Sem Provas, Sem Crime

Hoje vou narrar um fato bizarro ocorrido comigo quatro anos atrás, véspera do dia do Saci, também do Halloween. É a primeira vez que contarei na íntegra e com detalhes, os tais momentos sombrios e muito marcantes. Vocês não devem contar para ninguém, ou o Josias pode não gostar.

Quem é o Josias? Vocês logo ficarão sabendo.

Sofri bullying no colégio após vazar a notícia da minha relação íntima com meu pai. Fui acusada de ser a responsável pelo escândalo familiar e era admoestada diariamente com frases ditas de maneira covarde: "lá vai, a putinha amante do papai". Denunciei na diretoria os cabeças daquele assédio moral. Todavia, a denúncia não resultou em punição, ou seja, nenhuma medida foi adotada. A diretora conversou apenas por dois minutos em nossa sala de aula, limitou-se a chamar a atenção dos agressores como se eles fossem apenas crianças levadas.

Durante a saída fui ameaçada e só não fui agredida porque um menino que era meu colega protegeu-me. Josias era um garoto robusto, tinha uma leve deficiência mental. O grupinho tóxico o zoava por causa disso e de sua dificuldade ao falar.

Na semana seguinte, 30 de outubro de 2018, ao final das aulas, três meninas muito animadas comentaram comigo sobre uma festinha das bruxas. Mesmo sendo da minha classe, não tinha amizade com as garotas, não o suficiente para sairmos juntas.

Estava frágil e tentando não gerar mais inimizades, então aceitei o convite para a baladinha tipo halloween. Considerei o fato de não estarem diretamente ligadas ao grupinho do mal. Além disso, as meninas foram muito persuasivas.

Fui para minha casa e Improvisei um conjuntinho preto e maquiagem de morta viva.

Encontrei as meninas ao escurecer e fomos caminhando até um armazém de materiais recicláveis. Um prédio em ruínas, sem luz elétrica e iluminado por velas.

Somente ao chegar no interior do salão percebi a inexistência da festa; era uma armadilha. Uns caras com máscaras e outros de capuz nos atacaram, fui segura por dois deles. As três meninas deram gritinhos e saíram correndo porta afora, tudo combinado e ensaiado, deduzi.

Meu choro e pedidos para ir embora não comoveu o que parecia ser o líder do grupo. Fiquei sozinha e refém dos caras agressivos. Havia caído num golpe e contava apenas comigo e a sorte para fugir, ou então passaria a noite no local afastado, em uma rua erma e sendo vítima de um jogo de terror que poderia ser praticado comigo.

Fui amordaçada, humilhada e xingada com os piores pejorativos. Várias mãos abusivas tocaram meu corpo todo, além de me agredirem. Reconheci a voz de dois deles, a dupla era da minha classe, os mesmos do bando que denunciei à diretoria. Os "galalaus", como diria o meu avô, eram repetentes e pelo menos dois anos mais velhos que o restante da turma. E estavam armados com um punhal cada um. Minhas roupas foram cortadas pelos bandidos.

Após ser completamente despida, amarraram minhas mãos nas costas e fui ameaçada de morte se não colaborasse: "abre as pernas e vê se mexe gostoso, sua vadia", foi a ordem do líder.

Meu estupro iminente poderia terminar em um dano irreparável, estava apavorada que o lance violento acabasse em tragédia com perda da minha vida.

O suposto chefe enfiou seu pau em minha boceta, sem aviso, cerimônia ou preservativo. Meu grito de dor foi minimizado pela mordaça e não expressou a realidade da dor sentida por conta da violência da introdução.

— Mexe, sua putinha vadia! — ordenou ele socando forte com a intenção de me ferir.

De repente, uma surpresa acendeu minha esperança de escapar. Meu colega Josias, de algum modo ficou sabendo do plano daquela gangue. Apareceu no momento em que o cara estava quase ejaculando, segundo captei por suas atitudes e palavreado. O risco da gravidez seria apenas mais um dos problemas, já havia sido ameaçada o suficiente e passei a aceitar tudo calada para tentar sair dali inteira.

Porém, contudo, todavia, o meu salvador não teve o raciocínio adequado para chamar pessoas adultas de modo a ajudarem. Chegou sozinho e foi brutalmente dominado por três dos cinco caras. Uma agressão covarde, causou-me repulsa e náuseas. Quase desacordado, ele teve suas roupas arrancadas, as mãos amarradas para trás, os pés imobilizados e também foi amordaçado.

A presença imprevista propiciou-me um mísero conforto ao sentir a retirada do pênis prestes a jorrar em minhas entranhas. Não festejei o aborto da ejaculação pelo delinquente. Doeu mais em mim, ver o sofrimento do meu colega de alma boa.

O líder, meu violentador, deu a ordem para partirem pro estupro do meninão inocente.

— Aí, mano! Vou comer o cu dessa vadia, assim não arrisco ter filho com uma vagaba. Tá ligado!? Você come o rabo do retardado.

Seu irmão grandão, o menos esperto do bando, posicionou-se com o pinto duro por detrás do jovem Josias que era mantido imobilizado por dois outros e de bruços sobre uma mesa.

Aquela vítima diária de bullying por parte do grupinho do mal, estava no ponto de ruptura depois de toda humilhação, desprezo e rejeição praticados diariamente pelos garotos opressores. Ao ficar à mercê dos bandidos adolescentes, e estando a ponto de ser violentado no imóvel em ruínas, escuro e imundo, o garoto vulnerável expôs sua força, talvez nem por ele conhecida. Motivado estava pela necessidade de liberdade e dignidade.

Senti um tapa forte na minha bunda, ouvi o sorriso sacana do meu carrasco e seu pênis melado forçando a entrada do meu ânus. Meu grito abafado pela mordaça e minha expressão de dor ao ter meu cu invadido brutalmente, não evitou que mantivesse meu foco no menino amarrado e fosse testemunha da transformação surreal que começou a ocorrer com ele: pelos grossos e escuros surgiram do nada em seu corpo todo, assim como músculos imensos. Seu tamanho quase dobrou. O impressionante foi a rapidez do ocorrido, o Josias transformou-se num lobisomem enorme, se livrou de amarras e mordaça e girou o corpo numa agilidade animal. No movimento, a sua mão de garras enormes e afiadas deu um golpe cortando fora o pênis do cara atrás dele. De imediato partiu para cima dos seus outros dois agressores. Praticamente decapitou um menino ao morder e arrancar metade do pescoço do infeliz.

Apavorada fechei os olhos, estava a ponto de vomitar. Não vi mais nada, apenas ouvi gritos de dor e pavor, também os grunhidos de ferocidade e sons de carnificina e ossos sendo quebrados.

O massacre só durou uma ave Maria, era a única oração que conhecia. Fez-se silêncio e só ouvi uma respiração ofegante atrás de mim. Gelei supondo ser minha vez de morrer, ele deveria estar creditando a mim toda a situação em que se meteu.

Senti minhas mãos soltas como se ele tivesse cortado as amarras. Arrisquei abrir os olhos, virei lentamente e o vi dando dois passos para trás. Percebi sua preocupação em não me assustar.

Com movimentos suaves abaixei para pegar minha roupa, mas não haveria condições nem de amarrar os pedaços tão pequenos, a ponto de conseguir esconder minha nudez.

Ele entendeu meu caso, pegou sua camiseta, ainda inteira, e deu pra mim. Olhei para sua expressão que era tranquila, quase carinhosa. Vesti sua camiseta, serviu-me como um mini vestido muito largo. Ele fez um sinal para eu ir embora. Obedeci de pronto, não estava conseguindo olhar para todos aqueles corpos esfacelados e a quantidade enorme de sangue no chão.

Fui para casa e tive frieza e sensatez suficiente para esconder a camiseta do Josias em meio às plantas, havia manchas de sangue que o incriminavam.

Entrei nua e contei para a mamãe que fui vítima de estupro. A dona Helena ficou que nem barata tonta me atropelando com perguntas seguidas e pegou o telefone.

— Vou ligar pra polícia para irem atrás dos bandidos.

— Eles já estão mortos — falei alto, pois parecia não estar me ouvindo.

— Você matou eles? — perguntou apavorada.

— Tá louca? Não fui eu — respondi já perdendo a paciência.

Não contei sobre o lobisomem, senão, ao invés de levar-me à delegacia, ela me levaria para o hospício.

Sugeri irmos imediatamente à delegacia. Vesti uma roupa rapidinho e saímos. Mamãe continuou fazendo um monte de perguntas durante nosso trajeto até o DP. Disse-lhe que só contaria a história toda quando estivesse defronte a delegada.

No caminho deu para ver, mesmo ao longe, aquele salão de recicláveis se acabando em chamas.

Contei a história para a delegada que já me conhecia do caso do meu pai, mas este é outro assunto e ficará para outro conto.

Seguindo o depoimento: omiti a parte do Josias ainda humano. Revelei-lhe apenas que um lobisomem adentrou o local e eu consegui fugir enquanto ele atacava os caras. Evidente que não fui levada à sério.

Enfim, não sobrou nada além de cinzas naquele galpão maldito que queimou por horas, ainda que vários carros de bombeiros tentassem apagar o fogo. A quantidade enorme de plástico e papelão dificultou o combate do incêndio.

Havia denunciado as três meninas por Cumplicidade. Ainda naquela noite elas foram ouvidas pelos investigadores, mas juraram que também foram vítimas e tiveram a sorte de conseguir fugir.

O Josias não voltou para sua casa naquela noite, nem nunca mais tiveram notícias dele, nem dos dois irmãos bandidos. Mais três carinhas do bairro também foram dados como desaparecidos. Tudo levou a crer serem integrantes da gangue de estupradores.

Fui chamada outras vezes na delegacia para prestar informações. Repeti a mesma história de antes. Nunca acreditaram na versão do lobisomem. A delegada recomendou que eu procurasse um tratamento terapêutico.

— Ela já faz terapia há alguns meses — informou a mamãe.

— É compreensível — comentou a delegada com ironia ácida.

Não conseguiram identificar nenhum corpo decorrente do incêndio. O caso foi encerrado como sem solução muitos meses depois.

Durante todos aqueles meses, sonhei constantemente com um lobo espiando em minha janela, acordava assustada e pensava no Josias.

Na minha opinião, ele não era um monstro, eles o transformaram em monstro. Somos todos culpados de magoar os outros, seja por inércia ou por ação direta.

Não acreditam na minha história? Ainda tenho a camiseta que ele me deu, no fundo da minha gaveta. Não lavei para não apagar a marca de uma pata enorme impressa com sangue no pano.

Fim

Agradeço a atenção de todos vocês!

Visitem meu Blog:

/>


Este conto recebeu 9 estrelas.
Incentive KamilaTeles a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.
Foto de perfil de KamilaTelesKamilaTelesContos: 174Seguidores: 103Seguindo: 0Mensagem É prazeroso ter você aqui, a sua presença é o mais importante e será sempre muito bem-vinda. Meu nome é Kamila, e para os mais próximos apenas Mila, 26 anos. Sobrevivi a uma relação complicada e vivo cada dia como se fosse o último e sem ficar pensando no futuro, apesar de ter alguns sonhos. Mais de duas décadas de emoções com recordações boas e ruins vividas em períodos de ebulição em quase sua totalidade, visto que pessoas passaram por minha vida causando estragos e tiveram papéis marcantes como antagonistas: meu pai e meu padrasto, por exemplo. Travei com eles batalhas de paixão e de ódio onde não houve vencedores e nem vencidos. Fiz coisas que hoje eu não faria e arrependo-me de algumas delas. Trago em minhas lembranças, primeiramente os momentos de curtição, já os dissabores serviram como aprendizado e de maneira alguma considero-me uma vítima, pois desde cedo tinha a consciência de que não era um anjo e entrei no jogo porque quis e já conhecendo as regras. Algumas outras pessoas estiveram envolvidas em minha vida nos últimos anos, e tiveram um maior ou menor grau de relevância ensinando-me as artimanhas de uma relação a dois e a portar-me como uma dama, contudo, sem exigirem que perdesse o meu lado moleca e a minha irreverência. Então gente, é isso aí, vivi anos agitados da puberdade até agora, não lembro de nenhum período de calmaria que possa ser considerado como significativo. Bola pra frente que ainda há muito que viver.

Comentários

Foto de perfil genérica

Muito bom o conto, se é verdadeiro ou ficção, isto não vem ao caso, o que importa , é que a justiça foi feita

1 0
Foto de perfil de Samas 12

Ual que conto excelente. Podia fazer um série derivada desse conto , contando detalhes que foram citados ( A terapia,o caso do suposto envolvimento sexual da filha com o pai,o Josias ..) mas que não foram detalhados .

1 0


dormi com meus tios e levei dedada na bucetaencoxando com. o pau duro. o ocontos eroticos cunhado barulhando a cunhada casadaesposa cheia de porra no acampamento casa dos contosestuprando lesbica japa e torturando com pedaço de pau no cu apertadonega tarada por sexo oral e anal de b***** bem lisinha ela tem a garganta profunda engole toda a rola do bem dotado Oivirei mulher vara do meu papaiconto erotico apostacontos de cú de solteironaSEXO CONTOS EROTICOS CUNHADINHA E CUNHADINHA.Contos eróticos procurando aventura no clube de campo/texto/201512805contos eróticos primeiras experiências com siririca com mulheres mais velhanao aguentei e comi minha irmazinha.contos/texto/200809245pirocas enormes pornodoido garganta profunda imensas que fazem um estragocontos eroticos encurraladomenininha da raça negra bem novinha batendo punhetas com bastante bontade e chupando o titiopeao era muito pirocudomae com tesao se masturba aoamamentar filho contos gay academiacontos vi meu sogro espiano minha filha lavano roupaXVídeos novinha chora com a pomba no c* que a lágrima descexvideo de hmenConto dei carona e o rabo para o meu genroConto erotico jogo de barralhos acabou em surubaconto erotico de fazenda cavalgadacontos da minha sogra deixando a calcinha pra mim cheiramulher baita gostosa retocando a maquiagem video pornôMadrasta maliciosa corno/texto/201504548wwwxvideo pai gosa forte reladofilme porno esposa inocente bem certinha primeira vez realiza desejo do marido quer ser cornogozou na bunda da irma lavano loucaconto gay virei a puta de varios machos na saunachorei de bastante quando meu irmão me fodeu em frente aos meus pais contosconto erotico virgindade do meu vizinhopornô em famíliaxxvamigo do meu namora coragem conto eroticoConto erotico esposa castiga marido corno depois de transa com amantevelinho de 80 ano enfia o dedo na buceta da novinhabate ela goza pelo cucomo ficar escanchada na picar pra doermadrata trasado com etiadofiz minha esposa chupar seu pai enquanto fodiamospeao era muito pirocudoenpregada rabuda tirando um coxelo so de calsinhaconto erótico nossa amigaabaixar comendo cu fa subrinha/texto/201612244/denunciacontos erodicos comi minha netacontos de sexo na prai de mae e filio pauzudoContos hetero louco por chuleContos eroticos seios mordedo fortenoraxvideopornovideos de ninfetas transando com irmai anbos osdois novinhos/texto/202212548contos eroticos de incesto seduzir meu pai sentando so de calcinha no coloconto erotico gay meu dono dei meu cu de presente de aniversarionamorado acavalado da minha prima conto/texto/202108279filme porno onde um perfume despertava desejomtk contos eroticos coisas do destino capitulo 1chapeleta grossa e neguinhas swxpendi pra tranza com minha tia/texto/202110187conto erodico arombei minha vovo zinhacontos eroticos bebada rasgadabucetao melado de parraXvideo filhos louco leva leite co sonifero pra maetravestis negra brasileira dotada no motel ganha punheta tremendo muitomenina chupando o pau do namorado da melhor amiga em quanto a amiga ta entertidamenina cai em cima do negro jumento.gemer disvairadacorno chama andarillo para comer sua muller porno/texto/2015061283ler contos eroticos menagevidio porno de uma mulher tirando aroupa bem relaadamente para faz xexoamigos do meu noivo me arombaram na sua despedida de solteiro contos eroticosconto de encesto filho 32 de pau quadrinhovideios mae filho gosou dentro dela e derramou muita gaContos de gay minha primeira vez com um cao jumentoporno vidios mulher vestida de mamae noeu engatada com cachorro