Ao contrario do que todos imaginavam, a crise iniciada em 2008 foi gradativamente se agravando; não houve quem pudesse administrar e buscar uma solução para o que estava acontecendo: a demissão em massa, a decadência da grande potência americana, o aumento da violência, saques e mais saques, falência das grandes empresas, etc. Tudo isso levou o mundo ao desespero com a fome e a miséria se alastrando por todo mundo. A população, indignada com o sistema de administração e com seus covernantes, recorre a uma mudança radical em vários países do mundo, através novos regimes políticos. A ascensão desses novos governos não trouxe “a cura” para essa doença que estava dizimando a população mundial, principalmente a africana que antes já passava por vários problemas de diversas naturezas e que naquele momento não tinha mais subsídios, e com isso não teve como enfrentar a crise.
• 18 de dezembro de 2020: início do nosso ultimo conflito (III Guerra Mundial
Em 2020, o Japão desenvolve um projeto para atenuar os efeitos da crise. O projeto consistia em promover a união de algumas nações que houvesse um interesse mutuo envolvido: as nações deveriam ter algo que fosse de interesse da outra e haver uma troca em que haveria uma relação de dependência sem visar o lucro, pois a era troca, e não compra e venda. “A troca” se dava por meio de um tratado chamado Omega (Ω) – mal sabiam eles que não seria o Omega (no sentido de fim) dos problemas, da crise; mas, sim, seria o início do fim!
A bandeira com símbolo dessa união (Ω) se propalou por todo o continente asiático. Em outros lugares, ou melhor, continentes, surgiam programas semelhantes com outros propósitos: era uma tentativa de reativação do velho sistema capitalista – a pesar de ter perdido suas principais características, o sistema capitalista não se declinou por completo, pois em varias nações ainda existia a notável divisão de classes com grandes prioridades sobre o restante da população que vivia em condições desumanas.
Em outros países, todos trabalhavam e recebiam de acordo com seu serviço e ainda recebiam, em postos de distribuição, alimento e água, que eram escassos em alguns países…
Os EUA não se envolviam nos conflitos existentes, eles deram as costas para o mundo, fechando em torno de si e buscando soluções para os problemas internos. O sistema de união começa a descair, a enfraquecer seus pilastes. O mudo sofre com tudo isso, não há mais solução.
Em 12 de maio de 2020, os EUA mostram ao mundo a solução: a redução da população mundial, mas isso não foi explicitado dessa forma. Segundo alguns especialistas, existia uma grande ambigüidade em seu discurso, deixando milhares de pessoas perplexas e mitos países em alerta. O então presidente David Henry discursa:
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“Em vista do que vem acontecendo ao nosso povo e das inumeráveis tentativas, vejo que não há mais soluções a serem discutidas, e que não devemos apontar nenhum responsável por tudo que esta acontecendo. A pesar de meu discurso não ser incentivador, tenha fé, pois é a ultima coisa que nos resta. As nossas reservas não têm como suprir as necessidades de nosso povo, e se você não quer ver um filho com sede ou fome, pense bem antes de tê-lo. Sobre a ameaça externa, há rumores de que o Japão e outros países estão se militarizando e desenvolvendo armas que posem ser uma grande ameaça ao povo americano e, por isso, já estávamos nos preparando para um confronto. Acredito que nossa nação não faltará com sua pátria, e “lutaram se for preciso pela paz mundial”. E espero que tudo isso, um dia, possa acabar. E que Deus esteja conosco!”Adaptado de Folha de S. Paulo, 13 de maio, 2020.
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Esse discurso percorreu por todo o mundo e teve diversas interpretações. O Japão entendeu como um aviso e rapidamente deixou toda a população pronta para um confronto direto. Em todo o mundo, ninguém entendia o motivo de tudo aquilo, foi de uma hora pra outra, como se eles quisessem iniciar o conflito. Tudo era motivo de ameaça, e a corrida armamentista começou em todo o mundo.
No Brasil ocorria o mesmo: novos governantes surgiam, e com eles uma nova esperança. Então surgiu o movimento chamado Carpe Diem, em que todos deveriam aproveitar melhor o dia, ou melhor, aproveitar a vida ao máximo. Todos se casavam cedo, transavam mais e em todos os lugares no período da noite, quando não havia crianças nas ruas. As mulheres faziam dupla penetração com qualquer parceiro, o indicie de natalidade cresceu assustadoramente, e com ele, os problemas, além das doenças. Pedófilos e estupradores eram torturados até a morte, alguns eram executados em suas próprias residências na frente de seus filhos ou mulheres. O governo não se envolvia, pois a população estava muito revoltada com tudo e com todos que se opunham a eles. Era a justiça do povo. Em um mês não havia mais casos de pedofilia ou estupro.
Havia também uns grupos que se rotulavam “amigos dos animais”, “amantes dos animais” e etc. Esse amor para com animais não era bem o que a palavra representava ou denotava, mas, sim, era ter relações com animais, como se fossem pessoas. Onde a humanidade havia chegado (ou está chegando. Há, ainda, alguns que acreditam que isso é natural ou que é, até mesmo, saudável. Mas não é! É apenas uns e outros que querem te fazer acreditar quer isso não é errado e que deve ser feito. Você pode até acreditar que esses textos não te influenciam; mas, aos poucos, eles te “coagem” e você pode até achar isso natural a ponto de pretender fazer. Isso não deveria ser nem cogitado, agora vamos voltar ao conto). Quando foram descobertos pelo governo, eles foram condenados a tortura e subseqüentemente à morte. Não havia leis ou constituição que os ajudasse. O governo criava e executava as leis, os três poderes não existiam, ou melhor, não existiam separados. Esses direitos foram concedidos pelo povo ao seu governante, não existia a pura democracia – e hoje também não existe –, existia era algo semelhante com autoritarismo, mas com aprovação do povo. E o povo podia exigir mudanças no sistema administrativo, mas não tinham garantia de participação, controle ou consenso sobre suas decisões, levando o governo a assumir o total controle da situação. O povo era apenas os habitantes do país.
Em 18 de dezembro de 2020, sobre o pretexto de ameaça ativa, os EUA lança sobre a china, como demonstração ao Japão, a bomba DELTA, a mais potente lançada. Não houve como equiparar àquelas lançadas na II Guerra sobre o Japão. Seus efeitos eram… aterrorizantes: não foi uma cidade que desapareceu, mas, sim, quase todo o país; o país foi transformado em um deserto inóspito, devido à radioatividade. Todo o mundo assistiu ao ato desumano. Todas as emissoras de tevê transmitiam a todo o momento. Milhares de especialistas e críticos debatiam em todo o mundo. O Japão declarou guerra aos EUA, mas dessa vez não houve formação de blocos e todos lutariam pela pátria e seus ideais.
No Brasil, os jovens relutavam para não ir ao conflito. Os destemidos que brigavam a toda tempo e todo lugar se recusavam a ir ao campo de batalha. Estes viam na tevê todo o horror em tempo real e se recusavam a lutar, mas isso durou pouco: uma semana e meia após o início do conflito, um míssil cai sobre o Rio de Janeiro, destruindo tudo. Foi como se um sol caísse no país. Revoltados, todos queriam pegar os culpados, mas ninguém sabia de onde provinha o míssil, e culparam os EUA, devido à contigüidade.
Na época eu tinha 16 anos (hoje, 18 em 2009) e não fui recrutado. Milhares de Jovens iam para a batalha e eram massacrados. Não havia aliados, lutavam por nossa pátria, pela sua própria sobrevivência. Os combates aconteciam na Europa, os postos eram tomados constantemente, a missão era matar para sobreviver e tentar acabar com os recursos humanos do país inimigo, e assim acabar com algo que ninguém entendia o motivo de estar ali – assim como no Vietnã. “A verdade é essa: quando há um demasiado crescimento demográfico, os recursos vão se retraindo, e a conseqüência disso é a falta de alimentos, de empregos de… Tudo isso ocorre devido ao aumento da população, seja mundial, seja nacional. E a solução, qual seria? É simples: redução da população através de causas naturais com doenças, acidentes e guerras provocados pelo homem. É a luta pela sobrevivência da espécie”.
O contingente de homens foi se esgotando, as mulheres ficaram desamparadas e só sobraram adolescentes. Ao sair de casa, vi cinco mulheres – todas morenas – chorando dentro de um carro. Então, eu fui até elas e perguntei o que havia ocorrido, e elas disseram que seus maridos haviam morrido na guerra e que suas casas haviam sido saqueadas e destruídas. Então, eu ofereci a minha – lá, estava apenas minha mãe –, e elas aceitaram…
O governo decreta uma lei que visava o aumento da população – A LEI DO NATAL –, pois mais de 1/5 da população do país morrera nos campos de batalha e etc. Todos os adolescentes transavam com varias mulheres de todos os tipos. Nesse período, o índice da natalidade cresceu 99% em relação ao inicio da guerra.
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Ocorreu também um aumento dos casos de incestos que antes eram justificados com pelo medo de morrerem virgens e o amor a alguém da família da família. Mas não havia como justificar, pois o numero de mulheres era nove vezes maior que o dos homens. Então, o governo decretou uma nova lei que impedia a ligação intima de parentes consangüíneos, era a lei MIT NJAMS (mãe, irmã e tia… nunca, jamais). Mas mesmo assim os casos aumentavam. E isso foi – “e deve ser”– considerado loucura, e os acusados eram levados ao manicômio. Lá ficariam até a morte. Na verdade a proposta inicial do governo era a execução sumária. E houve também uma votação em que eu mesmo votei a favor, mas a “internação” venceu.
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[continua…]
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