito no decorrer do dia.
No seguinte, assim que ficaram sozinhos, Julinho foi logo explicando que morria de vontade pegar nos pirulitos dos moleques da classe, mas sabia que eles falariam cedo ou tarde e a escola inteira ficaria sabendo, já com ele, se sentia a vontade e nem tinha vergonha de nada.
Enquanto almoçavam, Marcos analisou a situação, e por mais que no fundo detestasse, acabava se vendo menino, eternamente excluído daquelas brincadeiras por causa do tamanho da sua espingarda. Sem saber ao certo como e porque, acabou cedendo.
Então? Perguntou abrindo a porta do veiculo: Que você quer aprender hoje?
-Quero ver acontecer aquilo de novo. Julinho respondeu todo animado.
O rapaz foi até o banheiro e tirou a cueca, assim, ficava melhor, entraram no carro, Julinho sentou se no colo novamente e esperou o brinquedo dar sinal de vida, não demorou muito tempo, quando o sentiu movimentar-se, mudou de posição sentando-se de frente para Marcos, desabotoou o macacão e foi escorregando até ajoelhar se embaixo do volante, a mangueira tinha esgueirado pela perna do macacão, e só saiu porque não estava totalmente enrijecida. Marcos pediu para que ele usasse saliva nas mãos, mas o garoto era esperto, e colocou um filete de baba diretamente sobre a pilastra, e em menos de dez minutos alcançava o objetivo. Aparou com as mãos o liquido e analisou com curiosidade.
-Você nunca...? perguntou o rapaz.
-Acho que só uma vez dormindo respondeu o menino.
-Há... . Marcos lembrou de suas primeiras ejaculações: sonhando. Posso te ajudar? Perguntou.
-Gostaria muito respondeu o garoto.
Passaram para o banco de trás, Marcos deitou o garoto e tirou-lhe as roupa: - Já volto disse.
Foi até a cozinha da oficina e voltou com uma colher de manteiga, passou generosamente nas mãos e no passarinho rosado e duríssimo que teimava colar-se na barriga. Mandou que ele fechasse os olhos e pensasse num balanço azul. Descobriu a cabeça e tomou-a entre os dedos polegar, indicador e médio, ela escorregava de um para o outro, e ficou uns segundos assim, bolinando, deslizava ainda os três dedos fazendo a pele esticar-se até mostrar o freio, repetia os movimentos lentamente, aumentando a pressão dos dedos no periquito, as pálpebras do menino tremiam e um sorriso de outro mundo desenhava-se nos lábios. O rapaz não resistiu e abrindo mais as pernas de Julinho espiou o botãozinho quase invisível atrás do saquinho enrugado. Era minúsculo, mas convidava.
Inclinou-se e sussurrou no ouvido do garoto: Posso fazer cosquinha aqui? A cabeça balançou consentindo.
O rapaz começou um movimento circular com o indicador, esparramando manteiga em volta, depois, com o dedo médio percorria toda a extensão do rego, pincelando, passava direto, parava, circulava e ameaçava invadir recuando, enquanto a outra mão deslizava agora mais rapidamente da ponta ao pé, do pé ao meio, domeio-aponta-aomeio, domeioaopéapontaaomeioapontaaopéaomeioaponta . De repente, Julinho arregalou os olhos, feito diante de uma miragem, então, percebendo que o momento se aproximava, Marcos deslizou a mão pinto abaixo e apertou levemente a base, enquanto o dedo brincalhão fez um semicírculo na portinha, e avançou bruscamente a falangeta, um arrepio percorreu o corpo do menino, o pinto pulsou e o cuzinho mordeu o dedo invasor. Foram os primeiros espasmos. Quando Julinho soltou a respiração, a pressão diminuiu e o dedo avançou a falanginha, desta vez o quadril bamboleou, e ao invés de impedir, corroborou e a invasão foi completa, a mão voltou a punhetar rapidamente enquanto o dedo fazia movimentos de falso recuo e investidas impiedosas, o gozo veio a principio tímido, numa primeira aguinha de arroz, então, o menino estremeceu novamente, e a bunda avançou contra o dedo, rebolando, Marcos voltou a carga de movimentos para a cabeça friccionando a vigorosamente, o garoto soltou um palavrão e derramou o restante do conteúdo armazenado. Ainda tremulo, enxugou uma lagrima solitária que ameaçava molhar o sorriso e agradeceu mais de cinco vezes antes de por se fora do dedo espetado..
Ao que enternecido Marcos acolheu a gratidão com um inusitado beijo na boca. (continua)