Casada na escuridão da noite

Um conto erótico de Silverprateado surfer
Categoria: Heterossexual
Contém 1401 palavras
Data: 01/01/2018 20:48:50

Casada na escuridão da noite

Sempre gostei de olhar, desde pequenina, e não era olhar qualquer coisa, bem preciso confessar quase tudo, mas há coisas que me agradam mais que outras. Vocês já devem fazer uma ideia do que seja não é xeretar, considero estar bem informada.

Observar e ser observada são uma das coisas com as quais podemos fantasiar! Mas e quando essa fantasia se torna realidade.

Agora já tenho trinta anos, um trabalho, uma casa, sou uma mulher respeitável, independente, uma realidade diferente da maioria das mulheres nesses novos tempos e nesse milênio. Mas a vontade e a curiosidade de observar as pessoas, isso nunca mudou, ou pior, aumentou, pois o que antes era apenas inocência infantil, hoje é prazer, excitação.

As janelas de meu apartamento estão voltadas para uma pracinha, com árvores e bancos, durante a tarde está sempre cheia de crianças, mas a noite sempre aparecem alguns casais que param e sentam para namorar e eu desde a escuridão de meu quarto espero observando o que esse casal vai fazer, ansiosa e desejosa de que a temperatura entre eles suba o suficiente para me proporcionar uma bela e excitante observação.

Fico olhando as reações, sinto quando o desejo aparece e eles começam a se abraçar, beijar, tocar, abrir as pernas e mesclar suas secreções, mas na maioria das vezes há apenas uma ansiedade e frustração, pois eles não passam de beijos e alguma caricia.

Irritada fico pensando que eles estão conversando sobre as dívidas, sobre o trabalho, quando deveriam estar falando de prazer, de saudade e da vontade de estarem juntos intimamente, protegidos pela obscuridade daquela praça. Enquanto eu fico na frustração de minha janela com meus desejos não satisfeitos.

Outro dia estava eu em minha janela observando meus vizinhos, descaradamente exposta devido à luz que deixei acesa, não passava nada e nem ninguém, exceto uma pessoa que procurava se aliviar devido ao excessivo calor da noite.

Finalizado o inverno, caracterizado pelas janelas fechadas, por fim, com a chegada do verão, as pessoas dormem com as janelas abertas e um novo e excitante mundo se abre ante meus olhos.

Eu pensava que era mais uma noite perdida, nada de nada. Eu estava ansiosa esperando minhas presas, pois me entendia como uma caçadora protegida pela noite. Dias antes havia visto um jovem tocando guitarra, estava meio desnudo, sentado na cama. Apaguei a luz e trouxe a cadeira para perto da janela, de modo a estar mais cômoda e ao mesmo tempo protegida na penumbra.

Eu usava um vestido, fácil de abrir, fechado na frente por botões, ansiava ver esse boêmio, desnudo, com o baixo ventre coberto pelo corpo da guitarra. Para diminuir a ansiedade, comecei a tocar meu baixo ventre, meu púbis, deslizando os dedos por meu monte de Vênus e por meus pentelhos, tudo isso ainda por cima do tecido do vestido, sabendo que por baixo não havia nenhuma prenda intima. De repente, no andar superior, na mesma casa que eu estava bisbilhotando, pareceu-me que uma luz que estava acesa, havia se apagado e eu podia ver ainda o movimento das cortinas balançando naquela janela. Eu não estava olhando para aquela janela, mas percebi uma silhueta e essa mesma figura permanecia naquela janela, também protegida pela escuridão, mas também visível, em seu contorno. Pensei com meus botões: Quem está me observando?

Essa situação era nova para mim, sentia-me como um caçador caçado, era eu. Alguém naquela janela tentava adivinhar minhas formas, minhas ações, meus pensamentos, iluminados pela tênue luz noturna. Senti-me violada, humilhada, mas ao mesmo tempo uma fagulha de prazer percorreu minhas costas, ao longo da espinha, Permaneci ali, tocando-me, introduzindo agora meus dedos com suavidade em minhas carnes cada vez mais molhadas e aquela silhueta seguia ali, eu notava que ela estava imóvel, sem despregar os olhos de mim.

Mais descarada que nunca, levantei-me e fiquei diante da janela, abri bem minha cortina e esbocei o sorriso mais safado que pude apresentar, olhei diretamente na direção de seus olhos e enviei mentalmente a seguinte mensagem:

- Prepare-se, vai começar o show!

Minhas mãos brincavam com o tecido do vestido. Eu subia e abaixava a saia rodada, queria colocá-lo nervoso e ansioso, abri lentamente os botões, desnudando-me e mostrando-lhe o contorno de minha própria silhueta, cada centímetro de meu corpo. Surgiram primeiro o contorno de meus seios, de meus quadris, meu tronco, de frente e depois de perfil e meu traseiro firme e bem proporcionado.

Confesso que foquei nervosa com aquela situação, mas o prazer e a excitação suplantaram todo e qualquer nervosismo de minha parte ante tal situação, mas eu queria mais e o jogo havia apenas começado.

Percorri meu corpo prazerosamente, lentamente, cuidadosamente. Minhas mãos pareciam explorar pela primeira vez as curvas que eu sabia conhecerem tão bem. Meus mamilos se ergueram ao serem beliscados, estimulados e apertados entre os dedos, redescobri meu monte de Vênus e o quão cálido era o interior de minha vulva, até mesmo meu esfíncter anal recebeu a visita de um dos meus dedos molhados pelos fluidos que emanavam copiosamente de meu interior.

De sua janela saiam jatos de fumaça, provocados por sua respiração acelerada ao se encontrarem com o ar mais frio do exterior. Percebi que nós dois estávamos jogando o mesmo jogo, podia observar que a cortina de sua janela se movia, devido à proximidade de seu corpo e a ânsia de melhorar sua própria visão do interior da minha e então minha imaginação disparou. Nossa que prazer eu sentia nesse momento.

Eu gosto de ser travessa provocadora e de ser desejada. Chupei meu dedo, apertei o mesmo entre meus lábios devido à excitação que crescia. Jogava com meus peitos e depois, num ato não planejado, desferi vários tapas em meu traseiro cujos estalos ressoaram na noite. Eu passava a língua por meus lábios e a excitação crescia dentro de mim, eu notava que ia ficando cada vez mais molhada.

De minha testa escorria o suor, e eu pensava que calor é esse que está fazendo.

Eu estava louca e ansiosa, já não podia mais me controlar, então introduzi os dedos entre minhas pernas e diante daquela homem, masturbei-me obscenamente, como se fosse uma possuída, minha boca se enchia de saliva e esta escorria por meus lábios, queixo e colo. Eu sentia o liquido escorrer e o esparramava por meu peito. Ouvia o barulho que meus dedos faziam em meu interior encharcado, meu quadril, fazia movimentos sinuosos, procurando assim aumentar ainda mais o prazer eu que sentia, esfregando-me agora em meus dedos.

Estava na iminência de um orgasmo e com um grito me entreguei a meu observador, tenho certeza que ele ouviu meus gemidos e o exato momento em que explodi de prazer. Lancei um beijo em sua direção e fui para minha cama com a vontade de repetir tudo no dia seguinte e de fazer ainda melhor.

Tenho que admitir ter dormido deliciosamente essa noite.

Passaram os dias e eu seguia ficando ali na penumbra, as outras janelas perderam interesse para mim, eu somente queria aquela, que sempre permanecia no escuro e pelo que eu saiba ele ficava ali, agora não tão visível, mas sempre ali trocando comigo aquele momento de prazer especial. Eu não sabia se ele se tocava, se sentia prazer ou se simplesmente me observava. Eu me movia em meu quarto tentando surpreendê-lo, mas aquela janela estava sempre entreaberta e sempre às escuras. Ele era astuto, sabia o que via e como ele gostava, mas ele desfrutava todas as noites e eu também.

Um dia deixei de sentar-me na penumbra e acendi a luz, por fim o vi fumando um cigarro. Ele me saudou e abriu um amplo sorriso. Olhamos-nos sem dizer nada. Eu o observei de cima abaixo, então seu semblante mudou, ele mordeu os lábios e devolveu-me o beijo que lhe havia mandado noites atrás. Inclinou-se e colou no vidro um cartaz onde se lia VENDE-SE.

Triste não me devolveu o olhar e abandonou a janela.

Eu sentia como se tivesse sido agredida com um soco no estomago, uma lagrima escorreu por meus olhos e eu sentia no fundo de meu coração que havia chegado a hora de fechar a janela e puxar as cortinas.

Até quando?

O tempo passou e é difícil esquecer o prazer que ele havia me proporcionado, mas as lembranças daquela noite eram indeléveis em meus pensamentos.

Obrigado por aquela noite inesquecível.

Fotos: casada na escuridão da noite


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Comentários

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Muito legal teu conto.

👏👏👏👏👏👏👏👏

Mande fotos sua.

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👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏 muito legal teu conto. Mande

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Li esta maravilha, ao menos o enredo é bem sensual e diferente. Tem muitas maneiras de satisfazer a libido. Como narrado aqui, através de exibicionismos eróticos. O clima estava delicioso, com um final abrupto pela placa ¨vende-se¨, e o gostinho bucólico que ficou na personagem e em nós leitoras, envolvidas na narrativa. A nota só pode ser 10. Visite-me quando quiser. Bjs babados.

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muito bom mim deixou com muito tezao

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Não poderia deixar de comentar essa deliciosa estoria, não houve sexo, mas nem precisou, a excitação que voce conseguiu transmitir é fantástica, adorei

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