DESCOBERTAS: MEDO DA VERDADE
Domingo, 4 de maio de 2003.
Durante quase três anos vivi em uma terra de estranhos e aprendi que nada é impossível quando existe o desejo e que o desejo não aceita limites, não vê idade e muito menos se importa por qualquer situação que não seja o próprio desejo.
Quando soube que a firma me mandaria para aquele fim de mundo imaginei que estavam me punindo por minha vontade de acertar e pelos erros que assa vontade me fez penar, mas não demorou muito para descobrir que havia um algo a mais nessa decisão e que eu não conseguiria sucesso no desafio sem ter a participação de pessoas que acreditassem ser possível vencer e o bom Deus colocou Carmem em meu caminho que me levou a Francilice e a Lídia, e Francilice me levou a Rosilan. Hoje sei que sem essas quatro mulheres jamais teria conseguido ser vitorioso.
Dessas quatro devo muito mais a Lídia que me mostrou a força da vontade é o tônico para alcançar os objetivos, sejam eles quais forem e também a Francilice que sempre demonstrou ser possível amar sem medo da partilha.
O que relato nesses vinte e dois capítulos é apenas uma parte menor desses dois anos, sete meses e onze dias de vida intensa e participativa. Muitos devem imaginar que vivi dentro do pecado, da traição, da promiscuidade e da falsidade, mas não vejo assim. Em momento algum premeditei qualquer momento vivido, mas não me furtei dos momentos e os aceitei como dádivas divinas e os vivi com a maior intensidade possível e tenho certeza de que todos também viveram intensamente todos os momentos.
Depoimentos, impressões e verdades não ditas
Quando vi Júnior pela primeira vez ele estava conversando com mamãe e achei o sorriso dele diferente, parecia um garoto e os olhos brilhavam. Foi muito bonita a minha primeira impressão.
Não me lembro bem como comecei a prestar mais atenção nele, acho que foi por causa de Lídia e de como os dois estavam sempre brincando. Também o jeito dele tratar a gente não tem como não gostar dele, mas ele fala com um jeito tão doce que fiquei apaixonada e fazia de tudo pra estar sempre junto dele, mamãe morria de ciúmes - muitas vezes fazia só para ver como ela ficava.
Lembro de uma vez que fui na casa dele e acho que foi quando passei a ter outro tipo de pensamentos, mas ele parecia que não me olhava como mulher e eu ficava triste.
Era um sábado pela manhã e a mamãe tinha comentado que a Francis ia passar o final de semana na casa da mãe e que a Lídia ia junto. Dei uma desculpa qualquer e saí com o coração batendo a mil, ela estava só e com certeza na piscina. Ele não viu eu entrar - sabia onde escondiam a chave no jardim - e entrei e fiquei olhando de longe, ele estava deitado na cadeira de sol e bebia vodca com suco de manga. Eu não tinha certeza de que ia ter coragem, mas era a oportunidade que sempre sonhei ter, tirei minha roupa e andei na ponta dos pés até ficar do lado dele.
- Deixa eu passar óleo em ti?
Ele virou espantado e me olhou mais espantado ainda.
- Como foi que você entrou? - virou e tendeu esconder o corpo nu - A Lídia também está aqui?
- Não sei... Deu vontade de banhar na piscina... - estava em pé e sentia o corpo gelado de medo - Deixa eu passar óleo em ti senão vai queimar muito...
Me abaixei, peguei o tubo de protetor solar e espalhei na mão. Ele me olhava sem falar nada.
- Deita de costas... - virei para ele e ele olhou para minhas pernas e depois para minha xoxota.
- Te veste Lúcia... - ele suspirou - Tua mãe não ia gostar de te ver assim...
Sorri para ele e empurrei seu ombro, ele se deixou empurrar e passei óleo em suas costas, desci a mão e também passei nas nádegas e nas pernas. Não falei nada e nem ele, apenas passei óleo nele e pedi que virasse.
- Não Lúcia, está bom assim... - a voz era quase um sussurro - Se você veio banhar na piscina banhe...
- Não quero banhar só, banha comigo?
Ele olhou dentro de meus olhos e senti um frio correndo em meu corpo. Não tive coragem de ficar olhar olhando para ele, sentia vergonha não de estar nua em sua frente, mas uma vergonha pelo que vi dentro de seus olhos.
- O que é que você está querendo...
- Só ficar contigo... - respondi depois de muito tempo, sentia o sol queimar minhas costas.
Ele sentou e segurou meus ombros e me fez olhar para ele.
- Isso não pode acontecer... Entenda isso Lúcia, isso não pode acontecer...
Ficamos nos olhando sérios, minha respiração estava forte, sentia meu coração disparado e fiz o que ele nunca esperava que eu fizesse, seguei seu pau e ele estremeceu.
- Eu quero ficar contigo tio... - estava meio mole, mas senti que pulsava.
- Não Lúcia...
- Porque tu não me quer... É porque a Lídia é mais bonita?
Ele suspirou mas não falou nada.
- Tenho a mesma idade que ela e... Quero ficar contigo...
Novamente o silêncio e eu levantei e sentei em seu colo de frente para ele, abri as pernas e senti minha xoxota melada...
- Você não sabe o que está falando... - senti suas mãos carinhosas passando em minha cabeça - Não basta o que já fizemos?
- Não quero te dar só isso... - olhei para ele e senti vontade de sorrir - Minha bunda não é mais a mesma...
- Tu és danada... Mas não me peça mais...
- O que é que tem, eu quero... Faz direito comigo, faz...
- Vai banhar garota... - levantou e me carregou nos braços e me jogou na piscina...
Eu não pensei que ele fazer aquilo comigo, mas deixei que ele fizesse.
Era domingo e Francisca tinha saído com Lídia e Lúcia não sei para onde e eu estava tomando banho no chuveiro da piscina.
- Você não vai cair na piscina - ele perguntou, estava sentado no peitoril me olhando.
- Só se tu for comigo... - desliguei o chuveiro e andei para perto dele.
Já me sentia em casa na casa dele e gostava de ficar de calcinhas como todo mundo, era diferente lá, a gente parecia que perdia a vergonha.
- Você está ficando cada vez mais bonita e gostosa - ele falou e eu sorri - Deve ter um bando de garotos dando em cima, não é?
Me senti bem, gostava quando ele falava essas coisas de mim.
- Vem, vamos pular na piscina - puxei sua mão.
Nos jogamos e ficamos brincando de jogar água no rosto do outro e teve uma hora que ele me abraçou por trás, senti aquele negócio duro apertando em minha costa.
- Tu estais danadinho hoje... - brinquei e virei para ele - Teu pau parece uma vara...
Segurei com cuidado e apertei, ele fechou os olhos e gemeu e vi que ele estava gostando.
- Não faz isso Fernanda senão eu gozo... - a voz estava rouca.
Achei bom segurar e continuei mexendo a mão, estava cada vez mais duro e ele respirava forte.
- Não faça isso... - ele gemeu.
- Tu gosta? - perguntei.
Ele não respondeu e sem que eu esperasse ele me puxou e me abraçou, o pau ficou entre minhas pernas e eu senti uma coisa estranha e muito gostosa, puxei ele para mim e comecei a esfregar nele.
- É gostoso tio... - sussurrei, estava quase perdendo o sentido.
Ele me levantou e me colou sentada na beira da piscina, ficou de joelhos e abriu minhas pernas. Não sabia o que ele ia fazer, mas tinha sido tão bom que deixei.
- Deixa de ser nojento tio...
Tentei empurrar sua cabeça, mas quando ele tocou a língua bem no meu grelo eu fiquei mole e ele lambeu e chupou. No início achei nojento e estranho, sentia a língua áspera roçar, mas depois foi ficando bom e eu comecei a gostar. Ele lambia e metia a língua lá dentro de minha xoxota e eu segurei nos seus cabelos e puxei, abri a perna o máximo que pude e ele mexia no pau e ficou assim até que ele gozou.
Depois ele mergulhou e não quis que eu me aproximasse dele.
Não sei bem o que senti, nunca antes tinha feito aquilo, mas era gostoso e passei o resto do dia sentindo a língua entrar, ele chupar minha xoxota e brincar com o sino. Mas não entendi porque ele fugiu de mim, se ele quisesse poderia ter feito o quisesse comigo que eu ia deixar, mas ele passou o resto do dia estranho, não falei nada pra ninguém, eu não entendia nada, mas tinha gostado.
Acho que foi uma semana depois, ou um pouco mais quando ele teve de ir na Passagem e ficou lá em casa. De noite, quanto todo mundo dormiu, eu fui pro quarto dele e deitei na cama, ele estava dormindo.
- Que você está fazendo aqui sua doida! - ele acordou espantado.
Eu tinha tirado o pau dele da cueca e botei na boca, senti um gosto meio salgado e chupei como se fosse um pirulito.
- Solta Fernanda, deixe de ser doida... - ele empurrou minha cabeça - Sai daqui menina!
Soltei e sentei na cama, eu estava nua e ele olhou assustado.
- Faz aquilo de novo, chupa minha xoxota...
Ele olhou para mim e depois para a porta que eu tinha fechado com chave.
- Não Fernandinha... Vai pro teu quarto, teus pais...
- Papai não dorme mais aqui e mamãe está dormindo... - deitei e abri as pernas - Chupa tio, é bom e eu gostei...
- Não amorzinho... A gente não deveria ter feito aquilo...
Olhei para ele agoniada, queria novamente sentir aquela coisa gostosa em minha xoxota, queria sentir a língua entrando.
- Faz tio, por favor...
Ele suspirou e rolou na cama, sentou e ficou me olhando e eu olhava para ele morrendo de vontade de que ele fizesse de novo.
- Não Fernanda, isso não é direito e nem bom para você...
Me deu uma agonia danada e puxei ele pela mão, ele perdeu o equilíbrio e deitou, o rosto ficou perto de meu peito e eu respirei agoniada. Ele ficou me olhando por um bom tempo e eu puxei sua mão e coloquei em cima de minha xoxota, estava melada, saia uma baba branca. Empurrei a mão e senti o dedo passando na abertura, fechei os olhos e continuei empurrando e puxava a mão para frente e para trás, eu estava doida, não sabia mais o que fazia.
- Fernanda... Não Fernanda... - ouvi sua voz macia - Deixa de ser doidinha, vai para teu quarto...
Mas não tirou a mão, eu sentia o dedo mexer.
- Ai Tio... É bonzinho... Mexe, mexe o dedo, mexe...
Aos poucos ele começou mexer e senti a pontinha entrar, um frio mexeu dentro de mim e eu abri as pernas. A respiração dele era quente e meu corpo estremeceu quando ele lambeu meu pentinho, eu suspirei e gemi, era muito bom sentir o dedo bolinar em minha xoxota e o calor da boca chupando meu peito. Meu corpo parecia pegar fogo.
- Vem tio, vem...
Ele afastou o rosto e tirou a mão, senti vontade de agarrá-lo com força e fazer ele voltar. Abri os olhos e vi que ele tirou a cueca.
- Vem tio, vem...
Abri as pernas já imaginando a língua mexendo dentro de mim. Ele subiu na cama, eu fiquei tensa e sorri.
- Vem logo tio, vem...
Ele subiu na cama e ficou entre minhas pernas e eu olhei nos seus olhos, pensava que ele ia chupar meu peito ou me beijar, mas ele segurou o pau e botou na entrada de minha xoxota, senti um frio correndo minha espinha e soube que ele ia meter em mim, não ia me chupar como eu pensava.
- Tio?! - estava espantada e senti medo - Tu vai meter?
Ele não respondeu, apenas me olhou e beijou minha boca e eu abracei seu corpo e puxei para mim. Minha respiração era forte, meu coração parecia que queria explodir, mas eu estava com medo, não tinha pensado em fazer aquilo, só queria que ele chupasse minha xoxota.
- Vai doer... - sussurrou em meu ouvido.
Tive vontade de sair dali, pensei em empurrar ele e tirá-lo de cima de mim e dizer que não era aquilo que eu queria, mas não tive tempo e senti uma dor no meio de minhas pernas. Ele empurrou e eu estava morrendo de medo, mas deixei, deixei que ele metesse e eu tive vontade de chorar, doía muito e ele não parava de meter, empurrou e tive de abrir as pernas mais ainda.
- Tio... Dói muito...
- Espera... Não mexe... Vou tirar...
Não sei o que senti nem o que pensei, mas não queria que ele tirasse, queria que metesse tudo dentro de mim.
- Não tio, não tira... Deixa... Mete... Mete tudo...
Ele parou e senti minha periquita pulsar, ardia muito, não era mais dor e sim arder.
- Está doendo? - perguntou.
Não respondi, procurei sua boca e colei a minha, tentei meter a língua, mas a dele entrou primeiro e mexeu em minha boca e depois eu fiquei chupando sua língua, minha xoxota estava ardendo. Ele empurrou um pouco mais e tirou, empurrou de novo e depois aliviou e eu sentia entrar, escorregar para dentro de mim.
- Espera tio, espera... - arfei - Deixa um pouco assim, espera...
Ele esperou, ficou parado e tentou tirar, mas não deixei, puxei ele e o pau forçou mais e pareceu que tinha quebrado uma coisa dentro de mim, senti vontade de gritar, mas não gritei.
- Assim não Fernandinha... - tentou sair de novo.
Nem sei direito o que eu pensava, mas senti que não tinha mais jeito e joguei a cintura para cima, entrou tudo, senti bater lá dentro de mim. Ele ficou gelado, senti que o coração dele estava disparado. Era uma dor de lascar, parecia que eu estava sendo partida no meio.
- Entrou tudo tio... - murmurei cheia de dor - Está batendo lá dentro...
Ele suspirou e ficou parado quase cinco minutos e começou a meter e tirar, minhas pernas abertas para cima balançavam no ar. Ele metia e tirava, eu sentia uma coisa estranha entrar e sair de dentro de mim, estranho e bom, muito bom.
- Fernanda... Fernanda... - a voz cortada por soluços.
Meu corpo balançava, a cama rangia e ele metia cada vez mais forte, eu sentia uma coisa boa, ardia um pouco, mas era bom e ele gemeu alto e forte, uma coisa entrou dentro de mim, eram jatos fortes que batiam lá no fundo...
Hoje eu paro e penso em tudo o que vivi e não me arrependo das loucuras que fiz em nome do amor.
Conheci Júnior em uma seresta na casa de Matilde, ele estava sentado em uma mesa um pouco afastada e bebia vodca com suco de laranja. Já o tinha visto outras vezes entrando no armazém e sabia que era o chefão na regional, algumas meninas não tiravam o olho dele e me deu uma coisa doida quando resolvi me aproximar.
- Olá! - puxei uma cadeira e sentei - Posso sentar aqui?
Ele riu.
- Já sentou...
Senti vergonha, me achei muito atirada e nem tinha qualquer intenção de namorar com ele, apenas deu vontade de conversar e conhecer aquele galego que demonstrava ter poucos amigos na cidade.
- Meu nome é Francilice... - estendi a mão - Prazer...
Ele olhou minha mãe estendida e segurou com carinho e beijou como fazem os artistas de novela.
- João Pedro Júnior... - a voz parecia uma melodia divina - Já vi você entrando na loja...
Ficou segurando minha mão e senti o dedo polegar fazendo carinho na palma de minha mão. Naquele momento maravilhoso senti o que nunca tinha sentido por nenhum outro homem e me apaixonei por aquele homem estranho.
O conjunto tocava uma música que marcou o momento - o relógio - e a letra era como se fosse eu falando o que ditava meu coração.
- Dança essa parte comigo? - convidei.
- Não sei dançar... - respondeu depois de algum tempo.
Sorri para ele, minha mão ainda entre as suas.
- Se não dança, porque veio à festa?
- Pra te conhecer...
Senti o corpo gelar ao ver em seus olhos um brilho estranho, parecia faiscar, soltar raios que congelava meu olhar. Não sabia o que falar, não havia palavras que pudessem exprimir o que eu sentia e nem o que aquele momento representava.
Ficamos calados por quase toda festa e somente depois de quase duas horas ele falou.
- Você mora onde?
- Na Mangueira... Moro com minha mãe e... E minha filha...
- Você é casada?
- Não... - minha respiração estava alterada, sentia minhas pernas fracas e minha calcinha molhada.
Aquele não pareceu ter sido a chave que abriu um mundo novo e começamos a conversar sobre tudo o que não tínhamos falado. E soube que tinha encontrado o homem de minha vida.
A ligação de Lídia com ele foi mais mágico ainda, bastou ela olhar para ele para se sentir no céu. Júnior é assim, faz a gente voar sem tirar o pé do chão, entrega a felicidade sem ter sido pedida e entra na vida da gente como um furacão e se aloja, para sempre, e faz a gente acreditar que a felicidade é possível.
Em todos esses anos de vida comum nunca houve um momento sequer em que me arrependi de ter entregue minha vida a ele.
Sobre a relação de Lídia e das outras não tenho nada a comentar, apenas que somos todas felizes fazendo a felicidade de nosso homem. Eu o amo e amo minha filha que ama meu galego que é seu pai e seu homem.
Francilice é a única e verdadeira amiga que tenho, nos conhecemos desde a infância e fizemos loucuras mil em nossas aventuras de mocidade.
Antes mesmo de conhecer pessoalmente o Júnior eu já sabia de tudo de sua vida, passei horas e horas ao telefone fofocando com Francis e quando o vi pela primeira vez tive a certeza de que era muito mais do que Francis tinha falado.
Naquela época meu casamento tinha terminado e eu não tinha percebido, talvez pelo medo de ficar só e ter que criar duas filhas sem um homem ao meu lado. Arnaldo foi a grande paixão de juventude e, lá no fundo, ainda gosto dele pois foi importante em minha vida. Hoje eu digo, sem medo de errar, que dois homens construíram meu mundo: Arnaldo o meu passado e Júnior o meu presente e futuro.
Foi com Júnior que gozei de verdade a primeira vez, foi ele quem me ensinou como é bom o sexo, como é bom gozar e fazer gozar e é ele quem mora em meus sonhos e que me faz melar a calcinha só de pensar nele.
Mas não foi sempre assim. É claro que eu gozei com ele desde a primeira vez, mas essa história da Lídia me fez ficar com medo, afinal tenho duas filhas que, como Lídia, são loucas por ele.
Foi a Francis quem me deu o caminho certo, lembro bem do dia em que estávamos deitadas em minha cama.
- E tu não diz nada?
Francis suspirou e sentou na cama.
- Tu já amou alguém de verdade? falou depois de uns cinco minutos.
Olhei para ela e vi a verdade estampada em seus olhos.
- Mas é tua filha... suspirei Ele como vocês duas... Poxa Francis? É difícil de entender, ele...
- Não Rosa, não... vi que ela tremia Ele não é isso o que tu estais pensando e nem eu sou louca o bastante para... parou, os olhos mareados, uma gota pulou e marcou a face Ela escolheu... Ela é mulher... Apesar de parecer uma criança, ela sabe o que faz...
Não falei mais nada, apenas segurei sua mão e beijei. A partir daquele momento passei a ver e viver Júnior de outra maneira, não deixei que nada, nem meus medos e receios alterassem ou fizessem mudar qualquer coisa em relação ao amor que tenho por esse homem.
Talvez tenha sido Fernanda, minha filha, quem me deu a maior prova da certeza desse amor.
- Tu gosta de trepar com ele?
Olhei para ela e não vi aquela garotinha de sempre. Nunca uma mãe consegue acompanhar o amadurecimento de seus filhos, para nos sempre são nossas crianças.
- Trepar? estranhei o modo de falar Não trepo em ninguém...
Ela riu e eu ri com ela. Foi talvez a primeira vez que conversamos como mulheres e não como mãe e filha.
- Tu sabe o que eu quero dizer...
- Sei... Sei... respirei fundo Gosto.
- E tu goza?
- Sempre! Desde aquela vez em XColinas que eu gozo e como gozo... sentia minha calcinha úmida Júnior é de outro mundo, de outras terras e sabe fazer uma mulher feliz na cama...
- E com o papai?
- Nunca... um sorriso amargo no rosto Teu pai nunca me fez gozar...
Aquela conversa foi como uma janela que se abriu e eu tive a primeira conversa séria, de mulher para mulher, com minha filha e descobri nela uma pessoa que eu não conhecia.
Arnaldo finalmente criou coragem e assumiu de vez seu relacionamento com Maria das Virgem e tudo depois daquela conversa.
Não tive a felicidade de estar com Francilice, minha vida cheia de compromissos e pulando de cidade em cidade bem poderia maravilhar, mas não é o que ela sempre buscou e em cada cidade, cada país que visito sempre lembro dela. Lídia foi diferente, hoje mora em um apartamento que chamo de lar e para onde sempre volto quando é possível, está cursando administração de empresas e sonha um dia trabalhar comigo. Lúcia, desde 2006, mora com Lídia e sonha ser advogada. Fernanda está cada dia mais linda e preferiu viver a vida da mãe, mas tenho quase certeza de que também viverá no apartamento de quatro quartos em uma cobertura numa praia divina. Francisca optou morar com o pai, mas não perdemos o contato e sempre que possível estou com elas.
Carmem continua casada com Adalberto e não reclama da bomba que lhe joguei, não me decepcionou - nem à firma - em nada e penso, um dia, arrancá-la e trazê-la para o mundo, mas isso ela diz não querer. Rosilan é quem me segue vez em quando para desespero de Carmem, mas continua braço direito de minha grande e fiel amiga.
Não posso terminar sem dizer ao mundo que tudo foi Por causa de Lídia!Este relato está disponível para download, formato PDF:
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