Nisso voltamos a conversar, eu meio assustada, não percebi mas os dois amigos da minha sala ficaram próximos, um deles não parava de me olhar. A Sofi viu e deu um jeito de sairmos dali e irmos para o banheiro, agora eu entendia pq as meninas volte e meia iam para o banheiro, era o lugar para conversar e ajustar as coisas.
- Karina, tá tudo bem? Eu vi os meninos te secando, mas uma amiga me falou que um deles está a fim de você, cuidado hein.
- Será , ele não parava de me secar, acho que sabe quem eu sou.
- Não sabe não, e me conta o que foi aquilo com Julia? Ela é lésbica você sabia ?
- Sim ela falou, ela me beijou no WC e depois no sofá.
- Sim , eu e mamãe vimos e comentamos, achamos lindo. Mas ela tem namorada, aquela que chegou te empurrando, elas tinham brigado no fim das aulas porque iriam ficar em colégios diferentes, a gente achava que ela não viria.
- Pois é, mas pelo visto, já voltaram, quando passamos pela outra sala vi elas se beijando, com muito mais vontade do que comigo.
- E que você, digamos, não sabe como beijar uma mulher, então foi isso, a Júlia já havia me perguntado se você tinha namorado, se era hetera ou não, ela estava mutio interessada e eu não sabendo o que responder falei que você era bissexual.
- Credo Sofi.
- Karina não se faça de sonsa, mas foi melhor, tanto que todos na festa já sabem, por isso os meninos e as meninas estão interessados em você, mas cuidado hein, o João que tá querendo te pegar, ele tentou me beijar, mas foi mais pra pegar informações suas, vi que era só pra provocar e então dispensei.
- Vou lá dar na cara dele!
- Karina, melhor não, já imaginou todos sabendo que você é meu irmão, vai por mim, apenas se cuida e falta 2 horas pra festa acabar, logo saímos desse sufoco.
Bom saímos e fomos tomar algo e dançar, o João veio e fez um sinal para mim. não dei bola, nisso uma menina veio e pediu para ir no WC, comigo, bom fui né, nem me liguei.
Nem bem fechou a porta recebi um beijo da menina, ela disse que me achou linda, que estava louca pra me beijar, eu retribui, disse que ela era linda, mas que não morava na cidade então, se ficássemos seria só ali, mas que depois do ocorrido, eu não queria me envolver com ninguém. Ela entendeu, sentou no vaso como a outra, fez xixi e limpou-se, mas de pé pegou minha mão e pôs em sua vagina falando.
- Nem bem sequei, só de estar ao seu lado já estou excitada, e ficou se masturbando com minha mão e me beijando. Eu nunca fiquei com meninas, mas você me deixa louca.
Gozou, se limpou e agradeceu, tentou me pegar mas não deixei, aí ela entendeu que foi só ali e no que abriu a porta saiu alegre pro salão, eu saí, mas senti um puxão e era João, me levando para um canto.
- Oi, por que está fugindo de mim, queria conversar!
- Não estou fugindo, apenas fiquei dançando, não entendi que você estava me chamando, e se liga, fugindo, nem te notei moleque.
- Tá bom, senta aqui, nossa você é muito linda, tem uns 23 anos?
- Faço 22 em fevereiro, falei meio desconversando e entrando no jogo dele.
- Hum, eu faço19 em novembro, quer dizer fiz 18 agora no fim das aulas.
- Hum legal, vai se alistar ou fazer o que ?
- Não sei, vou tentar vestibular?
- Sério, você não está na sala de minha prima?
- Não, não, eu já estou no terceirão, estudo com o irmão dela, quer dizer, ano que vem faço terceirão e faço vestibular.
- Hum, quer fazer o que?
- Direito, curto muito, e você já está na Universidade? Faz o que?
- Estou fazendo enfermagem, acabei fazendo Biologia, mas no 3º vi que não era aquilo, aí me transferi para Enfermagem, então estou em vários períodos, consegui recuperar algumas matérias. No meio do ano, já fico em definitivo no 3º Ano, como se dois semestres fossem pra colocar eu em dia com o curso e ter uma turma fixa.
Tentei uma conversa neutra, mas que eu dominasse, pois Eu já havia conversado com papai sobre estes assuntos no passado, ele me contava de seu tempo de faculdade, disse que o que eu escolhesse poderia mudar depois, importante era eu me formar em algo que me inspirasse e gostasse, por isso foi falando que não seria tudo perdido, tinha essas coisas de créditos a recuperar e tal, nossa lembrar dele me deu uma saudade, uma fragilidade que me fez ficar muito carente, meu pai era muito importante para mim.
- Nossa então se eu passar mal, você me ajuda, me faz um boca a boca, falou tirando sarro.
- Se você passar mal, morre meu querido, não sou médica nem bombeira, muito menos guarda vidas pra fazer boca a boca em você. Falei desdenhando mesmo, sabia muito bem o galinha que ele era.
- Nossa, pensei que tivesse gostado de mim.
Disse isso e na hora veio um gatilho em mim, das vezes que tentei me aproximar de meninas e fui excluído, não sei se por dó ou por que ele era astuto, peguei em sua mão e falei.
- Não é isso, achei meio abusivo e ridícula sua cantada, sei lá, hoje já recebi umas três cantadas tão ridículas como essa sua, era tão mais fácil pedir um beijo do que vir com cantadas toscas.
- Então me beije, quero um beijo seu.
Pronto, cai na armadilha, nossa fui ingênua, agora era tentar sair sem gerar confusão, pois como disse sabia que além de galinha ele era desagradável com algumas meninas, o macho escroto, mas gostoso. Como sair sem ser humilhada ou sei lá, mas também queria ele me beijando, pra cair a mascara o dia que soubesse que beijou um homem e ai sim, aprenderia. Pensar nisso me deixou em choque, fiquei um pouco em silencio, mas logo recuperei a consciência e falei:
- Não, não é assim que funciona moleque, se esforce quem sabe até o final da festa ganhe seu beijo.
Pronto, consegui um tempo, agora era me desvencilhar e fugir.
- Nisso minha prima (irmã) veio me puxando pro salão e deixando ele ali sozinho.