O convento

Um conto erótico de rioalbatroz
Categoria: Heterossexual
Contém 3124 palavras
Data: 31/01/2006 00:54:56
Assuntos: Heterossexual

Dona Filomena.

Vou relatar experiências inesquecíveis de minha iniciação, cujas recordações voltaram quando vi uma gordinha passar no outro lado da calçada...

Quando criança morava em uma cidade chamada Casuarinas do Monte. O nome completo, Casuarinas do Monte Verde, mas todos abreviavam. A casuarina é uma árvore que se parece com um cipreste, de longos ramos. Quando o vento perpassa por elas, parecem emitir um lamento.

Na cidade havia um casal amigo, que não tinha filhos, seu Ferreira, um funcionário público e sua esposa Filomena.

Naquela época, os casais se visitavam com alguma formalidade, à noite, e permaneciam na sala. Não havia o hábito de beber, como hoje; o máximo que acontecia, uma rodada de licores feitos em casa, de jabuticaba, pitanga, jenipapo.

Nas noites de visita, Mamãe tocava violino e sua arte era apreciada pelos amigos; Dona Filó cantava, acompanhada por mamãe e a isso, mais as naturais fofocas, resumia-se a convivência. Os homens falavam de política, de negócios, sempre reclamando do custo de vida etc. Nisso, nenhuma evolução para os dias de hoje. Cedo, cada casal se retirava para sua própria casa.

Ao ver dona Filó entrando na sala, naquela tarde, corri para o quarto ao lado para ouvir a conversa; procurar uma oportunidade melhor para apreciar-lhe o bundão pelo buraco da fechadura antiga.

Surpreso, ouvi o pedido de dona Filó: queria que eu fosse dormir em sua casa para fazer-lhe companhia; o Ferreira precisaria fazer uma viagem súbita. Seria só por uma noite, ponderou ela.

— Mas Vítor tem aula cedo... a desculpa encontrada por mamãe.

Dona Filó jurou por tudo que de mais sagrado havia, que eu podia levar os deveres de casa para fazer com ela, e que às seis da manhã ela me acordaria: eu poderia ir direto para o colégio. Depois dessa, tornava-se difícil encontrar outra desculpa, sem parecer grosseria.

Ao ouvir aquilo, corri para o interior da casa, para não denunciar onde estivera escondido. Eu apenas completara dezesseis anos.

Recebida a incumbência, não demonstrei sinais de regozijo. Mas, por dentro, não me continha de tanta felicidade.

Arrumei minhas coisas e, à noite, dirigi-me à casa dela. Papai não estava, eu tinha outros irmãos mais velhos, não sabia por que fora o escolhido.

O Ferreira, ao ver-me chegar, mostrou-se satisfeito; viajaria tranqüilo, não ficava a Filó tremendo de medo dentro de casa. Dali a pouco, despediu-se; pegaria o trem noturno naquela noite. Ao vê-lo partir, imaginei loucuras, mas não poderia tomar nenhuma iniciativa.

O máximo que antevia: surpreender dona Filó em trajes íntimos e dormir executando o quatro-com-patrão em louvor àquele bundão.

Depois do jantar, fizemos os deveres, ouvimos o noticiário e a novela, por um rádio precário. Depois da novela, tomei um banho e fui para o quarto que me estava reservado. Ela também se banhou e deitou-se no quarto dela, naturalmente. Ainda imaginei se não viria desejar-me boa noite, vestida em uma linda camisola transparente.

Imaginação de garoto é terrível!

Mas nada aconteceu e dormi segurando meu peru, sem coragem de iniciar minha homenagem. Como a porta do quarto permanecera entreaberta por causa do medo de dona Filó, não tive coragem de (iniciar)prosseguir nos exercícios.

Dali a pouco ela entrou correndo em meu quarto:

— Ouvi um barulho estranho: tenho medo!

Eu já havia adormecido; na minha inocência, nenhum barulho me acordava. O perfume inebriante de seu sabonete inundava o quarto. Temi ter uma ereção sonhando com aquele traseiro que me inspirava tantas masturbações.

Ela não deixou por menos:

— Melhor dormir em meu quarto, se por acaso...

Um cenário impossível: eu, no quarto daquela gostosa!

Pensei em levar o colchão e dormir no chão, mas não permitiu.

— Minha cama é grande, bastante larga, e não me mexo durante a noite.

Eu até sonhando que fosse bastante agitada no sono e que, de vez em quando, sem querer, esfregasse aquele bundão em meu peru.

Completou a explicação:

— Receio que passe uma barata pelo chão e suba por meu corpo.

Ah! Como lamentei não ser uma barata...

Deitei-me em sua cama. Aí, ouvimos o barulho de novo, verdade mesmo, não era invenção dela. Só que se tratava de um gato perseguindo a companheira: impossível que não estivesse acostumada a ouvir aqueles ruídos; mas aproveitou para chegar-se mais para junto de mim.

Eu nem poderia imaginar como aquele gato iria ajudar...

Dona Filó, bem fornida de carnes, que lhe complementavam bastante bem a ossatura, não era gooorda, balofa, mas durinha. Também, naquela época, as mulheres magrinhas não despertavam a atenção dos garotos: se não tivessem uma bela bunda não eram objeto de olhares maliciosos. Os seios também deviam ser grandes, fartos. Não havia restrições a gorduras, como hoje; comíamos carne de porco e frangos. A carne de vaca, menos freqüente na dieta habitual. Usava-se banha de porco, não havia outra.

Dona Filó usava uma camisola bastante sensual e, deitada de costas na cama, queria conversar.

— Que idade você tem?

— Acabei de completar dezesseis...

Permaneceu um tempo calada, até que ousou:

— Já deitou com uma mulher?

Nos tempos de antanho, deitar, um termo bíblico, significava transar, nas palavras de hoje. Senti que eu ficara bem vermelho.

Mas, fanfarrão como todo garoto, menti:

— Claro. Mas, por favor, não conte à mamãe!

— Prometo: ficará só entre nós. Juro!

O papo se encaminhava numa direção excitante. Mas, por uma razão ou por outra, ela sabia que eu mentia. Meio como que sem querer, moveu a mão e esbarrou "nele".

Estávamos deitados de costas, ambos, portanto, não era tão por acaso. Senti um arrepio estranho. Mas continuou a exploração de meu corpo e segurou "nele":

— Brinca muito com esta coisa?

Não podia cair em contradição:

— De vez em quando...

Mentira: quase todo dia praticava os exercícios; muitos, em homenagem à bunda dela.

— E que experimentou quando deitou com uma mulher?

E agora, que dizer?

Ela, muito naturalmente, comentou:

— Por que não me mostra como é?

Tremi; como se fazia aquilo? Como se começava o ato? Não sabia mesmo. Dona Filó passava dos limites, na minha inocente cabecinha. Hoje, parece fácil falar de sexo com as mulheres, mais liberadas e, mesmo as que não o são tanto, não querem parecer retrógradas; mas naquele tempo as conversas andavam em circunlóquios, às apalpadelas. Impolido ser claro, explícito. Palavras chulas, proibidas entre gêneros diferentes.

Como era cândida a vida, ou a aparência dela; mesmo nos prostíbulos, os palavrões eram considerados grosseria se pronunciados na sala de espera. Nos quartos, como me diziam, valia tudo.

O que pretendia dona Filó com aquela pergunta?

Resolvi testá-la:

— Ora, sendo casada a senhora sabe bem como é.

Achei que dera uma resposta inteligente, mas provocadora também.

— Tenho curiosidade de ver como um garoto se sente numa situação dessas.

Momentos como aquele, todo garoto deseja; mas, na hora, difícil enfrentar a situação. Nunca havia estado intimamente com uma mulher, ignorava como proceder. Claro que meu desejo era penetrá-la atrás, o máximo naquele tempo para um garoto, mas como fazer aquilo, sem nenhuma experiência? Lamentei não ter aceitado a provocação de um amigo para ir à zona! Mas tinha medo de enfrentar uma prostituta, demonstrar toda minha inexperiência. Agora, tarde para arrepender-me. Deitado com uma mulher gostosa, pelo menos pelos padrões daquela época, e não sabia como agir!

Dei a única desculpa que me veio à mente:

— Não é pecado?

Ainda inocente, temeroso, apesar de meu peru duro na mão dela. Para minha idade, até bem desenvolvido; creio que as masturbações ajudavam em seu crescimento.

Dona Filó não iria aceitar as escusas:

— Mas já não esteve com outras? ajoelhe no confessionário, como fez antes, conte para o padre e tudo fica perdoado.

Pronto; não havia mais desculpas. Mas quem foi garoto, enfrentou a primeira transa, sabe do medo que dá. Do alto de nossa masculinidade, pensamos que vamos chegar e acontecer, liquidar a presa com uma tesão à flor da pele, fazê-la nossa escrava sexual.

Mas dona Filó não estava nem aí para minha imaginação machista:

— Deseja-me?

Imagina a pergunta: meu peru duro na mão dela, minha iniciação seria com aquela fofinha, que quando passava pela rua despertava tesão nos garotos.

Levantou a camisola:

— Vem, meu bem, vou lhe ensinar algumas práticas. Primeiro, chupa meus seios, assim.

E passou a fazer nos meus mamilos o que queria que fizesse nos dela.

— Delicadamente, não é para morder.

Chupei-os como fizera em mim, delicada, mas firmemente. Aqueles seios enormes, tesão dos homens daquele tempo, — mas não dos garotos, que apreciavam mais as bundas — enfiavam-se em minha boca, forçavam a entrada, sufocavam-me.

Surpreendi-me com o que aconteceu: contorcia-se toda, esfregava-se em mim, meu peru agora entre suas coxas, até que teve um estertor:

— Delícia, garoto! Fez-me gozar gostoso!

Senti-me o máximo, em minha macheza. Confessara que havia tido um orgasmo em contato comigo, mesmo sem ser penetrada! Machão realizado, aventura digna de firmar meu nome entre os colegas. Aquilo merecia ser divulgado, queria ser invejado pelos demais. Comer uma mulher como ela, o máximo, mas melhor ainda revelar o fato.

Anos depois, li a história de um homem que desejava comer uma mulher famosa; tanto insistiu que ela acabou consentindo, com o compromisso de que nunca revelaria a relação. O machão desistiu: o mais importante, em seu círculo de amigos, falar sobre a trepada.

Eu também era bobo assim nos meus verdes anos, mas aprenderia bastante com dona Filó.

Ela possuía um corpo cheiroso e fiz tudo que mandou.

Fizera-a gozar somente chupando-lhe os seios. Não sabia ser isso possível. Na minha imaginação, naquele tempo, só o sexo anal seria gostoso.

Primeira lição encerrada, com dona Filó acariciando-me sensualmente, passamos à segunda.

Tirando-me o pijama, beijava minha barriga e depois...

Tive que fazer o mesmo com ela. Subi sua camisola larga, pelo pescoço; a fofinha, completamente nua: não estava com a calcinha. Depois da barriga, desceu para meu peru endurecido, beijou-o, enfiou-o na boca, a chupá-lo. Eu não podia acreditar naquilo: quando contasse para os amigos seria considerado o maior herói da classe, invejado por todos os demais. As garotas estariam curiosas; talvez alguma me quisesse, depois de conhecer minhas façanhas. Eu era um garoto bonito, mas não dava sorte com as meninas. Depois de saberem, pelos outros, de minhas façanhas, certamente correriam para mim.

Pelo menos, imaginava.

Dona Filó chupava meu peru e rodou na cama, moveu-se para debaixo de mim, completamente nua e forçando sua perereca contra minha boca, apertando minha bundinha. No princípio, hesitei, mas o perfume de seu sabonete estava em toda parte e fiz nela o que fazia em meu peru: chupei-a!

Não senti repugnância, ao contrário do que imaginara. Sua racha, gostosa de ser sugada. Descobri que, entre os pequenos lábios, havia um carocinho ereto e quando o sugava, deixava dona Filó louquinha da vida. Depois aprendi o nome da protuberância: clitóris.

Apertava minha boca contra o carocinho duro.

— Devagar, não morde...

Bem, como ela gostava que o sugasse, movi-o com a língua de um lado para outro, brincava com ele divertidamente, percebendo a excitação que despertava nela. Mas eu não agüentava mais com a sugada em meu peru, prestes a ejacular, mas não tinha a menor idéia do que fazer: gozar na boca da fofinha?

Sua mão sobre meu peru limitava a entrada dele na boca, mas com os lábios apertados sobre ele, a sensação me deixava maluco. Hoje, tal ato parece corriqueiro, depois da AIDS: melhor gozar na boquinha; mas pode ser um tremendo engano, ainda não sabemos se engolir esperma de pessoas contaminadas transmite o vírus. Verdade que pelo estômago parece que não seria possível a transmissão, mas não há certeza se o vírus poderia suportar a tremenda acidez do estômago.

Naquele tempo, felizmente não conhecíamos riscos maiores.

— Chupa meu grelinho, querido. Vamos gozar juntos: você na minha boquinha e eu na sua. Pode vir gostoso!

Aquilo, um prazer que nunca havia imaginado. Acelerei meus movimentos de língua naquele grelinho; ela apertou minha bunda; impossível conter meu orgasmo abundante. Surpreendi-me: engoliu tudo, lambeu meu pau até que nada mais restasse de esperma. Nunca havia tido um orgasmo tão fantástico: nenhuma masturbação se igualava àquilo. Deitamos de lado, descansando por um pouco; depois, fomos para um banho.

— Gostou de sua segunda vez com uma mulher? Melhor que com a primeira?

Senti-me sendo gozado e resolvi admitir:

— Foi a primeira; menti antes, não queria parecer imaturo...

— Que delícia! Tirei seu cabacinho!

Mas, no banho, ainda pensava no que faltava:

— Você é muito gostosa. Jamais imaginei que poderia ter tanto prazer. Sabe, a imaginação dos garotos é menor que a realidade.

Voltamos para a cama, agora completamente nus. Bem, o resto é evidente. Depois de todas as lições bem aprendidas, só faltava mesmo o final. A gata, mordida na nuca, urrava lá fora. Dona Filó teve um estertor... e se deitou de costas para mim. Agarrei seu corpo tesudo.

— Abraça-me forte. Tão bom estar assim com você!

Eu já havia perdido toda a cerimônia, não havia mais respeitos bobos entre nós. Meu peru endurecia de novo.

— Que é isso, querido, que sinto em minha bunda?

As palavras já não eram contidas, expressavam-se abertamente.

— Meu peruzinho querendo penetrar você!

— Que delícia! Adorei-o! Um garoto bem tesudo. Meu marido, quase brocha, sinto bastante a falta de um membro gostoso para me satisfazer. Quer gozar de novo?

Abracei-a, apertadamente:

— Se desejar...

— Faz tanto tempo que não tenho um prazer tão bom que satisfaço você do jeito que quiser!

Bingo! Comeria aquele bundão, em homenagem ao qual tantas punhetas descascara. Ela consentiria? Para testar, passei um dedo perto do buraquinho, ameacei a penetração e não senti resistência maior.

— Quer gozar dentro de meu pretinho, é isso?

Maluqueira em minha cabeça: nem podia agüentar a rigidez de meu peru.

— Posso, gostosa?

Sentia-me livre com as palavras; depois de gozarmos um na boca do outro, cerimônias, para quê?

— Tudo que desejar de mim!

— Mesmo o rabinho delicioso?

— ...

— Já toquei inúmeras em louvor dele.

Dona Filó riu de meu comentário; certamente não ignorava o desejo que aquele bundão provocava na garotada.

Da mesinha de cabeceira, pegou uma lata de vaselina, abriu-a e entregou-ma.

— Passe um pouquinho; seu peru é bastante grande para sua idade, mas quero-o todinho dentro de mim!

Alguém imagina um garoto de dezesseis anos, tendo tocado inúmeras pensando naquilo e, de repente, aquele bundão maravilhoso desejando meu peru dentro dele?

Pensando bem, acho que fui um garoto de sorte por ter encontrado dona Filó.

Passei a pomada no redondinho dela, experimentei o dedo e encaminhei a cabecinha para aquele buraco quente; enfiei devagar.

Mas o Ferreira, marido dela, devia gostar daquilo, porque não encontrei resistência. Meu peru entrou inteiro, de uma só vez.

Dona Filó se deitou de bruços na cama; eu, sobre ela.

Percebi que movera a mão para a perereca e imaginei que eu é que deveria fazer aquilo. Minha mão pousou sobre a dela, na ação gostosa de excitá-la no carocinho. Passamos a pressionar o monte de Vênus e meu dedo médio entrava em sua rachinha, penetrando fundo mesmo.

Aquela bunda divina! Meu peru latejava dentro dela, que se mexia gostosamente, com movimentos circulares da bunda, até que, não suportando mais aquelas loucuras, mordi-lhe a nuca, como os gatos faziam, e gozei dentro daquele corpo quente.

Dona Filó veio junto:

— Que delícia, garoto!

Permanecemos deitados por algum tempo, até que meu peru murchou. E ela dizendo-me que o sexo devia ser feito devagar, sem hora para terminar; com todas as preliminares de língua, chupação nos seios etc.

Sonolento, depois de gozar duas vezes, mas ela foi explicando tudinho, mesmo assim. Dona Filó limpou meu peru com uma toalhinha; eu, quase dormindo.

Antes de sair para a escola, no dia seguinte, deu-me a última recomendação:

— Um homem nunca fala que esteve com uma mulher, nem conta para os outros o que fez com ela. Segredos devem ficar entre os dois.

Que decepção!

— Se sai falando, concluiu ela, logo as outras vão tomar conhecimento e não vão querer saber dele, porque se sentirão usadas.

Lembrei-me da música em voga:

"O peixe é pro fundo das redes,

Segredo é pra quatro paredes"...

Frustrei-me; pretendia me vangloriar de ter sido o primeiro garoto a comer aquela bunda cobiçada por todos, mas não queria renunciar a outros momentos deliciosos. Se contasse teria sido apenas uma vez. Os garotos fariam fila na porta, agora que sabiam que ela dava...

Aprendi bastante com as sugestões dela: mantive a boca fechada para sempre e só agora revelo tudo, sabendo que nenhuma daquelas pessoas existe mais e as que sobreviveram perderam a memória do tempo.

— Gostou das lições? perguntou dona Filó.

Claro que as apreciara demais. Disse-me que dali a uns quinze dias poderíamos continuar as aulas, na parte da tarde.

— Precisamos completar os exercícios. Vai gostar bastante!

Como telefone era raro na época, o combinado foi que eu passasse pela rua e olhasse o varal: se houvesse algum pano verde pendurado, poderia entrar que a barra estava limpa. Se visse um avermelhado, sinal de que naquele dia não poderia ser.

Saí para a escola chutando as pedras, cantando pela rua, num estado de felicidade único, até chegar ao colégio. Nem prestei atenção às aulas naquele dia.

O garoto masturbador, no fundo da sala; a professora de geografia escrevendo no quadro-negro, mas sua bunda enorme não me seduzia mais: gozara dentro de uma real, que me esperaria em dias futuros. Segui o conselho dela, não queria perdê-la; nunca mencionei nossos encontros a ninguém. Ensinara-me a ser um come-quieto.

Aprendida bem a lição, guardei-a para o resto da vida.

Uma mulher não goza porque o peru do parceiro é grande, segundo explicou, mas porque o homem a excita nos lugares adequados, nos momentos certos.

O tempo passou. A experiência futura fez-me ver que não deve um homem maduro se preocupar em entusiasmar as mocinhas com o tamanho do membro, embora o meu fosse bem desenvolvido para minha idade.

Ainda me lembro de dona Filó, na segunda lição:

— Não é isso o que elas mais querem. Cada uma tem uma maneira diferente de gozar... Mas os homens são impacientes, querem logo ter seu próprio prazer, sem se preocupar com elas. Isso estraga a festa, dizia ela...

Dona Filó falara em homens... Imaginei que o Ferreira já era corno antes de minha noite.

Na verdade, anos depois, jamais encontrei uma que, depois de estar na cama, não ficasse entusiasmada com as lições que eu aprendera. Carinho, ternura e calma, para deixá-las excitadas bastante com a língua.

Dona Filó sabia das coisas, melhor seguir seus ensinamentos; afinal, mulheres gostam mais de preliminares, em sua maioria, do que da ereção provocada por um remédio e, na falta dela, carinhos e uma boa conversa até podem servir. Elas adoram falar de suas vidas para os outros. Sexo é mais fácil de conseguir, mas encontrar alguém para deitarem juntos e deixarem-na, extravasar, mais difícil.

Saudades de dona Filó!


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Comentários

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Mais dois idiotas usando meu nome. Coitados, Deus os perdoarão, afinal eles não sabem o que fazem , nem escrever.

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