Começando a Família em Família MAKING OFF
INTRODUÇÃO
Esse trabalho é destinado a quem gosta de contos e principalmente tem curiosidade de entender como é o processo criativo para a confecção de uma estória envolvente e que passe credibilidade.
NOTA SOBRE A OBRA:
O conto Começando a Família em Família não é uma estória real, porém passa longe de ser uma mentira. A idéia de escrever sobre isso partiu do principio que muitos ao lerem contos ou relatos acabam colocando a prova à veracidade do que leram. Eu mesmo, que há mais de 15 anos sou um grande admirador desse tipo de literatura, muitas vezes me vi pensando se podia ser real ou não, e muitas vezes acabava julgando uma estória pela verdade que eu acreditava conter nela, e não propriamente pelo tesão que ela me proporcionava como haveria de ser.
O que posso dizer em relação ao que mudou? Bem,comecei a perceber que os contos reais quase sempre eram os mais curtos e mais simples, e a maioria beirava o sem graça, e acreditem, não é difícil entender o porquê. Basta que cada leitor pense em um episódio excitante pelo qual tenha passado e pense em uma forma de colocar isso no papel. Se fizerem isso vão perceber que relatar a verdade por mais excitante que possa parecer pra você que viveu aquele momento, pra muitos que lerão será simplório e quase inverídico. Por exemplo, eu podia escrever um relato sobre uma quase transa que tive dentro de um ônibus de viagem com uma morena desconhecida, note bem que eu disse quase, pra mim foi delicioso estar ali ao lado de uma mulher que era até bonita, além de ser uma total desconhecida, e ver sua mão entrando por dentro do meu zíper procurando meu pau. Eu poderia descrever os detalhes com clareza dos momentos que antecederam tal intimidade, poderia também dizer como foi gostoso gozar ali mesmo, apenas com ela me masturbando. Mas será que essa lembrança que pra mim é tão gostosa, surtiria o mesmo efeito pra vocês? Um homem e uma mulher em um ônibus de viagem, masturbação mutua? Acho que não, e pior, correria o risco de ficar tão simplório que ainda passaria por mentira.
Então a solução é inventar? Não necessariamente, até porque uma estória inteira inventada é muito difícil de ser escrita, uma vez que quem está escrevendo não possui nenhum vinculo com qualquer lugar ou personagem dos quais tenta retratar. Isso tornaria o texto superficial e quase sempre pretensioso. No meu caso eu buscava uma forma de contar algumas aventuras que já vivi e outras que vi acontecerem, não queria somente inventar uma estória qualquer e tentar faze-los acreditar ser real. Por outro lado, eu não queria sair escrevendo fatos como quem presta um depoimento em uma delegacia. A solução foi pegar varias estórias e pessoas, aliar isso a vários locais e criar uma única estória, com isso tive minha parcela de tesão, pois relembrei não de um, e sim de vários momentos deliciosos pelos quais passei, e pude dividir isso com cada leitor de forma verdadeira sem me preocupar em comparar fatos, com medo que alguém achasse um erro e descobrisse se tratar de uma farsa.
PARTE TÉCNICA
Todos os personagens foram confeccionados separadamente, antes mesmo da primeira linha surgir, todos tinhas características próprias, datas de nascimento, formação de caráter e temperamentos distintos. Mas como isso é possível, você é um escritor profissional? Não, e nem me preocupo em tentar ser. Na verdade minhas preocupações quando escrevo são muito básicas:
Me preocupo com o português correto ou o mais perto possível disso, não pra parecer mais inteligente ou melhor que alguém, nunca! A importância de uma boa escrita, de se evitar redundâncias e principalmente garantir concordância de gênero, tempo e dos verbos é apenas uma forma de respeito com o leitor, pois uma estória pode ser a mais excitante do mundo, se for mal escrita causa cansaço em quem ler.
Segundo e não menos importante, tem que ser verdade! Isso mesmo, mesmo sendo um conto escrito à partir de vários fragmentos, ou mesmo inteiramente da imaginação, não importa. Tudo que escrevo aconteceu e acontece dentro da minha cabeça, em alguns momentos eu participo da estória na primeira pessoa, em alguns trechos ou estórias inteiras ela acontece como um filme e eu sou um mero espectador, mas de um forma ou de outra tem que acontecer dentro da minha cabeça primeiro, se eu não conseguir entrar dentro da minha estória garanto que nenhum de vocês vão. É simples, se eu não acreditar vocês não acreditarão.
Procuro meus personagens como um diretor escalaria um elenco. Busco em minhas memórias personalidades, temperamentos e tipos físicos com quem eu convivo ou já tenha convivido. Isso é uma forma de facilitar minha integração com o relato, pois eu consigo visualizar com facilidade o rosto de cada um em cada cena. Dessa forma tenho facilidade em desenvolver diálogos reais, pois consigo imaginar a reação daquela determinada pessoa, dentro daquele contexto, e assim imaginar como ela falaria ou responderia no momento. Quando preciso também crio Franksteins, vou explicar melhor. Não é incomum eu combinar características, pegar por exemplo a personalidade dominante de uma mulher e combinar com a aparência física frágil de uma outra. Isso às vezes torna o processo de criação bem divertido!
SOBRE OS PERSONAGENS, LOCAÇÕES E ARGUMENTO.
CARLOS Teve o tipo físico inspirado em um primo e a personalidade foi minha, porém seu temperamento foi alterado para mais passivo, pois queria deixar as mulheres da casa com mais poder de decisão.
VANESSA Recebeu esse nome em homenagem à uma amiga com quem eu saio as vezes e que realmente possui aquele dom de engolir e massagear os ovos com a ponta da língua. O tipo físico foi inspirado em minha ex-esposa, que realmente era uma falsa magra e ficou com o corpo muito mais bonito depois que teve nossa filha. A personalidade inicial foi baseada em uma amiga que tive no secundário e a pós-gravidez, mais passiva e um tanto deprimida eu criei.
LENA Fisicamente era uma mulher pra quem trabalhei, seu refinamento e temperamento forte, porém sutil foi inspirado em uma professora de português da quinta série que eu tive (Varias fantasias com ela nessa época!). Seu comportamento voraz nos momentos íntimos veio de uma antiga paixão que adorava comandar nossas transas.
MATHEUS O bebê recebeu esse nome em homenagem ao filho de uma amiga com quem tive momentos deliciosos.
A CASA Existe de verdade, pertencia a um advogado amigo dos meus pais. Eu conheci a propriedade durante minha infância, apesar do conto se passar no interior de São Paulo, esta chácara fica na zona oeste do Rio de Janeiro, fiz pequenas alterações, a piscina era bem mais aos fundos, eu a trouxe mais pra perto da casa com o intuito de deixar o ambiente mais harmonioso e aconchegante.
FACULDADE Poderia ter sido qualquer uma, mas me inspirei na UNIG, apesar de não ter estudado nela, muitos amigos estudaram lá e eles é que me contavam das farras e festas que o pessoal de lá faziam, principalmente a turma de Medicina.
ARGUMENTO O relacionamento de respeito e admiração que Carlos tinha com a sogra foi baseado em uma experiência que tive com uma ex-cunhada mais velha, já o envolvimento emocional e sexual foram frutos de uma relação que eu tive com uma mulher mais velha. O fator INCESTO nunca aconteceu de verdade comigo, e pra ser sincero, nunca me peguei desejando minha mãe, filha ou uma tia que fosse. Pelo contrario, posso dizer seguramente que mesmo não tendo nenhum tipo de preconceito sobre tais relações, a minha com minha família sempre foi muito dentro dos padrões. Sempre vi minha mãe de calcinha dentro de casa, ela cansou de me ver nu depois de adulto, mas nunca nos causou nem constrangimento ou mesmo qualquer desejo da minha parte, e aparentemente da parte dela também não. Tenho uma irmã muito bonita, com quem me dou muito bem, mas somos unidos como irmãos e nunca tivemos em nenhuma situação que falasse contra isso. Então por que escrever a respeito de incesto? Por alguns motivos simples. Primeiro porque me excita, não como primeira pessoa, mas como observador ou voyer como costumamos classificar no mundo do erotismo. Segundo porque acredito ser a última barreira do proibido, uma vez que homossexualidade, bissexualidade, traição, sexo grupal e tantos outros fetiches já estão na moda nas mídias de massa. A zoofilia também exerce um pouco essa coisa do proibido, e confesso que também me atrai, mas até hoje apenas como leitor curioso que sou. Já para escrever ainda prefiro retratar relacionamentos entre humanos.
SOBRE E.D. LANCASTER
Um pseudônimo sem nenhuma relação com o mundo dos vivos, não copiei, não herdei e nem sei ao certo se roubei. De verdade eu digo que não faço idéia de onde eu possa ter tirado, apenas veio na mente como tantas outras coisas que passam e vão embora, e a despeito disso, essa ficou.
Atualmente solteiro, moro na cidade do Rio de Janeiro. Com 29 anos muito bem vividos e com a sorte de ter conhecido vários estados do nosso país. Tenho uma filha que mora com minha ex-esposa e me visita nas férias atualmente com 9 anos e com quem tenho um excelente relacionamento de pai e filha, até a despeito dos que criticam esses tipos de contos alegando que quem os escreve, ou tem ou deseja ter tais experiências, eu sou franco ao dizer, as minhas deixo todas no papel, ou melhor, no Word*. Com meu bebê procuro dar somente toda a assistência e educação que a ajudará a viver melhor nesse mundo daqui a alguns anos.
Meu tipo físico é dentro da média, tenho 1,75m, cabelos e olhos negros, 85kg bem distribuídos e levo uma vida normal como analista de sistemas, escrevo por prazer e como um hobby.
Agradeço a todos os comentários e elogios, espero de coração que todos entendam que a idéia não é enganar e sim dividir fantasias. É claro que sempre que lerem um ou mais contos meus terão que imaginar o que aconteceu e o que não aconteceu, pois essa é a mágica da coisa, fazer o real e a fantasia se fundirem até que tudo seja verdade.
Deixo meu e-mail e o convite para que fiquem a vontade para escreverem caso queiram me perguntar algo ou mesmo manter um contato direto comigo, prometo que respondo sempre que posso. Gostaria de receber comentários sobre essa iniciativa de criar um bastidores de um conto e quem sabe trabalhar melhor essa idéia com a ajuda das opiniões de vocês, para mais tarde estender essa idéia a outros relatos.
Um grande abraço à todos!