Nós também podemos (5)

Um conto erótico de dani do fe (danidando)
Categoria: Homossexual
Contém 688 palavras
Data: 14/02/2013 22:17:28

A partir daí, beijar na boca de língua era o que a gente mais fazia quando estava junto. Fosse deitados na cama, de pé em frente à janela, debaixo do chuveiro, na beira da piscina, dentro da piscina, no banco da varanda... onde quer que fosse, nós só pensávamos em beijar. E se dependesse de Fê, faríamos aquilo sempre do lado de fora, o que nem sempre era possível, por causa da presença das nossas mães.

Ainda assim, continuávamos achando tudo aquilo muito normal e natural para dois amigos hetero fazerem entre si, sem achar que representasse algo sexual. Continuávamos também respeitando algumas regrinhas implícitas que garantiam a inocência da nossa relação. Por exemplo, não sentávamos no colo um do outro se estivéssemos pelados. Não colocávamos a mão no pau um do outro. Evitávamos pegar na bunda um do outro, o que por vezes era inevitável, por exemplo durante um beijo intenso, quando acontecia por reflexo. Procurávamos só ficar nus quando fosse estritamente necessário, ou seja: durante o banho e para tomar sol.

Continuávamos atualizando nossos diários e lendo-os um o do outro. Eles continham em grande parte nossas experiências com o sexo oposto, os acontecimentos marcantes no colégio e coisas do tipo; mas neles não se encontrava nada sobre o que fazíamos nós dois a sós. Não que achássemos que houvesse algo de errado com aquilo, mas simplesmente considerávamos como o dia a dia corriqueiro de dois amigos.

Conforme eu lia o diário de Fê, cada vez mais eu achava uma injustiça do destino eu já ter certas experiências sexuais enquanto ele continuava virgem. Embora eu tivesse até então me relacionado com poucas garotas – apenas três, das quais só uma com regularidade – eu tinha tido um bom número de transas e tinha recebido até mesmo oral algumas vezes. Enquanto isso, o máximo que Fê tinha conseguido com sua namorada tinha sido beijar-lhe os seios (mas não os mamilos) e fazê-la segurar sua rola. Cada vez mais eu achava que deveria fazer algo para ajudar meu amigo, mas não sabia o quê. Pensei em “colocar na fita” dele uma garota que fosse mais soltinha, mas fiquei com medo de que aquilo pudesse levar ao fim de seu namoro, algo por que eu não queria ser responsável.

Cada vez mais eu percebia que a forma mais fácil de resolver o problema dele seria a minha participação pessoal. Era outubro e o seu aniversário estava chegando. Era o momento ideal para que eu fizesse algo.

Finalmente chegou o dia tão esperado. Embora já fôssemos quase adultos, a mãe de Fê fazia questão de organizar uma festa que mais era uma reunião de familiares mais velhos, que nos tratavam como crianças. De jovens só Fê, sua namorada, dois primos dele e eu.

Quando cheguei à casa dele, tive que cumprimentá-lo com um abraço muito mais frio do que estávamos habituados, afinal de contas, todos podiam nos ver. Entreguei-lhe o presente embrulhado: uma agenda do ano seguinte, para servir como seu próximo diário. Ele me agradeceu com palavras, mas pairou no ar a sensação de que faltava um beijo.

A namorada não desgrudava dele nem um segundo, mas mesmo assim conseguimos nos comunicar por meio de olhares. Ele me olhou incisivamente, e em seguida moveu seus olhos em direção à escada. Aquilo foi suficiente para que eu me pusesse a caminho do segundo andar da casa discretamente. Enquanto andava até a escada, pude ouvi-lo dizendo à namorada que ele iria ao banheiro.

Em alguns segundos nos encontramos no segundo andar, e, muito às pressas, trocamos o tão almejado beijo. Era a primeira vez que nos beijávamos sem termos nenhuma expectativa de privacidade, e por isso a falta de tempo nos fez ser selvagens e famintos. Separamos nossas bocas muito a contragosto, mas sabendo que arriscaríamos a suspeição dos demais se nos demorássemos. Antes de voltarmos para o primeiro andar, sussurrei para ele que a agenda não seria meu único presente, e que outra surpresa estava por vir quando estivéssemos sozinhos.

Felizmente, a espera não foi muito longa, pois no dia seguinte eu pude presentear ao meu amigo a sua primeira experiência sexual.


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Comentários

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Deliciaaaa de postagem, tudo muito inocente né ?? acontece muito mais do que se sabe . . . Nota dez e três merecidas estrelas.

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AHHH continua logo cara, ancioso demais aqui! NOTA 10 10 10 10

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Cara li teus contos e adorei vc escreve muito bem.10

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nossa sua história é muito legal continua logo por favor

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muuito bom, parou na melhor parte kkk continua

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